LAURAEstava com o coração partido por ter que deixá-lo, hoje voltaríamos para Paris, por uma parte sentia um grande alívio, mas por outra não queria me afastar dele, tinha medo de tudo voltar a ser como antes, de eu não conseguir mais lutar, de não ter forças para fugir dos vicios.Sua ajuda para mim foi fundamental para ver além de mim mesmo, para descobrir que sou forte o bastante, ele apoiava-me todos os dias, e sentir que não teria mais isso, doia.Ele estava como sempre imponente enquanto dava ordens para os soldados, não tinha percebido minha aproximação ainda, parei ao seu lado e fiquei em silêncio.Gabriel: Achei que já tivesse ido..._disse ainda olhando para uns papéis em sua mão.__Eu queria me despedir...Ele não ousou olhar para mim, e eu continuem olhando todos os traços do seu rosto.__Vou sentir saudades, cher._abracei o seu corpo, automaticamente ele ficou rígido.Senti seus braços em volta do meu corpo e sorri, lágrimas começaram a cair de meus olhos, e eu só pensava
VITORUm representante da máfia havia viajado para Paris, estava ansioso para receber notícias logo, depois daquele meu estado de fúria, fiquei um pouco preocupado comigo mesmo, não sabia exatamente do que era capaz, o bom é que o médico me examinou e trocou todos meus medicamentos, ele disse que talvez a perda de memória tenha jeito.Estava um pouco irritado com esse jeito da Alice querendo me controlar, por isso fazia dias que não queria vê-la, sei que ela me ajudou e cuidou de mim, mas também sei que tudo isso tem um motivo, só não sei ainda exatamente qual.Vim com o meu pai a sede da máfia, já fazia algum tempo que tinha voltado e precisava me apresentar, meu pai disse que logo seria minha apresentação para finalmente me tornar Don da máfia, quem parece não ter gostado muito foi Dimitri, mas isso não era importante para mim.Assim que entrei na sala de reuniões, vários olhares cairam sobre mim, mas um em específico chamou bastante minha atenção, seu olhar transmitia raiva, logo o
LAURAQuando chega aquele ponto que desistimos de tudo por amor, será que estamos errados?O amor move mesmo montanhas?Eu me perguntava isso dentro desse avião, estava mesmo fazendo a coisa certa?Dias antes...Stefane: Como está se sentindo?_perguntou me olhando.__Muito feliz. Finalmente poderem tocá-los, rezo por isso faz muito tempo._digo terminando de me arrumar.Meus filhos chegarão hoje em Paris, não poderia estar mais feliz, eu estava com medo e ansiedade por esse momento.Descemos para sala de estar, meu irmão e minha mãe estavam sentados e pararam de conversar assim que entramos no ambiente, minha mãe me olhou com um belo sorriso no rosto, Lucas ficou meio em dúvida se aceitava minha proposta de trazer as crianças de volta, mas dei a ele uma última chance de conceder o meu pedido, não iria perdoá-lo por isso se tivesse recusado.Mariana: Está com um belíssimo sorriso, querida.__Eles vão demorar muito?_perguntei para meu irmão.Me sentei ao lado de minha mãe e Stefane do lad
ANA LIZO preço do amor é realmente caro, ainda mais quando achamos que merecemos aquilo.Eu estava contente de saber que meu irmão estava vivo, e o melhor ainda seria poder dormir sem sentir culpa alguma, quando minha mãe me contou eu quase não acreditei, pagaria qualquer coisa para ver a cara da Laura, seria impagável.Estava brincando com Beatriz no parquinho que possuímos no jardim, quando Gustavo caminhou até mim visivelmente nervoso e com raiva, já imaginava o motivo da sua revolta.Gustavo: Por que não me contou que aquele maldito estava vivo?Olhei para ele com tédio, na verdade já estava cansada de tantas brigas.__Não tinha porque contar._dei de ombros.Ele me puxou pelo braço e então olhei de cara feia me soltando.Gustavo: Você vem comigo...Saiu puxando meu braço, a babá logo pegou Beatriz, eu gritava para ele me soltar, mas não parecia ter surtido tanto efeito, ele entrou no seu escritório e me jogou no sofá que tinha ali.__Tá maluco?_me levantei com raiva.Me arrependi
LAURAEstava brincando com Isabela quando vi uma movimentação de carros chegando, imediatamente fiquei alerta, apesar da casa ser cheia de seguranças, eu não confiava em ninguém, vi quando Gustavo desceu do carro sério, logo em seguida Gabriel também, meu coração começou a bater forte quando o vi.Isabela: Está tudo bem, mamãe?Escutei sua voz doce chamar, olhei para minha filha que me olhava com certa curiosidade.__Sim, meu amor...Vamos entrar?Ela asentiu com a cabeça e se levantou segurando minha mão, assim que chegamos na sala, já estavam todos, Gabriel me olhou com um sorriso de tirar o fôlego de qualquer mulher, me aproximei dele e te abracei.Gabriel: Está linda...Sorri com seu elogio, olhei para Gustavo que parecia um pouco perdido, me aproximei do mesmo e o abracei também, ele reagiu na mesma hora.__Bela, esse é seu primo, Gustavo...Minha filha olhou para ele e abriu um sorriso genuíno, ele ficou surpreso quando ela o abraçou, o que foi muito engraçado já que ela nem alcan
DIMITRIA presença do Vitor nessa casa estava insuportável, não aguentava mais tanta bajulação, eu fui feliz por um momento, quando soube da sua suposta morte, fiquei ainda mais feliz quando soube que ele tinha morrido pelas mãos da mulher que amava, mas então me jogam um balde de água fria, depois de cinco anos o seu retorno, ele sempre soube chamar atenção.Lembro-me de quando éramos crianças, meu pai sempre fazia que disputássemos entre nós, Heitor sempre o mais fraco, sentimental demais, perdia em todas as lutas contra mim, Vitor sempre o protegeu, cuidava do irmãozinho, quando batiamos de frente era sensacional, porém sempre perdia, mas ficava feliz em causar apenas um arranhão nele, pois isso era motivo de sobra para meu pai te castigar, ele sempre quis que Vitor fosse o melhor, Vitor é seu primogênito, seu filho preferido, ele nunca escondeu isso de ninguém, como sabemos também a preferência de nossa mãe com ele, costumava ficar triste e odiar o Vitor, passei minha adolescência
LAURAHoje era exatamente o dia que viajaríamos para Itália, eu tentei arrumar essa bagunça durante toda a semana, tinha de um lado Gabriel magoado e do outro minha filha, Bela havia se sentido traída por mim, ela não conseguia entender o motivo da minha mentira, e eu tão pouco conseguia explicar, como faria isso com uma criança de 4 anos.Me sentia triste e desamparada, lutei tanto para nada, meu pai morreu por nada.Aquela maldita angústia voltava com tudo, a vontade de beber e me encher de remédios, queria um alívio, uma porta de fuga, eu sentia minhas entranhas se revirarem, tinha medo por tudo que imaginava que pudesse acontecer, tinha medo dele.Eu não era mais a mesma, e imaginava que depois de anos, ele também não, passei várias noites sem dormir imaginando como ele estava, se ainda continuava como antes, agressivo, possessivo, tudo passava por minha cabeça, me odiava por pensar tantas vezes nele durante o dia.Ando calmamente até o quarto de Bela, sinto meu corpo tenso com tu
VITORAssim que soube que Laura e as crianças haviam embarcado, fiquei mais tranquilo, tinha medo de ela tentar fugir com meus filhos, apesar de ter gente vigiando ela todo tempo, estava terminando de me arrumar quando meu celular tocou, vi na tela que era Alice, ela não me deixava em paz desde que soube que Laura chegaria, recusei a chamada e coloquei o celular no bolso da calça, me olhei no espelho ainda tentando entender quem eu era, não reconhecia essa pessoa em frente ao espelho, mas também tinha medo de não reconhecer o meu eu de antes.Saí do quarto disposto a esquecer tudo, queria poder ser feliz com minha família, queria aproveitar cada segundo com meus filhos e ela, assim que cheguei a sala de estar, meu pai avisou que já estavam a caminho, senti meu coração acelerar, mas além de mim, outra pessoa também parecia ansioso, Dimitri, não gostava nada de como agia, ficaria de olho nele.Parecia que eu sentia que estava próxima, e assim que ela passou por aquela porta eu perdi o ar