Cristina soltou uma risadinha ao ouvir aquilo:— Então tá bom, vai lá com ela escolher o presente. Depois me avisa quanto custou que eu te reembolso.— Tá bom.Depois de dar essas instruções, Cristina apressou-se em dizer:— Pronto, agora vou curtir um pouco, não vou mais ficar no telefone. Tchau, tchau.E desligou sem dar chance de Renatta responder. Ouvindo o som da ligação encerrada, Renatta deu uma risadinha, um tanto resignada. Antes, Cristina dizia que não queria viajar, mas agora nem tinha tempo para dar atenção, e até pedir para ela participar do aniversário foi algo feito às pressas.Naquela tarde, Renatta e Helga se encontraram na entrada do shopping. Ao ver Helga com um semblante corado e um sorriso aberto no rosto, Renatta finalmente soltou um suspiro de alívio. Pelo jeito, ela já tinha superado o que passou no relacionamento anterior.— Renatta, vamos lá. Faz tempo que não dou uma volta no shopping. Hoje vou me dar de presente umas roupas novas, um mimo por tanto trabalho
As duas entraram no shopping e foram direto para a loja de personalização que sempre frequentavam.— Ah, é mesmo, o que você vai dar de presente? — Perguntou Helga.Renatta balançou a cabeça:— Ainda não decidi, mas deve ser alguma joia. Roupas são complicadas, não sei o tamanho que a Larissa veste.— Então eu também vou comprar uma joia. Vamos dar uma volta nas lojas de roupas primeiro e depois passamos na joalheria.— Combinado.Assim que entraram na loja de vestidos, Helga imediatamente se encantou por um modelo azul-claro que estava exposto bem na entrada da loja.O vestido era tomara-que-caia com detalhes de pétalas, a saia se abria em um formato de cauda de sereia, repleto de lantejoulas que brilhavam como estrelas, difícil de desviar o olhar.— Que lindo! — Gritou Helga.Helga, sem perceber, se aproximou do vestido, os olhos cheios de admiração.Renatta deu uma olhada e também achou o modelo encantador:— Fica ótimo em você. Tenho certeza de que vai arrasar.— Eu também acho!En
Renatta deu um sorriso:— Deixa pra lá, ainda tem muitos vestidos bonitos. Você pode procurar outro.— É, mas parece que essa tal de Srta. Larissa não é das mais fáceis de lidar. — Respondeu Helga.— Se é fácil ou não, vamos descobrir na festa de aniversário na próxima semana.Sem conseguir comprar o vestido que tanto queria, Helga achou todos os outros que viu depois sem graça, como se faltasse algo especial. No fim, acabou não comprando nada e saiu da loja de mãos vazias. Quando foram à joalheria, ela continuava visivelmente desanimada.Renatta arqueou a sobrancelha e olhou para a amiga:— O que foi? Tá chateada por causa daquele vestido?Helga assentiu:— É, eu realmente gostei muito dele. Foi amor à primeira vista.— Então por que você não insistiu em comprar?Renatta não entendia. Se fosse ela, jamais teria desistido de algo que gostava, ainda mais quando estavam com a razão ao seu lado.— A verdade é que a nossa família já não tem a mesma influência de antes. A família Cabral aca
— Quero pedir sua ajuda para encontrar uma pessoa.Depois que Renatta explicou a situação de Fabíola, Filipe respondeu de imediato:— Entendi, pode deixar. Vou mandar alguém procurar por ela agora mesmo e, se houver qualquer novidade, te aviso na hora.— Tá bom, obrigada.— Que é isso, somos irmãos! Não precisa agradecer! Mas agora preciso voltar ao trabalho, depois a gente se fala.— Certo.Renatta desligou o telefone e deu partida no carro, seguindo para casa.Enquanto isso, do outro lado da cidade, Francisco estava descansando em seu quarto quando o celular em cima da mesa tocou. Ao ver o número na tela, ele franziu as sobrancelhas e, ao atender, baixou a voz:— Eu não falei para você não me ligar nesse período?!— Sr. Francisco, houve um probleminha com a Fabíola...Francisco mudou de expressão instantaneamente:— Que tipo de problema?— Parece que ela conseguiu esconder o celular em algum lugar e fez uma ligação para a Renatta. Mas logo depois conseguimos interceptar e desligar...
Ao ouvir aquelas palavras, Renatta mordeu o lábio inferior sem perceber. No passado, quando ela trabalhava com Francisco, sabia que o pai dele havia abandonado a família quando ele ainda era muito pequeno, deixando ele e a mãe. Desde então, Francisco sempre teve um sonho: construir um lar ao lado de alguém que amasse. Quando ele compartilhava essas aspirações na sua frente, Renatta ainda não sabia que a pessoa de quem ele gostava era ela, e, por isso, o incentivava. — Deixe para pensar nisso quando sua perna estiver completamente recuperada. — Disse Renatta.— É, vou continuar com a fisioterapia, então não vou te atrapalhar mais. Fica com Deus.Depois de desligar, Renatta colocou o celular sobre a mesa, sentindo uma confusão tomar conta de seus pensamentos. Ela não queria acreditar que Francisco tivesse alguma relação com o acidente, mas, depois de passarem tanto tempo juntos, ela tinha certeza de que não poderia se apaixonar por ele. Só que, no fim das contas, foi ela quem decidiu
Ao perceber a raiva gelada nos olhos de Roberto, Renatta sorriu de leve:— De fato, é uma questão sua, mas você já parou para pensar se a Carolina precisa disso?Roberto ficou em silêncio, abaixando o olhar sem dizer nada, mas os músculos de sua testa pulsavam, deixando claro que ele estava se segurando. Renatta também não disse mais nada e se virou, entrando no prédio.Ao chegar à porta do apartamento de Carolina, Renatta bateu algumas vezes:— Carolina, sou eu. Abre a porta, por favor.Em poucos segundos, a porta se abriu, mas quem estava lá não era Carolina, e sim Wade. Renatta arregalou os olhos de surpresa, conferiu o número do apartamento para ter certeza de que não tinha se enganado.— Sr. Wade... Pode me explicar o que está fazendo aqui?Ao notar a expressão surpresa de Renatta, Wade pigarreou e respondeu em tom sério:— Eu moro ao lado da Srta. Carolina. Quando faltou luz, ela ficou com medo e pediu que eu viesse fazer companhia a ela.Sentada no sofá, Carolina não resistiu
Carolina tinha os olhos brilhando de empolgação. Ela tinha comentado aquilo sem pensar muito, mas não imaginava que Renatta realmente aceitaria.— É, de verdade, mas só vou te ajudar até você ter o bebê. — Disse Renatta.— Sabia que você era a melhor! Carolina levantou-se com a intenção de abraçar Renatta, mas ela logo levantou as mãos, gesticulando para que parasse:— Eu recuso!Carolina retraiu os braços, com um ar desapontado:— Você rejeitou meu amor, isso me partiu o coração.Renatta lançou-lhe um olhar impaciente:— Ah, para com isso. Quem não te conhece até pensa que é atriz!Carolina ficou sem palavras.Essa mulher era realmente sem graça. Carolina estava prestes a responder quando, de repente, as luzes da sala voltaram a acender. Confirmando que a energia tinha sido restabelecida, Wade levantou-se rapidamente:— Acabei de lembrar que tenho algumas coisas para resolver. Vou voltar ao meu apartamento, mas, se precisarem de alguma coisa, é só bater na porta.Carolina assentiu
— O que você disse? — Wade reagiu como se tivesse ouvido a coisa mais absurda do mundo, sua voz fria cortando o ar. — Você tem certeza?Percebendo o tom de desagrado, a secretária gaguejou:— Eu... eu vou confirmar novamente...Não demorou muito para a secretária retornar com a voz trêmula, visivelmente nervosa:— Confirmei... o nome registrado é Carolina... profissão: presidente da MY...Wade ficou em silêncio por alguns segundos, então desligou o telefone abruptamente.Jogou o celular sobre a mesa, seus olhos refletindo pura irritação.Ele jamais imaginaria que seu esperma tinha sido usado, e ainda mais pela própria Carolina, a presidente da MY. Ela estava desfilando grávida do filho dele bem debaixo do seu nariz e ele só agora descobrira...E se fosse mesmo Carolina, ele sabia que convencer ela a abortar seria praticamente impossível.Só de pensar nisso, Wade sentiu a irritação crescer ainda mais. Tudo culpa das decisões impensadas que seu avô tomara no passado!Enquanto isso, Renat