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O ar frio da noite de Manhattan me atinge assim que saímos do salão. Stefano permanece com o braço firme na minha cintura, me levando até o seu carro, para longe da cena que acabei de testemunhar.— Vou te levar para casa — diz Stefano, me colocando no banco do carona.Concordando com a cabeça, olho em direção à porta de entrada enquanto Stefano dá a volta no carro. Para o meu alívio, não demora para que ele comece a dirigir. Balanço a cabeça, tentando digerir tudo o que aconteceu. Logo, uma risada amarga escapa dos meus lábios.O que eu esperava? Que só porque Sean propôs isso ele não se envolveria com mais ninguém, quando, na verdade, ele deixou claro que seria apenas sexo? Todos os sinais estavam na minha frente, como se o universo tentasse evitar enquanto esfregava na minha cara que a minha decisão não era a correta.— Quer conversar sobre o que aconteceu? — Stefano pergunta, me encarando brevemente antes de voltar sua atenção para a pista.Abro a boca, tentando encontrar as melho
A pergunta escapa naturalmente dos meus lábios, carregada da curiosidade que me acompanha há dias. Talvez, compreendendo o que de fato aconteceu entre Sean e essa Elena, eu consiga entender melhor sobre ele e seus traumas. Ellie e eu encaramos Stefano, esperando sua resposta, enquanto ele olha para sua taça, ponderando o quanto pode falar.— Elena foi alguém muito importante para Sean. O relacionamento durou alguns anos e era aquele típico conto de fadas em que todos acreditavam que eles viveriam felizes para sempre — ele diz, com seu deboche habitual. Logo, um suspiro escapa de seus lábios, fazendo seu sorriso desaparecer. — Mas Elena surpreendeu a todos quando revelou suas verdadeiras intenções. Durante todo o tempo, ela estava interessada apenas no que ele tinha.— Então esses são os fantasmas do passado de Sean, responsáveis por fazê-lo me acusar injustamente? — indago, desenhando círculos na caneca quase vazia.— Há traumas que nos fazem recuar e desconfiar de tudo ao nosso redor
“Por Sean Gallagher”Passei a noite com uma garrafa de whisky como única companhia, sentindo a bebida queimar minha garganta enquanto tentava esquecer o erro da noite passada. Não sei quantos copos bebi, mas sei que foram suficientes para me fazer perder a noção do tempo. Quando finalmente desabei na cama, os primeiros raios de sol já estavam despontando no horizonte.Acordo com a cabeça latejando, sentindo os efeitos do álcool e da privação de sono pesando sobre mim. Estendo a mão para o celular na mesa de cabeceira, esperando encontrar alguma resposta de Zoe. Mas ao desbloquear a tela, tudo permanece exatamente como antes.— Porra, Zoe! — resmungo, jogando o celular na cama. — O que está acontecendo, afinal?Sento-me na cama, esfregando as mãos no rosto enquanto tento entender o que fiz de errado. Será que Zoe está chateada porque decidi ir ao coquetel em vez de ir até a casa dela para ver como estava?— Burro, Sean Rossi, burro! — murmuro, levantando-me. — Você a conhece, é óbvio q
“Por Zoe Adkins”Depois daquele pesadelo, decidi me afastar para reorganizar meus pensamentos, mesmo que por pouco tempo. Ao ver Eric online, resolvi falar com ele para ver se poderia usufruir do presente de aniversário que recebi dele.Após alguns minutos de conversa, Eric não só disponibilizou o chalé como também se prontificou a me levar até lá quando soube que eu estava sem carro. Passei algum tempo organizando algumas coisas para levar e finalmente tentei dormir, mas mais alguns pesadelos me acompanharam.Antes mesmo do sol nascer por completo, já estava de pé, saindo de casa como uma fugitiva, mas não sem antes deixar o endereço e um recado para Ellie, ou ela certamente me mataria por preocupá-la.— Tem certeza de que é uma boa ideia ficar sozinha? — Eric pergunta assim que estaciona em frente ao chalé. — Se quiser, posso desmarcar a visita à casa da minha mãe e ficar aqui com você.— Sim, não se preocupe. Realmente preciso descansar, essas últimas semanas foram cansativas demai
Por um momento, pondero se devo realmente ouvi-lo. Meu coração, dividido entre a mágoa e o desejo de entender o que aconteceu, parece acelerar a cada segundo. Olho para Eric, que me dá um olhar encorajador e preocupado ao mesmo tempo. Respiro fundo, tentando acalmar a tempestade interna que se forma dentro de mim.— Tudo bem, Sean. — respondo, passando a mão pelos cabelos antes de olhar para o meu amigo. — Eric, obrigada por estar aqui, mas acho que preciso resolver isso sozinha.— Como queira, querida. — Eric responde, me puxando para um abraço. Ele sussurra: — Há um botão de emergência ao lado do aparador. Se precisar, não hesite em usá-lo. Vou deixá-los a sós, nos vemos na segunda-feira.— Muito obrigada. Até segunda.— Quanto a você, — ele se vira para Sean e levanta a sobrancelha, continuando em um tom sério: — se magoar minha amiga novamente, juro que me esqueço que você é meu chefe e resolveremos isso como homens.— Isso não será necessário, Eric. Até segunda.Os dois apertam a
Meu coração, que já batia descompassadamente apenas pela aproximação, parece triplicar as batidas diante de suas palavras. Abro a boca para retrucar, mas meus argumentos parecem se perder diante de seu olhar intenso.— Sean, você sabe meus motivos, sabe meus receios. — começo, deixando escapar um suspiro. — Não quero acabar me esquecendo de que meu coração precisa ficar fora disso. Não quando você deixou claro que tudo não passará de sexo. Não quero acabar me machucando por…— Zoe… — ele corta minhas palavras, mas interrompe as suas ao desviar o olhar para o chão, como se tentasse escolher as palavras certas. Com um suspiro pesado, ele continua: — Estou aqui, insistindo para acreditar em mim quando eu poderia estar em qualquer outro lugar. Isso não conta? Afinal, do que você tem medo?— Do que tenho medo? — repito, sentindo minha voz tremer enquanto tento encontrar as palavras. — Tenho medo de me apaixonar, Sean. Tenho medo de me entregar e descobrir que, para você, eu sou apenas mais
Ele me encara por um momento, com uma intensidade que sempre faz minha respiração falhar. Então, sem dizer mais nada, ele me puxa para mais um beijo, desta vez mais calmo, como se quisesse gravar o momento em nossa memória.— Então preciso me empenhar ao máximo. — ele murmura contra meus lábios, antes de dar um passo para trás.— Que tal começar pela parte de me alimentar? — pergunto, ofegante pela proximidade.Sean abre um sorriso debochado, negando com a cabeça enquanto segura minha mão. Juntos, caminhamos até a cozinha, onde me sento à mesa novamente e ele começa a mexer nos armários.— Não pense que hoje você ficará apenas na plateia, Zoe. — ele diz, colocando alguns ingredientes em cima da bancada de madeira. — Venha até aqui e me ajude.— Já perdeu alguns pontos só por me colocar para trabalhar. — provoco, levantando-me e me aproximando da bancada. Paro ao lado dele, observando um pacote de macarrão, queijo, bacon… Franzo a sobrancelha e pergunto: — O que vamos preparar, chef?—
Volto meu olhar para a televisão, mas minha mente está longe das imagens que passam. Meus pensamentos correm em círculos, tentando entender sua mudança repentina. Sean está há dias insistindo nessa relação casual, e agora que finalmente decido ceder, ele acha que devemos nos concentrar no filme? Me ajeito na cama, tentando afastar a confusão que cresce dentro de mim, mas logo ele percebe. — O que há de errado? Não está gostando da história? — Sean pergunta, sem desviar o olhar do filme. Mordo a bochecha, ponderando sobre comentar ou não. — Não. É só que… Por que parou? — Só acho que preciso de um pouco mais de controle. — responde, pausando o filme para me encarar. — Não quero que você pense que estou aqui só por isso. — Só por isso? — repito, incrédula. — Desde quando isso se tornou um problema para você? — Não quero que pense que só quero sexo. O que há entre nós, seja lá o que for, é mais do que isso para mim. — ele admite, baixinho. Permaneço em silêncio, digerindo su