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Capítulo 2 - A jornada de Maya na Terra

Atenção: Este capítulo é apenas um rápido  resumo da jornada de Maya, mas ela será contada em uma outra visão mais pra frente.

Agora Maya se encontrava finalmente pisando os pés  sobre a Terra, algo que nunca havia feito antes, já que vivia no mundo das estrelas e só podia olhar de longe. Ela finalmente podia sentir seus pés  pisarem em um solo diferente, e  até mesmo foi a primeira a sair da caverna.

Antes de começar sua jornada, Maya fez aquilo que a Guardiã lhe pediu, averiguou toda a área ao redor da caverna e procurou por um lugar  aonde ela e Estella poderiam enviar e pegar as cartas uma da outra.

Ela precisava de um local bem escondido e que não fosse perto da caverna para nenhum humano suspeitar,  mas também não poderia ser longe pois a Guardiã  não poderia ir muito longe de seu templo, além  de que assim que ela encontrasse seria a primeira vez da Guardiã  saindo para fora da caverna.

Então Maya encontrou um local coberto de árvores com um grande matagal a sua volta, passando pelas árvores e o matagal ela encontrou uma única área que não possuía muito mato, pelo contrário,  era uma área  circular com sua volta coberta de árvores e matos e no seu centro havia uma árvore cortada, ela estava bem desgastada e possuía alguns buracos, talvez estava se decompondo aos poucos.

  Ela viu aquela área com a árvore cortada um bom lugar para se mandarem cartas uma a outra, o tronco  cortado havia um buraco a qual poderiam por as cartas ali e pegar sem nenhum problema.

Após  Maya terminar de averiguar tudo estava pronta para contar a guardiã  sobre o local em que poderiam usar para trocar cartas,  ela foi em direção  a caverna,  com muito  cuidado e cautela  e entrou (pois a guardiã deu a ela uma cópia  da chave) assim, Maya contou a Estella e a levou até o local que serviria como um correio para elas. Após  isso Maya ficou completamente livre para explorar a Terra e se despediu de vez da Guardiã.

Agora Maya se encontrava  saindo de toda aquela extensa área em que se escondia o templo da Guardiã, uma floresta não muito visitada, mas que ninguém  imaginava que havia ali algo diferente das outras. 

Ela andou por muitas horas por aquele lugar na esperança de conseguir achar  um local  onde estaria os seres humanos,  mas ainda havia muito chão  pois a floresta era bem escondida de tudo  e  de todos. Maya começou  a sentir coisas que nunca precisou sentir quando era apenas  uma estrela, ela estava com fome e com sede e  não havia nada ao redor que pudesse alimentar ela nem matar sua sede, enquanto isso ela foi vagando por aquela mata inacabável, sem rumo procurando apenas que encontrasse um único sinal de vida.

Após  andar por horas e  horas ela finalmente se depara com uma vila, seus olhos no mesmo instante brilhavam  em tamanha alegria, ela finalmente sentiu que chegou a seu destino. Ela se aproximou de algumas  pessoas pedindo por alimento ou água, pois ela sabia que agora ela era limitada como humana e estava desgastada porém  ninguém se dispõs a ajudar. Aos poucos aquela imensa expectativa foi se esvaindo, ao se deparar que a Terra não vivia apenas de alegria, mas que na verdade  havia muita ignorância  e antipatia.

Maya continuou andando por aquela vila cansada e sem forças, como se toda aquela esperança, a expectativa que depositou  sobre a Terra não passase de uma amarga ilusão. Seus pés descalços  já não aguentavam mais andar.

Por que...? Por que há tanta antipatia? Será  assim também pelo resto do mundo? - Ela se perguntava  em sua mente, se tudo aquilo que ela via sobre a terra não passava de uma grande mentira.

Maya então,  extremamente fraca cai sobre o chão, ela já havia andado muito sem contar que não comeu nem bebeu nada.

Ela não tinha  forças  para se levantar, então apenas começou a chorar ali.

—Tudo bem? - Um simpático jovem a perguntou enquanto  estendia uma de suas mãos  para levanta-lá

—Acho que sim... - Maya diz levantando levemente com a ajuda do rapaz.

—Sinto muito... algumas pessoas não costumam ser muito simpáticas aqui, eu também  me sinto mal com isso as vezes.

—Tudo bem... obrigado por me ajudar- ela diz com uma tonalidade fraca enquanto ainda tem dificuldades para permanecer em pé

—Venha, eu posso te dar um pouco de água e comida, meus pais  amam preparar comida, acho que vão gostar de você. Aliás, prazer me chamo Afonso!

—Me chamo Maya, muito obrigada pela generosidade.

Maya aceita o convite daquele rapaz e o segue até sua casa, lá sua família  a trata super bem e a alimentam.

[...]

   Com o tempo Maya passa a conviver ali, os pais de Afonso eram pessoas muito  generosas e humildes  e amavam ajudar ao próximo, sem contar que se deram muito bem com ela.

   Afonso e ela se tornaram cada vez mais próximos e um sentimento foi  aflorando cada vez mais neles: o amor.

    Ele  amava cada parte dela, um amor honesto  e recíproco, eles  mantiveram   essa relação.

  Maya e ele começaram a trabalhar em um pequeno negócio  e aos poucos foram montando sua própria loja de roupas aonde o mesmo ficaria sua casa. 

Depois de muita dedicação  e com a loja pronta, saíram da casa dos pais dele e começaram a morar lá e trabalhar juntos, após  alguns anos este amor gerou um filho.

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