Mais tarde, Mônica e Emma juntaram forças para levar o castelo até o quarto de Mônica. Mônica tentou desviar sua atenção de qualquer olhar para aquele castelo brilhante, mas, ao sair do banho, não resistiu e seus olhos voltaram a grudá-lo. E, pior, deu vontade de tocá-lo. “É só um castelo de diamantes. Não é como se eu nunca tivesse visto algo valioso antes... Qual é o motivo de tanta empolgação?” Ainda assim... Deitada na cama, Mônica se virou, encarando o castelo de diamantes. Mesmo com a luz tímida entrando pela janela, a peça reluzia como estrelas, tão brilhante e deslumbrante que parecia quase mágica. …Depois de duas semanas de viagem, Mônica conseguiu se adaptar rapidamente ao fuso horário. Acordou cedo e preparou o café da manhã e o almoço. Depois de comerem, ela e Emma pegaram o metrô juntas para o trabalho. — Tô morta de sono! — Emma reclamou, bocejando sem parar. Tinha ficado até tarde vendo série na noite anterior e agora não largava o celular. De repente, os o
Mônica manteve a calma enquanto finalizava com eficiência as duas pastas urgentes que tinha recebido. Já passava das onze e meia. Lucas provavelmente já tinha terminado as aulas, então ela pegou o celular e mandou uma mensagem no Line: [Lucas, já pode usar o celular? Preciso que você me ajude com uma coisa.] A faculdade de Lucas era rígida e ele quase nunca conseguia usar o celular. Toda vez que ela mandava algo, tinha que esperar bastante por uma resposta. Mas, dessa vez, ela só foi até o micro-ondas esquentar a comida e, quando voltou, já havia recebido uma resposta. [Posso, a professora nos deu a tarde livre.] Muito compreensiva essa professora, pensou Mônica. O que ela não sabia é que Lucas também tinha estado na Turquia e voltado antes dela. Ele já havia largado o trabalho de segurança particular e nem tinha retornado à faculdade. Ela digitou o nome do restaurante e do hotel, o período das datas e o nome de Patrícia, pedindo para Lucas tentar acessar o sistema do hotel
Um dos policiais ainda tentou argumentar, mas Kelly o interrompeu com firmeza: — Vocês podem levar a Mônica para interrogatório, claro, mas também terão que dar explicações à opinião pública e à nossa empresa. Assim que ela for levada, as ações da empresa certamente sofrerão uma queda. E, caso ela seja considerada inocente e liberada, vocês serão os responsáveis por manchar a própria imagem diante da mídia e das pessoas. Os dois policiais ficaram completamente sem palavras. Trocaram olhares rápidos, claramente inseguros com a situação. Eles sabiam que não tinham dado sorte ao receber uma tarefa tão complicada. O poderoso Grupo Pimentel não era uma empresa com quem se podia brincar. Se levassem Mônica para a delegacia sem provas concretas, seriam eles os alvos das críticas e do desgaste público. Depois de alguns segundos de silêncio tenso, um dos policiais finalmente falou: — Já que o Sr. Rubem garante a inocência de Mônica, acreditamos que ela não tem envolvimento. Rubem as
Patrícia bateu com as mãos na mesa, os olhos faiscando de raiva. — Você sabe muito bem do que eu tô falando! Não pense que só porque tem alguma ligação com o Sr. Rubem pode fazer o que quiser. O cargo de chefe do departamento nunca será seu! — Eu nunca quis esse cargo. — Mônica respondeu, encarando-a com tranquilidade. — Quem sempre quis foi você. E, pelo visto, pela sua cara, o sonho não se realizou, né? — Cala a boca! — Patrícia levantou a mão, pronta para dar um tapa. Mas, ao perceber que esse gesto só confirmaria que Mônica estava certa, parou no meio do movimento. Seria como perder completamente o controle da situação. Ela cerrou o punho com força, respirou fundo e ergueu o queixo, tentando recuperar a pose: — Claro que não! Eu sou a única pessoa qualificada para esse cargo. A diretoria não é burra. “Se eles te escolhessem, aí sim seriam burros.” Mônica pensou, mas manteve o sorriso mais genuíno que conseguiu. — Concordo plenamente. Então, vou contar com você para cu
Era por causa daquela Mônica que Helen havia sido expulsa do Grupo Pimentel e banida do mercado financeiro. Felizmente, as conexões que ela havia feito enquanto trabalhava na empresa a impediram de cair completamente em desgraça. Mas, ao reencontrar Mônica, Helen sentiu o sangue ferver. Se pudesse, rasgaria a cara daquela desgraçada com as próprias mãos! O olhar de Helen, carregado de ódio, era impossível de ignorar. Mônica percebeu e, com um sorriso suave, cumprimentou-a: — Gerente Helen, quanto tempo! Espero que esteja tudo bem com você. — Não trabalho mais no Grupo Pimentel. — Helen respondeu, contendo a raiva. Aquela mulher tinha feito de propósito. Chamar ela de "gerente" era claramente uma provocação. — Além disso, nós nunca fomos próximas. Helen não queria prolongar a conversa. Virou-se para o homem que estava ao seu lado, trocando algumas palavras carinhosas com ele, e os dois entraram no restaurante. Mônica manteve o sorriso nos lábios, observando a pressa de Helen
— Sr. Marcelo, então eu vou indo. — Mônica disse com um sorriso educado. — Não precisa ter pressa. — Marcelo respondeu, com aquele tom amigável que escondia intenções. — Mônica, você me ajudou muito hoje. Quero aproveitar para te agradecer. Por coincidência, alguns amigos meus estão aqui jantando. Que tal te apresentar a eles? Mônica recusou com gentileza. — Sr. Marcelo, não precisa se preocupar. O senhor é parceiro do Grupo Pimentel. Ajudá-lo é como ajudar a nossa empresa. Aproveite sua noite com seus amigos. Eu realmente preciso ir. — Mônica, você vai me deixar assim, no vácuo? — Marcelo fechou a cara, a voz endurecendo. — Eu estou tentando te ajudar, te apresentando gente importante! Mônica percebeu que Marcelo não ia desistir. Se saísse sem aceitar, era bem capaz de ele fazer uma reclamação formal ao Grupo Pimentel no dia seguinte, dando a Patrícia exatamente o que ela queria. Depois de pensar por um instante, ela abriu um sorriso controlado. — Está bem. Agradeço pela
— É mesmo. — Helen lançou um olhar desdenhoso para o rosto sereno de Mônica e, em seguida, elevou o tom da voz, chamando a atenção de todos na sala. — O marido dela veio atrás de mim porque ela tem problemas sexuais, não foi, Mônica? Mas, olha, você realmente me surpreendeu. Parece tão submissa, mas na verdade tem seus truques, fez eu ser demitida do Grupo Pimentel. Ah, se eu soubesse antes, teria evitado o Leopoldo quando ele veio atrás de mim. Mônica riu friamente por dentro. Helen era uma atriz nata. Com apenas algumas palavras, conseguiu se desvencilhar da imagem de amante e, de quebra, tentou culpá-la por tudo. — É verdade. Mas até coelho manso morde quando ameaçado. — Mônica sorriu levemente, os lábios vermelhos realçando sua expressão confiante. — Usei meios legítimos para proteger meu casamento. Não vejo nenhum problema nisso. — Você e suas desculpas, Mônica. Se quisesse mesmo proteger o casamento, bastava divorciar. Com tanto esforço, parece até que gosta de complicar as
— Isso, isso, você joga como quiser! — Marcelo encheu novamente o copo de Mônica, sorrindo como se estivesse se divertindo com a situação. Mas parecia que a sorte definitivamente não estava ao lado de Mônica naquela noite. Após mais sete ou oito rodadas, ela já havia perdido todo o dinheiro que tinha na bolsa. Ronaldo e Helen trocaram olhares rápidos, cheios de cumplicidade e malícia. Mônica, por sua vez, parecia cada vez mais contrariada, como se estivesse determinada a continuar jogando até recuperar tudo. Sempre que o copo era preenchido, ela o esvaziava com um gole só. A situação chegou a um ponto em que ela começou a colocar joias — brincos, anéis e até o relógio — como garantia. — Mônica, já chega. — Marcelo fingiu preocupação, vendo como ela estava visivelmente embriagada. — Você já apostou até o colar. Não tem mais o que apostar. Helen, vendo o estado deplorável de Mônica, mal conseguia segurar o sorriso de satisfação. Sua voz soou doce, mas carregada de sarcasmo: —