Rose Após o chá, um guarda se aproxima e me avisa que a Princesa deseja me ver, me levanto e lhe acompanho até o gabinete real, ele me anuncia e sai. Fico sem saber como agir ali, não esperava uma situação assim. — Sente-se, por favor. — Fala a Princesa e obedeço. — Não sei se sabe, mas Dimitri é um amigo muito querido, e ontem quando esteve aqui, nos contou sobre o casamento de vocês, ele noivou com sua irmã e, no entanto, foi dopado para se casar com você. — Sim Alteza, nós dois fomos forçados a esse casamento. — No entanto, você vem de uma família comum, esse escândalo não lhe afeta como afeta a ele, sendo inclusive para evitar um escândalo maior, que ele manteve esse casamento. E pelo que pude ver, ontem, ele apenas se conformou em aceitar que agora esse é o destino dele. — Será que ele não sente nada por mim? — Por esse motivo, decidi que irei anular o casamento e deixá-lo livre para escolher uma esposa que ele deseja. — Mas ele falou que não quer anular o casamento. — Falo c
Dimitri No caminho para o Palácio, me lembro de dedushka contando que só aceitou o casamento de meus pais, depois que meu pai concordou em se casar na igreja russa, devido ao fato da igreja inglesa aceitar tão facilmente os divórcios, principalmente de membros da nobreza. Vejo assim uma solução, eu irei sair do reino com Rose e me casarei com ela em outra igreja, assim ninguém poderá nos separar mais. Agora eu só preciso comunicar ao Príncipe de minha decisão, e então ir buscar minha Roza, para juntos irmos embora. — Preciso falar com urgência com o Príncipe Anthony. — Falo ao guarda. — Por favor, me acompanhe, Conde Sheffield. — Ele me leva até uma sala e pede que eu aguarde, pois o Príncipe está ocupado no momento. Os minutos vão passando e fico mais ansioso a cada instante, Oscar pode ir embora a qualquer momento e será muito mais difícil encontrar Rose se ele a tirar da cidade. Um guarda finalmente aparece e me acompanha até o gabinete do Príncipe e fala para outro guarda anun
Dimitri Vou o mais rápido que posso para casa de Oscar, passei tempo demais no Palácio, e tenho medo que ele já tenha levado minha Roza embora. Chego e bato na porta, uma mulher atende, presumo que possa ser a esposa dele. — Desculpe o incômodo, sou o Conde Sheffield, marido da Rose, o Chefe Rhodes me falou que ela está aqui. — Sou Sophie, tia de Rose, e sinto muito, mas eles já partiram. Não pode ser! Não posso acreditar que Rose se foi, eu não posso tê-la perdido para sempre. — Eu vejo que está sofrendo e vi o sofrimento de Rose também, minha sobrinha merece ser feliz e se me prometer que a fará feliz, eu digo como encontrá-la. — Fala dona Sophie. — Eu prometo que farei tudo que estiver ao meu alcance para fazê-la feliz. — Respondo na mesma hora. — Vou confiar em você, Oscar está levando as meninas para casa de alguns parentes, no Sul, saíram há uns 20 minutos e se correr talvez consiga alcançá-los. — Muito obrigado senhora. — Só não quebre sua promessa, e fale para Oscar vi
Dimitri Logo chegamos à cidade e vamos para a casa da tia Sophie. — Que bom que ele lhe alcançou, estava me cortando o coração ver você daquele jeito. — Fala tia Sophie ao me abraçar. — Eu sofri porque não confiei nele. — Minha menina, você ainda é jovem, e vai usar esse erro para aprender e não errar novamente. É então que me lembro de Helenka, e da promessa que fiz de sempre conversar com Dimitri antes de tudo, quando chegarmos em casa, irei pedir mais uma vez desculpas a ele por tudo que fiz hoje. Tia Sophie nos fala para entrar e jantar, Dimitri mais uma vez explica tudo que aconteceu no Palácio. — De fato a Princesa fez algumas coisas erradas hoje, você pretende denunciá-la ao Parlamento? — Pergunta tio Oscar. — Não, o Príncipe me pediu para não falar nada, e, além disso, não quero mais atenção a esse assunto. — Você está certo em agir assim. — Mas Oscar, esse não foi o único problema de hoje, antes de ir para casa, eu recebi a visita do Scott Russell. — Sinto um calafri
Rose Acordo pela manhã e sinto meu corpo um pouco dolorido, mas as lembranças são o suficiente para tirar meus pensamentos da dor, a forma como Dimitri foi carinhoso comigo, fazendo o possível para tornar nosso momento perfeito, e ele conseguiu. Sou tirada de meus pensamentos sobre a noite passada pela voz de Dimitri. — Bom dia, meu amor. — Bom dia! — Falo sorrindo. — Como está se sentindo? — A mulher mais feliz do mundo. — Eu também me sinto feliz, meu amor, mas quero saber se está sentindo dor. — Nada que eu não consiga suportar, já senti dores piores. — Não quero estragar nosso momento. — A melhor parte é que essa dor vem de um ato de amor, de carinho. — Não quero que sinta nenhuma dor, quero apenas lhe dar carinho. — Você pode me dar carinho agora. — Admito com um pouco de vergonha. — Esse é um pedido, que terei muito prazer em atender. Dimitri me puxa para um beijo e assim como na noite passada, começa a beijar meu corpo, ele para os beijos e olha para cama, me levanto
Rose Em meu quarto, escolho usar o vestido vermelho de mangas até o cotovelo, com vários bordados no corpete e na saia, de joia, escolho o conjunto vermelho que Dimitri me deu em nosso aniversário de casamento e um pequeno enfeite de rosas para o cabelo. Enquanto arrumo meu cabelo, penso sobre o que aconteceu ontem, felizmente tudo foi resolvido e continuamos juntos, me lembro de como Dimitri foi gentil e carinhoso, hoje sei que o sofrimento de mamãe era por causa de papai, pois estar com Dimitri foi maravilhoso e se todas as vezes forem com essa manhã, sei que serei muito feliz. Dimitri desceu na minha frente, vejo que ele está no escritório com Kelson e lhe espero para irmos tomar café juntos. — Podia ter ido na frente. — Ele fala ao sair e me abraça pela cintura. — Preferi lhe esperar. — Recebo um belo sorriso. — Eu agradeço, e saiba que está linda. — Obrigada. — Mas devo admitir que prefiro como estava essa manhã. — Fala baixo, próximo de minha orelha, me fazendo corar. — Ma
Rose Chegamos e um criado nos leva até a sala onde tia Julie está. — Rose, você está linda. — Tia Julie vem nos receber. — Duquesa, obrigada por nos receber assim tão em cima da hora. — Fala Dimitri. — Me chame apenas de Julie, somos uma família agora, e vocês são sempre bem vindos aqui. — Dimitri e Rose, sejam bem vindos. — Tio Justin vem do escritório. — Ontem fiquei sabendo o motivo da viagem de vocês, e Rose imagino o quanto você deve ter ficado assustada. — Eu fiquei sim, mas o apoio do Dimitri foi essencial para que eu conseguisse superar. — Falo com carinho. — De fato Dimitri, você teve uma atitude muito honrada ao protegê-la. — Apenas fiz o que era certo. — Sim, no entanto, tem algo que não me saiu da cabeça, depois que eu soube da história, Rose foi por medo desse homem, que você não quis minha ajuda para anular o casamento? — Foi sim. — Confesso. — Eu sabia que a única forma de evitar aquele destino, era ficando casada, então decidi confiar na palavra de Dimitri, qu
Dimitri Após entrarmos no escritório, Justin fecha a porta, sua postura me lembra do Parlamento, quando dois lados disputam quem tem a razão, e um terceiro precisa manter a ordem. — Pronto, aqui podem falar sobre esse assunto. — Fala Justin. — Por mim tanto faz o lugar, não me importa que você seja um Conde. — Karl aponta para mim. — Não vou aceitar que fale naquele tom comigo. Não poderia estar menos interessado em seu querer, e não acredito que ele pensa que me importo com ele, ou que deixarei ele se sentir superior a mim, não sou de me valer do meu título ou posição social, mas com Karl faço questão de fazer valer. — Eu sou um Conde, portanto, dirija-se a mim corretamente, e realmente pensa me importo com o que você quer? — Eu sou seu sogro e exijo respeito. — Nunca irei respeitar um homem como você, principalmente depois de tudo que fez. — Você queria se casar e casou, que diferença faz se foi com uma irmã ou com outra. — Não se engane, hoje em dia sou muito feliz por você