Atenção: Este capítulo é apenas um rápido resumo da jornada de Maya, mas ela será contada em uma outra visão mais pra frente.
Agora Maya se encontrava finalmente pisando os pés sobre a Terra, algo que nunca havia feito antes, já que vivia no mundo das estrelas e só podia olhar de longe. Ela finalmente podia sentir seus pés pisarem em um solo diferente, e até mesmo foi a primeira a sair da caverna.
Antes de começar sua jornada, Maya fez aquilo que a Guardiã lhe pediu, averiguou toda a área ao redor da caverna e procurou por um lugar aonde ela e Estella poderiam enviar e pegar as cartas uma da outra.
Ela precisava de um local bem escondido e que não fosse perto da caverna para nenhum humano suspeitar, mas também não poderia ser longe pois a Guardiã não poderia ir muito longe de seu templo, além de que assim que ela encontrasse seria a primeira vez da Guardiã saindo para fora da caverna.
Então Maya encontrou um local coberto de árvores com um grande matagal a sua volta, passando pelas árvores e o matagal ela encontrou uma única área que não possuía muito mato, pelo contrário, era uma área circular com sua volta coberta de árvores e matos e no seu centro havia uma árvore cortada, ela estava bem desgastada e possuía alguns buracos, talvez estava se decompondo aos poucos.
Ela viu aquela área com a árvore cortada um bom lugar para se mandarem cartas uma a outra, o tronco cortado havia um buraco a qual poderiam por as cartas ali e pegar sem nenhum problema.
Após Maya terminar de averiguar tudo estava pronta para contar a guardiã sobre o local em que poderiam usar para trocar cartas, ela foi em direção a caverna, com muito cuidado e cautela e entrou (pois a guardiã deu a ela uma cópia da chave) assim, Maya contou a Estella e a levou até o local que serviria como um correio para elas. Após isso Maya ficou completamente livre para explorar a Terra e se despediu de vez da Guardiã.
Agora Maya se encontrava saindo de toda aquela extensa área em que se escondia o templo da Guardiã, uma floresta não muito visitada, mas que ninguém imaginava que havia ali algo diferente das outras.
Ela andou por muitas horas por aquele lugar na esperança de conseguir achar um local onde estaria os seres humanos, mas ainda havia muito chão pois a floresta era bem escondida de tudo e de todos. Maya começou a sentir coisas que nunca precisou sentir quando era apenas uma estrela, ela estava com fome e com sede e não havia nada ao redor que pudesse alimentar ela nem matar sua sede, enquanto isso ela foi vagando por aquela mata inacabável, sem rumo procurando apenas que encontrasse um único sinal de vida.
Após andar por horas e horas ela finalmente se depara com uma vila, seus olhos no mesmo instante brilhavam em tamanha alegria, ela finalmente sentiu que chegou a seu destino. Ela se aproximou de algumas pessoas pedindo por alimento ou água, pois ela sabia que agora ela era limitada como humana e estava desgastada porém ninguém se dispõs a ajudar. Aos poucos aquela imensa expectativa foi se esvaindo, ao se deparar que a Terra não vivia apenas de alegria, mas que na verdade havia muita ignorância e antipatia.
Maya continuou andando por aquela vila cansada e sem forças, como se toda aquela esperança, a expectativa que depositou sobre a Terra não passase de uma amarga ilusão. Seus pés descalços já não aguentavam mais andar.
Por que...? Por que há tanta antipatia? Será assim também pelo resto do mundo? - Ela se perguntava em sua mente, se tudo aquilo que ela via sobre a terra não passava de uma grande mentira.
Maya então, extremamente fraca cai sobre o chão, ela já havia andado muito sem contar que não comeu nem bebeu nada.
Ela não tinha forças para se levantar, então apenas começou a chorar ali.
—Tudo bem? - Um simpático jovem a perguntou enquanto estendia uma de suas mãos para levanta-lá
—Acho que sim... - Maya diz levantando levemente com a ajuda do rapaz.
—Sinto muito... algumas pessoas não costumam ser muito simpáticas aqui, eu também me sinto mal com isso as vezes.
—Tudo bem... obrigado por me ajudar- ela diz com uma tonalidade fraca enquanto ainda tem dificuldades para permanecer em pé
—Venha, eu posso te dar um pouco de água e comida, meus pais amam preparar comida, acho que vão gostar de você. Aliás, prazer me chamo Afonso!
—Me chamo Maya, muito obrigada pela generosidade.
Maya aceita o convite daquele rapaz e o segue até sua casa, lá sua família a trata super bem e a alimentam.
[...]
Com o tempo Maya passa a conviver ali, os pais de Afonso eram pessoas muito generosas e humildes e amavam ajudar ao próximo, sem contar que se deram muito bem com ela.
Afonso e ela se tornaram cada vez mais próximos e um sentimento foi aflorando cada vez mais neles: o amor.
Ele amava cada parte dela, um amor honesto e recíproco, eles mantiveram essa relação.
Maya e ele começaram a trabalhar em um pequeno negócio e aos poucos foram montando sua própria loja de roupas aonde o mesmo ficaria sua casa.
Depois de muita dedicação e com a loja pronta, saíram da casa dos pais dele e começaram a morar lá e trabalhar juntos, após alguns anos este amor gerou um filho.
Enquanto isso Estella observava sua querida amiga partir, ela sabia que agora estaria mas só do que nunca e sabe lá quando chegaria a primeira carta enviada por Maya.De uma forma ou outra ela tinha aprendido a lidar com aquela solidão, mas nunca se acostumou com isso, com o fato de que ela nunca poderia largar aquele lugar pois as estrelas e o mundo dependiam disso, algumas vezes Estella se questionava do porquê que ela tinha que se encarregar disso. Mesmo sendo uma guardiã ela possuía sentimentos mas sua vida inteira se resumia somente a isso, e esse fato a sufocava.***após a guardiã fazer o selamento do dia ela foi em direção ao portal para ver como as estrelas estavam.Algumas estrelas se aproximavam dela e pelas expressões em seus rostos Estella sabia que estavam dando falta de algo.-Olá Guardiã! A Maya está sumida ultimamente, estamos preocupadas e como sabemos que tu e ela convers
Um jovem rapaz andava pela floresta aonde Estella vivia, ele gostava de explorar por novos lugares e era bom em achar coisas. O rapaz vivia em uma Vila que apesar de ser bem longe da floresta era a mais perto que tinha dela.Seu nome era Marlon, um homem a qual fazia de tudo pelo bem de sua pequena irmãzinha, que ainda não possuía muito anos de vida.Andando por aquela floresta Marlon averiguava o local, procurava por frutas e até mesmo por alguma jóia que pudesse ajudar a sustentar ele e sua irmã, aliás, as pessoas de sua Vila não eram lá muito caridosas, pelo menos a maioria.Ele percebeu algo diferente naquela floresta mas não sabia explicar o que seria, é como se houvesse uma energia diferente ali, o rapaz continuou a caminhar olhando por todos os cantos como se pudesse sentir algo, um ponto que ele percebeu é que chegando em determinada parte parecia mudar totalmente o clima de uma forma inexplicável.
Estella enquanto trabalhava em sua caverna por algum motivo não conseguia parar de pensar naquele homem, ninguém nunca havia chegado tão perto de sua caverna, muitos dos que tentavam morriam no caminho pelos animais ferozes, apesar de que se ela não intervisse ele seria um de vários que tentou também, mas por algum motivo a guardiã não queria este final trágico para aquele humano.Mesmo que não houvesse como saber de suas intenções, uma coisa que a guardiã tinha certeza é que ele dizia com sinceridade sobre sua irmã, e a forma a qual explicava sobre demonstrava que ele realmente estava disposto a fazer o melhor por ela.Como ela havia adiantado algumas coisas que precisava fazer Estella resolveu dedicar um tempo a mais para suas estrelas. Ela entrou no portal - mesmo após já ter ido ao fazer o selamento do dia - para poder tentar pelo menos naquele dia ser mais presente como uma guardiã.Chegando perto de um grupo de estre
Dias se passaram, e Estella se encontrava em sua caverna como sempre, aquela cena dela e sua discussão com Talitha se repetiam em sua mente, era difícil disfarçar para as outras que algo estava errado ali, mas por algum motivo Talitha se manteve calada sobre sua suposição não tão suposta assim sobre ela ter levado Maya para terra. Mesmo com essa tristeza que brotava dentro de sí não era sua vontade causar algum tipo de conflito ou discórdia entre as estrelas, tirando as que já possuía todas as vezes que se questionavam de seu sumiço. Desses dias que se passaram, Maya ainda não havia entregado nenhuma carta, talvez demoraria mais do que imaginava para chegar uma mensagem de sua amiga.Enquanto a guardiã escrevia em seu diário ela ouviu um barulho perto da caverna, não sabia se era algum animal ou um humano, apesar que qualquer animal que fosse não seria um problema, Estella então olhou através da fechadura da porta e conseguiu
Para minha queria amiga Estella Olá Estella!Me desculpe pela demora. Nesses primeiros dias em que passei aqui Não foram muito fáceis. A terra, não é o lugar de pura alegria como eu imaginava,Talvez eu tenha me precipitado sobre.No primeiro momento em que viNão fui bem recebida,Eu estava desidratada e com fome,Uma sensação que nunca havia sentido antes. Então logo pedi para as pessoas em meu redor para que pudessem me ajudar de alguma forma.
Após ler a carta de Maya, a Guardiã se sentiu preocupada com a mesma, mas confiava que sua amiga conseguiria algo melhor para si, pois não desistiria de seu sonho. Então ela começou a escrever uma carta em resposta da sua, falando sobre as estrelas e seus questionamentos, sobre o rapaz em que apareceu na floresta, sobre as dificuldades que estava tendo, mas a única coisa que Estella não a contou foi sobre Talitha, ela não queria que Maya soubesse de seu estado, pelo menos não naquele momento. Aliás, Maya ainda estava se estabelecendo na Terra a qual com certeza passou por muitas dificuldades nesses poucos dias, assim como o formato de comunicação delas em que a Guardiã se perguntava como sua amiga viria já que não conseguiu entregar como planejado.E por isso que Estella sabia que precisava encontrar novamente com Maya, apesar dos riscos, ela sabia que seria necessário con
Marlon mora em uma pequena residência de um local fechado da vila. Os cômodos são pequenos e apertados, pois seus pais não tinham uma condição financeira boa, apesar disso ele agradecia por ao menos ter uma casa para morar, ainda mais pela sua irmã.Enquanto ele ia para sua casa carregando consigo o cesto de "maçãs" dados por Estella, o jovem se perguntava se as pessoas acreditariam que ela era mágica, podendo assim conseguir um pouco mais de dinheiro, ele ficou feliz pela bondade daquela moça de cabelos esverdeados, mas alguma coisa ainda o pesava.Abrindo a porta de sua casa, Marlon deixou o cesto de cristalinas ali, indo para seu quarto que era junto do de sua irmã. Chegando nele ele percebeu que Lya ainda estava dormindo, ela era bem dorminhoca e isso era bom de um lado para ele, pois assim o rapaz poderia sair sem se preocupar muito.Antes de acorda-lá o jovem resolveu provar uma daquelas
No dia seguinte, Marlon acordou com uma leve dor de pescoço, quando foi parar pra pensar o porquê viu que havia adormecido ali mesmo em sua escrivaninha, normalmente ele passava a noite escrevendo coisas sobre si e dessa vez não foi diferente.Ele passou a mão em sua nuca, que pelo fato de ter dormido na posição provavelmente havia deixado de mal jeito, mas isso não iria fazer o parar, se ele não parou mesmo com a perna no estado em que estava, não iria por um mal jeito no pescoço.O rapaz levantou de sua cadeira, ainda sonolento e foi em direção ao banheiro se aproximando para lavar o seu rosto, ele olhou para sua perna e viu que o processo de cicatrização estava muito mais rápido, realmente aquelas cristalinas eram "milagrosas".Ele voltou em seu quarto para pegar as roupas que ficavam na gaveta, o quarto não havia muitos cômodos, alguns ele havia vendido para poder conseguir algum dinheiro, como o armário.
Último capítulo