ALICEEu faria qualquer coisa para ter ele de volta, mesmo que tivesse que fazê-lo sofrer, ele deveria ter me escolhido, ser grato, salvei sua vida e não ganhei nada em troca, mas sabia fazê-lo voltar para mim, não passei 4 anos da minha vida presa a ele para nada, 4 anos que fiz ele ficar em coma longe de mim, não foi fácil, mas com a ajuda certa consegui isso, Doutor Martins era eficaz, porém contar com sua paixão por mim, foi melhor ainda, ele me ajudou em tudo, cuidou dos ferimentos do Vitor, fez a cirurgia para retirar a bala que quase o matou, aplicava o remédio para deixá-lo dormindo todo esse tempo.Não foi fácil convencê-lo a me ajudar, precisei usar todos os meios possíveis, mas um homem apaixonado é bobo, se souber jogar, ele come na sua mão. O restante de nós cada um tinha sua motivação, Dimitri o poder, Tatiane a ganância por dinheiro e Teresa só foi ameaçada mesmo, no passado Dimitri e ela tiveram um caso, ela foi apaixonada por ele, chegou até a ficar grávida, não sei d
VITOREu estava me sentindo mal por tudo, ainda não conseguia acreditar que o bebê era meu, estava me sentindo perdido e sem rumo, não existia mais uma criança para se apegar, apenas um vazio, ter que ouvir e vê o sofrimento da Laura, era um castigo para mim, talvez eu merecesse tal punição de Deus, afinal não sou um santo, e tão pouco um homem bom.Laura mal olhava na minha cara, entendia seus sentimentos e revoltas, mas será que ela não percebe que também estou sofrendo, que também sinto a falta de um filho que não conheci e nem toquei.Talvez o "karma" venha para todos, não adianta fugir.Estávamos na casa dos meus pais, era até estranho falar isso, precisava resolver tudo com a filha do homem que sequestrou meu filho, e não estava querendo pegar nada leve com ela já que a mesma não coperava.Kim: Está satisfeita, primeira dama?_falou com deboche.Nicolai: Fala direito, vadia!Laura: Está tudo bem... Eu não vim como inimiga, se assim você desejar.Kim: Eu já deixei claro para o seu
LAURAMeu coração quase saltou pela boca quando ouvi sua voz, na verdade era um misto de sensações, raiva e saudade era uma delas.LIGAÇÃO ON__Alô, Kim...Respirei fundo antes de falar.__Gabriel...__Laura? Meu Deus... Não acredito que a Kim conseguiu falar com você..._ele parecia feliz e surpreso.__Ela me deu seu recado._falei secamente.__Me perdoa... Talvez você não entenda, mas era preciso...__Você levou um dos meus bens mais precioso, não é algo fácil de perdoar.__Eu sei... Porém, eu te amo... Isso não é suficiente?Fechei os olhos lembrando de cada momento que vivemos, foram poucos, porém únicos.__O amor não é mais suficiente.__Já chega!_Vitor pegou o celular. Escuta aqui, desgraçado, eu sei o que você fez e isso para mim já é o suficiente para te matar. Mas você tem sorte que alguém intercedeu por você.__Laura, o que você fez?Fiquei em silêncio.__O que você fez com a Kim?__Estou bem, Gabriel. Mas preciso que escute... Vamos precisar de você para salvar o Nicola. Fare
VITOROlhei com raiva para Laura, com o impacto do tapa ela caiu no chão, seus olhos transmitiam raiva e confusão.__Eu não queria fazer isso... Porém você agi feito uma criança mimada, não consegue perceber que não é a única que está sofrendo...Ela me olhou nos olhos, suas lágrimas começaram a descer, sentia culpa, mas não o suficiente para me desculpar.Saí do quarto deixando ela ali no chão, não queria vê-la ou ouvir sua voz, precisava de um momento longe da sua loucura.Isabela: Pai...Ouvi sua vozinha baixa me chamando, olhei para trás e Isabela estava parada na porta do seu quarto me olhando.__Oi, filha..._me aproximei.Isabela: A mamãe está bem? Ouvi ela gritando...__Ela está bem, só precisa de um tempo sozinha.Isabela: Pode me colocar para dormir?__Claro, querida.Entrei no seu quarto e Teresa estava sentada em uma cadeira, se levantou assim que me viu.Teresa: Senhor!__Pode sair, vou colocá-la para dormir.Teresa: Claro, senhor.Olhei para ela com uma certa raiva, não v
NICOLAFazia bastante tempo que estava aqui, não sabia exatamente quanto, mas imaginava que era muito.Uma mulher entrou e colocou uma bandeja com comida em cima da mesa, ela não falou nada, ninguém nesse lugar falava comigo, confesso que estava quase enlouquecendo, ficava imaginando como estava minha mãe e Bela, deviam está desesperadas, meu pai tenho certeza que movia a terra para me encontrar.Imaginava a decepção que Laura teria quando soubesse que foi o Gabriel que me levou, se ela já não sabe, sabia que não poderia confiar naquele filho da puta.Comi a comida olhando para as paredes, os dias aqui eram tediosos, não via a hora de sair desse maldito lugar, o velho Hong Shinoda passou pela porta e ficou me olhando, ele se sentou em uma poltrona, parei de comer imediatamente.Hong: Pode terminar a refeição, criança.__O que você quer seu velho?_perguntei com raiva.Ele abriu um sorriso sinistro que até fez eu ficar com um pouco de medo.Hong: Parece que sua família não se importa mu
LAURASe passaram alguns minutos e já haviam avisado que pousaram em segurança, estávamos em frente da casa esperando, vi o carro de longe chegar, minhas mãos tremiam de ansiedade.A porta se abriu e Nicola saiu correndo do carro, fiz o mesmo em sua direção, seu abraço apertado em volta do meu corpo me fazia chorar de alegria.__Meu filho... Nunca mais vou ficar longe de você...Nicola: Senti sua falta mãe..._disse chorando.Apertei seu corpinho pequeno.Ele foi até Vitor e o abraçou, pareciam tão amorosos naquele momento.Olhei para o carro procurando uma pessoa, quando ele desceu, sua roupa estava suja de sangue, arregalei os olhos por perceber que estava ferido, antes que fosse ao seu encontro, Kim correu em sua direção, ela o abraçou preocupada.Gabriel: Estou bem... O ferimento foi leve...Ela ajudou ele, me mantive parada no lugar, seus olhos se voltaram para mim.__Obrigada por isso...Agradeci mesmo que ele não merecesse.Gustavo se aproximou dele, os dois ficaram se encarando
DIMITRIOlhava com tanto ódio para esse desgraçado do Vitor, que se um olhar pudesse matar, ele já estaria morto, tinha dificuldade de manter meus olhos abertos por causa do inchaço causado por seus socos, estava esperando o momento que meu pai passaria por essa porta para me libertar.Vitor: Estou te dando uma chance, Dimitri. Prefere morrer sozinho a entregar seus cúmplices?__O que te faz pensar que tem mais alguém?Minha língua coçava para contar sobre Alice, mas manteria ela fechada por enquanto, talvez aquela vadia fosse útil para mim.Vitor: Você não tem capacidade para isso. Se acha esperto, não é? Sua inveja é tanta, que te cega, Dimitri._fala com desdém na voz.Abri um sorriso, porém por dentro estava surtando.__Você não vai me matar, se não já teria feito isso... Não pode... É fraco...Ele se sentou em uma cadeira na minha frente e abriu um sorriso macabro, conhecia bem, era o mesmo sorriso que ele usava para me bater nas lutas de quando éramos crianças.Vitor: Tem razão!
ESTELA__Espero que não me odeie no final dessa conversa...Vitor olhava para mim sério, seus olhos sempre foram tão parecidos com o dele.Vitor: Diz logo, mãe!__Você não pode entrar em uma guerra contra o Henrique, agora.Vitor: Não acredito que veio na minha casa defender o homem que me ameaçou._falou entre dentes.Fechei os olhos e respirei fundo.Vitor: Eu sou o Don, sou eu que escolho o que fazer, não ao contrário.__Esse lugar não é seu, Henrique pode usar isso contra você.Vitor: Está maluca? Esse lugar é meu por direito, mãe.Meus olhos se encheram de lágrimas.__O Henrique não é seu pai!_falei de uma vez.Ele ficou parado me encarando perplexo, sem acreditar.Nesse momento não consegui mais segurar as lágrimas, a decepção estava estampada em sua face.Vitor sempre foi meu filho querido, meu primogênito, o amei desde o momento que o tive nos braços.__Fala alguma coisa, filho...Vitor: Está mentindo?__Quando era mais nova, sempre soube o que deveria fazer, fui criada exatame