— Espera... Tenho algo sério pra te falar.— O que é?— Tem um cliente da empresa que está sendo difícil de negociar. Quando você voltar, vai ter que falar com ele.— Entendi, deixa comigo.Renatta desligou o telefone e guardou o celular, voltando-se para Mestre Valentino:— Mestre, vamos indo. Do aeroporto até lá ainda leva umas horas.Chegaram à casa de Mestre Ramos por volta das seis da tarde. No inverno, escurecia rápido, e quando chegaram, as luzes da casa já estavam acesas. Mestre Valentino olhou para Renatta:— Renata, fica aqui esperando. Eu não devo demorar.— Tudo bem.Assim que Mestre Valentino entrou, Renatta abriu o chat com Carolina.[Manda as informações daquele cliente.]Quase instantaneamente, Carolina enviou um arquivo. Renatta abriu e, ao ver o nome Wade no topo da página, ergueu uma sobrancelha. Não esperava que a família Donaldo estivesse colaborando com o Grupo MY.[Esse cliente é complicado demais. Já tentei várias vezes e as negociações não avançaram. Tenta mais
Se não fosse a mãe da Lígia, Renatta já teria resolvido a situação houve muito tempo. Renatta abaixou o olhar e, com a voz calma, disse:— Você estava certa na sua intuição. Ele realmente não morreu, mas há pouco tempo, eu o matei.— Você se encontrou com ele de novo?— Sim, ele tentou me matar, mas não conseguiu.Lígia suspirou. Ela e Lutano eram primos e deveriam se dar bem, mas a rivalidade entre eles havia transformado o vínculo familiar em uma disputa mortal: ou ele morria, ou elas morriam.— Consegui acalmar minha mãe por enquanto, mas precisamos descobrir rápido como ela soube disso...Fernanda não era o elo principal; o verdadeiro perigo estava na pessoa que lhe contara. Esse alguém era muito mais ameaçador.Renatta apertou os lábios e disse devagar:— Não precisa investigar mais, acho que já sei quem foi.— Quem?— Abelo.Ao ouvir esse nome, Lígia não se mostrou surpresa. Ela já havia suspeitado dele antes.— Eu vou ficar de olho na minha mãe e impedir que ela espalhe isso, ma
Helga soltou uma risada curta, seus olhos cheios de desdém:— O que eu posso pensar? Eu e ele estamos destinados a ser inimigos.Se, na época em que foi ao País M, Abelo não tivesse sido tão frio com ela, se seus subordinados não tivessem agido com violência, talvez ainda houvesse uma chance. Mas agora, eles estavam condenados a se tornarem adversários.Renatta apertou os lábios, prestes a falar, mas Helga continuou:— Não precisa me consolar. Já não espero nada dele, e também não fico mais triste por isso.Agora, para Helga, a família era o que importava de verdade.— O médico disse quando você pode sair do hospital?— Em cerca de uma semana. Assim que sair, vou começar a trabalhar oficialmente no Grupo Melo.Renatta franziu as sobrancelhas:— Helga, na verdade, você não precisa se apressar tanto. Você acabou de perder o bebê e logo depois sofreu um acidente de carro. Deveria cuidar melhor da sua saúde.Além disso, Renatta acreditava que Abelo não faria nada contra a família Melo.Hel
Renatta se virou para sair, mas teve o pulso agarrado. Ela não olhou para trás, respirou fundo e disse em um tom firme:— Sr. Lorenzo, por favor, me solte.— Renata, e se eu disser que estava errado? Você... voltaria para mim?A voz de Lorenzo era tão baixa que, se o ambiente não estivesse silencioso, Renatta provavelmente não teria ouvido. Ela baixou os olhos e, após alguns instantes, respondeu com uma calma fria:— Nós não somos compatíveis, Sr. Lorenzo. Foi uma lição que eu demorei quase sete anos para aprender.Lorenzo não disse mais nada, mas lentamente afrouxou a mão que segurava o pulso dela.Renatta não hesitou. Virou-se e saiu rapidamente, sem olhar para trás. Somente quando a viu desaparecer de sua vista, Lorenzo soltou um leve sorriso amargo, entrou no carro e foi embora.Assim que chegou à entrada da mansão, uma figura de repente correu para a frente do carro. Se o motorista não tivesse freado a tempo, poderia ter atropelado a pessoa.Lorenzo estava revisando alguns documen
— Como você conhece Abelo? — Perguntou Lorenzo.Fernanda ficou completamente em silêncio, abaixando a cabeça, evitando olhar Lorenzo nos olhos. No entanto, ele não a deixaria escapar tão facilmente.— Pelo visto, você está mesmo querendo voltar para o País M. — Continuou Lorenzo.— Espere! Eu vou te contar a verdade! Por favor, não mande a mim e seu pai embora!Lorenzo brincava distraidamente com o celular, mas seu olhar sobre Fernanda era frio e desprovido de qualquer emoção.— Depois da morte de Lutano, Abelo me procurou... Foi só então que soube do que havia acontecido... — Disse Fernanda.Lorenzo soltou uma risada seca:— Como ele soube da morte de Lutano, e por que entrou em contato com você?— Eu não sei, talvez porque, apesar de tudo, Lutano era meu sobrinho, e ele achou que eu poderia ajudá-lo a obter justiça, afinal, ele morreu de uma maneira tão misteriosa...— Você ficou na minha mansão até tarde naquela noite, e não foi só para me preparar um lanche, não é?Fernanda levanto
Fernanda rapidamente pegou o celular e discou o número de Lígia:— Lígia... dessa vez você precisa me ajudar... Eu não quero voltar para o País M, só você pode convencer seu irmão...Depois de entender toda a situação, Lígia também perdeu a paciência:— Eu já te disse antes, Renata nunca mataria Lutano! Mas você fez questão de ir até o meu irmão com essa história, e agora não posso te ajudar. Você e meu pai podem muito bem se aposentar no exterior. Se meu irmão não quiser dar dinheiro, eu posso arcar com as despesas!— Como assim? Com o salário que você ganha, mal dá pra se sustentar! E ainda quer cuidar da gente? Vai acabar morrendo de fome!Lígia respondeu, irritada:— Isso é culpa sua! Em vez de ficar me ligando, é melhor voltar pra casa e arrumar suas coisas!E desligou o telefone na cara de Fernanda. Quanto à mãe, Lígia já não sabia mais o que fazer. Antes, até que se dava bem com ela, mas desde que descobriu que Lorenzo não era seu filho biológico, Fernanda começou a perder o con
Fernanda lançou um olhar de desprezo para ele:— Eu nunca esperei nada de você, nem tenho por que esperar.Alex franziu a testa:— Você finalmente entendeu? Até o Grupo Marques você vai deixar de lado?Ao ouvir o nome do Grupo Marques, Fernanda parou por um instante de dobrar as roupas. Mas logo depois, com uma expressão fria, respondeu:— Mesmo que eu quisesse, você acha que o Lorenzo me daria?— É bom que você saiba que ele não vai. Não faça mais besteiras!Fernanda abaixou a cabeça, murmurando com frieza:— Pode ficar tranquilo, não vou.Apesar de sentir que algo não estava certo, Alex reprimiu a sensação desconfortável. Talvez, desta vez, Fernanda realmente tivesse se conformado.— Se você simplesmente ficar quieta daqui pra frente, sem enfrentar Lorenzo, quem sabe, depois de um tempo, ele se acalme e tenhamos uma chance de voltar. — Disse Alex.— Entendi. Vai arrumar suas coisas.Depois que Alex saiu, Fernanda virou-se e abriu seu pequeno cofre de joias. Tirou todas as peças de de
— O que devo fazer? — Perguntou Fernanda.Abelo abaixou os olhos e pensou por alguns segundos antes de responder:— Apenas arranje um jeito de trazer Renata para frente de Fernanda. O resto não é problema nosso.— Entendido, vou cuidar disso.Na manhã seguinte, Fernanda havia acabado de acordar quando recebeu uma ligação de Naro.— Sra. Fernanda, o mestre Abelo concordou com o acordo, mas nós só vamos trazer a pessoa até você. Depois disso, não temos nada a ver com o que acontecer. — Disse Naro.— Tudo bem, entendi.Fernanda desligou o telefone com um sorriso enigmático nos lábios e saiu do quarto.Alex estava na cozinha tomando café da manhã. Ao vê-la, falou:— Venha comer. Já terminou de arrumar suas coisas?— Não, preciso sair daqui a pouco. — Respondeu Fernanda.Alex franziu o cenho:— Para onde você vai?— Tenho um assunto para resolver.— E que horas você volta?Fernanda, impaciente com as perguntas, respondeu:— Não sei, volto quando acabar.Enquanto falava, já estava na porta,