ERIKAToda a informação que Otávio passou, deixou a minha cabeça rodando, fui para casa, mas acabei parando numa igreja.Era, na verdade, uma lembrança, uma das últimas com os meus pais. Íamos todos os domingos ali, tinha um senhor, asiático que ficava na porta pedindo moedas.Quando percebi a realidade daquilo, todos os domingos, pedia para os meus pais deixarem eu levar algo para ele. Colocava numa sacola, frutas, um suco, lanches prontos, uma marmita, e deixava com ele.Um dia antes da viagem que levou os meus pais, os mendigo que nunca falava nada disse: "Você tem uma força aí dentro."Aquelas palavras ficaram marcadas em mim, foi a última vez que estive com os meus pais aqui.Entrei e fiquei sentada, no fundo, um coral de crianças ensaiava. Lembro que sempre falava para mamãe, que queria participar do coral, ela havia prometido que iria começar quando voltássemos dessa viagem.Ela nunca voltou, e eu, voltei apenas hoje.Fiquei a pensar na minha vida com Thiago. Sou forte em tudo
ERIKAA nossa noite foi maravilhosa, Thiago conseguiu ser carinhoso e forte ao mesmo tempo.Seguindo os conselhos de papai, aproveitamos quase todos os cómodos, principalmente a piscina.Na manhã seguinte, ele disse que iríamos tomar café da manhã, num lugar diferente.Saimos juntos, no carro que ele comprou para mim, esse homem não tem jeito, quer me mimar de todos os lados, comprar um carro blindado, audi q5 security na cor vermelha.Ele levou-me para um parque da cidade, lá uma equipe já havia preparado um piquenique.Aproveitamos tudo que tinha ali, num ambiente calmo, onde podíamos ver famílias caminhando naquela manhã.— Fofinha que tal aproveitar essa manhã de sábado de passear um pouco. Tem algum lugar que você queira ir.— Achei que você fosse visitar uma obra?— Sim, irei, mas é coisa rápida, vou passar um bónus para essa equipe, pois estão bem adiantado, irei orientar o chefe da obra a comprar algumas coisas para fazer um churrasco que vai começar no horário do almoço, e ma
THIAGOSai para atender a ligação do meu primo, combinamos de jantar na casa do vovô, que anda misterioso com a tal namorada, que não quer assumir um relacionamento sério.Quando voltei para perto de Erika escutei a voz enjoada de Ane, quando lembro tudo que essa família contra a minha família, a raiva toma conta de mim.Puro ódio, era os meus sentimentos naquele momento, queria destruir as duas ali mesmo, mas preciso controlar, pois Erika disse que a situação é muito pior, elas estão envolvidas com esse bando que aterroriza o mundo todo.Eles querem chegar o chefe de tudo, bem que pensando sobre esse chefe, líder, imaginei umas coisas que gelaram o meu ser, pois se as minhas suspeitas, forem verdade, eu coloquei a minha vida em risco, muito.-Elas te machucaram. Olha Erika, perdão por colocar você nessa situação, nunca imaginei que elas seriam tão sujas a ponto de querer expor você, em público.— Calma príncipe, você apareceu para defender-me. E ligação deu tudo certo?— Os meus prim
THIAGOVoltamos para casa, mamãe com tia Tabata decidiram contratar um buffet para entregar todo o jantar pronto, na casa depois das dezoito horas.O combinado era todos as dezoito horas no tal post, perot da casa.Erika pedi que o primeiro carro fosse o nosso, pois Cristiny conhecia, se fosse estranho ela poderia reagir, e segundo Fofinha ela tem uma ótima mira, não vamos arriscar.Será que vovô sabe que está já sabe que está a namorar uma ex-espiã? Bem que pelo que descobri não existe isso de ex-espiã, pois trabalho que Cristiny fez no dia do jantar foi profissional. Entrou na mansão de Baltazar, conseguiu toda a informação tirou fotos, agora tudo está a ser analisado pela equipe.Pontualmente as dezoito horas toda a familia estava ali esperando.-Erika sinto informar, mas você perdeu a sua assistente, ela agora vai ser nossa, você vai ter que dividir Cristiny com todos. — Tia Tabata estava pura animação, ela era a que mais tentou arrumar namoradas para vovô.— Sim, ela vai dividir,
DOR!DOR!Como definir a dor?Como refletir a dor do outro?Como calcular a dor do outro?Como acabar com a dor?Onde começa e termina a dor?Se existe um lugar onde a dor é algo totalmente presente, é num velório.Nunca é fácil dizer adeus, ainda mais um adeus definitivo.A chuva caia forte lá fora, vento, trovões, raios, o mundo parecia chorar.Dentro da pequena capela, o clima não era diferente.O silêncio em volta do caixão, olhares frios, olhares que acusavam, a dor pode ser sentida a quilómetros desse lugar.Ninguém quer falar, mas todos têm muito o que dizer.Num canto, uma jovem de quinze anos, observa tudo.Ela está ali para auxiliar o local, é seu serviço do dia, não gostava de cuidar da capela em dia de velório, porém, aquele ali parecia ainda mais sofrido, o clima ali dentro parecia ainda mais nublado e sombrio do que a chuva lá fora.A pequena garota prendi a sua visão, na pessoa que ela acredita ser a que mais sofre ali.Boa observadora, percebe que alguns estão com raiv
O jovem Thiago voltou a sua atenção para o caixão que estava na outra sala.— Se você não a traiu, apenas lhe deu amor. Fique em paz, você não tem culpa.— Olha criança, você não entenderia. Eu fiz promessas, não cumpri.-Promessas? São apenas palavras, prometeu amor, se deu ótimo. Se foram bens materiais, esses são falhos, passam, vira pó, o amor não, o amor esse tem valor infinito. Sei que tenho apenas quinze anos, mas acredito que você fez o seu melhor por ela.— Uma coisa está ligada a outra. Quando conheci Aline, ela já formada, independente, fiquei encantado, prometi dar uma vida de rainha, ilusão de um rapaz de dezessete anos.— Devo ser sincera, realmente fazer promessas aos dezessete anos, é definitivamente arriscado.— Sim, e foi isso que fiz arrisquei. A minha família foi contra o nosso relacionamento, fizeram ameaças. Eu como um tolo queria apenas viver o meu amor. Já trabalhava na empresa da família. Então decidimos, quando fiz dezoito anos, fugir e casar escondido. Prime
THIAGOSEIS ANOS!Sim, fazem seis anos que estou sozinho, fiquei viúvo aos vinte anos.Perdi o amor da minha vida, o filho que nunca conheci.A família de Aline levou o corpo para a cidade deles.Não me deixaram ir visitar, nada, cortaram contacto, quase todos, a irmã dela Alice continuou como a minha amiga, vejo nela uma irmã, um apoio nos momentos de solidão, uma apoia o outro.Ainda mando uma pensão para a mãe dela, sei que isso é migalhas perto do que perdeu, mas não posso fazer nada.Chego na minha casa já passa das dez da noite, a governanta, que era a doméstica no nosso apartamento, a senhora Norberto, continua por ali, cuida de tudo, ela decorou o lugar de acordo com o gosto de Aline, ela conhecia bem a minha esposa.Mantive ela, que me ajudou decorar a casa, como Aline gostaria, na casa tem quadros dela por todos os lugares.Uma pena que não consegui ficar com nem uma foto dela grávida.A minha empresa, bem, cresceu, e muito, hoje se Aline estivesse aqui, poderia dar-lhe tudo
THIAGOHoje domingo, teremos a reunião na casa do vovô Thulio, ele é o pilar da nossa família.Não tenho nada contra os meus primos, mesmo que na época eles não aceitaram Aline como seria o certo.Ela queria apenas que eles a aceitassem.Sou o caçula da turma, no total seis primos.Vovô teve três filhos, tia Tabata a mais velha, que tem três filhos, os gémeos Lucas e Lincon, e a linda Leonora. Tio Timotio que tem dois filhos, os gémeos Hugo e Helena. E por fim papai Tales, sou filho único.Sempre tive tudo nessa família, éramos unidos, até conhecer Aline.Os meus primos me levavam nas festas, cuidavam de mim, apresentavam as mulheres mais quentes, mesmo eles já sendo comprometidos.Até hoje não entendo o que viram, ou melhor, o que não viram para não aceitá-la.Aline tentou fazer amizade com Helena e Leonora, que sempre foram muito simpáticas, sempre foram pessoas fáceis de aceitar os outros, são do tipo fazer amizade fácil, mas rejeitaram Aline.Podem pensar, a sua família é preconce