John jogou a água do rio em seu rosto, novamente suas mãos estavam sujas de sangue.Ele as olhou, trêmulas e frias.Fechou os olhos.Em sua mente ouviu os gritos daquele macho, abraçando o corpo ensanguentado de sua esposa, John deixou sua espada de prata cair ao chão, com o desenho de Helena.Então olhou para a casa, quando entrou esperou encontra Helena, seu cheiro estava por toda a parte, contudo não havia nenhum sinal dela, ele olhou para uma cesta de panos manchados de sangue, curativos percebeu ao ver um pote com remédio.Era o sangue dela, e John percebeu a terrível verdade, da qual não quis aceitar de imediato.Aquelas pessoas deviam ter cuidado dela.Quando o comandante se virou para sair da casa paralisou ao ouvir um choro.Ele se voltou para o bebê sentado na cama, quando seu olhar negro se cruzou com os olhos verdes do bebê John se sentiu tonto, sua mão foi para sua espada involuntariamente, e sentiu cada parte sua implorando para que avançasse e matasse aquele bebê.Uma ce
Henry olhou para a enorme fortaleza.Os guerreiros estavam atrás deles, esperando a lua cheia no céu, que surgiria em minutos, Henry havia esperado alguns dias para que a primeira lua do mês surgisse e lhes desse a chance de derrubar os portões com mais rapidez, não queria fazer um cerco.Ele olhou para Derek ao seu lado, ele mantinha o olhar firme a frente, contudo, percebeu que Henry o observava e o olhou de volta.Havia uma melancolia em seu olhar naquela noite, e Henry entendia a razão.Após meses lutando contra vários clãs, nem sempre com a lua cheia que os permitia se transformar, carregando em seu coração ainda a dor da perda de seu pai, agora estavam diante da fortaleza de seu assassino, tudo acabaria naquela noite.Henry voltou seu olhar para o céu, um segundo depois a lua surgiu e ele sentiu a besta dentro de si, tentando se libertar, em toda a sua fúria e esplendor, seus dentes se alongando monstruosamente, suas garras surgindo, todo o seu corpo se remodelando em uma criatu
Os gritos de Henry eram o som mais doloroso que Leon já ouviu, ele não conseguiu gritar, sua dor o paralisou enquanto via Derek cair ao chão, Leon olhou para o atirador e correu com o escudo nas mãos em direção ao corpo de Eiras, que segurava o arco, em seguida o decapitou com o escudo, com tanta força e ódio que o sangue espirrou em seu rosto, e aquilo não era o suficiente, nunca seria, a dor em seu coração não poderia ser apagada.Henry correu a tempo de segurar a cabeça de seu irmão em seu colo, as lágrimas descendo profusamente, sua mente não conseguia processar o que estava vendo, seu irmão morrendo em seus braços.Não houve tempo de falar nada, apenas se olharam enquanto a vida se esvaía de seu corpo, e Henry segurava sua cabeça, Derek morreu olhando para o rosto de seu irmão mais velho, e não havia medo em seus olhos, apenas tristeza.Ele gritou, berrando toda a sua dor para o mundo, queria morrer também.Ele sacudiu seu corpo, tocou em seu rosto com seus olhos abertos e vazios
Helena olhou para Astaria enquanto ela fechava os olhos, em seguida fez o mesmo.Novamente pareceu entrar em uma espécie de transe, e diversos nomes surgiam enquanto ela via suas mortes, ao seu lado seguindo como se fosse um coro, Astaria fazia o mesmo dizendo os nomes, Astaria segurou sua mão e suas visões se tornaram cada vez mais vívidas, quando disse o último nome soltou bruscamente a mão da Banshee.— Não! Eu o conheço, não pode ser! — gritou.Astaria apenas a olhou.Helena caminhou de um lado para o outro com a visão da morte de Derek Taylor girando em sua mente, ela colocou as mãos na cabeça e correu para o interior da caverna, pegou seus pertences e estava decidida a descer a montanha no escuro para tentar impedir sua visão.— Não pode impedir, você ainda não entendeu? Você apenas anuncia, não impede. Helena se ajoelhou e gritou, tão alto que Derek que naquele momento lutava no vale vermelho ouviu, era o aviso inconfundível de sua morte, que ele apenas entendeu em seus último
Elise caminhava pelo corredor, guiada por sua bengala, havia ouvido dos servos que Thomas estava trancado em seu quarto, completamente isolado, um dos lobos de sua alcateia estava morto, disseram.Ela podia imaginar sua dor, e não podia ignorar como ele havia invadido seu quarto ao ouvi-la gritar, então ela continuou caminha até que teve certeza de que estava em frente a sua porta.Ela tocou a maçaneta, então girou.Estava trancada.Ela o chamou, várias vezes, e não obteve resposta.Suspirou e pensou em como ele deveria estar arrasado demais, era, contudo, compreensível que não quisesse vê-la, não eram amigos e não era de sua conta, seus sofrimentos, ainda assim se preocupou com seu estado.Ela bateu mais algumas vezes, então percebeu dever desistir, ele não queria companhia.Quando se virou para ir embora ouviu o girar da tranca, então a porta foi aberta.Elise se virou para ele, e deixou sua bengala cair ao chão quando toda a escuridão ao seu redor foi se dissipando, e lentamente o
Helena olhou para a lua cheia brilhante no céu, enquanto caminhava descendo a trilha, ela apertou a manta ao seu redor, quando foi atingida pelo vento frio da noite.Enquanto descia sua visão ficava cada vez mais precária, devido a pouca luz, sabia que deveria parar e acampar, porém, não tinha tempo para isso.Ela pensou nos caçadores e sabia ser seu dever alertar John o mais rápido possível, enquanto pensava sobre o comandante e o que diria para ele, Helena não viu a pedra em seu caminho e tropeçou, ela gritou enquanto descia rolando a trilha íngreme, e provavelmente morreria.Ela não conseguia parar sua queda da montanha, seus gritos tirando o silêncio da noite, ela se sacudia seus braços tentando se segurar em algo, qualquer coisa que desacelerasse ao menos sua queda, ela pensou em Ayla sozinha se ela morresse daquele jeito tão inútil.Deixaria sua filha sem a mãe e o pai...Foi dominada pelo horror daquilo, em deixá-la desamparada em uma ilha com aquela.Tentou se segurar nas raíz
Helena acordou com a luz do sol em seu rosto, junto ao vento gelado, quando atingiu seu rosto imediatamente ela sentiu um calor semelhante ao de uma fogueira a envolver, se espalhando por seu corpo.Ela sentiu braços fortes e muito quentes se fechando ao seu redor, abriu os olhos e se voltou para John, que já estava acordado.Ele passou as mãos em seu cabelo e puxou uma folha que descartou.Seus olhos negros a observavam, ela se perdeu neles, intensos e enigmáticos.Helena percebeu estar nua, ainda assim se sentia muito mais quente nua nos braços de John, do que quando subiu a montanha enrolada na manta, que, aliás estava agora deitada em cima, John a havia recuperado pela trilha e sacudido o máximo para retirar o gelo.Ele se inclinou e a beijou nos lábios, e esse toque suave a fez mergulhar nas lembranças da noite passada.Os braços do comandante a apertando, seus lábios percorrendo seu corpo...Quando ele a penetrou Helena agradeceu por estarem no alto de uma montanha, pois nunca g
A alcateia Dash e o comandante cavalgaram até as alcateias mais próximas, um por um foram se curvando as ordens do supremo comandante.As alcateias Dash, Lester, Kane, Callum e Windsor foram se juntando a marcha até Danerold.Todos os Alfas ficaram surpresos com a presença de sua senhora, Helena, contudo ninguém questionou.Breccan os alcançou na metade do caminho, como era período de lua cheia viajaram muito mais rápido, chegando até Danerold em apenas um dia, Helena foi carregada por John, o restante das alcateias haviam sido todas convocadas para se juntar em Danerold, que segundo as notícias estava em perigo.Quando finalmente o exército de lobos chegou nas terras de Danerold todos ficaram chocados.Centenas ou mais de corpos espalhados.— O castelo Dodson deve ter caído.- disse Breccan.— Talvez não.- disse John.Era dia e eles continuaram sua marcha até o castelo da Alcateia Dodson, e encontraram a guerra.Breccan estava certo, o castelo havia sido tomado.Um exército de caçadore