Fênix/Luana

Amanheceu o dia e mais uma vez eu tenho que voltar para aquela boate nojenta, cheia de homens repugnantes. O que me dá nojo, mas por enquanto é o único trabalho que tenho e neste momento não tenho cabeça para procurar por outro. Vou passar o dia com minha mãe, sinto que ela está tentando esconder algo e vou descobrir o que é, assim saio dos meus próprios pensamentos.

Faço minha higiene e desço para o café, minha mãe já está na mesa.

Laura: Bom dia meu amor, achei que ia dormir até mais tarde hoje!

Luana: Não, mãezinha. Hoje decidir passar o dia com você, tem tempo que não passamos juntas.

Laura: Mas você não vai procurar outro trabalho, filha? Sabe que não gosto daquele lugar! Você é linda, e se descobrirem a beleza escondida na máscara, os homens podem te encarar de outra forma meu bem, sabe que me preocupo muito com você e queria poder te ajudar mais.

Luana: Você já me ajuda cuidando de mim, e sabe como te agradeço por isso. Mãe, to achando a senhora muito pálida, tem certeza de que não quer ir ao médico?

Laura: Bobagem sua filha, estou muito bem. Senta pra tomar café, depois podemos ir passear.

Sinto uma sensação estranha dentro de mim, acho que minha mãe está me escondendo algo.

Terminamos nosso café e saímos pra passear, passamos um dia maravilhoso juntas. A muito tempo não fazíamos isso. Acho que pude perceber minha mãe triste algumas vezes, mas as vezes também imaginava se não poderia ser como ela disse, uma bobagem da minha cabeça.

Hora de ir pra casa e me arrumar para meu trabalho na boate - Odeio aquele lugar.

Laura: Já está indo, filha?

Luana: Sim, mãe. Por favor, não me espere acordada. Descanse, pois estou achando a senhora um pouco estranha, amanhã te levarei ao médico para fazer seus exames de rotina.

Laura: Já disse, estou bem. Se cuida minha filha, não esquece a máscara. Vá com Deus meu amor.

Luana: Amém, fica com ele.

Peguei um taxi e fui direto para a boate. Cheguei em poucos minutos e antes sair do carro coloquei minha máscara, pois não posso correr risco de alguém ver meu rosto. Agradeci o rapaz e desci do carro, fui direto ao camarim onde dou de cara com minha amiga - a única que tenho aqui e que sabe meu nome e me conhece sem a máscara, exceto claro pelo dono da boate.

Jenifer: Vamos, amiga! Já está atrasada, está sonhando aí acordada?

Fênix: Ah, como queria estar sonhando mais, na minha cama – ri. - Odeio esse emprego, mas é o único que tenho então não posso fazer muita coisa.

Jenifer: A gente vai conseguir sair daqui para um melhor, amiga. Mas agora vamos, que o Luan está atrás de você.

Terminava de me preparar quando escuto uma batida na porta.

Luan: Você é a próxima, Fênix! E você está linda.

Fênix: Obrigada, Luan. Já estou indo.

Antes de sair coloco novamente a máscara e rumo ao palco.

O Luan me anuncia: subo ao palco e começo meu show. Um top e um shortinho curto mostrando minhas belas curvas, continuo dançando até olhar pra frente e ver o babaca de olhos negros, e que olhar penetrante ele tem, tentei desviar o olhar mais algo nele me chamava atenção, então provocante desci do palco e fui dançar na frente dele, e sinto as mãos dele na minha cintura, no ritmo da música rebolava no pau dele e pude sentir o quanto ele estava excitado, que química é essa essa pegada dele, esse olhar virei de frente pra ele e olhei dentro dos olhos dele, cheguei no ouvido dele e só pra ele ouvir disse:

Fênix: única coisa que terá de mim será essa dança e mais nada babaca idiota.

E sair de lá vitoriosa sabendo que tinha provocado o bababa, isso foi por ele me chamar de vagabunda, mas admito que fiquei excitada com a pegada dele. Estava seguindo para o meu camarim pelo corredor e então do nada se apagam.

Lobão

Mal cheguei na boate, já dei de cara com aquela gostosa. Ela estava uma delícia, já estou pirado nela, penso comigo mesmo a praga do fd e da minha deve tá pegando, não é possível.

CD: Vamos ficar de pé mesmo?

Lobão: Prefiro ficar aqui, a visão está ótima.

Avistei a morena mascarada olhando para mim, e imaginei no desejo de que um dia ainda arranco essa máscara e vejo quem é dona por trás dela. Essa mulher vai ser minha! Me decidi. Vou conquistá-la, depois a mando vazar como todas as outras.

Ela desceu do palco e veio na minha direção. Começou a dançar com a bunda empinada no meu pau, meu amigo criou vida na hora. Que mulher, que deusa. Começou a rebolar na minha frente, na mesma hora peguei ela pela cintura, colando mais nossos corpos até ela virar para mim e sussurrar no meu ouvido: - A única coisa que terá de mim será só a dança.

A diaba me desafiou e saiu vitoriosa, eu fiquei de pau duro mas ela não me escapa. Quando estiver na minha cama vai implorar pra gozar, saio dos meus pensamentos com meu irmão querendo saber o que ela falou.

CD: O que ela te disse mano?

Lobão: Fica na sua Carlos e me deixa em paz, vai ver se arruma uma gata pra você e me deixa.

CD: Porra tu é foda! Me tira da minha casa, da minha foda, e me trata assim?

Deixo ele falando sozinho e vou direto atrás dela. Hoje ela não escapa, não depois de me provocar, diaba safada. Chegando próximo ao camarim as luzes se apagam e escuto gritos, sai correndo para ver o que tinha acontecido e ao chegar vejo um babaca tentando agarrar a morena à força, me subiu um ódio tão grande! Puxei o filha da puta e comecei a socar a cara dele até ele ficar desmaiado e desfigurado no chão, deixei ele lá e fui ver a morena que estava encolhida no canto.

Lobão: Você está bem morena?

FÊNIX/ LUANA.

Quando as luzes se apagaram no corredor me deu medo, estava quase chegando ao meu camarim e do nada aconteceu aquele apagão. Então senti uma forte mão me segurando com força no braço, me estremeci toda.

Fênix: Me solta seu nojento, está pensando que sou o que? Me larga!

Desconhecido: Poxa gatinha, me da só uma chance. Vi o jeito que você dançou e fiquei todo excitado, olha como estou...

Ele começou a se esfregar em mim, e não tive força para me libertar dele. Resolvi gritar.

Fênix: Socorro! Alguém me ajude, por favor! Socorro, socorro!

Ele tampou a minha boca.

Desconhecido: Cala a boca sua vagabunda! Tá querendo me fuder, é isso? Se não quer por bem, vai ser por mal!

Comecei me debater com medo do que vinha a seguir. Senti ele sendo puxado de mim, e de repente as luzes voltaram, vejo que é o mesmo cara que tinha acabado de dançar para ele que me salvou, ele desfigurou a cara do maldito todo e deixou ele desmaiado. Mais não ligo, esse covarde ia abusar de mim, depois ele veio até mim e me perguntou se eu estava bem.

Fênix: Não, mas vou ficar. Te agradeço, se você não tivesse chegado ele ia conseguir o que queria.

Lobão: Ele teve que mereceu. Não se faz isso com uma mulher. Babaca na minha quebrada não amanhece vivo, me chame de Lobão. Te levo até seu camarim.

Seguimos até o camarim em silêncio.

Fênix: Novamente, muito obrigada! Pode me chamar de Fênix.

Lobão: Não precisa agradecer, faria isso por qualquer uma.

Fênix: Enfim. Preciso me trocar, pode me dar licença?

Ele veio se aproximando e confesso que fiquei nervosa. Não sei porque, mais o olhar dele é tão penetrante que me deixa confusa.

Lobão: Por que a máscara?

Fiquei em silêncio enquanto ele me admiraval. Ele desamarrou meu cabelo e deixou a fita cair no chão, passou a mão sobre minha máscara e ao tentar puxá-la dei um salto para trás.

Fênix: Não ouse me tocar, não é porque você me salvou que tem esse direto.

Lobão: Calma, gatinha! Não precisa ficar agressiva. Só fiquei curioso sobre a máscara.

Fênix: Eu já te agradeci. Então, por favor, saia. E nunca mais ouse tocar em mim de novo seu babaca.

Lobão: Você ainda vai me pedir pra te tocar gata, e nesse dia eu vou fazer você gemer tanto. Você vai implorar pra eu socar bem fundo na sua buceta, vou te deixar de perna bamba pra nunca mais esquecer de mim.

Fênix: Saia daqui, seu idiota! Tá pensado que sou alguma vagabunda? Saia daqui agora!

Lobão: Vou sair, mas volto gatinha.

O idiota falou isso e piscou pra mim. Quem ele pensa que é? Babaca arrogante. Sim, fiquei excitada com suas palavras, mas não vou deixar me render apenas por palavras e isso ainda vai ter volta, ah se vai.