Ouviu-se um silêncio repentino em torno, com todos os convidados olhando para Adam. Seu semblante estava sombrio, encarando Lorenzo com raiva e frieza:- Sr. Lorenzo, o senhor realmente adora abrir feridas alheias. Diga-me, não foi o senhor quem denunciou o Grupo GoldenV, não é mesmo?Lorenzo deu uma risada sarcástica:- Sr. Adam, quem anda muito pela noite, acaba encontrando fantasmas. Ora, se o Grupo GoldenV estava agindo ilegalmente, por que agora desconfiam que fui eu quem os denunciei? Não parece que o senhor está me perseguindo?- Será que realmente não estou lhe perseguindo, Sr. Lorenzo? O senhor bem sabe a resposta!Lorenzo assentiu com a cabeça:- Sim, eu sei. Afinal, não fui eu quem provocou primeiro.Adam encarava Lorenzo com frieza. De repente, ele se levantou e disse com desdém:- Parece que não posso mais sentar à mesma mesa que o Sr. Lorenzo.- Então, faça o favor de se retirar.Adam saiu furioso, e os demais observaram que Lorenzo mantinha a calma, sem demonstrar qualqu
Hélio balançou a cabeça e não disse mais nada.Após três dias de cimeira, já havia mais de uma dezena de empresas interessadas em fazer parceria com o Grupo GoldenV. Se conseguissem fechar os contratos com sucesso, o Grupo GoldenV com certeza ficaria muito à frente do Grupo Marques, e o rosto de Adam estava iluminado por sorrisos enquanto conversava animadamente com todos, como se já tivesse esquecido o conflito que teve com Lorenzo anteriormente.Depois que a cimeira terminou, Adam interceptou Lorenzo no estacionamento subterrâneo:- Sr. Lorenzo, como têm sido suas conversas com as outras empresas nesses dias? Caso não tenha encontrado nenhuma disposta a fazer parceria, posso indicar alguns dos meus clientes.Lorenzo olhou para ele com semblante indiferente:- Não precisa, Sr. Adam, fique com eles para você mesmo, eu não preciso.Adam esboçou um sorriso nos lábios:- Sr. Lorenzo, não precisa ser tão formal, eu estou realmente querendo ajudá-lo.- Seja lá se é de verdade ou não, eu não
- Ora, não gosto nada de você falar isso! O restaurante que eu escolhi ficou entre os 10 melhores da Cidade C, e desde quando quem anda de carro chique não pode vir comer aqui?...No meio dos comentários da multidão, a porta traseira do carro se abriu e um homem de estatura alta saiu. Ao reconhecerem seu rosto, as mulheres presentes não conseguiram evitar desviar o olhar para ele.- Que lindo!- Não é o CEO do Grupo Marques, Lorenzo? Ele veio buscar a designer Renatta, não é?- Ouvi dizer que ele é muito sério, mas veio buscar a namorada!Sob os olhares admirados de todos, Renatta se despediu e foi em direção a Lorenzo. Só quando entrou no carro sentiu que os olhares a perseguindo haviam sido cortados.- Da próxima vez, não precisa vir me buscar, eu posso voltar sozinha. - Disse Renatta.Lorenzo arqueou uma sobrancelha, com um leve ar de surpresa:- O que foi?- Seus carros sempre chamam muita atenção, é sempre um showzinho.Ao ouvir isso, Lorenzo não conseguiu evitar um sorriso e seg
Sara orava constantemente em seu íntimo, rezando para não ser encontrada pelos homens de Lutano. Bastava ela conseguir sair do país hoje e nunca mais ninguém a ameaçaria.Além disso, Eduardo já havia envenenado aquela vaca da Renatta e em breve ela estaria morta, não mais atrapalhando seus planos. Ao pensar nisso, um sorriso de satisfação brotou nos lábios de Sara, por baixo da máscara.Finalmente, o anúncio do embarque em seu voo começou a ser feito. Sara se levantou, emocionada, finalmente podendo deixar aquele lugar maldito! Ela caminhou apressada até o balcão de check-in, entregando seu bilhete com cuidado ao atendente.Após conferir tudo, o atendente lhe devolveu o bilhete com um sorriso, dizendo:- Bom voo, senhorita!Sara suspirou aliviada, pegando seu bilhete e rumando apressada em direção à aeronave. No momento em que ela pôs os pés dentro do avião, um alívio tomou conta de seu coração. Porém, assim que adentrou o interior da cabine, seus passos congelaram e seu semblante se e
Beatriz, por sua vez, estava pensando em como fazer Renatta a perdoar, sem sentir o mínimo de afeto por Sara, a quem culpava por ter a feito abortar.Sara era como uma gota d'água caindo no oceano, desaparecendo sem deixar rastros, e ninguém se importava.Anoiteceu rapidamente e, assim que Renatta saiu do trabalho, arrumou suas coisas e partiu. Assim que chegou ao térreo, uma figura um tanto frágil se aproximou dela. Ao ver Beatriz, Renatta demonstrou um leve incômodo em seu olhar. Da última vez que se recusara a assinar algo para Beatriz, ela achou que a outra tinha entendido sua mensagem, mas para sua surpresa, Beatriz ainda vinha importuná-la.Encarando os olhos gélidos de Renatta, Beatriz estremeceu e, a alguns passos de distância, estendeu cuidadosamente uma caixa em sua direção:- Renata... Isso é um presente de aniversário que preparei para você. Espero que goste.Vendo a cautela de Beatriz, Renatta não sentiu nada, tratando-a como uma completa estranha:- Sra. Beatriz, não prec
Renatta pegou a venda e colocou-a, com um sorriso cheio de expectativa nos lábios.Logo, o carro parou. Sob a orientação de Lorenzo, Renatta sentiu como se tivesse entrado em um mar de flores, podendo sentir os aromas de várias das suas flores favoritas. Ela apertou a mão de Lorenzo involuntariamente, seu sorriso se tornando cada vez mais amplo, e não conseguiu evitar dizer:- Lorenzo, você fez com que decorassem o local com as minhas flores favoritas? Já posso sentir o perfume delas.Lorenzo deu uma risada baixa:- Sim.Alguns minutos depois, Lorenzo a ajudou a se sentar e disse, sorrindo:- Pronto, você pode tirar a venda agora.Renatta tirou a venda ansiosamente e se deparou com um mundo decorado com rosas amarelas, rosas champanhe e diversas outras flores, ficando praticamente hipnotizada pela beleza do local.- Que lindo!- Feliz aniversário, Renata!Lorenzo se levantou de repente e se postou à sua frente, se ajoelhando em um joelho, olhando-a com reverência. Ele então falou com s
Renatta sentiu que a atitude de Cristina não estava certa e já ia falar quando a porta do quarto de repente se abriu. Helga entrou carregando um buquê de flores e, ao ver que Renatta havia acordado, seus olhos brilharam de alegria:- Renatta, você acordou?- Sim.Ao ver Helga, Cristina suspirou aliviada e se levantou:- Helga, vou voltar para casa preparar algo para a Renatta comer. Fique aqui e converse com ela.- Tudo bem.Depois que Cristina saiu, Helga colocou as flores sobre a mesa e então se sentou à beira da cama:- Você sabe que quase me matou de susto dessa vez? Você ficou inconsciente por uma semana inteira, e os médicos não conseguiram encontrar nada de errado. Eles só podiam te dar soro nutritivo todos os dias. Seu pai e os outros já estavam até pensando em te mandar para o exterior para tratamento caso você não acordasse.Ao ouvir que havia ficado inconsciente por mais de uma semana, Renatta ficou chocada:- Eu fiquei tanto tempo assim inconsciente? Agora entendia por que
- Ei, você disse o quê? - Renatta arregalou os olhos de repente, o rosto cheio de incredulidade. Lorenzo acabara de pedi-la em casamento apenas algumas semanas atrás, como ele poderia estar noivando com Gina em tão pouco tempo? - Deve haver algum engano aqui, vou procurá-lo para esclarecer tudo!Vendo Renatta agitada e prestes a sair da cama, Helga a segurou rapidamente, dizendo com certa irritação:- Você não tinha prometido não se alterar? E o que eu disse é a pura verdade, o noivado dele com Gina está acontecendo hoje à noite no Hotel Cristal, com muitos jornalistas cobrindo o evento. Se você não acredita, posso ligar a TV agora mesmo para você ver!Helga preferia não ter contado tudo isso tão cedo para Renatta, mas conhecendo o jeito dela, sabia que a amiga não sossegaria enquanto não esclarecesse tudo. Pegando o controle remoto, depois de alguns segundos de hesitação, Helga finalmente apertou o botão de ligar.Por mais doloroso que fosse, Renatta teria que encarar aquilo mais cedo