LAURA5 anos depois...ESPANHA - MADRIDAquele grande vazio sentido por mim durante tantos anos, muita coisa havia mudado, isso é fato, são cinco anos de uma vida amargurada, bebidas, festas e ressacas sem fim.Devem se perguntar o que aconteceu depois de tudo, como estão todos, e eu os respondo, estão todos ótimos e felizes, menos eu.Eu nunca mais fui feliz...Já vai fazer 4 anos que moro na Espanha, aqui vivo uma vida agitada e de curtição, eu passei 1 ano inteiro internada em uma clínica e longe dos meu filhos, depois de todo acontecimento na Itália, eu voltei para França, mas aí as crises pioraram, eu via ele em todos os lugares, não dormia e nem comia.Assim que saí da clínica me mudei, percebia o quanto fazia mal para as pessoas que me amavam, o que mais me doia de verdade era ter que ficar longe dos meu filhos, não pude vê-los crescer, Lucas controlava-me com mãos de ferro, não fazia nada sem passar por sua aprovação.Em todos esses anos a relação do meu irmão e Stefane só se f
ANA LIZ RÚSSIA - MOSCOU Eu deveria compreender a dor de ser infeliz, parar de lutar por um casamento fracassado, é difícil amar alguém que não te ama, e era assim que me sentia todos os dias. Não tinha o seu amor e nem um olhar carinhoso de sua parte, nossas únicas conversas eram sobre nossa filha, seus dias e noites eram longes de casa, eu não havia setenciado só a mim, como também a ele. Éramos dois infelizes. Eu não estava disposta a abrir mão dele e da minha família, não para deixar para ela, a mulher que roubou tudo de nós, que fez o meu irmão morrer, sentia culpa por ter dito o que ele não queria ouvir, apaguei a memória daquele dia, culpa era o que sentia, mesmo que não quisesse assumir. Hoje era o dia triste nessa casa, meu sogro, pai de Gustavo havia falecido, ele estava muito mau com sua partida, amava o pai como ninguém, mas pior que isso, era ter que aturar quem estava para chegar. A família Vicent logo chegaria a Rússia, e como não poderia faltar ela estaria junto,
LAURASuportar o peso de um olhar duro e decepcionante sobre mim, era assim que Ana Liz me olhava, aquela que um dia foi minha amiga e que eu tinha como irmã, olhava para mim como se quisesse me matar.Gustavo se aproxima de nós e confesso que quase perco o ar, não sabia o sentimento exato que sentia naquele momento.Gustavo: Família..._diz de forma carinhosa.Ele e Lucas se abraçam, logo cumprimenta Stefane, e quando vai falar comigo me dar um abraço.__Sinto muito, Gustavo...Meus pêsames._falo de uma forma triste e carinhosa.Gustavo: Obrigado, princesa. Sua presença aqui é muito importante para mim.Me afasto do seu aperto, Ana Liz olha para mim com nojo, mas logo disfarça e vem até mim com um sorriso no rosto.Ana Liz: Cunhadinha..._me dar um abraço.Um nó se forma em minha garganta.__Como vai, Ana Liz?_falo secamente.Ana Liz: Bem, apesar de estarmos passando por dias difíceis._diz de forma triste olhando para Gustavo.__Meu tio era mesmo muito querido, vai fazer muita falta._fa
LAURAMe viro vendo Dimitri em minha frente, seus olhos avaliando-me devagar, reviro os olhos com tédio, ele não havia mudado nada.Dimitri: Queria ter mesmo certeza que era você...estar ainda mais linda._diz abrindo um sorriso macabro.Lucas: Deixa a minha irmã em paz!_diz se pondo em minha frente.Dimitri: Oh que lindo! O irmãozinho defendendo a pequena irmã...__O que você quer, Dimitri?_falo com tédio.Dimitri: Não deveria fazer essa pergunta, pois quero muitas coisas._diz passando a língua nos lábios.Stefane: Nojento...Mariana: Já chega, Dimitri! Não vou permitir que provoque meus filhos, hoje é o velório do meu irmão, você não vai estragar isso._diz firme.Ele apenas abre um sorriso e saí calado, solto o ar que nem sabia que prendia.Lucas: Ele é um desgraçado!_fala com raiva.__Não vale muito a pena._falo pegando uma taça com um garçom que passa por nós.Lucas olha para mim quase que perfurando minha alma.__Isso é apenas água, Lucas._falo irritada.Ele olha melhor e comprova
GABRIELÉ difícil para mim demonstrar sentimentos, acho que nunca fui muito bom nisso, eu também já fui quebrado e sei qual é a sensação, por isso que toda vez que olho para Laura é isso que vejo, uma mulher quebrada e cheia de traumas.Se passou anos e eu ainda conseguia enxergar a menina da ilha com seus belos olhos verdes, acho que ela é um paraíso escondido em si, eu amaria aquela mulher e daria minha vida pela sua, mas antes ela teria que aprender a se amar primeiro.Caminho lentamente procurando por ela, meu cigarro quase na metade, meus olhos olham em volta e não encontro-a em lugar nenhum, até que mais para frente escuto um choro baixinho, sentada encostada em uma árvore, a cabeça baixa em sinal de tanta tristeza que reconheceria de longe o quanto precisa de ajuda, todos estão ocupados demais para perceber isso.Me aproximo e sento-me do seu lado, ela me olha e seus olhos estão vermelhos e inchados de tanto chorar.__Me diz por que está assim?_jogo a bituca do cigarro fora.La
LAURAMeus sentimentos estavam uma grande confusão, não sabia descrever o que sentia por Gabriel, mas sabia dizer que nunca tinha sentindo isso por ninguém, ele era a personificação de um verdadeiro anjo, me tirava do precipício e me levava ao céu, com ele era leveza e calmaria, estava disposta me permitir ser feliz.Haviam se passando uma semana desde que tivemos nossa primeira noite juntos, foi intensa e especial, seus beijos e toques eram únicos, eram sinceros, sentia meu corpo queimar de desejo por ele.Mas ainda assim dúvidas pairavam sobre mim, não sabia se deveria contar para ele quem era seu pai, não sabia se ele realmente queria saber, tinha medo de contar e tudo acabar em tragédia, como também sentia medo de guardar isso para mim e ele nunca me perdoar, então fui atrás de alguém que a muito tempo pediu para que eu esquecesse isso.Minha mãe...Ela estava observando as novas flores que havia plantado no jardim, eram rosas brancas, as preferidas de meu pai, sentem-me em silênc
Estou em frente ao espelho do banheiro fazendo minha maquiagem, passo o batom por último e arrumo o meu cabelo, vejo os remédios que costumava tomar para saciar meus vícios, não irei cair em tentações, fecho a gaveta depois de guardar tudo e caminho para fora do banheiro, pego minha bolsa e saio do quarto, antes mesmo que eu desça as escadas, sinto alguém segurar meu braço com firmeza, viro-me com raiva dando de cara com Ana Liz me encarando com cara de poucos amigos.__Sim?_falo tirando suas mãos de mim.Ana Liz: Pensei que tinha deixando claro que queria você longe do meu marido.Reviro meus olhos com tédio, como alguém pode ficar se humilhando assim, essa mulher precisa conhecer o amor próprio.__Quanto drama, Ana Liz, nem perto do Gustavo eu chego.Ana Liz: Você estava no escritório dele hoje, o que você queria?_seus olhos pairavam dúvidas.Poderia responder a verdade, mas era mais interessante vê-lá criar várias paranóias em sua cabeça.__Porque não pergunta para ele, sorella.De
VITORMinha cabeça estava repleta de confusão, não conseguia entender direito o que tinha acontecido, tinha acordado fazia exatamente uma hora, de novo um pesadelo me assombrava como todas as noites, morava nesse lugar fazia dois anos, mas não conseguia lembrar de quase nada do passado ou até mesmo por quê estava aqui.Uma mulher me ajudava todo esse tempo, ela era parecida com a mulher que aparecia em meus sonhos, mas algo dizia que não era ela, estava confuso demais para saber, estava sentado na varanda esperando a mulher voltar, ela havia me dito que seu nome era Alice, não explicou muito o que tinha acontecido comigo, mas hoje estava disposto a descobrir, sentia uma dor latente em meu peito, uma cicatriz já recém curada desenhava ele, várias tatuagens espalhadas pelo meu corpo, me perguntava quem eu era de verdade.Escutei o barulho do carro se aproximar da residência, estava em uma fazenda bem afastada de tudo, não tinha vizinhos perto e ninguém que eu pudesse conversar, a mulher