— Ainda não encontramos nada por aqui, mas pela altura... Se a Fabíola realmente caiu, temo que... Ao ver o rosto da Renatta empalidecer como a neve e morador da vila não conseguiu continuar a frase.O silêncio tomou conta do ambiente, interrompido apenas pelo som do vento uivando, mas todos ali sabiam, em seus corações, que Fabíola provavelmente não tinha tido muita sorte.Renatta respirou fundo e começou a descer a montanha. Viva ou morta, ela iria encontrar Fabíola! Enquanto isso, Francisco discava um número em seu celular:— Como ela está? — Está trancada com a Sara, mas já adivinhou que foi você quem a sequestrou.Francisco esboçou um sorriso frio. Fabíola era ingênua, mas não era burra; era natural que ela tivesse deduzido que ele estava por trás daquilo.— Não se preocupe. Apenas certifique-se de que ela fique bem presa. Não quero vê-la escapando antes de eu me casar com a Renatta.— Entendido!Ao desligar o telefone, o sorriso de Francisco se ampliou. Se Fabíola não tivesse es
— Renata, não fique tão preocupada, a Fabíola pode estar apenas ferida... Enquanto não encontrarmos o corpo, ela ainda pode estar viva... Dimitri tentou consolar Renatta, mas ele também sabia que, com tantos animais selvagens na montanha, as chances de Fabíola eram mínimas.Renatta mal conseguia se manter de pé, sua voz tremia um pouco: — Por enquanto, não conte nada ao Mestre... E também, esse sangue pode nem ser da Fabíola...Antes que ela terminasse a frase, um grito de alerta soou à distância.— Mestre Valentino!— O Mestre Valentino desmaiou!Renatta e Dimitri viraram-se ao mesmo tempo e viram o Mestre Valentino de olhos fechados e rosto pálido. Os dois correram rapidamente em sua direção. Ao tocar o pulso do Mestre, Renatta franziu o cenho:— Dimitri, o Mestre teve um ataque de raiva. Precisamos levá-lo de volta para casa imediatamente. Lá tem remédios!Dimitri rapidamente pegou o Mestre Valentino nas costas e começou a caminhar em direção à casa. Renatta se voltou para os out
Um barulho repentino veio da cozinha, e Renatta franziu a testa, levantando-se apressada: — Cuida do remédio, vou ver o que aconteceu. Ao entrar na cozinha, viu Francisco sentado no meio do cômodo, com uma expressão desconcertada. Pedaços de pão estavam espalhados por toda parte, no chão e sobre ele. Ao ver Renatta, ele pareceu ainda mais envergonhado e sem saber o que dizer. — Renata, eu pensei em esquentar um pouco de pão para vocês, já que passaram o dia todo sem comer, mas... — Ele balbuciou. — Desculpe, acabei só atrapalhando...Renatta mordeu levemente o lábio antes de responder: — Vou pegar uma toalha para você se limpar.Ela encheu uma bacia com água quente, molhou a toalha e, torcendo-a, começou a limpar gentilmente o rosto de Francisco. Enquanto passava o pano, sua mão foi subitamente segurada.— Renata, eu mesmo faço isso. Você já está tão cansada, não quero ser um peso para você. — Disse Francisco.Renatta abaixou o olhar, falando em voz baixa: — Não se preocupe, eu
Helga a empurrou com firmeza: — Os outros são os outros, eu sou eu. Quase matei a Renatta naquela vez, mas ela não me culpou. Depois do acidente, foi ela quem encontrou o culpado. Agora que a família Borges está em apuros e ela não está aqui, é meu dever proteger a família Borges por ela! Dizendo isso, Helga caminhou rapidamente em direção à porta. Ao sair da casa, a voz furiosa de Diya ecoou por trás: — Você não é tão importante para o Abelo, e também não vai conseguir proteger a família Borges!Helga hesitou por um momento, mas não olhou para trás:— Mesmo que eu não consiga proteger, eu vou tentar. É melhor do que ficar de braços cruzados vendo a família Borges afundar. Se isso acontecer, Renatta nunca me perdoaria, e eu também não me perdoaria.Observando a filha se afastar, Diya sentiu uma mistura de preocupação e raiva, mas não tentou detê-la. Conhecia bem a filha: apesar de sua aparência dócil, uma vez que tomava uma decisão, nada a fazia mudar de ideia. Ela suspirou, res
Ao ver que era Lorenzo, um leve brilho de surpresa passou pelos olhos de Alberto:— Sr. Lorenzo, uma ligação tão tarde... O que aconteceu? — Sr. Alberto, precisa de ajuda com a situação do Grupo Borges? A voz grave e serena de Lorenzo do outro lado da linha trazia um toque de tranquilidade. Alberto sorriu: — Não, obrigado. O Sr. Lorenzo já fez muito pela família Borges. Não quero dever mais nada a você. Além disso, tenho certeza de que o Grupo Borges vai superar esta crise. Houve alguns segundos de silêncio antes de Lorenzo responder em um tom baixo: — Ela é ela, o Grupo Borges é o Grupo Borges. Não misture as duas coisas, Sr. Alberto. Se precisar de qualquer ajuda, pode me procurar a qualquer momento. Ao desligar o telefone, Lorenzo chamou Edgar para dentro de seu escritório: — Quanto temos de capital de giro disponível no Grupo Marques agora? — Cerca de vinte bilhões. Os olhos de Lorenzo ficaram frios: — Retire todo esse dinheiro. Além disso, venda os 10% das minh
Lertino não deu muita importância, simplesmente virou-se para o mordomo e ordenou: — Expulsar os convidados!Ao sair da mansão da família Amorim, Naro não pôde deixar de comentar: — Mestre Abelo, o Lertino parecia estar desdenhando da família Timelo. Não deveríamos fazer algo a respeito? Mal terminara de falar, o olhar gelado de Abelo caiu sobre ele, fazendo com que Naro rapidamente abaixasse a cabeça:— Mestre Abelo, peço desculpas pelas minhas palavras. Abelo sorriu levemente: — Está bem. Da próxima vez, cuide para falar com mais cautela. A família Amorim é mais poderosa do que imaginamos. Evitar conflitos com eles é a melhor escolha até que a família Timelo recupere seu poder em Cidade C. Caso contrário, a história de vinte anos atrás pode se repetir. Naro ficou chocado e incrédulo ao ouvir a expressão de receio de Abelo em relação à família Amorim. — Entendi. — Vá para casa. Quando o carro chegou à entrada da família Timelo, Naro baixou a voz e disse para Abelo, qu
No entanto, ao pensar em Renatta, Helga mordeu os lábios e se levantou novamente, decidida a continuar esperando na porta. Se Abelo não estava disposto a conversar com ela agora, um dia ele acabaria cedendo, desde que ela permanecesse ali. Ao voltar para o escritório, Abelo estava com um semblante fechado e irradiava um ar frio, claramente irritado. O mordomo entrou no escritório com um café e, de forma casual, comentou: — Mestre Abelo, a previsão do tempo diz que vai nevar muito esta noite. Vou pedir para a empregada trocar o cobertor do seu quarto por um mais grosso. Abelo lançou um olhar gelado para ele: — Não é necessário me informar sobre essas pequenas coisas. O mordomo não disse mais nada, deixou o café e saiu com a cabeça baixa. Abelo estava inquieto. Após beber um gole de café, pegou um documento e começou a ler. No entanto, após alguns minutos, não conseguiu passar da primeira página e jogou o documento na mesa. Levantou-se e foi até a janela, observando o per
— Mestre Abelo! Naro tentou alcançar e impedir Abelo, mas, com um olhar frio, Abelo fez com que ele permanecesse parado, assistindo com frustração enquanto Abelo saía da família Timelo. Na entrada da família Timelo, Helga, depois de ficar de pé por tanto tempo e ainda não totalmente recuperada, desmaiou devido ao frio. Em um estado de confusão, ela percebeu que parecia estar sendo carregada. Um aroma familiar entrou em suas narinas, trazendo uma sensação de alívio, e sua consciência começou a se apagar. Quando despertou novamente, Helga sentou-se abruptamente e percebeu que estava em um quarto desconhecido. Ela ficou parada alguns segundos antes de se levantar e perceber que estava vestindo um pijama diferente. Seu rosto mudou de cor ao notar isso. De repente, a porta do quarto foi aberta, e Abelo entrou com uma expressão fria, carregando uma tigela de canja:— Já acordou? Helga mordeu os lábios: — Sim, eu desmaiei ontem à noite? Obrigada. Abelo colocou a canja diante de