CAPÍTULO 5

Quando cheguei em casa no fim do dia, liguei pra Melissa.

— Oi gostosa, fazendo o quê agora?

Melissa: Estudando, e você?

— Nada, além de falar com você. Cheguei em casa agora, e estou esperando minha mãe chegar em casa com o Pyter pra gente comer alguma coisa.

Melissa: Quem é Pyter?

Droga, eu havia esquecido de falar sobre isso com ela. Pensei.

— É o namorado da minha mãe.

Melissa: Não acredito, a Laura de namorado? Porquê você não me contou?

— Esqueci amor, desculpa.

Melissa: E ele é daqui de Fortaleza?

— Não, veio pra cá apenas pra abrir uma filial da empresa dele que fica na Europa.

Melissa: Quero conhecer ele, quantos dias ele irá ficar?

— Não sei, não perguntei.

Nessa mesma hora, a Isabel me abordou.

Isabel: Com licença Sr. Rodrigo, a moça ainda não saiu do quarto, devo levar algum lanche pra ela?

— Só um momento amor.

Pedi pra Melissa esperar, dando atenção pra Isabel.

— Acredito que não seja necessário Isabel, quando ela tiver com fome, ela deve descer. Mas de qualquer forma, quando Pyter chegar, você se informa com ele se deve ou não acordá-la.

Isabel: Tudo bem.

Voltei minha atenção pra conversar com a Melissa.

Melissa: De quem vocês estavam falando amor? Perguntou.

— Da filha do Pyter, ela veio com ele e como havia feito uma viagem longa da Europa pro Rio e depois do Rio pra cá, chegou cansada e tá dormindo desde então. Respondi.

Melissa: Filha? E quantos anos ela tem?

Senti que naquela pergunta da Melissa havia muito mais do que apenas curiosidade.

— Se eu não me engano, tem 20 anos.

Melissa: E vocês já conversaram?

— Não cheguei a ver ela ainda amor. Quando cheguei, ela já estava no quarto.

Melissa: Nossa, muita informação em tão pouco tempo.

— Desculpe por não ter falado antes.

Melissa: Ta bom, vou desligar aqui porque ainda tenho muito o que estudar.

— Tá certo, eu te...

Nem esperou eu dizer que amava ela e já desligou.

Eu sabia que aquilo tinha um nome, ciúmes.

Melissa era temperamental. Apesar de ser controlada, ela iria demonstrar a insatisfação dela por longos dias.

Depois de algum tempo, Isabel foi me avisar que minha mãe e Pyter haviam chegado.

Desci e eles já estavam na mesa pra jantar.

Enquanto Isabel nos servia, reparei que o Pyter olhou pro outro lado, eu acompanhei o olhar dele, até a moça que se aproximava.

Ela tinha a pele clara, olhos extremamente azuis, cabelos escuros e lisos que iam até a cintura.

Não pude deixar de reparar no corpo dela, que chamava bastante atenção.

Ela parecia ser pouca coisa mais baixa que eu, suas curvas eram perfeitas, e os peitos fartos.

Ela vestia um short jeans que marcava bem o corpo dela, e uma blusa que mostrava a barriga, onde pude perceber um piercing no umbigo dela.

Eu não consegui ver defeitos na garota.

Pyter: Essa é minha filha Yanka, Rodrigo.

Falou me tirando do transe.

Me levantei e a cumprimentei.

— Prazer em conhecê-la.

Ela tinha um rosto angelical, o sorriso com covinhas, meigo e atraente.

Yanka: Muito prazer, e desculpe por não estar aqui quando você chegou. Eu estava muito cansada.

Ela deu a volta na mesa e beijou Pyter, e depois deu um beijo no rosto da minha mãe.

Aparentemente, ela parecia estar tranquila quanto a relação da minha mãe com o pai dela.

Vez ou outra na hora do jantar, olhei pra ela, que também estava olhando pra mim.

O olhar dela era hipnotizante, e eu comecei a ficar incomodado com minhas próprias reações.

Yanka: Então Rodrigo, o que você faz da vida? Perguntou.

— Tenho uma empresa que presta serviços de manutenção de computadores e configurações de rede.

E você?

Yanka: Sou atriz pornô.

Engasguei na hora, tossindo e espirrando comida mastigada no chão.

Pyter: Minha filha, não assusta o rapaz.

Falou, gargalhando.

Precisei de um copo de água pra me recuperar.

Pyter: Desculpa Rodrigo, a Yanka adora fazer esse tipo de brincadeira.

Olhei pra ela e vi ela rir com a colher nos lábios, enquanto me encarava.

— Puta que pariu, que menina louca. Pensei.

Yanka: Eu vim pra Fortaleza pra estudar, meu pai não te contou?

Quero trabalhar na área do Turismo, e quando ele falou que iria abrir uma filial aqui, vi isso como uma grande oportunidade pra conhecer minhas opções, levando em consideração que o Turismo no Ceará está sempre em alta.

— Isso é verdade.

Mas porquê você esperou tanto tempo pra começar a fazer faculdade? Perguntei.

Yanka: Porque estava focada em aprender outros idiomas.

Sou poliglota, além do português sei falar Inglês, francês, alemão e Espanhol.

— I'm impressed, you're going to be a complete tourist expert (Estou impressionado, irá ser uma turismóloga completa). Falei em inglês para testá-la.

Yanka: You haven't seen anything yet, I master other things besides the language (Você ainda não viu nada, domino outras coisas além da língua).

Pyter: Yankaaaa.

Pyter a repreendeu só com um olhar.

Yanka: O que foi papai? Só estou dizendo que sou boa em várias outras coisas.

Falou rindo.

Olhei pra minha mãe que parecia não estar nem aí pro conteúdo daquela conversa.

A garota estava claramente se insinuando pra mim, e o meu pau começou a reagir a isso.

Terminei de jantar e evitei ao máximo olhar pra ela.

— Boa noite gente, vou pro meu quarto ligar pra minha namorada e depois vou dormir.

Falei NAMORADA em um tom um pouco mais alto.

Talvez assim, ela pararia de se insinuar. Pensei.

Subi as escadas com a respiração extremamente forte.

— Que porra é essa? Eu nunca tinha ficado assim por mulher nenhuma.

Aí vem uma ninfeta dessa lá da puta que pariu me desequilibrar. Pensei.

Não liguei pra Melissa, mandei apenas uma mensagem dando boa noite e dizendo que a amava.

Porém, liguei pro Demétrio.

Demétrio: Como você ousa me ligar fora do meu horário de trabalho? Posso nem trepar em paz. Falou rindo.

— Vai se foder idiota, tô ligando pra falar da filha do Pyter.

Demétrio: O que foi? Não me diga que é uma baranga?

— Antes fosse cara. A menina tem cara de anjo, mas é uma verdadeira tentação.

Tô aqui trancado no meu quarto pra não ver meu pau ter vida própria.

Demétrio: Não brinca velho. A Melissa vai pirar com isso, você tá ligado né?

— Cara, a Melissa já se chateou só em saber que tem uma menina aqui, imagina quando ela ver a potência da garota.

Demétrio: Tô indo aí.

Falou desligando na minha cara.

Dez minutos depois ele me ligou dizendo que tinha chegado.

A casa do Demétrio ficava a 3 quadras da minha.

Desci e vi ele já na sala com minha mãe, o Pyter e o projeto de mau caminho da filha dele.

— Fala maluco.

Cumprimentei como se eu não tivesse esperando a visita dele.

Demétrio: Você tá fodido cara. Falou no pé do meu ouvido.

Tentei disfarçar chamando ele pra subir.

Quando começamos a subir as escadas, ouvi a Yanka falar.

Yanka: É ele que é a sua namorada?

O Demétrio começou a rir descontroladamente, enquanto eu olhei pra trás e a vi com cara de deboche me encarando.

— Não, ele é o meu amante. Respondi e tentei chegar no meu quarto o mais rápido possível, enquanto o Demétrio já estava chorando de tanto rir.

Demétrio: Velho, você tá muito ferrado. Ela vai te infernizar. Essa menina tem a maior cara de safada.

É a famosa garota problema.

— Tu é um filho da puta Demétrio, ficou rindo igual um palhaço. Comentei já com a cara vermelha de raiva.

De uma coisa o Demétrio tinha razão, eu estava muito fodido.

Minha mãe nem imaginava que ao trazer o meu futuro Padrasto pra eu conhecer, também traria junto a minha perdição.

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