O caminho que pego fica do lado oposto ao que eu passo quando saio da cidade. Mesmo não conhecendo esse lado, meu coração palpita rapidamente cada vez que me aproximo da floresta densa e escura.
Acabo levando isso como um sinal de que encontrarei o que procuro.
Quando a estrada abre para uma trilha na floresta com espaço suficiente para o carro passar, pego essa direção e vou até o fim.
O canto dos pássaros é assustador durante o caminho e cada metro percorrido me deixa mais inquieto. Passo por uma casa grande e malcuidada, mas muito bem estruturada, e me lembro do livro automaticamente. Então paro e desço do carro. A casa é grande mesmo e há ga
Volto para casa antes de passar no hospital. Mandei uma mensagem para Danny avisando que chegarei um pouco tarde, preciso de um momento sozinho em um lugar conhecido onde eu sei que estou seguro, para pensar um pouco mais sobre o que ouvi hoje. Sobre tudo, na verdade. Mas eu ainda tenho dúvidas e depois de ouvir aquela história outras perguntas se formaram na minha cabeça. Em casa o sol ainda arde do lado de fora, o que não acontece em Santis Lorde, inclusive a sensação do calor do sol contra a minha pele é reconfortante e muito melhor do que aquele frio estranho que parece carregado de outras coisas. Com os pensamentos a mil, indo e voltando entro em casa, notando que não posso demorar muito. Eu disse a Hayley que voltaria e eu tenho que volt
Passo os dias seguintes ao lado de Hayley, ela decidiu ficar alguns dias a mais no hospital até que se sentisse melhor e eu decidi ficar com ela porque me sinto melhor tendo ela para conversar. Hay me pedia o que queria e eu trazia de bom grado livros, revistas, seu laptop, celular, roupas que eu fazia a Danny pegar para que eu não tivesse que entrar na casa delas, histórias e comidas. Ela já estava casada da comida do hospital. Hayley comia um pouco melhor, mais ela me fazia comer também, foram dias legais porque ela parecia querer fazer a minha cabeça em relação a nossa discussão sobre a possibilidade de eu ser mesmo o Ian Price que Catarina amou. Minha cabeça estava decidida de que não era verdade, mas Hayley tentava me convencer a imaginar uma verdadeira história de amor.
"Se eu dissesse que nascemos para ficar juntos o que diria? Que você é louca. Por que? Eu sei qu
"Enlouqueça-me o quanto quiser, estarei servindo não apenas a você, mas o desejo, a luxúria que vive dentro de mim. Oh meu amor, ama-me cada vez mais e não deixe que levem seu amor de mim." - Atelina. Deixo Catarina dentro do consultório enquanto subo para tomar o banho que não tive tempo de tomar mais cedo. Eu esperei tempo demais ao lado da porta e acabei ouvindo cada soluço dela. Toquei na ferida ao jogar todas as minhas dores e tudo que passei ao me colocar na vida dela. Não foi uma atitude muito honrá
"Enquanto estou trancado aqui, junto com os sentimentos mais assustadores que já tive por alguém, você permanece no escuro... Ei! Você é realmente real? Ama-te como ama os outros? Chora como o mundo chora? Ou é dura como a pedra que machuca?" - Atelina. Sinto como se o chão que antes era firme sobe meus pés está agora mole feito gelatina. Talvez não seja o chão, mas minhas pernas que estão reagindo a meu estado de êxtase. Catarina não está no lugar em que a deixei e isso me preoc
"Em mais de uma vida, eu a amei. Em mais de um batimento, eu a encontrei. Em meu coração, eu a guardei. Em meus olhos, te gravei. E em meus pensamentos, a tornei única. Pois foi preciso mais de uma vida para eternizar aquilo que para nós fora mais precioso que o ar que respiramos." - Atelina.Sua cabeça vem de encontro com meu peito e seus braços me abraçam com força. Ouço o som do seu choro e me entrego ao mesmo sentimento que ela sente. Não me esquecendo que agora meu mundo já não é mais o mesmo.
"Somos um só. Sua dor é a minha dor; sua felicidade é a minha felicidade; suas lágrimas são as minhas lágrimas; seus sorrisos são os meus sorrisos. Mas seu futuro não é o meu futuro." - Atelina. Não é uma foto. É um desenho feito à mão. Com certeza Catarina o desenhou. Ela tem facilidade com isso. Mas se aquele desenho é seu, o resto naquele baú também é. E a senhora o está dando para que eu olhe.
Depois que conheci você, passei a ter medo da solidão. Você era minha luz. Meu companheiro... Mas além disso apenas passageiro. Um intruso, injusto. Daqueles que roubam e se afogam na própria certeza. — Atelina. Saio correndo em disparada a passos largos e desesperados na direção do meu quarto. Eu preciso de roupas. Pego uma cueca, uma blusa de manga comprida e uma calça e visto. Catarina está em perigo e tudo isso é culpa minha por tê-la deixado lá sozinha. Assim que estou vestido sento-me na cama para calçar os sapat