Tami e as meninas fretaram um avião para passarem uma semana em Miami, com a desculpa de ser a despedida de solteira da Luana. Claro que Patrick teve que liberar o cartão black sem limites para as meninas. Elas aproveitaram muito. Luana, Nick, Tamires, Juliana, Valquíria e seus filhos foram aos parques da Disney. Nick e os filhos da Valquíria ficaram muito satisfeitos com as diversas atrações. Eles se fantasiaram dos personagens favoritos, ficaram muito fofos, comeram em restaurantes temáticos. Mas, dentre todas as atividades, a que as crianças mais gostaram foi nadar com golfinhos. Grávida e com os hormônios à flor da pele, Luana se emocionou ao ver o brilho de felicidade nos olhos do seu filho, que sorria e brincava o tempo todo, esquecendo das sessões de terapia e de toda tragédia que passaram meses atrás. Elas também fizeram compras, passeios de barcos, tomaram sol em South Beach. Deitada em uma espreguiçadeira na praia South Beach, Luana estava pensativa observando as ondas do
Patrick saiu do salão de festa bravo, pelas meninas o terem expulsado com os rapazes, ele estava com saudades de Luana, ele já se acostumou a estar com ela, e esses dias longe foi uma tortura. — Para de ser grudento cunhado, vamos deixar as crianças com as babás e partiu despedida de solteiro. — Natan diz animado. — Deixa a coitada respirar um pouco sem você a rodeando. — Clark diz para provocar Patrick, que fecha a cara e causa risos entre os rapazes. — A Val disse que ela sentiu sua falta, se te serve de consolo; mas concordo com os meninos, eu estou a fim de beber até esquecer meu nome. — Patrick arregala os olhos surpreso, por saber que seu amigo não é de beber. — Não me olhe assim, eu fico o dia todo preso em um escritório, quando chego em casa tenho que ajudar na limpeza da casa ou com as crianças, preciso de descanso e beber, já que não preciso me preocupar nem com um e nem com outro. — Todos riem, inclusive ele. — OK, me convenceram. — Patrick diz com as mãos para cima, em
O grande dia chegou, Luana estava uma pilha de nervos. — Amada se aquiete, se não sua maquiagem vai derreter, e em vez de ficar maravigold, vai ficar parecendo a bruxa de Blair. — Ei, não se fala assim com uma noiva, Babi. — Tami repreende o maquiador. — Ela está acabando com a minha obra-prima. — O maquiador resmunga. — Não exagera, ela está linda, perfeita e você arrasou Babi. — Tami diz segurando as lágrimas. — Estou tão feliz por você amiga. — Obrigada, eu estou muito feliz também. — Luana diz com um sorriso sincero, mas preocupação em seu olhar, o que não passa despercebido por Juliana. — Por que essa carinha então? — a Jú pergunta, e Luana lhe mostra o celular. “Desejo toda a felicidade do mundo ao casal! Desculpa, não consigo, você não irá se casar com ele, você é minha.” — Puta que pariu, você mostrou isso ao Patrick? — Jú pergunta encarando a amiga, mas Luana apenas responde não com a cabeça e começa a se abanar, para espantar as lágrimas. — Ele precisa saber. — Jú d
Victor batia palmas incessantemente, enquanto Luana permanecia estática. Ao vê-lo, ela segurou a respiração, sentindo o frio familiar percorrer sua espinha, sinalizando o início de uma crise de pânico iminente. Ela começou a respirar profundamente, contando de trás para frente a partir do número dez, lutando para controlar sua respiração conforme sua psicóloga lhe ensinou. Luana se esforçava, porque não queria ter uma crise em seu próprio casamento, não queria ser fraca. — O que você quer Victor? — Patrick pergunta num rosnado. — Vim buscar minha noiva. — Ele diz sarcástico. — Sua noiva? Acho que está delirando, Luana nunca foi sua. — Victor dá dois passos e Luana toma a frente de Patrick. — Você ouviu o que acabei de dizer neste altar? — Victor para abruptamente e fixa seu olhar nela. — É ele que eu amo. Ele é o homem da minha vida, o pai do meu filho e da minha filha que está por vir. Foi ele que eu escolhi para compartilhar todos os dias da minha vida. Então, por favor, entenda
Patrick está em transe, suas mãos trêmulas mal conseguem segurar a realidade do que acontece diante dele. O cheiro de antisséptico e o som dos monitores cardíacos parecem distantes, como se ele estivesse preso em um pesadelo de onde ele não pode escapar. Os olhos de Patrick estão vermelhos e inchados, marcados pelas lágrimas que rolam por suas bochechas sem pedir permissão. Cada respiração é um esforço doloroso, como se o ar estivesse carregado de angústia e desespero. Ele se agarra à parede como se fosse a única coisa sólida em um mundo que desaba ao seu redor. Seu corpo está tenso, como se estivesse tentando conter toda a dor que ameaça consumi-lo por dentro, seu coração, antes acerado no êxtase da alegria, agora se comprimia dentro do seu peito. Com muita dificuldade, dois enfermeiros conseguem retirá-lo da sala de cirurgia, eles o deixam no corredor, onde Patrick desaba. Seus joelhos cedem e seu corpo se encolhe no chão frio do corredor do hospital. As lágrimas fluem livremente a
No dia seguinte, Nick teve a permissão para conhecer a sua irmãzinha e ver sua mãe, ele entrou cauteloso e um pouco assustado, por ver tantos fios em sua mãe. — Não se assuste meu amor, a mamãe está bem, são apenas para me monitorar, vem aqui. — Com passinhos excitantes ele chegou até a cama, seu pai o colou ao lado de sua mãe que começou a mostrar os aparelhos: — Está vendo esse aqui, olha tem um coração, ele mostra que o coração da mamãe está ótimo. — Nick sorri. — Não precisa ter medo, eu não vou para lugar nenhum. — Ela diz e aperta o pequeno narizinho dele que sorri. — Doeu para ter minha irmãzinha? — Doeu só um pouquinho, mas valeu a pena, quer conhecê-la? — Ele faz que sim com a cabeça. Patrick vai até o berço e pega com cuidado e delicadeza o pequeno pacotinho vermelho. — Filho, conheça sua irmãzinha, Eloah. — Os olhinhos de Nick brilharam, ele faz carinho no rostinho da sua irmã, que solta um pequeno espirro fofo, ele se assusta e retira a mãozinha, e olha para sua mãe ass
Patrick saiu desorientado da casa de Luciano. Andou pelas ruas da cidade por um tempo. Após estar mais calmo, ele decide ir para casa, mas repetindo a frase: “Ou era ele, ou seria alguém da minha família, eu não tive escolha”. Ao chegar em casa, apenas Clarck e Natan estavam na sala junto a Luana o esperando, o restante dos convidados já havia partido. — Onde estava meu amor? Estávamos preocupados. — Luana diz o abraçando, com delicadeza ele a empurra para o lado, ele se sentia sujo e não digno de abraçá-la. Não sem antes tomar um banho. — Precisei resolver um assunto, agora estou cansado, preciso tomar um banho e me deitar. Onde estão as crianças? — Ele fala olhando para os meninos que entendem o recado. Os meninos perceberam o clima e foram embora, dizendo que podiam ligar a qualquer momento. — Dormindo, estavam exaustos. — Ele assente e segue para o quarto. Ela o segue e pergunta: — Vai me contar o que está acontecendo? — Luana escuta o barulho do chuveiro sendo ligado, decid
Luana entra no presídio em Victor está, ela fica aguardando até que permitem sua entrada. — Você tem trinta minutos. — O guarda diz, guiando-a até a sala de visita. — Será o suficiente, obrigada. — Ao ver Luana, Victor fica surpreso. — Que surpresa, você é a última pessoa que imaginei ver aqui. — Victor diz com um sorriso vitorioso. — Pode tirar esse sorrisinho dos seus lábios, eu vim aqui para finalizar de vez a nossa história, se é que algum dia tivemos uma, eu preciso falar tudo o que está entalado na minha garganta. — Do que está falando, flor do meu jardim? Claro que temos uma história. — Desde o início, detestei esse apelido, mas como sempre você não me escuta e não liga para o que penso ou sinto, não se importa com meus sentimentos. Agora, aqui estou eu, vamos logo com isso. Um dia, você foi uma parte significativa do meu mundo e teve um papel importante na minha vida. No começo, admito que me sentia desconfortável, pois não compartilhava dos mesmos sentimentos que você ti