Leon e Nicolas trocam olhares rápidos, daqueles que só amigos conspiradores sabem interpretar. Dominic, atento como sempre, arqueia uma sobrancelha e cruza os braços, inclinando ligeiramente a cabeça, enquanto observa ambos.— Certo, o que vocês dois estão tramando agora? — Dominic pergunta, a desconfiança evidente no tom, embora um sorriso discreto ameace surgir. Com aqueles dois, ele já sabia que o simples nunca era uma opção.— Tramando? — Nicolas repete, erguendo uma sobrancelha em um ultraje meticulosamente encenado. — Que acusação infundada e, permita-me dizer, profundamente ofensiva, senhor Wade. — Declara, sua voz carregada de falsa indignação, enquanto faz uma pausa dramática para efeito. — Estamos aqui, em silêncio, exemplares em nossa conduta. Santos, eu diria, se me permitem a modéstia. — Acrescenta, o tom exagerado, enquanto os cantos de sua boca tremem com o riso que ele mal consegue conter. — E você, ousando insinuar que seus amigos mais fiéis, íntegros e, devo acrescen
Nicolas e Leon conduzem Dominic a um estabelecimento que exala luxo e exclusividade, o tipo de lugar onde cada detalhe parecia cuidadosamente planejado para impressionar ou seduzir. As portas se abrem para revelar um ambiente iluminado por luzes de neon discretas, criando um contraste hipnotizante entre sombras e brilho. O ar é preenchido por uma música envolvente, enquanto dançarinas em trajes ousadamente sensuais movem-se com uma graça provocativa.Dominic balança a cabeça, soltando um suspiro longo e pesado. Ele podia praticamente ouvir a voz de Vivienne em sua mente, cheia de indignação que prometia consequências dolorosas. Não havia dúvida, se ela soubesse onde ele estava, não só arrancaria seus olhos como os dos dois amigos que o arrastaram até ali.— Meus caros amigos, possivelmente está mais do que claro que vocês precisam de uma introdução mais apropriada à minha noiva. — Dominic comenta, a voz carregada de uma ironia mordaz, enquanto cruza os braços e encara Nicolas e Leon.—
Dominic encara Nicolas e Leon com a expressão de quem já aceitou que um desastre iminente está a caminho, mas ainda assim luta contra a frustração de não conseguir evitá-lo. Sua mandíbula está visivelmente tensa, os músculos contraídos, enquanto ele reprime a irritação crescente.— Então, onde ela está? — Dominic pergunta, a voz seca e cortante, enquanto seus dedos tamborilam na mesa em um ritmo impaciente. Seus olhos se estreitam, acompanhando os sorrisos satisfeitos que Nicolas e Leon trocam, como dois conspiradores orgulhosos de seu plano perfeitamente arquitetado.— Ah, não, não, não, meu caro. — Nicolas declara, levantando o dedo como quem está prestes a ditar uma regra, o sorriso carregado de provocação. — Não é assim que funciona. Você realmente acha que vamos simplesmente entregá-la a você? — Continua, sua voz carregada de deboche, saboreando cada gota da irritação de Dominic. — Estamos em Trier, meu amigo. — Prossegue, inclinando-se levemente como quem explica algo de suma im
Sem pronunciar uma palavra, Dominic agarra as caixas com movimentos rápidos, quase abruptos, e empurra uma para cada amigo com mais força do que o necessário. O gesto é suficiente para transmitir sua frustração sem precisar de explicações. Nicolas ergue uma sobrancelha, enquanto Leon recua um passo, fingindo surpresa exagerada, embora o sorriso em seus lábios permaneça inabalado.Dominic os ignora completamente. Enquanto caminha em direção à saída, tira o celular do bolso e pesquisa no aplicativo de buscas por pubs que se encaixem na temática mencionada na segunda pista. Três resultados aparecem na tela, e ele solta um suspiro pesado. Seus olhos percorrem as opções, enquanto seus dedos tamborilam no aparelho, cada toque refletindo a irritação por todo o tempo perdido.— Que inferno. — Dominic murmura para si, sua voz carregada de exasperação. Nada podia ser simples com aqueles dois, podia?Após um breve cálculo, ele escolhe o PUB mais próximo da loja, memorizando o percurso antes de gu
Nicolas e Leon começam a rir antes mesmo de Dominic terminar sua reclamação, as gargalhadas ecoando pelo ambiente, enquanto observam, com evidente deleite, a expressão de puro desgosto no rosto dele. Era claro que, naquele momento, Dominic estava mentalmente elaborando mil maneiras de se livrar dos dois. — Sem traje, sem próxima pista. — Nicolas declara, sua tentativa de conter o riso fracassando, miseravelmente. A diversão em seu rosto era quase insultante.— Vocês só podem ter perdido completamente o juízo. — Dominic reclama, jogando o traje sobre a pequena penteadeira com um gesto brusco. Ele encara os amigos, os olhos estreitos em irritação. — Não irei fazer isso. — Afirma, a voz firme, embora o rubor em suas bochechas denunciasse o desconforto absoluto só de imaginar a humilhação que seria vestir aquele traje e subir no palco.— Ah, Dom, você já está vermelho só de pensar. — Nicolas provoca, o brilho travesso em seus olhos só aumenta o constrangimento de Dominic.— Nicolas, se v
Dominic para diante da porta que leva ao palco, respirando fundo enquanto tenta reunir coragem. Por um breve instante, fecha os olhos, como se isso pudesse bloquear o desconforto crescente em seu peito. Quando finalmente a abre, o som da madeira rangendo ecoa pelo ambiente, revelando uma escada estreita que parecia zombar de sua hesitação.— Foda-se, ela vale qualquer sacrifício. — Murmura para si, em um tom que mistura frustração e determinação, enquanto começa a subir os degraus. Cada passo parece mais pesado que o anterior, como se carregasse o peso de todos os olhares que ele sabia que estariam sobre ele.Assim que Dominic pisa no palco, uma luz intensa se acende, envolvendo sua figura de forma quase teatral. O foco atrai instantaneamente o olhar de Vivienne, e quando seus olhos se encontram, o tempo parece parar. Todo o ruído ao redor, as luzes, os murmúrios, as risadas abafadas desaparecem, como se o universo tivesse escolhido deixá-los sozinhos naquele instante.Um sorriso suav
Dominic desliza o corpo de Vivienne contra o seu, movendo-a com uma lentidão deliberada, como se quisesse prolongar cada segundo do contato. O calor dela, misturado à energia que ainda pairava no ar, parecia incendiá-lo. Quando os pés dela tocam finalmente o chão, ele não solta. Em vez disso, sua mão sobe até o rosto dela, segurando-o com firmeza, antes de capturar seus lábios novamente em um beijo profundo, carregado de posse e desejo.Enquanto isso, as notas continuam caindo no palco, arrancando gritos e risadas do público feminino, que não escondia o fascínio pelo show. Para elas, era um espetáculo, para Dominic, um momento inteiramente dedicado à Vivienne. Mas, mesmo sabendo disso, os olhares desejosos das mulheres deixavam claro, todas queriam estar no lugar da ruiva.— Parece que consegui o dinheiro para pagar a conta do pub. — Dominic murmura, contra os lábios de Vivienne, um sorriso irônico surgindo, enquanto ele lança um olhar casual para as notas espalhadas aos seus pés.— Ta
Vivienne sente seu coração disparar, como se quisesse escapar de seu peito. Sua respiração torna-se irregular, enquanto seus olhos percorrem rapidamente a sala, decorada com flores frescas que exalavam perfume suave e preenchiam o ambiente com um ar de pureza e romance. Em frente à mesa, está Dominic, esperando por ela, parado sobre um tapete vermelho que a conduziria até ele.Por mais que fosse um casamento civil, Vivienne não consegue conter o sorriso ao perceber o cuidado nos detalhes, como se tivessem sido feitos sob medida para tornar aquele momento inesquecível. O olhar intenso de Dominic encontra o dela, fixo, admirador, carregado de algo que parecia fazer seu corpo inteiro arder. Ela sente o rubor subir ao observar sua reação ao vestido, justo, estilo sereia, abraçando sua silhueta elegantemente. Seus cabelos, soltos e mais cacheados do que o habitual, eram adornados por uma delicada coroa que sustentava um véu simples, caindo até o meio de suas costas. O buquê de rosas-brancas