GABRIELÉ difícil para mim demonstrar sentimentos, acho que nunca fui muito bom nisso, eu também já fui quebrado e sei qual é a sensação, por isso que toda vez que olho para Laura é isso que vejo, uma mulher quebrada e cheia de traumas.Se passou anos e eu ainda conseguia enxergar a menina da ilha com seus belos olhos verdes, acho que ela é um paraíso escondido em si, eu amaria aquela mulher e daria minha vida pela sua, mas antes ela teria que aprender a se amar primeiro.Caminho lentamente procurando por ela, meu cigarro quase na metade, meus olhos olham em volta e não encontro-a em lugar nenhum, até que mais para frente escuto um choro baixinho, sentada encostada em uma árvore, a cabeça baixa em sinal de tanta tristeza que reconheceria de longe o quanto precisa de ajuda, todos estão ocupados demais para perceber isso.Me aproximo e sento-me do seu lado, ela me olha e seus olhos estão vermelhos e inchados de tanto chorar.__Me diz por que está assim?_jogo a bituca do cigarro fora.La
LAURAMeus sentimentos estavam uma grande confusão, não sabia descrever o que sentia por Gabriel, mas sabia dizer que nunca tinha sentindo isso por ninguém, ele era a personificação de um verdadeiro anjo, me tirava do precipício e me levava ao céu, com ele era leveza e calmaria, estava disposta me permitir ser feliz.Haviam se passando uma semana desde que tivemos nossa primeira noite juntos, foi intensa e especial, seus beijos e toques eram únicos, eram sinceros, sentia meu corpo queimar de desejo por ele.Mas ainda assim dúvidas pairavam sobre mim, não sabia se deveria contar para ele quem era seu pai, não sabia se ele realmente queria saber, tinha medo de contar e tudo acabar em tragédia, como também sentia medo de guardar isso para mim e ele nunca me perdoar, então fui atrás de alguém que a muito tempo pediu para que eu esquecesse isso.Minha mãe...Ela estava observando as novas flores que havia plantado no jardim, eram rosas brancas, as preferidas de meu pai, sentem-me em silênc
Estou em frente ao espelho do banheiro fazendo minha maquiagem, passo o batom por último e arrumo o meu cabelo, vejo os remédios que costumava tomar para saciar meus vícios, não irei cair em tentações, fecho a gaveta depois de guardar tudo e caminho para fora do banheiro, pego minha bolsa e saio do quarto, antes mesmo que eu desça as escadas, sinto alguém segurar meu braço com firmeza, viro-me com raiva dando de cara com Ana Liz me encarando com cara de poucos amigos.__Sim?_falo tirando suas mãos de mim.Ana Liz: Pensei que tinha deixando claro que queria você longe do meu marido.Reviro meus olhos com tédio, como alguém pode ficar se humilhando assim, essa mulher precisa conhecer o amor próprio.__Quanto drama, Ana Liz, nem perto do Gustavo eu chego.Ana Liz: Você estava no escritório dele hoje, o que você queria?_seus olhos pairavam dúvidas.Poderia responder a verdade, mas era mais interessante vê-lá criar várias paranóias em sua cabeça.__Porque não pergunta para ele, sorella.De
VITORMinha cabeça estava repleta de confusão, não conseguia entender direito o que tinha acontecido, tinha acordado fazia exatamente uma hora, de novo um pesadelo me assombrava como todas as noites, morava nesse lugar fazia dois anos, mas não conseguia lembrar de quase nada do passado ou até mesmo por quê estava aqui.Uma mulher me ajudava todo esse tempo, ela era parecida com a mulher que aparecia em meus sonhos, mas algo dizia que não era ela, estava confuso demais para saber, estava sentado na varanda esperando a mulher voltar, ela havia me dito que seu nome era Alice, não explicou muito o que tinha acontecido comigo, mas hoje estava disposto a descobrir, sentia uma dor latente em meu peito, uma cicatriz já recém curada desenhava ele, várias tatuagens espalhadas pelo meu corpo, me perguntava quem eu era de verdade.Escutei o barulho do carro se aproximar da residência, estava em uma fazenda bem afastada de tudo, não tinha vizinhos perto e ninguém que eu pudesse conversar, a mulher
ALICESei que se perguntam os motivos de eu nunca ter levado o Vitor de volta para sua família, e a resposta é simples, eu queria moldar ele inteiro, claro que não fazia ideia que ficaria em como durante três anos, mas consegui mante-lo afastado de tudo e todos.Fiz ele acreditar em tudo que disse durante todos esses anos, sabia que quando voltasse eu voltaria para o seu lado, cuidariamos dos nosso filhos e ficaríamos longe daquela mulher.Eu realmente estava naquela praia aquele dia, tinha ido lá com o intuito de matar Laura, queria me livrar dela de uma vez, só não contava que ela também tinha seus planos, vi exatamente tudo que aconteceu com o Vitor, fiquei desesperada porque não podia perde-lo, eu precisava dele para que o plano continuasse.Eu também amo ele, ele foi meu primeiro e única homem, queria que ele me visse como eu o via e admirava, quero ajuda-lo a matar Laura, nem que para isso tenha que manipular sua cabeça e sentimentos.Vou atrás de sua família, preciso fazê-los s
VITORSentia uma grande queimação no peito, me sentia totalmente ansioso, batucava meus dedos na janela do carro sem paciência, estava a caminho de casa, se eu poderia chamar assim, estava nervoso o bastante para infartar.Senti Alice tocando em minha mão para me acalmar, olhei para aquela mulher que até parecia um anjo, mas com certeza não era, sentia uma estranha sensação quando estava perto de mim.Alice: Precisa se acalmar, meu amor._disse sorrindo.Balancei apenas a cabeça concordando, meus olhos se voltaram para uma enorme casa a minha frente, era aqui que eu morava então, lembranças começaram a me deixar confuso.O carro parou e entramos na casa, um homem e uma mulher bastante sorridentes nos esperavam na sala, a mulher assim que me viu, correu em minha direção chorando.Estela: Meu filho...meu amor...Abracei ela também, o seu cheiro era bem familiar para mim.Estela: Eu ainda não consigo acreditar nisso...parece que estou sonhando...Henrique: Calma, Estela, não vai assustar
LAURAEstava com o coração partido por ter que deixá-lo, hoje voltaríamos para Paris, por uma parte sentia um grande alívio, mas por outra não queria me afastar dele, tinha medo de tudo voltar a ser como antes, de eu não conseguir mais lutar, de não ter forças para fugir dos vicios.Sua ajuda para mim foi fundamental para ver além de mim mesmo, para descobrir que sou forte o bastante, ele apoiava-me todos os dias, e sentir que não teria mais isso, doia.Ele estava como sempre imponente enquanto dava ordens para os soldados, não tinha percebido minha aproximação ainda, parei ao seu lado e fiquei em silêncio.Gabriel: Achei que já tivesse ido..._disse ainda olhando para uns papéis em sua mão.__Eu queria me despedir...Ele não ousou olhar para mim, e eu continuem olhando todos os traços do seu rosto.__Vou sentir saudades, cher._abracei o seu corpo, automaticamente ele ficou rígido.Senti seus braços em volta do meu corpo e sorri, lágrimas começaram a cair de meus olhos, e eu só pensava
VITORUm representante da máfia havia viajado para Paris, estava ansioso para receber notícias logo, depois daquele meu estado de fúria, fiquei um pouco preocupado comigo mesmo, não sabia exatamente do que era capaz, o bom é que o médico me examinou e trocou todos meus medicamentos, ele disse que talvez a perda de memória tenha jeito.Estava um pouco irritado com esse jeito da Alice querendo me controlar, por isso fazia dias que não queria vê-la, sei que ela me ajudou e cuidou de mim, mas também sei que tudo isso tem um motivo, só não sei ainda exatamente qual.Vim com o meu pai a sede da máfia, já fazia algum tempo que tinha voltado e precisava me apresentar, meu pai disse que logo seria minha apresentação para finalmente me tornar Don da máfia, quem parece não ter gostado muito foi Dimitri, mas isso não era importante para mim.Assim que entrei na sala de reuniões, vários olhares cairam sobre mim, mas um em específico chamou bastante minha atenção, seu olhar transmitia raiva, logo o