Assim que acordo, sinto aquele calor reconfortante dos braços do meu companheiro em cima de mim, sem querer acordá-lo, saio de mansinho da cama, ainda nos primeiros raios de sol entrando pela janela. Vou até as docas me alongo, e começo meu exercício matinal preferido, dançar. Como da outra vez, entre um música e outra, percebo que estou sendo observada mais uma vez, olho para a cabana, e vejo um lindo homem loiro de olhos azuis sentado na varanda com uma xicara de café nas mãos, observando cada passo que dou com admiração, mas ao invés de parar, engulo minha vergonha a seco e continuo dançando. Terminado meus exercícios vou até ele, seguro seu rosto com minhas mãos, e dou um leve selinho em seus lindos lábios. "_ Bom dia" digo com um sorriso, ele retribui "_Bom dia Linda". Olhando fixamente pros meus olhos sinto sua excitação por estar tão próxima dele, e um queimor passa pelas minhas pernas também. O beijo mais uma vez, e entro para tomar um banho, nunca pensei que estar perto dele
Nos sentamos ao lado de fora da varanda, esperando que eles começem, já nervosa, ouço a voz da mulher pela primeira vez. "_ Esperamos por muito tempo poder te encontrar, não sabiamos como estava ou onde estava, nós só poderiamos esperar sua primeira transformação pra poder enfim te encontrar". Fico sem entender nada, minhas dúvidas e perguntas já borbulhando em minha mente "_ Vocês estavam a minha procura? Como assim? Eu não tenho familia, até encontrar a familia do Igor nem sabia quem eu era". "_ O que vocês querem dizer com isso? vão logo para o que interessa, antes que mais patrulheiros cheguem, e os levem". Igor diz e sinto uma pitada de dominânicia em seu tom. O homem antes calado, se pronuncia "_ O que você acha que vai fazer? nós viemos buscar nossa filha, nossa matilha está sofrendo á anos, e finalmente podemos acabar com isso, com ela seguindo seu destino". Fico chocada com as palavras que saem da boca dele, mas Igor fala antes que eu possa suspirar "_ Ela não vai a lugar nen
Ainda tentando processar o que aconteceu, ouço o barulho dos cascalhos, e sei que tem mais gente chegando, vejo Alfa Marcos e mais alguns homens com ele, tento explicar que na verdade eles não são selvagens, e sim meus pais, apesar de duvidar das minhas palavras, o Alfa Marcos hospeda os dois na casa da matilha para saber mais sobre eles. Igor se afastou um pouco, me deixando confusa sem saber o que ele pensa, mas faço uma nota mental de conversar com ele assim que as coisas se acalmarem. Igor Quando ouço o suposto pai de Júlia me menosprezar daquela maneira, sinto vontade de arrancar sua garganta fora, por não me achar digno de estar com ela, Ele não a conhece como eu, não sabe como ela sofreu esse tempo todo, e agora chega cheio de pompa achando que ela simplesmente vai com ele. Espero mesmo que isso não aconteça, não suportaria perdê-la. Tento me conter, enquanto vejo o desenrolar da conversa, quando Júlia se vira e me mostra a mesma marca da mulher a nossa frente, não consigo ac
Antônia começa falando: " Quando você nasceu, foi levada por uma bruxa ainda nas primeiras horas de vida, e deixada para morrer no mundo humano, essa bruxa, tinha raiva do seu pai por ter escolhido a mim, e não ela então, tentou se vingar tirando a nossa única filha" . Ela conta ainda, que ela lançou um feitiço poderoso contra a nossa matilha, e que depois disso, nenhuma outra criança nasceu, ou seja, eu fui a última nascida na matilha dos crinos pelos últimos 27 anos. Fico chocada com isso, mas continuo ouvindo atentamente ela dizer, que nossa matilha agora está com nada mais do que 40 pessoas, e que nossa matilha já foi muito vasta, com mais de 500 membros. Meu pai toca no assunto novamente de que eles são os Reis da matilha dos crinos, e eu sou a princesa perdida, que preciso tomar meu lugar por direito no trono, e me casar com o meu "par destinado" que me aguarda na matilha dos crinos. Olhando sem acreditar no que meu pai acaba de dizer, vejo no canto do olho Igor respirando pesa
Ele me pousa delicadamente na cama, se afasta do nosso beijo, e me confessa que esta noite planejava algo diferente para nós, mas não conseguiu terminar. Ele olha em volta do quarto, algumas velas perfumadas espalhadas em torno de todo o lugar, o olho com ternura. "_ Você estava preparando nossa noite?" pergunto e ele me responde "_ Sim, queria que você tivesse o seu momento romântico, queria que fosse perfeito pra você".Extremamente sentimental com suas palavras eu digo "_ Todas as noites ao seu lado são especiais, não mudaria nada" ele retoma nosso beijo, e aprofunda com desejo e luxúria nos consumindo, sinto uma umidade crescendo entre minhas pernas, e ele sente minha excitação, colocando sua coxa por entre minhas pernas, para poder abri-las. Nosso corpos começam a reagir aos toques, enviando ondas de pura eletricidade e prazer pelo nosso corpo, nossos quadris começam a ganhar vida e nossa respiração fica acelerada.Não aguentando mais, subo sua camisa por sua cabeça, nos afastando
Acordando com meu companheiro, ainda me segurando firme em seus braços, me fazendo sentir segura e tranquila, decido me levantar de fininho escorregando para fora da cama sem acorda-lo, tomo um banho quente, e faço minha higiene pessoal, volto para o nosso quarto, e observo ele dormindo tranquilamente em nossa cama, trazendo uma sensação de paz ao seu rosto. Vou até a cozinha preparar nosso café da manhã, começo a pensar em tudo o que vem acontecendo nos últimos dias, com a aparição dos meus pais, e todas as responsabilidades sobre a minha verdadeira identidade, a maldição dos crinos, não consigo imaginar o quanto esses últimos anos devem ter sido difíceis pra minha espécie, o que me causa revolta, nunca ter se quer noção de nada disso, também como poderia? eu achava que era uma humana comum, com problemas de excessos de raiva, e só. Me tirando dos meus pensamentos, sinto braços enormes envolvendo minha cintura, e sua cabeça no meu pescoço sentindo meu cheiro. Ainda com sua voz rouca
Com o raiar de um novo dia, me sinto leve, finalmente me sinto inteira com meu companheiro, então, minha loba decide estragar o momento com os seus comentários, ainda aninhada na cama, ela começa a andar de um lado a outro na minha mente, me dizendo que falta algo, que nós nos sentiriamos diferentes e eu bufo em frustração a ela, tentando explicar que já está perfeito assim, ela então pergunta o que vem pairando em minha mente várias vezes ao dia. 'Se eu realmente vou dar uma chance aos meus pais e conhecer minha alcateia? Ou vou deixar para lá, esquecendo deles, e vivendo minha vida sem remorso, afinal, eles são completos estranhos para mim, apesar de sentir meu vínculo com eles crescer a cada momento como família'. Me movendo lentamente tentando sair da cama, vou até o chuveiro para um banho refrescante, enquanto sinto a água morna escorrer pelo meu corpo, sinto alguém envolver seus braços a minha volta para me acompanhar no banho, logo o queimor por entre minhas pernas aparece, me
Quase não dormi na noite anterior, com os meus pensamentos confusos sobre o que estava por vir, como seria conhecer finalmente minha família, como conseguiria quebrar a maldição dos crinos, e como tudo se encaixaria. Então o alarme toca, e sei que é hora de arrumar as coisas para sair, tomamos um café rápido e fomos para a casa da matilha, Igor insistiu em irmos no nosso próprio carro, enquanto meus pais, iam em outro, nos dando tempo, e espaço para processar tudo, o que concordei, não queria a tensão no ar a viagem inteira. Depois de um dia longo de viagem, chegamos a uma vasta floresta coberta por árvores e mata fechada, caminhamos por mais 1 hora por uma estrada de cascalho, até chegarmos aos portões da matilha, com o carro dos meus pais a nossa frente nos guiando, seguimos pela pequena cidade com várias casas abandonadas, do que um dia já foi o lar de alguém, meu coração se aperta em ver como as poucas pessoas que restavam viviam. Chegando a casa da matilha, somos recebidos por B