LAURAEstava brincando com Isabela quando vi uma movimentação de carros chegando, imediatamente fiquei alerta, apesar da casa ser cheia de seguranças, eu não confiava em ninguém, vi quando Gustavo desceu do carro sério, logo em seguida Gabriel também, meu coração começou a bater forte quando o vi.Isabela: Está tudo bem, mamãe?Escutei sua voz doce chamar, olhei para minha filha que me olhava com certa curiosidade.__Sim, meu amor...Vamos entrar?Ela asentiu com a cabeça e se levantou segurando minha mão, assim que chegamos na sala, já estavam todos, Gabriel me olhou com um sorriso de tirar o fôlego de qualquer mulher, me aproximei dele e te abracei.Gabriel: Está linda...Sorri com seu elogio, olhei para Gustavo que parecia um pouco perdido, me aproximei do mesmo e o abracei também, ele reagiu na mesma hora.__Bela, esse é seu primo, Gustavo...Minha filha olhou para ele e abriu um sorriso genuíno, ele ficou surpreso quando ela o abraçou, o que foi muito engraçado já que ela nem alcan
DIMITRIA presença do Vitor nessa casa estava insuportável, não aguentava mais tanta bajulação, eu fui feliz por um momento, quando soube da sua suposta morte, fiquei ainda mais feliz quando soube que ele tinha morrido pelas mãos da mulher que amava, mas então me jogam um balde de água fria, depois de cinco anos o seu retorno, ele sempre soube chamar atenção.Lembro-me de quando éramos crianças, meu pai sempre fazia que disputássemos entre nós, Heitor sempre o mais fraco, sentimental demais, perdia em todas as lutas contra mim, Vitor sempre o protegeu, cuidava do irmãozinho, quando batiamos de frente era sensacional, porém sempre perdia, mas ficava feliz em causar apenas um arranhão nele, pois isso era motivo de sobra para meu pai te castigar, ele sempre quis que Vitor fosse o melhor, Vitor é seu primogênito, seu filho preferido, ele nunca escondeu isso de ninguém, como sabemos também a preferência de nossa mãe com ele, costumava ficar triste e odiar o Vitor, passei minha adolescência
LAURAHoje era exatamente o dia que viajaríamos para Itália, eu tentei arrumar essa bagunça durante toda a semana, tinha de um lado Gabriel magoado e do outro minha filha, Bela havia se sentido traída por mim, ela não conseguia entender o motivo da minha mentira, e eu tão pouco conseguia explicar, como faria isso com uma criança de 4 anos.Me sentia triste e desamparada, lutei tanto para nada, meu pai morreu por nada.Aquela maldita angústia voltava com tudo, a vontade de beber e me encher de remédios, queria um alívio, uma porta de fuga, eu sentia minhas entranhas se revirarem, tinha medo por tudo que imaginava que pudesse acontecer, tinha medo dele.Eu não era mais a mesma, e imaginava que depois de anos, ele também não, passei várias noites sem dormir imaginando como ele estava, se ainda continuava como antes, agressivo, possessivo, tudo passava por minha cabeça, me odiava por pensar tantas vezes nele durante o dia.Ando calmamente até o quarto de Bela, sinto meu corpo tenso com tu
VITORAssim que soube que Laura e as crianças haviam embarcado, fiquei mais tranquilo, tinha medo de ela tentar fugir com meus filhos, apesar de ter gente vigiando ela todo tempo, estava terminando de me arrumar quando meu celular tocou, vi na tela que era Alice, ela não me deixava em paz desde que soube que Laura chegaria, recusei a chamada e coloquei o celular no bolso da calça, me olhei no espelho ainda tentando entender quem eu era, não reconhecia essa pessoa em frente ao espelho, mas também tinha medo de não reconhecer o meu eu de antes.Saí do quarto disposto a esquecer tudo, queria poder ser feliz com minha família, queria aproveitar cada segundo com meus filhos e ela, assim que cheguei a sala de estar, meu pai avisou que já estavam a caminho, senti meu coração acelerar, mas além de mim, outra pessoa também parecia ansioso, Dimitri, não gostava nada de como agia, ficaria de olho nele.Parecia que eu sentia que estava próxima, e assim que ela passou por aquela porta eu perdi o ar
ALICEEu estava com ódio, o Vitor estava ignorando-me por causa daquela mulherzinha, ela mal tinha chegado e já estragava meus planos, liguei mais uma vez e a chamada foi recusada, senti alguém parar em minha frente e olhei vendo Tatiane me olhar, ela se sentou na cadeira a minha frente.Tatiane: Vejo que seu humor está péssimo hoje._disse chamando o garçom.__Como posso ficar bem com aquela mulher lá? Ela está com meu homem!Tatiane abriu um sorriso debochado.Tatiane: Seu, Alice? Ele é marido dela, coração, aceita isso...O garçom se aproximou de nós e eu tentei ligar mais uma vez, mandei uma mensagem que foi entregue para ele.Tatiane: Me traga uma taça de vinho branco.O garçom anotou o pedido.Xxx: E a senhorita deseja algo?_perguntou educadamente para mim.__Uma água com gás e uma salada com parmesão.Xxx: Com licença._Ele anotou e se retirou.Tatiane: Você precisa relaxar mais, desse jeito vai espantar o Vitor.__Você acha que vou me contentar em ser amante, como você!_joguei n
LAURAEstava entediada nessa casa, uma semana aqui e já não aguentava mais, fora ainda te que dormir com o Vitor, sim, ele dormia todos os dias comigo, pelo menos não tinha tentado nada, eu tinha conseguido falar com o Gabriel hoje, porém só brigamos a ligação inteira, apesar de ele entender meus motivos, ele sentia raiva por eu voltar para cá, mas o que poderia fazer, eu estava bastante estressada com essa situação entre a gente.Terminei de vestir a camisola e saí do closet, na mesma hora Vitor entrou no quarto e parecia furioso, ele não disse nada e entrou no banheiro, talvez um bicho teria mordido ele, ri da minha piada inútil, deitei na cama e peguei meu celular verificando as mensagens, tinha algumas de Stefane, da minha mãe, mas nenhuma do Gabriel, bufei com raiva, fiquei ali mexendo nas minhas redes sociais, tudo era privado por causa da vida que levava antes, escutei o barulho do chuveiro desligar, assim que senti sua presença no quarto, não ousei olhar até escutar sua voz.V
LAURAAcordei e assim que abri os olhos, Bela me olhava sorrindo, Nicola não estava mais na cama.Isabela: Bom dia, mammina...Disse mamãe em italiano, sorri com seu lindo gesto.__Alguém já está usando o italiano..._fiz cócegas na mesma.Isabela: Para, mamãe..._disse gargalhando.Vitor entrou no quarto e olhou a cena sorrindo, parei de brincar com Bela e olhei seria para ele.Vitor: Bom dia, pequena._disse carinhoso para Bela.Isabela: Buongiorno, papà...Ela abraçou ele, Bela já tinha se apegado em ter um pai, minha menina era muito dependente de carinho.Isabela: Vou descer para o café...__Desça com cuidado as escadas._ordenei.Me levantei da cama e quando ia passar por ele, ele segurou meu braço.__Me deixa passar!Vitor: Precisamos conversar.__Não, não precisamos. Você não mudou nada mesmo, continua bem aí escondido._falei com raiva.Ele soltou meu braço e bagunçou os cabelos.Vitor: Não queria fazer aquilo, eu juro, é verdade que tem horas que não me reconheço..._disse sincero
LAURAMeu sangue ferveu na hora, essa mulher era muito cara de pau mesmo, se não fosse as crianças aqui, nem sei o que teria feito com essa desgraçada.Vitor: O que está fazendo aqui?_perguntou com raiva.Ela se levantou e o sorriso aumentou ainda mais quando me viu, caminhou até Vitor e tentou beijá-lo, mas ele virou o rosto.Vitor: Você é maluca?_se afastou exautado.Nesse momento apareceram na sala Henrique, Estela e uma mulher que ainda não tinha conhecido.Henrique: O que está acontecendo?Vitor: O que ela faz aqui, pai? Já tinha proibido sua entrada...Henrique: Eu não sei...Não entendia o desenrolar dessa história, ele estava com ela ontem e agora diz isso, fiquei parada junto das crianças, queria ver até onde ia seu cinismo.Alice: Eu achei que já estava tudo resolvido entre nós, ontem ficamos juntos, meu amor._disse com uma voz melosa.Vitor revirou os olhos com tédio.Estela: Que sem vergonha...Teresa desceu as escadas e caminhou até mim.__Leve as crianças para o quarto,