Sara orava constantemente em seu íntimo, rezando para não ser encontrada pelos homens de Lutano. Bastava ela conseguir sair do país hoje e nunca mais ninguém a ameaçaria.Além disso, Eduardo já havia envenenado aquela vaca da Renatta e em breve ela estaria morta, não mais atrapalhando seus planos. Ao pensar nisso, um sorriso de satisfação brotou nos lábios de Sara, por baixo da máscara.Finalmente, o anúncio do embarque em seu voo começou a ser feito. Sara se levantou, emocionada, finalmente podendo deixar aquele lugar maldito! Ela caminhou apressada até o balcão de check-in, entregando seu bilhete com cuidado ao atendente.Após conferir tudo, o atendente lhe devolveu o bilhete com um sorriso, dizendo:- Bom voo, senhorita!Sara suspirou aliviada, pegando seu bilhete e rumando apressada em direção à aeronave. No momento em que ela pôs os pés dentro do avião, um alívio tomou conta de seu coração. Porém, assim que adentrou o interior da cabine, seus passos congelaram e seu semblante se e
Beatriz, por sua vez, estava pensando em como fazer Renatta a perdoar, sem sentir o mínimo de afeto por Sara, a quem culpava por ter a feito abortar.Sara era como uma gota d'água caindo no oceano, desaparecendo sem deixar rastros, e ninguém se importava.Anoiteceu rapidamente e, assim que Renatta saiu do trabalho, arrumou suas coisas e partiu. Assim que chegou ao térreo, uma figura um tanto frágil se aproximou dela. Ao ver Beatriz, Renatta demonstrou um leve incômodo em seu olhar. Da última vez que se recusara a assinar algo para Beatriz, ela achou que a outra tinha entendido sua mensagem, mas para sua surpresa, Beatriz ainda vinha importuná-la.Encarando os olhos gélidos de Renatta, Beatriz estremeceu e, a alguns passos de distância, estendeu cuidadosamente uma caixa em sua direção:- Renata... Isso é um presente de aniversário que preparei para você. Espero que goste.Vendo a cautela de Beatriz, Renatta não sentiu nada, tratando-a como uma completa estranha:- Sra. Beatriz, não prec
Renatta pegou a venda e colocou-a, com um sorriso cheio de expectativa nos lábios.Logo, o carro parou. Sob a orientação de Lorenzo, Renatta sentiu como se tivesse entrado em um mar de flores, podendo sentir os aromas de várias das suas flores favoritas. Ela apertou a mão de Lorenzo involuntariamente, seu sorriso se tornando cada vez mais amplo, e não conseguiu evitar dizer:- Lorenzo, você fez com que decorassem o local com as minhas flores favoritas? Já posso sentir o perfume delas.Lorenzo deu uma risada baixa:- Sim.Alguns minutos depois, Lorenzo a ajudou a se sentar e disse, sorrindo:- Pronto, você pode tirar a venda agora.Renatta tirou a venda ansiosamente e se deparou com um mundo decorado com rosas amarelas, rosas champanhe e diversas outras flores, ficando praticamente hipnotizada pela beleza do local.- Que lindo!- Feliz aniversário, Renata!Lorenzo se levantou de repente e se postou à sua frente, se ajoelhando em um joelho, olhando-a com reverência. Ele então falou com s
Renatta sentiu que a atitude de Cristina não estava certa e já ia falar quando a porta do quarto de repente se abriu. Helga entrou carregando um buquê de flores e, ao ver que Renatta havia acordado, seus olhos brilharam de alegria:- Renatta, você acordou?- Sim.Ao ver Helga, Cristina suspirou aliviada e se levantou:- Helga, vou voltar para casa preparar algo para a Renatta comer. Fique aqui e converse com ela.- Tudo bem.Depois que Cristina saiu, Helga colocou as flores sobre a mesa e então se sentou à beira da cama:- Você sabe que quase me matou de susto dessa vez? Você ficou inconsciente por uma semana inteira, e os médicos não conseguiram encontrar nada de errado. Eles só podiam te dar soro nutritivo todos os dias. Seu pai e os outros já estavam até pensando em te mandar para o exterior para tratamento caso você não acordasse.Ao ouvir que havia ficado inconsciente por mais de uma semana, Renatta ficou chocada:- Eu fiquei tanto tempo assim inconsciente? Agora entendia por que
- Ei, você disse o quê? - Renatta arregalou os olhos de repente, o rosto cheio de incredulidade. Lorenzo acabara de pedi-la em casamento apenas algumas semanas atrás, como ele poderia estar noivando com Gina em tão pouco tempo? - Deve haver algum engano aqui, vou procurá-lo para esclarecer tudo!Vendo Renatta agitada e prestes a sair da cama, Helga a segurou rapidamente, dizendo com certa irritação:- Você não tinha prometido não se alterar? E o que eu disse é a pura verdade, o noivado dele com Gina está acontecendo hoje à noite no Hotel Cristal, com muitos jornalistas cobrindo o evento. Se você não acredita, posso ligar a TV agora mesmo para você ver!Helga preferia não ter contado tudo isso tão cedo para Renatta, mas conhecendo o jeito dela, sabia que a amiga não sossegaria enquanto não esclarecesse tudo. Pegando o controle remoto, depois de alguns segundos de hesitação, Helga finalmente apertou o botão de ligar.Por mais doloroso que fosse, Renatta teria que encarar aquilo mais cedo
Gina empurrou-o e disse friamente:- Suma daqui! Agora eu sou a noiva de Lorenzo, e se eu quiser, posso demiti-lo a qualquer momento!Edgar franziu o cenho, prestes a continuar a obstruí-la, quando a janela de trás do carro abaixou repentinamente. Gina ficou radiante, prestes a se aproximar, mas a voz gélida de Lorenzo soou do interior:- Gina, eu apenas cumpri o negócio com Lertino. Vou cooperar com você no teatro, mas não vou tocá-la, e nunca me apaixonarei por você. Não adianta sonhar que pode dar ordens aos meus subordinados!O rosto de Gina ficou tenso:- Lorenzo, eu...Mas Lorenzo nem sequer estava interessado em ouvir o que ela tinha a dizer, e prontamente subiu a janela. O reflexo do vidro escuro do carro mostrava seu semblante sombrio. Gina apertou firmemente o buquê, e um lampejo de raiva brilhou em seus olhos.Por quê... Eles já estavam noivos, e em breve se casariam. Mas Lorenzo ainda era tão indiferente a ela, como uma montanha de gelo que a gelaria se ela se aproximasse,
Renatta não olhou para ela, seu olhar recaiu sobre Lorenzo, cheio de frieza. Ela caminhou lentamente em direção ao salão de festas, a cada passo à frente, sua dor aumentava mais um pouco. Finalmente, parou a poucos passos de distância de Lorenzo e Gina. Ela fitou Lorenzo intensamente e apenas disse uma palavra:- Por quê?Lorenzo olhou para ela, seu rosto estava pálido agora, mas ainda assim encarava-o com obstinação, como se não descansasse até obter uma resposta. A dor em seu coração quase o afogava, sua mão pendurada ao lado do corpo estava cerrada com força, até o ponto de sangrar, mas ele nem sequer sentia a dor. Ele queria abraçá-la e dizer que tudo não passava de uma mentira, mas não podia. No momento em que concordou com o noivado de Lertino e Gina, suas vidas seguiram caminhos paralelos que jamais se cruzariam novamente. Finalmente, Lorenzo falou:- Não há por quê, simplesmente me cansei.A palavra cansei ecoou em seus ouvidos, o corpo de Renatta estremeceu. Ela mordeu o lábio
Helga olhou para Gina com escárnio:- Você acha que eu tenho medo de você? A família Teixeira não manda em toda Cidade C, não é mesmo? Eu aviso você, se me ver com a Renatta, é melhor você dar a volta e sumir da minha frente, senão eu vou te bater cada vez que te encontrar!- Sua...! Gina ficou vermelha de raiva, pronta para avançar em cima de Helga e arrancar-lhe o rosto. Renatta, vendo o olhar gélido de Lorenzo, piscou os olhos e disse:- Helga, vamos embora.Renatta e Lorenzo não tinham mais nada a dizer um ao outro. Dali em diante, seriam meros estranhos. Renatta não queria mais desperdiçar seu tempo com ele.Helga se virou e, vendo o semblante cansado de Renatta, soltou bruscamente a mão de Lorenzo e voltou para o lado da amiga, apoiando-a:- Vamos, então.Renatta nem sequer olhou novamente para Lorenzo e saiu dali com Helga. Lorenzo não demonstrava expressão alguma em seu rosto, e ninguém conseguia ler seus pensamentos naquele momento. Somente quando Renatta e Helga sumiram pela