Horas depois, o sol se pôs. A lua está bem alta no céu, brilhando lindamente com as estrelas ao seu redor. Anarieveta desceu da carruagem, deu ao cocheiro algumas moedas e o observou indo embora.Então, ela entrou na enorme propriedade dos Raskins. Ela fitava aquela grande casa elegantemente decorada, contemplava bater naquela imensa porta várias vezes antes mesmo de estar perto dela.Agora nao tinha como voltar atras. Sua querida Merrily precisa dela.Com isso em mente, ela chegou até a porta e deu três batidas, seu coração foi parar na boca. A porta se abriu.Gedony Raskin foi quem a abriu. O olhar sonolento sumiu de seus olhos assim que ele viu Anarieveta parada desconfortável na sua porta.Quando ele enviou aquela mensagem maluca sobre Merrily estar doente e precisando dela, ele não esperava que ela viria correndo em plena noite até sua casa. Seu coração se encheu de alegria naquele momento.“Peço perdão por aparecer tão tarde, é que eu recebi a sua mensagem—" Ela foi interrompida
************************ Trecho da história. ************************ "Tire a roupa". Ele ordenou, com sua voz fria. Danika se preparou mentalmente para esta noite, mas, quando chegou o momento, teve medo de passar por ela. "Por favor..." Ela se calou, sabendo que tinha acabado de cometer um erro. Como uma pantera, ele se aproximou dela e a puxou pelo cabelo com tanta força, que a cabeça dela estalou. Ela mordeu os lábios para não gritar de dor. Não havia remorso em seus olhos. Só puro ódio, o que a deixou arrepiada. "Ou você tira a roupa ou eu chamo os guardas para ajudar". Suas mãos foram até a gola de sua túnica e ela começou a desamarrar as cordas que seguravam a roupa. Despida completamente, ela permitiu que a túnica caísse no chão. Suas mãos tremeram, mas ela fechou os punhos. Esta noite, ela perderia sua virgindade da maneira mais cruel, nas mãos do homem mais frio que ela já conheceu. Mas ela vai suportar isso com dignidade. Levantou o queixo e aguardou
Danika se encolheu em sua cela fria e vazia. Ela estava aqui há uma semana. Queria sair ... para qualquer lugar. Para qualquer lugar que não fosse este espaço frio e árido. Apenas uma cama beliche ocupava a lateral do quarto. Ela não viu seu sequestrador desde quando ele caminhou até ela, olhando para ela com os olhos mais frios que ela já viu, acorrentando ela pelo pescoço e a prendendo. Isso aconteceu há uma semana. Ele disse que ela era sua escrava, sua propriedade. Um arrepio desceu pelos braços de Danika. Ela nunca tinha visto um ódio tão forte assim nos olhos de ninguém. O rei Lucien a odiava. Demais. Danika sabe o motivo mais do que ninguém. Ah, como ela sabe.Uma semana atrás, ela era a Princesa Danika, filha do Rei Cone de Mombana. Ela era temida e respeitada. Ninguém se atrevia a olhar para ela duas vezes. Ninguém se atrevia a olhá-la nos olhos. Ninguém que valorizava a própria vida ousava caminhar no caminho que ela percorria.Hoje, o pai dela está morto
Danika foi finalmente retirada de sua cela após a visita do Rei. Ela viu lugares que não eram sua cela fria e estéril e isso a fez se sentir melhor novamente. Mas seu coração ainda batia mais rápido sempre que ela se lembrava do motivo de ter sido retirada de sua cela pela primeira vez em uma semana. Ela foi colocada em uma banheira e as servas a deram banho, assim como o rei havia instruído. Era curioso que as servas dessem banho em uma escrava. Mas isso não é surpreendente se o destino da escrava é a cama do rei. Ela foi banhada. Três servas a atenderam. Uma delas, a mais velha, chamada Baski, era a encarregada. Elas soltaram o cabelo dela e pentearam os emaranhados, deixando o cabelo em uma confusão longa e encaracolada. As roupas que elas a mandaram vestir fizeram Danika se encolher de vergonha. Mal era uma roupa, ela parecia estar nua. Uma saia de couro vermelho curta e um top de couro vermelho que só cobria os mamilos, parando logo acima da barriga. Depois, vestira
Seus olhos frios finalmente encontraram os dela. "Você, Danika, pode não ser suficiente…mas já serve. Agora, suba na cama". Os ouvidos de Danika ainda ecoavam tudo o que ele tinha dito. Os olhos dela ainda ardiam com as lágrimas. Por que o pai dela teve que fazer tudo isso? Por que ele era viciado em poder? Suas mãos tremiam enquanto ela tirava sua roupa íntima, deixando-a completamente nua diante dele. Esta noite, ela vai perder sua virgindade da maneira mais cruel, nas mãos do homem mais frio que ela já conheceu. Mas ela suportará com dignidade. Ela é uma princesa. Não...ela era uma princesa. Ela nasceu como realeza, treinada para portar-se com orgulho e para ser uma dama de verdade. Mas, este é o seu destino agora. Um destino do qual ela não pode escapar. Ela levantou o queixo e esperou sua próxima ordem. "Suba na cama". De barriga para baixo. Pernas abertas". Não havia expressão em seus olhos. Apenas ódio. Ela subiu na cama, pressionou o rosto sobre a cama e abriu as
Alguém bateu na porta e o rei Lucien deu aprovação para entrar. Baski entrou, "Eu a levei para o quarto e também...". "Eu não preciso dos detalhes, Baski. Eu não me importo". Ele disse, com toda a franqueza, rabiscando no pergaminho. "Sim, sua alteza", disse Baski imediatamente. "Como está Remeta?" Os olhos de Baski amoleceram ao mencionar sua filha. "Ela está bem, Vossa Majestade. Seus ouvidos ainda não estão bem, mas ela está melhor". Ele levantou a cabeça: "Quantos anos ela tem agora?" "Quinze, sua Alteza". Rei Lucien abaixou sua cabeça. As lágrimas inundaram os olhos de Baski. Ela sabe o que o rei está pensando, porque é o que ela pensa todos os dias. Sua filha era muito jovem para passar pelo que passou nas mãos do reino de Mombana. Remeta nunca se recuperará de tal experiência. "Estou feliz. Chame Vetta". Ele ordenou. Baski endureceu com a menção de seu nome. "Devo dizer a ela para vir preparada?" "Sim." "Muito bem, Vossa Majestade." Ela se virou e foi
Na manhã seguinte, Danika recebeu seu uniforme de escrava. Uma túnica curta que terminava logo após os joelhos. Ela a vestiu e arrumou o cabelo. Estava indo mais cedo para as minas de escravos. As minas são ,em sua maioria, onde os escravos trabalhavam dia e noite, ajudando a extrair minerais valiosos do solo. Danika não viu ninguém de seu povo enquanto caminhava, apenas os descendentes de Salém. O que o rei fez com o povo de Mombana? Ela se perguntou novamente. Quando ela começou a percorrer o caminho para as minas, todos os olhos estavam nela. Mesmo com um uniforme de escrava, ela parecia da realeza. Aquela regalia e o orgulho a rodeavam. Ela caminhava como a dama que estava destinada a ser, com sua postura gritando realeza. Ela não fazia isso intencionalmente. A realeza está em seu sangue...Assim como estava no do rei mesmo quando ele ainda era um escravo. Se não fosse pelo uniforme de escrava, os escravos teriam se curvado diante dela ao passar, confundindo-a com um
Em ALGUM LUGAR DE SALÉM. "Pegue a tigela grande, Sally querida". A voz da mulher mais velha veio da sala de estar. "Já vou, Sra. Menah". Sally levou a tigela grande para a sala de estar, e a mulher mais velha agradeceu. "Venha, junte-se a nós para comer". A Sra. Menah deu a ela um sorriso gentil. "Só um minuto, Sra. Menah". Sally voltou para a cozinha. Ela se sentou na pequena cadeira ali, olhando ao redor, analisando o que a cercava. Ela está aqui há alguns dias. O casal de idosos a quem ela tinha sido dada são muito simpáticos e atenciosos. Eles a tratam bem, como se ela fosse um membro de sua família e ela é apenas sua ajudante. Ela não é mais uma escrava, mas uma ajudante. Agora, ela é paga pelas coisas mais simples. Esta é a melhor vida para uma menina que nasceu escrava. Ela deveria estar feliz. Mas ela não está feliz. De jeito nenhum. Ela não consegue parar de pensar em sua princesa. Sua princesa Danika. O Rei a levou como escrava. Ela ainda consegue se lembrar