— Mestre Abelo! Naro tentou alcançar e impedir Abelo, mas, com um olhar frio, Abelo fez com que ele permanecesse parado, assistindo com frustração enquanto Abelo saía da família Timelo. Na entrada da família Timelo, Helga, depois de ficar de pé por tanto tempo e ainda não totalmente recuperada, desmaiou devido ao frio. Em um estado de confusão, ela percebeu que parecia estar sendo carregada. Um aroma familiar entrou em suas narinas, trazendo uma sensação de alívio, e sua consciência começou a se apagar. Quando despertou novamente, Helga sentou-se abruptamente e percebeu que estava em um quarto desconhecido. Ela ficou parada alguns segundos antes de se levantar e perceber que estava vestindo um pijama diferente. Seu rosto mudou de cor ao notar isso. De repente, a porta do quarto foi aberta, e Abelo entrou com uma expressão fria, carregando uma tigela de canja:— Já acordou? Helga mordeu os lábios: — Sim, eu desmaiei ontem à noite? Obrigada. Abelo colocou a canja diante de
— Bem, eu vou subir primeiro. — Disse Helga.— Pelo menos coma um café da manhã! — Não, obrigada. Não estou com fome. Diya, ao ver o estado abatido de Helga, franziu a testa, claramente preocupada. Se soubesse que ela acabaria se apaixonando por Abelo, nunca teria permitido que Helga fosse estudar no exterior. Mas agora era tarde para arrependimentos. Na sala de estar da família Timelo, após a saída de Helga, o velho mordomo entrou, com a cabeça baixa:— Mestre Abelo, a Srta. Helga se foi e recusou o tratamento da empregada para o ferimento. Abelo manteve a expressão tranquila:— Certo, se ela voltar, mande-a embora imediatamente. — Entendido. Depois que o mordomo saiu, Abelo olhou para fora da janela, onde o local onde antes estava uma figura magra agora era apenas um campo de neve. Naro entrou, com uma expressão animada:— Mestre Abelo, Lorenzo está vendendo as ações do Grupo Marques! O rosto de Abelo não demonstrou mudança alguma, como se isso já estivesse previsto:
Alberto sentia que algo estava estranho, mas não conseguia identificar exatamente o que era. — Sr. Wallace, você tem certeza? Dez bilhões não é uma quantia pequena. — Disse Alberto.Embora o Grupo Borges estivesse precisando desse dinheiro, Alberto não podia aceitar a oferta sem uma certa apreensão. Além disso, a decisão repentina de investir uma quantia tão grande gerava suspeitas. — Sim, Sr. Alberto. Apenas peça à sua secretária para me fornecer os dados da conta da empresa e eu providenciarei a transferência do dinheiro ainda hoje. — Respondeu Wallace.Após um momento de silêncio, Alberto respondeu lentamente: — Sr. Wallace, agradeço muito sua disposição em investir uma quantia tão significativa no Grupo Borges, mas não posso aceitar. O Grupo Borges ainda não está em uma situação de desespero absoluto. Quero que o Grupo se recupere com seus próprios esforços. Ouvindo isso, Sr. Wallace apressou-se a responder: — Sr. Alberto, esse dinheiro não é um investimento sem retorno.
Enquanto a internet e a Cidade C ferviam com a notícia, Renatta, no Vale das Ervas, ainda não sabia de nada. Francisco, por sua vez, já tinha ficado sabendo da confusão envolvendo o Grupo Borges desde o primeiro dia, mas preferiu não contar para Renatta. Ele até desligou as notificações do celular dela de propósito, para que Renatta não descobrisse o ocorrido. Afinal, se o Grupo Borges, seu apoio principal, caísse, Renatta ficaria completamente dependente dele. Francisco sabia que seu comportamento era mesquinho, mas, se era para conquistar Renatta, que fosse mesquinho então. Graças aos contatos de Dimitri no laboratório de perícia, o resultado do exame de sangue saiu rapidamente. Quando o relatório ficou pronto, ele procurou Renatta:— Renata, o resultado do exame saiu. Aqueles vestígios de sangue são, de fato, de Fabíola. Renatta ficou pálida e pegou o relatório com as mãos trêmulas. Não havia mais como se enganar: Fabíola... provavelmente havia sofrido um acidente... Enquant
Depois que o Mestre Valentino saiu, Dimitri murmurou: — Renata... Eu também não quero acreditar que algo ruim aconteceu com Fabíola, mas os fatos estão aí. Precisamos aprender a encarar a realidade.Renatta abaixou os olhos, mas a determinação brilhava em seu olhar:— Enquanto não encontrarmos o corpo, vou acreditar que ela ainda está viva.Dimitri quis dizer algo, mas ao ver a teimosia no rosto de Renatta, preferiu ficar em silêncio. Apenas balançou a cabeça e se afastou.Francisco, olhando para Renatta, demonstrava preocupação:— Renata, não fique triste. Assim que minha perna melhorar, vou te ajudar a procurar. Nós vamos encontrar a Fabíola!Renatta forçou um leve sorriso nos lábios:— Está bem.— Já chega, você teve um dia longo. Vá descansar. — Disse Francisco.— Eu não estou cansada. Vou te levar de volta e, depois, vou organizar as ervas medicinais antes de descansar.Francisco ficou em silêncio por um momento, mas acabou concordando com um aceno:— Está bem, então eu te ajudo
Renatta tinha decidido continuar com Francisco, mas aquele vídeo não saía de sua cabeça. Talvez, somente no dia em que todas as respostas fossem reveladas, ela pudesse decidir o que fazer com o relacionamento deles.Enquanto pensava nisso, seus olhos começaram a pesar. Entre o sono e a vigília, ela despertou de repente, assustada. Instintivamente, estendeu a mão para pegar o celular, mas logo se lembrou de que ele havia caído no chão e quebrado enquanto procurava por Fabíola.Ela planejava comprar um novo celular quando fosse embora de Cidade L, mas o sonho que tivera fora tão vívido que, mesmo acordada, ainda sentia um certo medo.Renatta levantou-se da cama e, apressada, foi até a porta do quarto de Dimitri, batendo com força:— Dimitri, você está acordado? Preciso falar com você urgente.— O que foi?Dimitri abriu a porta, o rosto ainda marcado pelo sono.— Posso pegar seu celular emprestado? Quero fazer uma ligação.Dimitri, sem entender, respondeu meio aborrecido:— Só por isso?E
Filipe franziu o cenho:— Mãe, é melhor você não perguntar. Vou ficar de olho no papai, vá descansar.O rosto de Cristina ficou mais frio:— Se você não quer me contar, vou perguntar a outra pessoa.Ela pegou o celular e ligou para uma amiga.— Pare, não precisa ligar. Vou te contar, mas se prepare para o que vai ouvir. — Disse Filipe.Cristina assentiu:— Fale.Filipe explicou tudo o que estava acontecendo na empresa. Ao ouvir, o rosto de Cristina ficou pálido. Ela conseguiu imaginar o peso da pressão que Alberto estava enfrentando nos últimos dias.Mas ao falar com ela pelo telefone, ele apenas disse que, por ser fim de ano, a empresa estava mais ocupada, e que não voltaria para casa por esses dias. Anteriormente, ele já tinha dormido na empresa durante períodos de grande movimentação no final do ano, então Cristina não deu muita importância.Ela nunca imaginou que tantas coisas poderiam acontecer em poucos dias.— E como está a situação da empresa agora? — Perguntou Cristina.Filipe
Cristina ergueu o olhar e encarou o acionista que acabara de falar. Danilo havia conseguido 0,1% das ações do Grupo Borges no ano passado, uma oferta feita por Alberto, impressionado com seu desempenho no trabalho. Mesmo assim, lá estava ele, pronto para escolher o lado oposto, enquanto Alberto lutava pela vida na sala de cirurgia.Era que ele achava que a família Borges era fácil de intimidar?— Danilo, com essa sua mísera participação, é melhor ficar quieto, antes que você acabe sendo usado como peão por alguém e nem saiba como chegou ao seu próprio fim. — Disse Cristina.Danilo ficou vermelho de raiva:— Você...!Cristina fez um gesto despreocupado com a mão:— Ah, por favor, desde quando uma reunião de acionistas do Grupo Borges permite a participação de quem tem menos de cinco por cento das ações? Quem souber que estamos em uma reunião de acionistas, ótimo, mas quem não souber pode pensar que estamos no meio de uma feira, com qualquer um dando pitaco.O secretário atrás dela rapid