Desarmada

O fogo da lareira lançava um brilho alaranjado por todo o quarto escuro.

Lá estava ele, sentado numa poltrona com um copo de uísque quase caindo entre seus dedos longos. Ele o segurava tão frouxamente que poderia cair e derramar a qualquer momento. Seu rosto estava voltado para longe dela. Ela só conseguia ver o emaranhado de seus cabelos grossos e seu braço.

O felpudo carpete abafava o som de seus passos. Angelina atravessava silenciosamente o amplo quarto, sua firme determinação agora sumindo sob o peso do crime que estava prestes a cometer.

Ele não hesitou ao ordenar a morte de Dário.

Ele não hesitou quando Amanda foi espancada e quase estuprada.

A violência era tão natural para ele quanto respirar, e ali estava ela, abalada até a alma só em pensar em derramar o sangue dele com suas próprias mãos.

O desejo de vomitar e fugir aumentava a cada passo que ela dava. Mas ela não podia. Não depois de tudo o que ele tinha feito a ela... depois de tudo que ele tinha feito a todas aquelas pe
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