— Victor, faz um mês que não sai deste quarto. Saia, agora mesmo.— Sair para que, ela o escolheu. Eu perdi, sou um fracassado.— Porque foi burro demais no passado. Eu avisei várias vezes. — Seu pai diz esmurrando a porta.— Ela dizia me amar. — Victor resmunga.— Sim, até você fazê-la um alce, tamanha quantidade de chifres que ela teve. Mas ficar trancado, sem se alimentar e chorando no quarto, não vai trazê-la de volta.— Nada vai trazê-la de volta. Ela me odeia.— Será? — Uma pequena abertura é aberta, e um homem magro, desgrenhado, com cabelos longos bagunçados, com a barba em um tamanho nunca usado antes, com imensas olheiras roxas, e nariz vermelho aparece na pequena abertura.— Do que está sabendo? — Victor pergunta.— Nicolas, foi sequestrado. — Seu pai diz sem rodeios.— E no que isso me ajuda? — Victor diz, dando de ombros e fechando a porta.— Como pode ser meu filho, se é tão burro assim! — Seu pai lhe dá um peteleco, o empurrando e entrando no quarto. — Deus, isso está p
Scarlet vê o helicóptero aproximar-se da casa decrépita em que estava hospedada nos últimos dias, ela correu para dentro, e trouxe o garoto aos berros.— EU ODEIO VOCÊ! NÃO QUERO IR, ELES VÃO ME ENCONTRAR. ME LARGA. ME LARGA SUA BRUXA.— É sério, filho, essa sua atitude já está me cansando.— Eu não sou seu filho. — Ela tenta pegá-lo no colo, mas o garoto a chuta na canela e sai em disparada, sentido contrário do helicóptero. Com as perninhas ligeiras, ele consegue se esconder atrás de uma rocha. Nicolas chorava silenciosamente quando duas mãos grandes o pega no colo.— Te encontrei garoto. — Nicolas começa a se espernear, gritando.— Me solta, me solta, seu, seu gigante feioso.— Cale a boca, se não vai levar um safanão que vai te deixar surdo. — Nicolas mostra a língua para o homem que o pegou, e continua esperneando. — Tome, controle sua ferinha. — Ele diz ao entregar Nicolas para Scarlet, que não espera para entrar no helicóptero.— Que diabos, essa mulher faz no meu helicóptero?
Após se recuperar, Patrick volta para junto de sua equipe, ele estava pálido.— O que foi chefe?— Puxe as câmeras, a Luana sumiu. Começa uma correria pela sala, celulares e rádios internos estão em funcionamento, enquanto outros estão verificando os computadores. Alguns minutos depois o líder da segurança diz:— Ela foi tirada por um helicóptero. — Patrick dá um soco na mesa de vidro, fazendo ela virar milhares de pedaços de vidro.— Como uma porra dessa aconteceu debaixo dos seus narizes.— Estevam estava responsável pela segurança externa.— Traga-o para mim, e descubra de quem é a porra do helicóptero e para o de está indo.Outra onda de desespero pairou sobre Patrick, agora não era apenas o filho, seu amor também.Patrick estava mais magro, seu terno elegante, estava amarrotado, desgrenhado, ele dormia direito, então duas bolsas roxas de olheiras estampavam em seu rosto bonito, seus cabelos sempre impecáveis, estavam bagunçados.— Cara, você está péssimo. — Clarck diz ao bater o
Mesmo com dor, Luana adormeceu abraçada ao seu pequeno. Por algumas horas ela conseguiu descansar e esquecer o pesadelo que estava vivendo.No quarto, Túlio está nu na cama, enquanto obriga Scarlet a fazer sexo oral nele. Ela chorava, sentia ânsia, mas obedecia, com medo de apanhar novamente. A cada segundo que se passa, seu ódio por Luana aumenta e os mesmos pensamentos se repetem: “Ela tem culpa de eu estar aqui, ela é culpada pelas desgraças da minha vida, ela merece morrer.”Após ser abusada de todas as formas possíveis, Túlio sai do quarto deixando-a desmaiada na cama. Ela se sente fraca, derrotada, vazia, um lixo humano.Ele vai ao sótão, atrás de Luana com um sorriso nos lábios, que se assusta com sua entrada bruta pela porta.— Como está seu braço? — Ele pergunta seco.— Estamos bem. — Túlio coça sua barba, e diz.— Vamos gravar um vídeo para o seu marido, noivo, sei lá o que ele é seu.— Não.— Como? Eu não estou pedindo, estou apenas te comunicando.— Eu não vou trazer ele p
— Não acredito que você o enganou? — Luana fala entre os dentes, o som saiu algo próximo a um rosnado ameaçador.— Com toda certeza, eu não vou te entregar de bandeja, você é valiosa demais. Ele terá que se esforçar um pouquinho mais para te achar. — Túlio diz rindo.— Você é ridículo! Eu não fiz nada para você e nem conhecia esse tal de Iago, só o vi no dia que ele entrou no meu quarto para me salvar da louca da Scarlet.— Esse é o motivo de você ainda estar viva, se tivesse matando-o, como Scarlet insiste em lhe condenar, estaria com ele agora lá no céu, hum! — Ele coloca a mão no queixo, como se estivesse pensando.— Então quer dizer que matou a Scarlet?— Não, ela está se saindo um ótimo brinquedo sexual. — Ele dá um sorriso malicioso de ladinho.— Você é nojento. — Luana diz com desprezo.— E você é chata. — Túlio retruca. — Como eles conseguem?— Conseguem o quê? — Pergunta Luana.— Ficar do seu lado, você é entediante! — De repente ele começa a caminhar até a porta, para e fala
Patrick entra no quarto, ele já está limpo e organizado. Ele olha para a cama arrumada, deita-se nela, fecha os olhos e lembra de alguns dias antes do pesadelo que sua vida se tornou. Eles estavam felizes brincando na praia com o helicóptero, do nada começou uma chuva forte, fazendo eles correrem para casa, a chuva os pega no caminho então eles desistem de entrar. Eles brincam na chuva, pulam como criança, o sorriso no rosto de Luana e do Nick não saem da cabeça dele. Após se cansarem, Luana dá um banho quentinho em Nicolas, depois vai para o seu banho, que ele invade. Patrick a ama no chuveiro, ele passa suas mãos pelo corpo dela, ensaboando com o sabonete importado, ela sorri, o sorriso mais lindo que ele já viu. — Sabia que eu te amo muito? — Ele diz com um sorriso bobo e apaixonado. Luana retribuí o sorriso dizendo. — Sabia! Eu também te amo muito. Promete que será sempre assim? — Assim como? — Essa calmaria, esse amor todo. — Se depender de mim, será sempre assim, se eu pu
— Patrick? De onde você saiu? Como chegou aqui? — Scarlet fala surpresa. Luana aproveita a distração e a empurra para longe, fazendo a loira tropeçar em seus próprios pés e cair no chão. Patrick adentra o cômodo pouco iluminado, sem tirar os olhos de Scarlet ele caminha em direção à Luana, que o abraça, ele sente uma mãozinha nas suas pernas. E em meio a lágrimas e sorrisos, eles olham para baixo, onde Nicolas estava abraçando-os, imediatamente ele se abaixa para se aproximar do garotinho, que sorri ao ver seu pai e mãe juntos, ele pega o Nick no colo e fala. — Meu menino, você cuidou da mamãe? — Eu tentei papai, — Ele diz entre soluços — Mas sou muito pequeno e... — Patrick o corta, percebendo a besteira que falou. — Ei, garotão, não chore, saiba que só o fato de estar ao lado da mamãe já é uma ajuda enorme, ela te protege e você a protege. Tenho orgulho de você! — No colo do pai, Nick abraça o pescoço dele com toda sua força. — A mamãe falou mesmo que você ia nos encontrar. — El
Patrick acaba adormecendo, quando ele acorda Luana já está ao seu lado, ela está muito preocupada com ele, que sorri ao vê-la. — Que visão privilegiada. Amo acordar com essa vista. — Ele diz galanteador, e ela sorri. — Devo estar linda mesmo! — Ela entra na brincadeira! — Amor, estou maravilhosa com essa cara pálida e com esse look divino de hospital, não acha? — Os dois riem. — Fala sério, estou horrível, parecendo uma morta viva. — Ela diz cabisbaixa. — Nem que você quisesse conseguiria ficar feia, meu amor. — O tiro deve ter afetado sua visão, ou a sua cabeça, devo me preocupar? Chamar o médico talvez? — Luana diz rindo. — Engraçadinha. — Ele olha sério para ela. — Como você está meu amor? E o Nick? — Estamos bem, graças a Deus, eu e Nick estamos desidratados e anêmicos. — Meu Deus, isso é tudo culpa minha. — Não foi sua culpa. — Claro que foi, fiquei enchendo-a de esperanças quando devia ter terminado, assim vocês não teriam ficado reféns e nem em perigo. — Amor, você não