Alice Levanto o rosto e olho para Anthony, sem saber o que fazer. — Eu não sei o que lhe dizer ou o que fazer, não quero lhe virar as costas, mas também não ficaria em paz não fazendo nada em defesa de Rose. Anthony o que sua tia fez foi sério demais, eu sei o quanto você a ama e lhe dói ter que fazer algo, mas precisa ser feito. — Alice eu sei o quanto esse assunto é complicado, sei o quanto a Condessa significa para você, que a ama, assim como eu amo minha tia. Ela errou e passou de todos os limites e pretendo tomar providências, irei mandá-la para fora de Londres até a coroação. — Mas será o bastante? — Porém se alguém suspeitar sobre isso, o Parlamento será convocado e ela será condenada, mesmo sem ter provas do que ela fez, se Dimitri souber irá contar tudo que já aconteceu e minha tia será morta em praça pública, eu não suportaria passar por algo assim. — É tudo difícil demais. — Eu lhe contei tudo isso, pois precisava falar com alguém e nesse momento você é a única em quem po
Caitlyn Demora um tempo para que o chefe da guarda volte ao Palácio, e de onde estou, não consigo ver sua expressão. Permaneço esperando em meu quarto por alguma notícia, e ela logo vem quando Juanita entra e ao fechar a porta sorri para mim. — Alteza está feito, a Condessa está morta. Sorrio feliz por saber que enfim Dimitri está livre e em breve será meu. — Tem certeza sobre isso? — Preciso de uma confirmação. — Tenho sim, eu estava próxima ao gabinete do Príncipe Anthony, quando o chefe Rhodes entrou apressado, eu me aproximei mais da porta, para conseguir escutar a conversa e pude ouvir quando ele contou que chegou tarde demais para avisar o Conde, que o homem já tinha estado lá e atacado a Condessa. Precisei me afastar, mas ainda sim pude ouvir quando a Princesa Alice gritou chorando, ela disse: “A Rose não”. Essa é a confirmação que eu precisava, sei que Alice é apegada demais a plebeia e se ela está sofrendo é porque aquela mulherzinha está mesmo morta. Dimitri agora é meu
Caitlyn O que irei fazer agora? Essa era minha última esperança. — Vejo que a Condessa estar viva é uma surpresa para a senhora minha tia, imagino que esteve comemorando muito a morte dela. — Sim eu fiquei feliz, mas não posso dizer isso, então olho ultrajada para Anthony. — Está errado, fiquei muito triste pela morte da ple… da Condessa. — Me corrijo a tempo de falar dessa forma da mulherzinha e ser repreendida. — Não tente fingir para nós, se a senhora não estivesse feliz com a morte da Rose, teria ao menos o desplante de não ter corrido atrás do Dimitri assim que soube sobre a suposta morte dela. — Alice do que está falando? Eu mal saio do quarto desde o casamento de vocês, como poderia correr atrás de alguém? — De fato a senhora não saiu do quarto, mas enviou esta carta ultrajante ao Dimitri, praticamente se oferecendo a ele. — Como vocês sabem da carta? — Fala desta carta? — Anthony j**a um papel em minha direção, pego e reconheço a carta que enviei. — Onde a senhora estav
Dias depois Rose Sentada na cama olho o quarto ao meu redor, lembranças dos últimos meses me preenchem, foi nesse quarto que me tornei mulher e tive momentos de puro amor junto a Dimitri, foi onde nosso bebê foi concebido. Por mais que eu entenda o porquê de nossa mudança, é difícil pensar que aqui não será mais nosso lar, pois foi onde pela primeira vez na vida tive paz, onde me senti segura e amada. Essa semana não foi fácil, depois do que ocorreu na segunda passei todos os dias deitada, saindo da cama apenas para fazer minhas necessidades básicas. O médico falou que fazer repouso e me alimentar bem foi essencial para que eu me recuperasse bem do ataque, não sentindo mais nenhuma dor, e como não tive nenhum sangramento ele concluiu que por hora meu bebê está a salvo. Por conta de estar bem, durante a consulta de ontem ele me liberou para a mudança, desde que eu andasse o mínimo possível e evitasse descer ou subir escadas. Ele também permitiu que eu vá ao baile de Daisy essa noite,
Rose Assim que a carruagem para em frente à casa, Dimitri me ajuda a descer e em seguida me pega nos braços para entrarmos. Me surpreendo ver todos os criados nos esperando, Dimitri me coloca no chão e nos apresenta formalmente a cada um deles: a governanta Paige, o mordomo Saymon, os cozinheiros Pierre e Darlan, suas assistentes Leona e Darlene, as copeiras Kellen e Karin, as camareiras Polly e Molly, as criadas Jessie e Gilda e Davina, Nancy a criada pessoal de dona Masha, Hazel o valete de Ronald e o cocheiro Hudson. Além dos que vieram conosco: Albert o valete de Dimitri, Hanna minha criada pessoal e Isaac nosso cocheiro, os demais ficaram na antiga casa para cuidar do lugar. São 19 criados ao todo, não sei como vou me acostumar com tanta gente assim em casa, isso sem contar os dois homens que cuidam de minha segurança. Após as apresentações, todos foram liberados para voltar aos seus afazeres e vamos até a sala de visitas cumprimentar Ronald e Masha, e nos sentamos um pouco com
Dimitri Estar morando novamente nesta casa é muito bom, principalmente porque sei que aqui minha Roza terá mais conforto e segurança. Conforme meu pai já havia me avisado, iremos continuar com meu antigo quarto, que apenas foi arrumado para ser de Rose também, que para minha alegria aceitou manter assim, me acostumei a ter ela dormindo em meus braços e não quero que isso mude. Rose mais uma vez demonstra sua preocupação comigo ao querer trocar de quarto apenas para que eu não precise lhe carregar pelas escadas, algo que não me importo de fazer. Fico encantado com sua simplicidade ao não se importar em ficar no quarto mais simples da casa, apenas pensando em meu bem estar, como babushka disse uma vez, Rose é mesmo uma mulher única e especial. Sabendo que ela se sentirá melhor com minha aceitação, procuro uma alternativa que lhe agrade e consigo ao propor que ela fique apenas durante o dia naquele quarto, para assim ter a liberdade que deseja para andar pela casa, e a noite a trarei pa
Dimitri O melhor a fazer é mudar de assunto e falar de assuntos mais agradáveis. — E vocês Yegor, quanto tempo pretende ficar de visita em Londres? — Na verdade não viemos para visitar, minha intenção é morar aqui a partir de agora, na Rússia não tem sido fácil para trabalhar e sei que em Londres poderei prosperar muito mais como advogado. Essa sim é uma boa notícia, será bom ter meu amigo novamente por perto. Vejo que Rose também se alegra, vai ser bom para ela ter minha prima por perto, já que entre as amizades mais próximas, Katya é a única que passou por uma gravidez e poderá ajudar melhor Rose nesse momento. — Fico muito feliz com isso, no que puder lhe ajudar, não hesite em me pedir. — Obrigado meu amigo, vou precisar de sua ajuda sim, tenho que encontrar uma casa para morarmos e também um lugar para trabalhar. — A casa teremos que dar uma procurada, mas quanto ao trabalho, poderá ficar no meu antigo escritório, eu decidi trabalhar no escritório que tem aqui em casa e o lo
Rose Após Dimitri sair do quarto, peço que Hanna pegue a caixa com o meu novo vestido, um presente da vovó Tayla, ela comprou depois de Reyhan contar que no domingo será meu aniversário de 21 anos e foi me entregar ontem, eu fiquei muito feliz com seu gesto, é maravilhoso receber um presente dado com carinho. Como ele tem a cintura mais larga, decidi usar ele no baile de hoje. Hanna estende o vestido na cama e peço que busque minhas caixas de joias, o vestido é em um tom de azul, a parte de cima é toda bordada, incluindo as alças e na saia possui também alguns bordados. Alguém b**e à porta e digo para entrar, Katya vem com Yeva e senta ao meu lado na cama. Hanna me entrega minhas joias e digo que no momento pode se retirar, mas que após o chá irei querer que ela prepare meu banho no quarto ao lado. — Que vestido lindo Rose, não me lembro de ter sido feito por minha mãe. — De fato esse não foi feito por Helenka, eu ganhei essa semana de minha avó e decidi usar hoje no baile de noiv