Como já havia convivido com Wade anteriormente, Renatta sabia bem que ele era um homem ambicioso. Pessoas assim geralmente não se importavam muito com quanto investiam no começo. O que lhes interessava era o quanto poderiam ganhar depois. E, de fato, não demorou muito para que Wade sorrisse e dissesse:— Srta. Renatta, imagino que tenha trazido o contrato.Carolina rapidamente tirou o contrato da bolsa e entregou a ele. Wade assinou sem hesitar:— Srta. Renatta, que nossa parceria seja próspera!— Que seja!Só depois do almoço, já no carro, Carolina, tomada por empolgação, segurou firme a mão de Renatta:— Renata, você é incrível! Eu já tinha tentado negociar com ele várias vezes, e nunca consegui. Não acredito que dessa vez deu certo!— Eu só deduzi o que ele queria. Mesmo com o contrato renovado, não podemos baixar a guarda. Wade é um homem ambicioso. Ele quer usar o MY para entrar no mercado nacional, assim como sabe que o MY deseja usar a família Donaldo para se expandir no exterio
— A família Ramos não precisa de medicamentos. É melhor o senhor, Mestre Abelo, ir embora. — Disse a empregada, com uma voz firme.O sorriso de Abelo desapareceu lentamente. Ele respondeu, pausadamente:— Faça-me um favor, passe uma mensagem. Quando Mestre Ramos ouvir, acredito que ele aceitará me receber.— Que mensagem?— Apenas diga ao Mestre Ramos que as cinzas da tia Hana ainda estão com a família Timelo.Assim que terminou de falar, a empregada lançou-lhe um olhar de fúria:— Usar isso para ameaçar o nosso senhor? Você não tem vergonha?Quando Hana faleceu, a família Ramos quis trazer seu corpo de volta, mas a família Timelo negou. Agora, a família Timelo estava usando as cinzas para chantagear Mestre Ramos!— Por favor, apenas passe o recado. — Insistiu Abelo.A empregada saiu, furiosa. Pouco depois, voltou, mas ainda com o mesmo olhar frio e irritado:— Mestre Ramos está esperando na sala.Abelo, seguido por Naro, entrou na casa da família Ramos, com passos firmes e confiantes.
— Certo. — Respondeu Renatta.A empregada levou Renatta até o quarto de Mestre Ramos. Renatta verificou o pulso dele, depois pegou algumas agulhas de acupuntura e as aplicou em pontos específicos do corpo. Em seguida, escreveu uma receita e entregou à empregada:— Ferva estas ervas por uma hora e traga a água para cá.— Está bem. — Respondeu a empregada, saindo apressada com a receita.Assim que a empregada saiu, Renatta continuou o tratamento com as agulhas. Não demorou muito para que a cor de cera do rosto de Mestre Ramos ganhasse um pouco de rubor, e seus lábios deixassem de estar tão pálidos.Renatta retirou cuidadosamente as agulhas e as guardou. Voltou-se para as pessoas que aguardavam ao lado:— Mestre Ramos deve acordar em cerca de dez minutos. Eu preciso sair agora, mas me liguem imediatamente se houver algum problema.Ao sair da casa da família Ramos, Renatta reservou rapidamente um voo para Cidade L e dirigiu-se ao aeroporto. O acidente de Fabíola trouxe uma sensação incômod
Renatta ficou parada por um instante e logo balançou a cabeça:— Não, não é isso... É só que tem acontecido muitas coisas ultimamente, e eu não tenho descansado bem. Estou um pouco cansada, só isso.Dimitri pareceu pensativo, mas decidiu não insistir no assunto.Quando os dois chegaram ao Vale das Ervas, encontraram apenas Francisco. Ele os viu se aproximando lado a lado e, por um breve momento, seus olhos demonstraram um brilho frio, quase imperceptível. As mãos em seu colo se apertaram levemente. Mas, mantendo a expressão neutra, ele sorriu para Renatta:— Renata, você veio...— Onde está o Mestre?Ao ouvir a pergunta, o sorriso de Francisco congelou. Ele abaixou a cabeça e suspirou:— O pessoal do vilarejo, lá em baixo, organizou uma busca pela Fabíola. O Mestre Valentino foi junto... Fabíola já está desaparecida há mais de um dia. Ele deve estar muito preocupado, mas eu... não posso fazer nada para ajudar...O rosto de Renatta ficou sério:— Onde exatamente a Fabíola desapareceu?F
— Ainda não encontramos nada por aqui, mas pela altura... Se a Fabíola realmente caiu, temo que... Ao ver o rosto da Renatta empalidecer como a neve e morador da vila não conseguiu continuar a frase.O silêncio tomou conta do ambiente, interrompido apenas pelo som do vento uivando, mas todos ali sabiam, em seus corações, que Fabíola provavelmente não tinha tido muita sorte.Renatta respirou fundo e começou a descer a montanha. Viva ou morta, ela iria encontrar Fabíola! Enquanto isso, Francisco discava um número em seu celular:— Como ela está? — Está trancada com a Sara, mas já adivinhou que foi você quem a sequestrou.Francisco esboçou um sorriso frio. Fabíola era ingênua, mas não era burra; era natural que ela tivesse deduzido que ele estava por trás daquilo.— Não se preocupe. Apenas certifique-se de que ela fique bem presa. Não quero vê-la escapando antes de eu me casar com a Renatta.— Entendido!Ao desligar o telefone, o sorriso de Francisco se ampliou. Se Fabíola não tivesse es
— Renata, não fique tão preocupada, a Fabíola pode estar apenas ferida... Enquanto não encontrarmos o corpo, ela ainda pode estar viva... Dimitri tentou consolar Renatta, mas ele também sabia que, com tantos animais selvagens na montanha, as chances de Fabíola eram mínimas.Renatta mal conseguia se manter de pé, sua voz tremia um pouco: — Por enquanto, não conte nada ao Mestre... E também, esse sangue pode nem ser da Fabíola...Antes que ela terminasse a frase, um grito de alerta soou à distância.— Mestre Valentino!— O Mestre Valentino desmaiou!Renatta e Dimitri viraram-se ao mesmo tempo e viram o Mestre Valentino de olhos fechados e rosto pálido. Os dois correram rapidamente em sua direção. Ao tocar o pulso do Mestre, Renatta franziu o cenho:— Dimitri, o Mestre teve um ataque de raiva. Precisamos levá-lo de volta para casa imediatamente. Lá tem remédios!Dimitri rapidamente pegou o Mestre Valentino nas costas e começou a caminhar em direção à casa. Renatta se voltou para os out
Um barulho repentino veio da cozinha, e Renatta franziu a testa, levantando-se apressada: — Cuida do remédio, vou ver o que aconteceu. Ao entrar na cozinha, viu Francisco sentado no meio do cômodo, com uma expressão desconcertada. Pedaços de pão estavam espalhados por toda parte, no chão e sobre ele. Ao ver Renatta, ele pareceu ainda mais envergonhado e sem saber o que dizer. — Renata, eu pensei em esquentar um pouco de pão para vocês, já que passaram o dia todo sem comer, mas... — Ele balbuciou. — Desculpe, acabei só atrapalhando...Renatta mordeu levemente o lábio antes de responder: — Vou pegar uma toalha para você se limpar.Ela encheu uma bacia com água quente, molhou a toalha e, torcendo-a, começou a limpar gentilmente o rosto de Francisco. Enquanto passava o pano, sua mão foi subitamente segurada.— Renata, eu mesmo faço isso. Você já está tão cansada, não quero ser um peso para você. — Disse Francisco.Renatta abaixou o olhar, falando em voz baixa: — Não se preocupe, eu
Helga a empurrou com firmeza: — Os outros são os outros, eu sou eu. Quase matei a Renatta naquela vez, mas ela não me culpou. Depois do acidente, foi ela quem encontrou o culpado. Agora que a família Borges está em apuros e ela não está aqui, é meu dever proteger a família Borges por ela! Dizendo isso, Helga caminhou rapidamente em direção à porta. Ao sair da casa, a voz furiosa de Diya ecoou por trás: — Você não é tão importante para o Abelo, e também não vai conseguir proteger a família Borges!Helga hesitou por um momento, mas não olhou para trás:— Mesmo que eu não consiga proteger, eu vou tentar. É melhor do que ficar de braços cruzados vendo a família Borges afundar. Se isso acontecer, Renatta nunca me perdoaria, e eu também não me perdoaria.Observando a filha se afastar, Diya sentiu uma mistura de preocupação e raiva, mas não tentou detê-la. Conhecia bem a filha: apesar de sua aparência dócil, uma vez que tomava uma decisão, nada a fazia mudar de ideia. Ela suspirou, res