Um era o meu professorOutro o meu amorFoi o amor que me ensinou.Foi o amor que me acalentou.Alma DemiseNunca imaginei que a chegada de Lynda a mansão me deixaria tão feliz. Ela não parecia a mesma chata esnobe. Conversar com ela era maravilhoso, pois abria a minha mente para a minha relação com Christopher. Ela era como a mãe que eu precisava e não podia ter naquele momento, mesmo que aparentasse ser jovem demais para ter uma filha na minha idade.Eu passei a seguir os conselhos dela e tentava não pular sobre Chris toda vez que o visse com aquele corpo perfeito e aquela aura de sedução. Só havia um problema; alguns dias atrás uma colega havia me procurado para me dizer que o professor de biologia estava a fim de mim. Eu não tinha muita amizade com a garota, mas acabei marcando de sair com o professor hoje.O professor era um negro muito bonito pelo qual muitas das minhas colegas suspiravam e, naquele dia, eu estava mais que irritada com Christopher. Não estava pensando direito. T
Assim que cheguei em casa, vomitei até tirar o gosto do professor imbecil da boca. E chorei, me sentindo uma tola. O único que estava agindo certo em todo esse rolo era Christopher. Eu o provocava para ser alguém de quem provavelmente me ressentiria se cedesse... e tudo que ele fazia era dizer não, ainda que seu corpo deixasse claro que ele também queria. A partir de hoje, vou tentar ser menos cheia de hormônios... tentar. Prometer seria uma loucura. Eu o quero tanto.Como sabia que ele estava com Allan planejando sei lá o que, bati na porta de Lynda.— Aconteceu alguma coisa? — ela disse me puxando para dentro e me fazendo sentar na cama.Agradeci por ela ainda ser a mulher que conversou comigo no jardim e não a chata que antes nos visitava raramente.— Desculpe, eu sei que não somos intimas, mas precisava conversar com uma mulher — disse temendo que ela me mandasse cuidar dos meus problemas sozinha.— Claro, querida! Estou aqui. — Ela se mostrou receptiva, o que me fez suspirar de a
Algumas vezesA sementinha do amorCai em solo desconhecidoE precisa enfrentar as quatro estaçõesAntes de florescer.Bella KalffmanQuando acordei, nua, dias atrás, as lembranças da noite com Allan me envolveu completamente. Naquele momento, tudo que eu conseguia era passar as mãos nos cabelos me descabelando completamente.Meu Deus! Por que fiz isso? Não acredito que me deixei levar. Não acredito que me envolvi. O jeito como ele me amou foi tão intenso... Ele amou a esposa, sua idiota! Como irei olhá-lo agora? Como vou fingir se ele quiser fazer outra vez? Esses eram os pensamentos que me atormentavam desde o dia que tive uma noite de sexo com um marido que não era meu.Eu não conseguia parar o sentimento que crescia dentro de mim. Era impossível. Quando olhava para Allan meu corpo todo reagia como se estivesse sendo tocada naquele instante. Esse sentimento trazia a lembrança da morte do meu marido e me sentia uma traidora.Eu agia ainda menos parecido com a Lynda, pois o medo me d
Não sei quanto tempo passou, mas creio que foram dias. Ninguém apareceu aqui, nem mesmo para me cobrar respostas. Vilard parecia querer me torturar e Allan não se importava. A fome e a sede era o que menos mexia comigo. Meu coração estava doendo com a possibilidade de Lynda ter ligado e eu não pude ver. Se ela pensasse que eu não estava seguindo o acordo poderia machucar Luke. Se eles a encontrassem primeiro, meu filho também corria perigo.Chorei até meus olhos secarem. Gritei, mesmo que o Vilard tenha dito para não o fazer. Pelo jeito, não era possível me ouvir na casa, pois ninguém apareceu. Ou talvez apenas estivessem me ignorando.Estava meio zonza, e alucinações me faziam ouvir o choro de criança. Via Lynda balançando Luke e sorrindo para mim enquanto usava uma das mãos para levantar uma faca na direção dele.— Nãooo! — o meu grito saiu mais como um gemido.Finalmente, a fome e a sede drenaram o que eu tinha de força física. Só restava em mim a dor no coração por não proteger o
Ser traído e enganado dói,Mas a maior decepção é quando você descobre que enganou a si mesmo.Allan JhonesSabíamos que a impostora estava prestes a desmaiar de inanição. Ainda assim estávamos todos parados encarando a cena e ouvindo pasmos.Houve uma risada do outro lado da linha e dessa vez eu é quem quase desmaiei. Era a risada de Lynda. Impossível não a reconhecer. Não pode ser!No fim da ligação, a mulher, que tínhamos certeza de que não era Lynda, desmaiou.A peguei no colo e coloquei no sofá.— O que está acontecendo? Alguém pode me explicar? — Alma insistia.— Explique para ela, Christopher. Ela não é mais criança. — Era a primeira vez que não me sentia disposto a falar com a minha afilhada.Enquanto encarava o rosto daquela mulher da qual não sabia quase nada, ouvi a voz de Christopher.— Pelo que acabamos de ver, parece que essa mulher não é a Lynda. Foi colocada aqui para fingir ser ela. Pensamos que fosse algo contra Lynda, mas parece que ela é que comandou tudo.— Meu D
Prometo nunca mais estar contigoPrometo que não terá mais alegriaNem tristeza, nem saúde e nem doença, Nem riqueza e nem pobrezaPrometo deixar de te amarNão mais te respeitar,Nem ser fiel ao que tínhamos.Porque a morte nos separou.Allan JhonesA noite ia alta. Como que para ilustrar como eu me sentia, as nuvens cobriam a maioria das estrelas e, vez ou outra, a lua.Eu caminhava em silêncio ao lado de Christopher. Bella e Alma estavam no carro esperando. Nenhum de nós conseguiu convencer aquelas duas a esperar em casa. Certo, confesso, eu nem tentei. Só Christopher que queria proteger Alma de tudo e todos.Paramos em uma varanda e esperei, enquanto Christopher entrava no lugar usando os seus poderes de vampiro. Não queríamos assustar quem estivesse ali dentro para não dar chance de que avisassem Lynda. Pelo som dos corações, parecia que era apenas duas pessoas. Deviam ser a criada e a criança. Lynda era arrogante demais para esperar que Bella se revoltasse.A porta se abriu e v
Amar é ser livre. Ser livre é poder escolher.Eu escolho você.BellaAbri os olhos e me deparei com uma claridade insuportável. Voltei a fechá-los e abri-los tentando me acostumar com a luz. Ainda havia um barulho ensurdecedor como se estivessem aparando a grama dentro da minha cabeça ou como se pegassem uma imensa caixa de som e começassem a reproduzir os sons do cotidiano em uma altura absurda.— Ela acordou! — coloquei as duas mãos na cabeça ao ouvir o grito de Alma tão alto que podia estourar a minha cabeça.— Aii! — resmunguei.— Luke também acordou. Pode cuidar dele enquanto converso com ela? — era a voz de Allan. Estava alta, mas muito mais baixa que a de Alma.Ela saiu correndo e saiu batendo a porta, ato que me fez levar as mãos a cabeça novamente. Dessa vez o incomodo não era nada perto da alegria de saber que eu estava viva e meu filho também.Senti o colchão se mover e soube que ele se sentou.— Você vai aprender a controlar os sentidos aguçados com o tempo. — Percebi que
Pesadelos terríveis que me desperta e causa medo.Sonhos tão lindos que quando acordo me esforço para dormir novamente.Meus desejos mais profundos realizados em um mundo de fantasias. Alma DemiseAs coisas pareciam normais, eu ainda estava seguindo o conselho de Bella e tentando não pular sobre Christopher a cada vez que o via. Não guardei segredo que gostei dela desde o primeiro momento e que fiquei muito feliz porque Lynda estava morta. Estava feliz mesmo, e daí?! Uma pessoa como ela; capaz de matar, sequestrar e manipular pessoas com chantagens não merecia viver. Luke, o filho de Bella, é a coisa mais linda do mundo e só em pensar que Lynda poderia tê-lo ferido tinha vontade de trazê-la de volta só para fazê-la pagar.O que me deixava ainda mais feliz era o fato de que Bella estava vivendo conosco, como minha acompanhante. Meu padrinho também passava muito tempo na mansão. Talvez seja uma estratégia de Christopher para me deixar na linha, mas tenho minhas suspeitas. O jeito como