Lívia CarterVamos lá, destino, pode continuar a zombar da minha cara. Afinal, eu devo ter vocação para ser palhaça, certo? Estou irritada, irritada ao ponto de querer estrangular Mason por transformar minha vida em um verdadeiro circo. Porque aparentemente não bastava termos dormido juntos. Claro que não. Nunca poderia ser apenas uma simples transa, tinha que ser algo a mais. Eu juro que não fiz tanta merda assim para estar pagando tudo de uma única vez.Vamos contextualizar: o estresse começou exatamente no momento em que Summer e eu saímos do apartamento, cercadas de malas, e encontramos Mason nos esperando no hall do prédio, também com algumas malas. Summer e eu pegamos um táxi, apesar de Mason insistir que nos levaria e que o carro alugado por ele tinha espaço suficiente. Depois, tivemos um maldito imprevisto com o táxi e, quando chegamos ao aeroporto, nosso voo já havia decolado. Lá estava Mason, como a salvação da pátria, nos levando de volta para Miami em seu jato particular.
Entro no meu quarto após deixar Chris na sala com uma lata de refrigerante. Me observo no espelho mais uma vez, enquanto mentalmente elaboro como abordar o assunto de Mason e aplacar a curiosidade que se formou no rosto de Chris quando entrou no meu apartamento. Meus pensamentos são abruptamente interrompidos ao ouvir Chris me chamando, primeiro em um tom mais alto e, depois de um tempo, de forma abafada.Saio do quarto e volto para a sala, onde o vejo mudando de cor. Sua pele está ficando avermelhada, ele espirra constantemente, seus olhos lacrimejam e ele parece ter dificuldade para respirar. Um estalo me atinge: alergia. Droga, ele está tendo uma crise alérgica. Christopher havia me contado que era mortalmente alérgico a gatos, e apesar dos meus gatos não estarem no apartamento e a faxineira ter vindo um dia após minha ida para Vegas, ainda há vestígios deles. Os arranhadores espalhados pela sala, o tapete no centro que eles adoram e, para piorar, a almofada favorita da Pantera est
Oii gente, esse capítulo em específico será voltado mais para a Summer, porém é um capítulo que terá uma importância significativa ao decorrer do livro, espero que gostem de conhecer um pouco mais sobre a família da nossa ruiva favorita. "Quem disse que uma alma gêmea só pode ser encontrada no amor romântico?" Anos atrás... Sentadas no parapeito do telhado da antiga escola de ensino médio, duas garotas conversavam animadamente, os olhos fixos no horizonte onde a pequena cidade se misturava com a vegetação ao redor. A brisa fresca daquela tarde de verão soprava contra suas peles, trazendo um alívio desejado para um dia quente. Ao longe, os raios alaranjados do sol de fim de tarde se misturavam com a fumaça branca, meio acinzentada, que saía da boca das duas após um longo trago em seus cigarros, dissipando-se logo em seguida. — Esse é realmente o plano certo? Quando terminarmos o colégio, faremos faculdade juntas, alugaremos um apartamento com gatos e um cachorro, nos formar
O clima tenso se espalhou por todo o ambiente após aquelas palavras, Summer olhou para o homem ao qual chamou de pai por toda vida, esperando por suas palavras, sem saber o impacto que elas causariam. — VOCÊ É FILHA DAQUELE DESGRAÇADO DO MEU IRMÃO! AQUELE INÚTIL NUNCA SERVIU PARA NADA, NEM MESMO PARA CUIDAR DE UM FARDO COMO VOCÊ — ele alterou o tom de voz novamente, fazendo Summer erguer as sobrancelhas e bocejar em completo desinteresse.— Então é isso? Eu sou filha do meu tio? Ou melhor, do seu irmão? Que aparentemente se saiu bem melhor na vida do que você. Não tem filhos e tem diversas empresas das quais automaticamente me tornei herdeira — disse ela com a maior naturalidade, como se aquela fosse a conversa mais normal de todas. — Legal, é uma boa história para dormir. Agora vamos voltar ao que interessa, não tenho o dia todo.A frieza e o desdém estampados em sua voz fizeram com que Roger se irasse ainda mais. Porém, antes que ele pudesse abrir a boca, Débora tomou a frente, com
°°°° Summer Hawkins °°°° Alguns dias depois...O homem parado à minha frente mantém seu olhar fixo em mim. Mason, também conhecido como meu cunhado de aluguel, achou que seria interessante invadir meu apartamento, assim como fez algumas vezes no apartamento de Lívia. A diferença é que acho que ele não esperava me encontrar em casa.E agora estou aqui, em frente ao meu cunhado de aluguel, com as sobrancelhas erguidas, enquanto ele permanece parado, me estendendo uma pequena caixa de veludo. Observo-o com incredulidade.— Não vou me casar com você — digo, olhando para a caixa em sua mão.Ele ergue uma sobrancelha antes de dar um breve riso anasalado.— Não estou lhe pedindo em casamento, ruiva — diz, impaciente, empurrando a caixa em minha direção. — Abra.— Eu juro que prefiro evitar qualquer problema que esteja tentando me colocar.— ABRA. — Ele perde a paciência.Reviro os olhos por conta de sua reação e pego a caixa a contragosto, abrindo-a para encontrar um objeto pequeno, semelha
°°° Lívia Carter °°°°Estar com Christopher poderia ser considerado um misto de diversas situações e emoções. Era divertido, animado, gostoso, sexy, quente e carinhoso ao mesmo tempo. Era, sem dúvidas, uma mistura de emoções, e devo dizer que em momento algum me arrependi de aceitar seu convite.Chegamos ao seu apartamento por volta das 18h30. De início, íamos pedir algo para comer. Porém, de uma hora para outra, Chris decidiu que iria me surpreender e cozinhar algo especial para nós por eu ter "salvado sua vida". Acho que ele havia esquecido que o motivo de ele ter ido parar no hospital foi justamente o meu apartamento.Até aí, tudo bem. Porém, o verdadeiro caos veio quando Chris esqueceu o jantar no forno enquanto "assistíamos" à TV na sala. Não demorou muito para que o fedor de comida queimando invadisse todo o apartamento. Corremos para a cozinha e fomos surpreendidos pelos sensores de fumaça, que acionaram o alarme de incêndio. Em questão de minutos, a cozinha estava totalmente i
°°°° Lívia Carter °°°°— Pode repetir o que estava dizendo? Eu não consegui entender. — Chris diz rindo, antes de tomar meus lábios em um beijo lento, me fazendo sentir meu próprio gosto. Nos beijamos por mais algum tempo, antes de pararmos para recuperar o fôlego e ele finalmente me deixar falar.— Eu disse que meu pai sofreu um acidente e eu preciso visitá-lo. Tenho um voo que sai em algumas horas e preciso voltar para casa para completar a mala. — digo, agora com mais calma e sem me sentir ofegante.— Sinto muito pelo seu pai, precisa de ajuda com algo? — ele pergunta, parecendo um tanto quanto preocupado. — Sabe, eu não gosto de me gabar, mas modéstia à parte, eu sou o tipo de homem que todo homem gostaria de ter como genro. — ele diz com diversão, me fazendo rir de suas palavras.— Bem, Chris, há muito mais coisas envolvidas nesse acidente do meu pai. — dou um breve suspiro e continuo a lhe contar o que realmente aconteceu, incluindo o que eu havia omitido dele quando saímos pela
°°°° Lívia Carter.°°°°que eu gostaria. Desde o embarque no aeroporto internacional de Miami até o desembarque no aeroporto internacional Raleigh-Durham, no condado de Wake, foram entre duas horas e meia a três horas, devido a um pequeno atraso na decolagem. Contando com o tempo gasto no desembarque e mais os quarenta minutos de espera pela empresa de aluguel de carros que Chris havia reservado, além das duas horas de estrada até minha cidade natal, que é praticamente um ovo com algo entre 300 e 400 habitantes, foram quase sete horas de viagem.O que poderia ter sido resumido em três horas, se tudo tivesse cooperado a nosso favor. Isso sem mencionar a questão da hospedagem. Por ser uma cidade pequena e considerada zona rural, Dublin não tem sequer escolas de ensino médio, quanto mais hotéis e pousadas. Por conta disso, Chris e eu optamos por ficar no Knights Inn Elizabethtown, um hotel simples mas bastante aconchegante, na cidade de Elizabethtown, que é um pouco maior que minha cidade