NICOLAFazia bastante tempo que estava aqui, não sabia exatamente quanto, mas imaginava que era muito.Uma mulher entrou e colocou uma bandeja com comida em cima da mesa, ela não falou nada, ninguém nesse lugar falava comigo, confesso que estava quase enlouquecendo, ficava imaginando como estava minha mãe e Bela, deviam está desesperadas, meu pai tenho certeza que movia a terra para me encontrar.Imaginava a decepção que Laura teria quando soubesse que foi o Gabriel que me levou, se ela já não sabe, sabia que não poderia confiar naquele filho da puta.Comi a comida olhando para as paredes, os dias aqui eram tediosos, não via a hora de sair desse maldito lugar, o velho Hong Shinoda passou pela porta e ficou me olhando, ele se sentou em uma poltrona, parei de comer imediatamente.Hong: Pode terminar a refeição, criança.__O que você quer seu velho?_perguntei com raiva.Ele abriu um sorriso sinistro que até fez eu ficar com um pouco de medo.Hong: Parece que sua família não se importa mu
LAURASe passaram alguns minutos e já haviam avisado que pousaram em segurança, estávamos em frente da casa esperando, vi o carro de longe chegar, minhas mãos tremiam de ansiedade.A porta se abriu e Nicola saiu correndo do carro, fiz o mesmo em sua direção, seu abraço apertado em volta do meu corpo me fazia chorar de alegria.__Meu filho... Nunca mais vou ficar longe de você...Nicola: Senti sua falta mãe..._disse chorando.Apertei seu corpinho pequeno.Ele foi até Vitor e o abraçou, pareciam tão amorosos naquele momento.Olhei para o carro procurando uma pessoa, quando ele desceu, sua roupa estava suja de sangue, arregalei os olhos por perceber que estava ferido, antes que fosse ao seu encontro, Kim correu em sua direção, ela o abraçou preocupada.Gabriel: Estou bem... O ferimento foi leve...Ela ajudou ele, me mantive parada no lugar, seus olhos se voltaram para mim.__Obrigada por isso...Agradeci mesmo que ele não merecesse.Gustavo se aproximou dele, os dois ficaram se encarando
DIMITRIOlhava com tanto ódio para esse desgraçado do Vitor, que se um olhar pudesse matar, ele já estaria morto, tinha dificuldade de manter meus olhos abertos por causa do inchaço causado por seus socos, estava esperando o momento que meu pai passaria por essa porta para me libertar.Vitor: Estou te dando uma chance, Dimitri. Prefere morrer sozinho a entregar seus cúmplices?__O que te faz pensar que tem mais alguém?Minha língua coçava para contar sobre Alice, mas manteria ela fechada por enquanto, talvez aquela vadia fosse útil para mim.Vitor: Você não tem capacidade para isso. Se acha esperto, não é? Sua inveja é tanta, que te cega, Dimitri._fala com desdém na voz.Abri um sorriso, porém por dentro estava surtando.__Você não vai me matar, se não já teria feito isso... Não pode... É fraco...Ele se sentou em uma cadeira na minha frente e abriu um sorriso macabro, conhecia bem, era o mesmo sorriso que ele usava para me bater nas lutas de quando éramos crianças.Vitor: Tem razão!
ESTELA__Espero que não me odeie no final dessa conversa...Vitor olhava para mim sério, seus olhos sempre foram tão parecidos com o dele.Vitor: Diz logo, mãe!__Você não pode entrar em uma guerra contra o Henrique, agora.Vitor: Não acredito que veio na minha casa defender o homem que me ameaçou._falou entre dentes.Fechei os olhos e respirei fundo.Vitor: Eu sou o Don, sou eu que escolho o que fazer, não ao contrário.__Esse lugar não é seu, Henrique pode usar isso contra você.Vitor: Está maluca? Esse lugar é meu por direito, mãe.Meus olhos se encheram de lágrimas.__O Henrique não é seu pai!_falei de uma vez.Ele ficou parado me encarando perplexo, sem acreditar.Nesse momento não consegui mais segurar as lágrimas, a decepção estava estampada em sua face.Vitor sempre foi meu filho querido, meu primogênito, o amei desde o momento que o tive nos braços.__Fala alguma coisa, filho...Vitor: Está mentindo?__Quando era mais nova, sempre soube o que deveria fazer, fui criada exatame
LAURAEra tortuoso se despedir dele, ver a decepção no rosto dos meus filhos, principalmente no de Nicola, Isabela chorava tanto que me dava um aperto grande, mas como agir diferente? Se tudo não passa de uma questão de nos salvar.Lágrimas teimam em cair dos meus olhos, eu sinto medo da incerteza do amanhã, de como vai ser.__Precisamos ir, agora...Isabela ainda está abraçada a Vitor, apesar de não chorar, seu olhar é triste e cansado.Nicola: Vamos, Bela! Não vê que ele não nos quer aqui._fala com raiva.__Filho...Antes que termine de falar ele entra no carro. Iremos daqui para o jatinho particular da família, achei melhor assim, se Vitor nos acompanhasse, teria medo do que poderia fazer, medo de desistir e lutar ao seu lado.Isabela: Papai... Eu não quero ir...Vitor: Você precisa, meu amor... Tudo por sua segurança._beija sua testa.Isabela o larga contra sua vontade e vai para o carro chorando.Eu fico parada com tantos pensamentos me rondando, com o meu coração batendo tão for
LAURASe eu tivesse lutado por ele, seria diferente?Se eu tivesse falado que amava e me importava, seria diferente?O amor é complicado, ele nos impossibilita de enxergar a verdade, de ver o mal nas pessoas em nossa volta, mesmo que te machuquem, ainda vai querer ter por perto a pessoa, porque não consegue enxergar sua vida sem ela, não como antes, o amor é violento e arrebatador.Como posso amar alguém que só me machucou? Será que isso é amor mesmo?Eu não entendo... Ou não quero entender.Stefane: Laura!?Olhei para Stefane que estava na minha frente, estávamos sentadas em um restaurante almoçando juntas.__Hum?Stefane: Ouviu alguma coisa do que eu disse?__Não, desculpa...Stefane: Tudo bem! Precisa se acalmar, Laura, você falou com o Vitor, ele está bem.__Eu sei... O problema é que ele está vulnerável, sei que vão usar isso contra ele. O Dimitri não saber de nada é o de menos.Eu havia contado a história para minha família, principalmente por causa dos meus filhos.Stefane: Eu
VITORMeu plano funcionava como o esperado, encurralar um rato é muito fácil, porém precisa de prática, tenho do meu lado os mais fortes aliados, deixei bem claro para Henrique que agora era guerra, não estou mais para brincadeira.Lucas chegará hoje a Itália, ele quer matar Dimitri com as próprias mãos, eu não vou interferir no seu assunto, preciso mesmo me livrar dele, agora meu problema é Henrique que se esconde feito um rato, não sei onde aquele desgraçado estar, mas vou encontrar, custe o que custar.Olho novamente para a foto da Laura e as crianças, a saudade apertando no peito, tudo que eu queria é estar com eles, minha família, uma família de verdade.Jogo o terceiro copo na parede, a raiva consumindo até minhas entranhas, não consigo parar de pensar um só minuto na Laura, no que ela está fazendo? Com quem conversa? Com quem anda? Vou enlouquecer!Nicolai: Posso entrar?__Entre, Nicolai!Nicolai: Fiz o que você pediu, agora o Heitor está sempre em cima querendo saber de tudo.
LAURAUma guerra acontecia na Itália, uma guerra épica entre os Greco, pela primeira vez eles lutavam entre si, uma guerra que começou com a inveja e ganância de um irmão, depois a traição de outro e a insensatez do seu líder, como Vitor não percebeu os traidores que foram criados com ele?Pergunta sem resposta, Laura! Não percebemos a traição muitas vezes, e a traição sempre vem de quem menos esperamos.Stefane: Se acalma, Laura!__Preciso saber se ele está bem... A Itália está pegando fogo com essa maldita guerra..._me sentei com as mãos na cabeça.Fazia exatamente uma semana que uma briga entre os Greco havia começado, consequentemente iniciada por Henrique que conseguiu soltar Dimitri.Meu irmão e Gustavo estavam lá, mas perdemos contato com eles já fazem três dias, não consigo manter a calma pensando no que pode ter acontecido.__Vou voltar para a Itália... É isso! Vou agora mesmo.Stefane: O quê?Mariana: Pode parar aí mesmo, menina! Você não vai para nenhum lugar, se o seu mar