O silêncio atendeu ao seu pedido. Um silêncio que se estendia enquanto ele a olhava com olhos azuis que não revelavam nada. "Não pense que você pode me dar ordens". Por fim, ele declarou, um músculo lhe saltando na mandíbula. "Nunca vou pensar... em algo assim..." Ela sussurrou rouco. "Não pense que você pode me dizer o que fazer". "Deus me livre de que...eu jamais farei algo assim...assim..." Ela contra-argumentou suavemente. Silêncio. Então, desviou o olhar: "Se eu te abraçar, vou querer ficar aqui contigo. Não é apropriado". "Oh..." O rosto dela caiu. Ela desejou que, assim como ontem, ele esquecesse o que é próprio e o que não é. A mente dela não era a única perturbada. O rei também estava lutando contra seu eu mais íntimo. Não é próprio estar aqui com ela, mas quando ele voltar para seu quarto, ele também não dormirá. E quando ele conseguir, pesadelos assolarão seu subconsciente. Memórias de seu querido irmãozinho. Seria tão errado deitar-se aqui
Ela se agarrou a ele, seu corpo tremendo com um tipo de prazer que a aterrorizava enquanto sua boca dura tirava tudo o que queria dela. A mão de Danika se estendeu, ela puxou seu manto e começou a desamarrar suas cuecas. "Danika..." Ele respirou na boca dela. "Por favor, deixa…." Ela estendeu sua mão para dentro e envolveu sua mão em torno de sua carne quente. A respiração dele acelerou enquanto ela acariciava o comprimento dele. Ela esperava que ele se afastasse dela, para impedi-la de tocá-lo. Mas, seus beijos só se tornaram mais ardentes e intensos. Ela soltou uma respiração que não sabia que estava segurando, e retirou sua mão. Seus beijos eram como uma droga para ela, nada mais existia do que suas mãos no corpo dela e sua boca sobre ela. Danika esticou sua mão atrás dela, em direção à mesa, e pegou o gel que Baski tem usado em seu corpo. Sem quebrar o beijo, ela abriu a tampa e mergulhou sua mão nele. A mão dela saiu molhada e pingando. Ela o envolveu em to
Sally ficou calada porque sabia que sua princesa estava certa. Naquele mesmo dia, há duas semanas, sua princesa havia desmaiado antes de poder ouvir as coisas que ela havia gritado para o povo. Sua princesa não sabe como foi salva, e quando ouviu falar da multidão que ficou acordada nos portões do palácio porque eles queriam que ela ficasse bem, ela também nunca acreditou nisso. "Eles devem ter estado lá por outra razão. Essas pessoas me odeiam demais. Não pode ser que..." Ela tinha dito à Sally. Então, quando eles saíram juntos do palácio, Sally estava ao seu lado para ajudá-la quando ela se cansou e precisou se apoiar nela. Enquanto Danika caminhava e cambaleava, Sally estava ali mesmo para pegá-la e mantê-la de pé, antes de deixá-la sozinha, para que ela continuasse a caminhar sozinha e a ficar mais forte. Isso lembrou Danika dos eventos de três meses atrás quando Sally foi estuprada e brutalizada pelos Reis. Eles também tinham caminhado por este caminho durante seu p
Vetta estava em seu quarto com o coração na garganta. Ela tinha ouvido dizer que hoje, o destino daquelas mulheres que ela havia contratado para dar um jeito em Danika seria decidido. Ela não conseguia ficar quieta, então ela andou pelo quarto. Karandy havia lhe dito que ele se certificaria de que aquelas mulheres não abrissem o bico, e ela havia pago caro para que ele fizesse seu lado do trabalho. Ela só espera que nada corra mal. Ela precisa sair dessa sem realmente estar dentro dele. E então ela vai lidar com aquele bastardo por ter o descaramento de ameaçá-la e usar seu corpo dessa maneira sem respeito. Tinha levado mais de alguns dias para que seu corpo se curasse e, porque lhe foi dada uma prisão domiciliar, ela não tinha conseguido obter comprimidos para parar a dor. Ela tinha mantido seus comprimidos de fertilidade de lado apenas para ter certeza de que a semente do idiota não se enraizasse primeiro, antes de poder continuar sua busca de carregar a semente do rei.
Danika e o rei voltaram aos aposentos dele. O silêncio era desconfortável. Danika mexia nervosamente na bainha de seu vestido, enquanto esperava que o rei a dispensasse. Ele não disse uma palavra desde a masmorra e isso a deixou preocupada. Ele está com raiva por ela ter soltado as mulheres? Mas, ele havia dado a ela direitos ao julgamento delas. Ela mudou desconfortavelmente de um pé para o outro. "Danika". Ele estava de costas para ela quando chamou seu nome. Esse tom... O próprio tom de sua voz tinha calafrios na espinha dela. São as mesmas vozes que ele usa sempre que estão juntos na cama. O mesmo tom com que ele chama o nome dela, quando ele está tirando o prazer do corpo dela. "Sim, Vossa Alteza". Ela se agarrou com seu vestido, sua voz também não passou de um sussurro. "O que eu vou fazer com você...?" A pergunta, tão inesperada, lhe roubou a fala. Então, ela estalou a boca e rezou aos céus para que ele não ficasse tão zangado com ela. "Você torna o per
A princesa Kamara recebeu um aviso vindo do reino de seu pai, que ela deveria ficar aqui em Mombana por algum tempo porque há um problema em Navia. Seu pai detectou um espião entre seu alto escalão, e até que o espião seja descoberto e expulso, não é seguro para ela voltar. Isso deixou Kamara furiosa e triste ao mesmo tempo. Ela tem saudades de casa. Mais importante ainda, ela sente saudades de ver Callan. Assim que voltar para casa, ela tentará encontrar uma maneira de tornar possível ver Callan. Já se passaram tantos meses, é como se houvesse uma dor em seu próprio corpo. Ela tem tido muita sorte nas últimas duas semanas, o rei não a convocou para cumprir suas obrigações para com ele. Ele não a convocou para aquecer sua cama. Mas ela não tem certeza de quanto tempo sua sorte vai durar. O pensamento a deixou inquieta e cautelosa. Henna estava andando logo atrás dela, e elas estavam voltando de uma caminhada noturna quando ela colidiu com alguém. "Você não olha po
"Não", ela balançou a cabeça com firmeza, "Não, por favor... Ele vai me matar! Você sabe disso! Ele vai me castigar...! Por que a senhora está tão entusiasmada em contar-lhe, senhora Baski? Você quer que ele ordene minha execução!?" Baski fez uma pausa, perdida em seus pensamentos. Ela entende de onde vem o sentimento de Danika, mas Danika não sabe a condição do rei. Ela não sabe que o acredita ser estéril e não pode contar a ela sobre isso. O rei é uma pessoa muito reservada e isto não é um segredo que uma pessoa simplesmente revele. Nem mesmo Vetta sabe disso. "Danika, minha querida, pode ser que ele fique muito feliz com isso. Você nunca saberá, a menos que tente..." Ela informou de forma incerta. "Pode ser?" Danika sussurrou: "Eu deveria caminhar até ele e arriscar minha vida por um 'pode ser'? Eu não posso fazer isso, Baski. Eu não sou forte o suficiente..." "Mas, gravidez não é algo que uma mulher esconde, Danika! Mais cedo ou mais tarde, ele vai descobrir isso.
**NO REINO DE NAVIA**Callan levantou-se da cama quando não conseguia mais dormir. Ele estava suando profusamente do pesadelo que acabara de ter. Sombras e pedaços de imagens que não fazem sentido, cheias de gritos e torturas humanas. Ele sabe que é escravidão no seu auge, e isso é uma coisa que ele sabe com certeza sobre si mesmo. Ele é um escravo e foi deixado para morrer. Uma mulher jovem o salvou de alguma forma, e uma mulher velha também o salvou ao trazê-lo para este reino. Uma mulher privilegiada neste reino tem sido tão dedicada, cuidando dele. Ele a conhece como 'Senhora'. Ele se dirige a ela como 'Minha Senhora' porque não sabe o nome dela. Ela vem sempre com sua dama de companhia, trazendo-lhe alimentos e ervas, e ajudando-o. Ele será eternamente grato a ela, mesmo não a tendo visto há muito tempo. Ela deixou de vir um dia e só recentemente, ele descobriu que ela é a princesa deste reino. E, ele foi para outro reino para cortejar com seu pretendente. Ele