Renatta franziu as sobrancelhas:— A indenização pela questão da casa com substâncias tóxicas da família Timelo ainda não foi paga, e ele ainda tem coragem de atacar o Grupo Borges?Helga balançou a cabeça:— Eu também não sei. Ele me avisou ontem à noite para que o Grupo Melo evitasse fazer negócios com o Grupo Borges por agora. Acho que ele está planejando alguma coisa.— Entendi. Obrigada por me avisar… Mas, Helga, o Abelo te alertou sobre isso… ele está tentando te manipular de novo?Helga ficou em silêncio por um momento e, em seguida, respondeu com um sorriso irônico:— Eu e ele já somos passado. Não importa o que ele diga, não vou voltar atrás.Na noite passada, Abelo a procurou e tentou justificar que estava se aproximando de Bianca só para provocá-la, esperando que ela sentisse ciúmes. No entanto, Helga não reagiu como ele esperava. Ela o achou ridículo. Afinal, quando quis ficar com ele, ele pisoteou seus sentimentos. Agora, ouvir essas palavras só a deixava mais irritada.—
Do outro lado da linha, houve um silêncio de alguns segundos antes da voz de Diana soar novamente:— Liguei para você, na verdade, para pedir que converse com sua amiga e a convença a não ficar mais atrás do Abelo. Bianca está se encontrando com ele agora, e talvez eles se casem no futuro.Ao ouvir isso, Renatta franziu a testa:— Sra. Diana, Bianca e Abelo não estão casados nem têm um relacionamento confirmado. Ele é livre para se encontrar com quem quiser. E, aliás, acho que a senhora está equivocada: quem está sendo incomodada é a minha amiga, não o contrário!— Como assim? A família Melo não chega aos pés da família Timelo! Por que ele iria atrás da Helga? É claro que é ela que está querendo tirar proveito!A voz de Diana ficou mais aguda com a indignação. Renatta soltou uma risada fria:— Não pense que todo mundo é como a família Collins, sempre tentando se aproximar de quem é mais poderoso. Não me ligue mais. Eu não vou atender!Dizendo isso, Renatta desligou o telefone na hora e
— Certo... Vou ficar atento. Desculpe por incomodar. — Disse Wade.Depois de desligar, Renatta largou o celular, com uma expressão pensativa. Por que Wade estava tão preocupado com Carolina de repente? Além disso, Carolina comentou que ele sempre encarava sua barriga... Será que ele queria ser o pai do filho dela? A ideia foi tão absurda que Renatta riu sozinha, achando graça de si mesma por cogitar uma hipótese tão ridícula.Provavelmente havia outra explicação. Se Wade continuasse com esse comportamento estranho por mais tempo, ela conversaria seriamente com ele....Na mansão da família Amorim.Lertino encarava Lorenzo, que estava com uma expressão fria do outro lado da mesa, sentindo uma forte dor de cabeça:— Por que você é tão teimoso? Ficar com a Larissa só traria benefícios para você. A família Cabral tem apenas ela como herdeira. Se você se casar com ela, você ganha o controle da família inteira. Assim, mesmo o Grupo Marques não seria um obstáculo. Eu realmente não entendo o q
Ademir abaixou a cabeça e disse com a voz suave:— Mestre, o senhor só quer o bem do Mestre Lorenzo.Lertino soltou um riso amargo:— Mas aos olhos dele, parece que estou tentando destruí-lo. Se eu deixasse ele ficar com a Renatta, talvez ele tivesse menos rancor de mim, não acha?— Um dia o Mestre Lorenzo vai entender sua intenção, senhor.— Ah...Lertino suspirou, o cansaço estampado em seu rosto. Nos últimos tempos, tantas coisas aconteceram que ele se sentia esgotado e finalmente precisava admitir que estava envelhecendo.— Senhor, o remédio da cozinha já está pronto. Vou trazê-lo para o senhor. — Disse Ademir.Logo depois, Ademir trouxe uma tigela de um líquido escuro e amargo, colocando-a na frente de Lertino. Lertino franziu o nariz, incomodado:— Já tomei essa poção por dias e minha dor de cabeça só piora. Talvez seja melhor parar.— Não pode fazer isso! Na última crise de dor de cabeça, foi esse remédio que o ajudou. Pode ser apenas uma fase mais intensa da dor. Por favor, tom
— Ah.— Venha tomar café, preciso sair daqui a pouco. — Disse Renatta.— Tão cedo assim?— Sim, vou indo. Se precisar de algo, me liga.Antes que Carolina pudesse responder, Renatta já havia pegado os documentos e saído. Dirigiu até a casa de Lorenzo, chegando pouco depois das oito. Respirou fundo, pegou a pasta do banco do passageiro e apertou a campainha.A porta se abriu rapidamente. Ao vê-la, Lorenzo franziu o cenho:— Veio tão cedo para ver a Lígia?Renatta ergueu o olhar para ele:— Não, vim falar com você.Eles se sentaram na sala, e Renatta entregou os papéis que trouxera:— Aqui estão alguns contatos de clientes com quem falei ontem à noite. Eles têm interesse em trabalhar com você. Para retomar o Grupo Marques das mãos do Abelo, vai demorar, e esses clientes, eu selecionei justamente por terem desavenças com a família Timelo. Pode confiar.Lorenzo pegou os documentos, mas não os abriu de imediato. Em vez disso, fixou o olhar em Renatta, os olhos brilhando com uma expressão di
Renatta olhou para ele com um olhar frio e distante:— Já falei que essa é uma questão minha, você não tem o direito de se meter. E além do mais, eu não fiz nada para te desrespeitar. Se não consegue lidar com isso, podemos cancelar nosso noivado!Francisco a encarou, seus olhos tomados pela fúria:— Já estava esperando o momento para dizer isso, não é? Finalmente teve a chance, e agora está se sentindo aliviada?— Você está fora de si agora. Não quero brigar com você. Vamos conversar depois que você se acalmar.— Eu estou bem calmo! Nunca quis realmente ficar comigo, só ficou noiva por pena. Até quando eu estava tratando minha perna, você achava que aquele acidente foi coisa minha! Duvidou até do sumiço da Fabíola. Para você, qualquer coisinha já é motivo para não acreditar em mim, sempre buscando uma forma de se livrar de mim, não é?Renatta deu um passo para trás e respondeu em tom sério:— Peço desculpas pela falta de confiança. Sobre o resto, conversamos quando você estiver mais c
— Estamos investigando, mas o outro lado já está desconfiado. Acho que será difícil encontrar mais pistas daqui pra frente. — Disse Filipe.— Entendi.Ao desligar o telefone, um brilho de preocupação passou pelos olhos de Renatta. Quanto mais o tempo se arrastava, mais perigosa a situação se tornava para Fabíola. O que os sequestradores queriam ao raptar Fabíola? Por que a mantinham presa, sem fazer contato com Mestre Valentino ou qualquer outra pessoa? Não parecia que Fabíola tivesse ofendido alguém...Depois de pensar muito, Renatta só conseguia imaginar que Francisco teria essa chance... mas não conseguia entender o motivo.Sacudindo a cabeça, Renatta afastou as suspeitas sobre Francisco e tentou não pensar mais nisso. Levantou-se e desceu as escadas. Assim que chegou no andar de baixo, viu Carolina colocando os talheres na mesa. Ao perceber a presença de Renatta, Carolina sorriu:— Eu ia subir pra te chamar.Sobre a mesa, havia sete ou oito pratos, todos os favoritos de Renatta.—
De manhã, assim que Renatta desceu as escadas, Carolina a informou:— Francisco passou a noite toda esperando lá fora.Renatta franziu a testa e olhou pela janela. De fato, o carro de Francisco estava estacionado na entrada.Notando o incômodo nos olhos de Renatta, Carolina se apressou em dizer:— Se você não quiser vê-lo, eu posso pedir para ele ir embora.— Não precisa, eu mesma falo com ele.Enquanto Renatta se aproximava do carro de Francisco, ele saiu e foi ao seu encontro. Quando estavam a poucos passos de distância, Renatta parou:— Você não precisa ficar aqui. Pode ir.Os olhos de Francisco estavam cheios de arrependimento e culpa:— Renata, me desculpa pelo que aconteceu ontem... Eu fiquei muito nervoso. Estou morrendo de medo de te perder. Mesmo depois de termos ficado noivos, sinto que você pode me deixar a qualquer momento... Por isso eu perdi o controle e disse coisas que não devia.Francisco parecia desesperado para se justificar, mas o rosto de Renatta permaneceu inexpre