Joseph Manganielo
O que fazer quando você é obrigado a matar um homem aos nove anos de idade? Sim, obrigado porque se ele não tivesse tirado-a de mim, eu não teria que ter feito isso. Foi ali onde tudo começou...
Minha vida se transformou num mar de sangue, quando William Campbell matou minha mãe na minha frente e me banhou em seu sangue, eu era apenas uma criança, eu tinha três anos mas eu posso lembrar-me como se fosse hoje, minha querida mãe pedindo socorro, me olhando com compaixão e dizendo que tudo ia ficar bem.
Mas não ficou nada bem. Ela se foi e com ela a minha alma.
Depois daquele dia fui deixado ainda coberto pelo sangue da minha mãe, na porta da nossa casa. Fui crescendo com aquele trauma, todas a noites eu sonhava com aquilo, chorava por horas até meu pai conseguir me acalmar. Anos mais tarde, na escola, eu machucava os meus amigos quando eles não faziam o que eu queria, ou quando não me deixavam brincar.
Eu era apenas um menino, mas algo dentro de mim, que eu chamo hoje de demônio interior, clamava por aquilo, por machucar pessoas e vê-las chorando. Tudo isso foi se agravando conforme fui crescendo.
Então, Jeffrey, meu pai, me fez matar o assassino da mamãe após seis anos. Ele quase entrou em depressão se não fosse por mim, que ele tinha que cuidar. Ele dedicou aqueles seis anos em me educar e tentar desviar o mal de mim e em achar o desgraçado que matou-a.
O pior de tudo, foi que eu gostei, eu me senti bem e feliz, não importa se era apenas uma felicidade ilusória. Eu vinguei a que me deu a luz, a que me olhou com súplica para que eu vivesse.
Fui bem devagarinho, cortei sua pele em pedacinhos, depois arranquei um olho, depois cada uma de suas unhas, até que ele me implorasse para viver, assim como minha linda mãe pediu a ele. O que eu não concedi é claro.
O problema foi que depois daquilo, eu não conseguia mais dormir, eu acordava a noite com crises emocionais, chorando e gritando. Eu não conseguia mais pensar em outra a coisa a não ser: matar de novo.
Era como uma droga, que eu havia experimentado e queria mais, então meu pai percebera que fazia parte de mim, eu era um assassino por natureza, portanto me treinou e me ensinou tudo que eu sei hoje. A ser astuto e silencioso, como um animal que mata sua presa em silêncio, começando por alguns inimigos dele, ele os capturava e me deixava os torturar e matar.
Meu pai como chefe de uma organização criminosa, o que não faltavam era inimigos para exterminar. Ele sempre vencia, a sua úncia e pior derrota, foi o assassinato de sua amada, por seu pior inimigo, mas como já disse, mais tarde cuidei dele.
Mas tudo saiu do controle quando eu comecei a caçar sozinho, sim caçar, assim que eu chamo. Comecei a pesquisar por minha conta e risco, matar e limpar os rastros. Os inimigos do meu pai não bastavam, eu queria mais, muito mais.
Eram mais de dez vítimas por dia, eu estava ficando cada vez mais obcecado por matar. E matar apenas criminosos não me bastava, quando um dia me envolvi numa briga e acabei socando o cara até a morte.
Meu pai me pegou e me levou para uma pequena cidade, chamada Manchester no interior da Inglaterra. E me fez prometer que eu não iria matar nenhum inocente. Como foi ele quem me treinou e me ensinou a sair impune de todos os assassinatos, eu devia muito a ele e o respeitava acima de tudo. Então assim prometi.
Após alguns anos o meu pai morreu de causas naturais, todo o dinheiro de sua máfia ficou para mim. Matei todos os filhos da puta que queriam tomar o lugar dele, para mim já chegava daquela merda de organização. A culpa das desgraças da minha vida toda foi aquela porra.
Passei a viver sozinho desde meus dezessete anos de idade numa mansão obscura. Após passarem vinte anos, eu continuo com meu trabalho, caçar assassinos fora daqui e todos que possam se atrever a se aproximar da cidade.
Sigo como uma espécie de guardião dessa cidade, não por ser bom, o que estou longe de ser, mas para que a minha paz não seja abalada aqui.
As pessoas daqui sentem medo de mim, eu sei. Não se atrevem a chegar mais de dez quilômetros da minha residência, ninguém nunca viu o meu rosto mas sabem da minha conduta.
E é disso que eu gosto. Do medo, o medo me enche de força e alimenta parte do meu vício.
E pretendo viver assim, nas sombras sem ninguém saber do meu nome nem da minha face. Apenas rumores, eu não me importo.
Se alguém nesta maldita cidade, ousar algum dia me incomodar, ou bisbilhotar a minha vida, infelizmente, terei que quebrar a promessa que fiz ao meu pai.
Emília AntonelliNossa cidade deveria ser chamada de vila dos segredos. Pois todos aqui guardamos segredos uns dos outros. Sempre fico sabendo de alguns, meu trabalho ajuda muito nisso, por ser balconista, chegam pessoas extrovertidas que acabam falando mais do que deveriam para mim, muitas das vezes, coisas que eu preferiria não saber.Durante meus dezessete anos, me encontro em uma vida monótona, casa, trabalho, missa e as vezes saio com amigos. Após terminar meus estudos, comecei a trabalhar no café da cidade com dezesseis anos de idade, para pagar minha faculdade já que de acordo com minha família a faculdade tem que ser paga por nós mesmos, o que não entendo já que somos uma família rica, enfim. Lá conheci muitas pessoas, quase a cidade inteira passa por lá, é o melhor café da região.Inclusive lá também con
Observo meus irmãos brincarem no quintal de casa enquanto prendo pela terceira vez na coleira, nosso cãozinho, um vira lata pequeno, seu nome é Crowley. Hoje o meu pai recebeu duas visitas, eram dois homens e Crowley tem certa aversão por pessoas do sexo masculino que não sejam meus irmãos ou meu pai, e por carros de cor escura, pelo fato de ter ficado muito agitado ele acabou quebrando a corrente duas vezes, meu medo é que ele vá para a rua e acabe sendo atropelado.É sexta-feira e meu chefe, Sr Stark deu-me esse dia de folga, o que foi um milagre pois ele sempre costuma me dar folga apenas na quarta-feira, o que para mim não é nada proveitoso pois tenho que fazer muita coisa em casa, como por exemplo dar atenção aos meus irmãos, que não são poucos. As vezes Melinda precisa de conselhos amorosos, com seus quinze anos ela já está sofrendo por um garoto
JosephEra apenas mais uma tarde, na qual eu, em toda minha glória procurava como quem não queria nada, minha próxima vítima. Emílio Antonelli logo estaria em minhas mãos, fazia algumas horas desde que eu havia matado o último homem e me sentia um pouco satisfeito, minha fúria em pegá-lo, o Antonelli, só aumentou quando eu descobri que o dito cujo reside em minha cidade, pela qual prezo pela total segurança e faço questão de afastar todos os mal caráter que passarem abaixo do meu nariz, eu posso sentir de longe o cheiro de um homem mau, conheço-os muito bem, adicionando meus anos de experiência que ajuda muito nisso.Eu estava de mau humor quando parei nas aproximadas de sua casa para observar a movimentação, eu já havia pesquisado tudo sobre ele e descobri que ele é um dos maiores filhos da puta que j&aacu
EmíliaTá legal, essa brincadeira conseguiu sim distrair-me, com a barriga doendo de tanto dar risadas das coisas que aqui foram reveladas, eu me levanto para beber um pouco de água. Quando volto todos estão olhando para mim, olho para o centro da roda e a garrafa está virada com a ponta para o lugar em que eu estava sentada, e quem está na outra ponta e irá me perguntar ou me desafiar é a Jéssica. Já posso sentir os calafrios da maldade que essa moça é capaz de fazer comigo, já que não vai muito com a minha cara."Senta aí Mili." Ela diz sorrindo sarcasticamente, engulo em seco e me sento."É, parece que chegou minha vez não é?" Tento distrair mas todos estão curiosos demais sobre mim, aparentemente."Então, verdade ou consequência?" Ela pergunta e eu óbvio escolherei verdade, j
EmíliaCerto, um jardim com flores mortas, portões cheios de poeira, luzes totalmente apagadas, isso indica que ninguém cuida de nada aqui, sendo assim, existe a possibilidade de não ter ninguém morando aqui. Continuo andando e orando em pensamento, por favor Deus, me proteja. Olho em volta e tudo parece estar calmo e silencioso, olho para cima e me deparo com a enorme casa escura e velha, mas que tem sua beleza, é bem bonita e eu gostei dela. Com o medo habitando em cada celular do meu corpo, eu me agacho perto de um arbusto e espero até que dê a hora.Nesse momento eu preciso pensar no que farei quando voltar, certamente nunca mais irei querer olhar para Jéssica, em seguida irei confrontar os meus pais e mandá-los para a cadeia, é isso que pessoas que vendem crianças inocentes merecem. Ainda não sei como farei isso, mas farei. Está ficando cada v
EmíliaPisco várias vezes sentindo todos os meus neurônios bagunçados, eu não entendo o que ele quer dizer, não posso querer entender uma coisa que com certeza irá contra todos os meus princípios."Desculpe, mas..." Falo quando me perco nas palavras."Eu quero você." Ele assevera sem pestanejar."Eu não entendo..." Falo com os olhos arregalados, ele não pode querer o que eu estou pensando."Você não aparenta ser tão lerda assim para entender as coisas Srta Antonelli." Ele fala e eu não consigo olhar em seus olhos agora."Certo, você disse que me quer. Mas em que sentido? Está falando sobre... Sexo?" Murmuro quase inaudível a última palavra distinta em meu vocabulário diário."Sim, querida. Do que mais eu poderia estar falando?" Ele responde e eu observo-o me estudar po
EmíliaQuando volto do mundo da lua, no qual Joe levou-me com o intenso prazer que me fez conhecer e sentir hoje, meu celular está vibrando encima de um móvel de madeira escura, olho para o homem a minha frente e com as bochechas quentes eu arrumo a minha roupa."Atenda." Ele fala."Alô." Atendo e ouço a voz de Rocco do outro lado."Você está bem? Ainda bem que você atendeu, eu já estava preocupado e o Roman não para de querer invadir essa casa." Ele fala baixinho como se não quisesse que ninguém ouvisse."Ainda faltam vinte minutos, eu vou cumprir até o final, diz ao Roman que fique tranquilo, eu estou bem." Falo mordendo o lábio tentando conter meu nervosismo."Então já pode sair, está quase no tempo." Ouço alguns barulhos estranhos "Emília, sai logo daí, se a Jéssica fala
EmíliaDesnorteada, perdida, confusa e... Sem palavras para descrever o que aconteceu lá dentro daquela casa, precisei encontrar forças do além para conseguir firmar minhas pernas no chão e sair de lá com meu restinho de dignidade intacta.Que inferno de homem é aquele? Droga, o pior de tudo é que eu não consegui resistir, dizer não. Mas provavelmente nada adiantaria já que fizemos um acordo, terei que ser dele e deixar que ele faça o que quiser comigo, em suas palavras: dar-lhe prazer. E como eu mesma já disse, que seja bom pelo menos, não quero lembrar da minha primeira vez como algo que foi sem meu consentimento.Por meus irmãos eu faço qualquer coisa. Eu prometi isso para Sophie e estou disposta a cumprir."Olha, lá vem ela!" Malvina grita e eu vejo os três correrem até mim."Oi gente. Est