Rainha da Máfia

NIKOLÁS MONTEIRO 

Dakota, esse nome ecoava em minha mente. Linda, exala superioridade e perigo. Com certeza é ela, a mafiosa que estou procurando. Não havia mais nenhuma mulher como ela naquela festa. Todas se vestiam muito bem, mas a única que estava fazendo negócios ali era ela. Eu vi que ela quase atirou naquele homem que a chamou pelo nome. Dakota, só pode ser ela. Meu alvo.  

Parece mais uma garota mimada do que uma dona de máfia. Imaginei uma mulher de uns trinta quarenta anos, experiente. Não uma garota com cara de quem sempre teve tudo que quis.

Me apresentei como Adam Ross, como o combinado. 

Ela é bem mais difícil do que eu pensei, achei que iria se jogar em cima de mim na primeira oportunidade. Mas foi totalmente o contrário. Ignorou minha existência e foi falar com Kilian. É claro que ela não estava interessada nele, já que meu amigo não é tão melhor que eu assim. Qualquer mulher chegaria primeiro em mim para depois ir nele. 

Espero mais alguns minutos depois de sua saída da festa e vou para minha casa, preciso saber mais coisa sobre ela, mas não hoje. Hoje preciso descansar, pra estar novo em folhas para amanhã.

Chego em casa e coloco as chaves no criado mudo do meu quarto. Vejo Amália dormindo e vou até ela.

Deposito um beijo em sua testa, com delicadeza. Vou para o banho, aquela casa estava fedendo, a suor, álcool, cigarro e muita droga.

Sinto a água morna caindo sobre meu corpo, meus músculos vão relaxando aos poucos.

Quando eu vou ver ela de novo? E se ela não atender quando eu ligar, por que liga tanto Nikolás!? Talvez porque a mãe dela matou a sangue frio vários inocentes, e ela continua fazendo o mesmo. 

(...) 

— Amor, vai se atrasar para o trabalho. Já é a quarta vez que o despertador toca. — murmura Amália sonolenta, se levantando e saindo do meu campo de vista.

Me sento na cama e fico esperando meu espírito voltar pro corpo. Olho pro relógio e já estou atrasado.

Levanto correndo indo até o banheiro, tomo um banho rápido e coloco um terno azul

F

aço um café e fico a espera de Amália.

— Seu café, amor. — falo e lhe entrego o copo.

— Obrigada, vida. — diz e toma seu café em um gole.

Pego minhas chaves e vou para o carro, ela entro ao meu lado puxa um espelhinho da bolsa e começa a de maquiar.

— E aí, como foi ontem? Conseguiu achar a vagabunda mafiosa? —  murmura passando o batom

— O nome dela é Dakota, e sim eu achei ela. — falo e a mesma me olha. — que foi? — pergunto analisando seu olhar mortal

— Desde quando se importa que eu chame ela de vagabunda? — pergunta se virando para mim.

— Não me importo, só comentei que o nome dela era Dakota.

— respondo prestando atenção no trânsito.

(...) 

— Você viu aquele espetáculo de mulher que estava comigo ontem? — Kilian riu, como se já soubesse que eu queria revirar os olhos pelo seu jeito de falar. — Ela é gostosa — comentou, vindo atrás de mim.

— Cala a boca, Kilian! — Respondi com a voz rude.

— Me diz Nikolás... Achou ou não achou ela gostosa? — pergunta novamente com um sorriso divertido.

— Sim, ela é gostosa, e muito bonita... Mas também é uma assassina, traficante, etc...quer que eu diga mais alguma coisa sobre ela? — Pergunto irônico e o mesmo dá uma risada alta

— Ela te achou um babaca... Por isso foi falar comigo. Ainda quero ser o padrinho. — fala e vejo Amália atrás dele... puta merda.

— Padrinho do que? — pergunta confusa pegando o café da minha mão. — obrigada amor. — diz e assopra o café.

— Padrinho do nosso casamento, amor. — murmuro e pego outro café pra mim.

— Ah é claro, você vai ser padrinho sim Kilian, nem precisa se preocupar. — diz e sai assoprando o café.

— Você tem merda na cabeça, pra que falar aquilo? — murmuro e finjo estar irritado.

— Eu lá ia saber que a Amália estava atrás de mim!? — fala segurando a risada. — você tinha que ter visto a sua cara, parecia que tinha visto um fantasma. — zombou de mim.

Ele começa a rir e eu não me aguento e começo a rir também.

(...)

Pego meu celular e fico encarando seu número, ainda não se passou nem uma semana inteira... mas eu preciso conhecer ela, descobrir todos os segredos dela, quem é Dakota Drummond?

— Liga logo. — diz Kilian aparecendo do meu lado.

— Por que eu deveria ligar? Eu iria falar o que? Que quero me infiltrar na máfia dela pra m****r todos pra cadeia? — pergunto irônico e o mesmo dá de ombros

— Chama ela pra sair, conquista ela, segue o plano que fizemos. & diz e parece tudo mais claro agora. 

" Seduzir e Destruir, Nikolás. Seduzir e Destruir!" 

Repito pra mim mesmo e aperto em ligar, coloco no ouvido e fico rezando pra ela atender.

— Olá, quem está falando? — pergunta com um tom de arrogante, parece irritada.

— É o Adam, Adam Ross... Da festa da Camila. — Falo animado e ela parece processar o nome

— Ah, claro... Eu lembro, por que me ligou, Adam Ross? — Diz como se já soubesse da resposta.

— Quero te convidar pra sair, um café daqui a pouco!? — pergunto e ela da uma risada alta.

— Não gosto de café, quem sabe um restaurante!? — Propôs esperando minha resposta.

— Claro, está ótimo. Eu te busco na sua casa? — pergunto e torço pra ela dizer sim, preciso saber onde ela mora. Se a máfia é no mesmo lugar que sua casa.

— Não, me encontre no Chicory Resaurant, daqui a meia hora, não se atrase. — termina de falar e desliga o celular. Merda, ela é difícil.

— Kilian, preciso ir me encontrar com Dakota, me dá cobertura com o chefe? — pergunto e o mesmo me encara pensativo.

— Sempre! — fala e volta a mexer no seu computador.

Kilian é um ótimo amigo, sempre me ajuda no que pode, sabe tudo sobre a minha vida, e me conta tudo sobre a vida dele. Ele tem o cabelo ruivo, olhos azuis claros, barba rala da mesma cor que seu cabelo, e as suas sardas. É uma beleza razoável, somos amigos de infância então não tenho muito o que dizer sobre ele. 

(...)

Chego no restaurante e procuro por ela, pelo visto vai chegar atrasada. Escolho um bom lugar e me sento. Fico mexendo no celular até pressentir que tem alguém na minha frente.

— Pontual, gostei. — diz e eu me levando rápido e beijo o dorso de sua mão. Ela olha para a cadeira e eu faço a volta e puxo a cadeira para ela se sentar. — Obrigada! — murmura se sentando, me sento em meu lugar e aceno para o garson pedindo os cardápios.

Ele logo nos entrega os cardápios e a carta de vinhos.

— O que vai querer beber? — pergunto olhando para ela, que me olhava como se estivesse querendo me decifrar.

— o vinho Sauternes 2001, e para comer, caviar beluga. — diz e entrega o cardápio para o garson. Nem escolhi o meu, achei que ela iria ficar horas escolhendo.

— A mesma coisa que o da moça. — falo e dou um sorriso gentil pro garson que retribui e vai fazer os pedidos.

— me conta um pouco sobre a sua vida. — fala me olhando diretamente nos olhos.

— Eu sempre fui bancado pelos meus pais, então desisti da escola e não me formei em lugar nenhum. Meu pai decidiu parar de me bancar e me colocou pra morar na rua. Me dava 100 dólares por mês, mas isso não era o suficiente, eu era rico, não iria viver na miséria. então eu entrei pro tráfico. Virei amigo de gente que tinha amigos envolvidos no crime e ricos. E aqui estou eu. Com uma bela mulher sentada na minha frente.

— Interessante. — fala, sei que ela está analisando toda a história mentalmente, espero ter me saído bem, foi difícil improvisar sobre uma vida que eu não vivi.

—  me conta sobre você, Dakota. — falo a observando

— Eu não te acho confiável, ainda mais pra falar sobre a minha vida. — diz arrogante e se ajeita na cadeira quando a nossa comida chega.

— Esperta! — falo sorrindo e começo a comer, sempre com bons modos.

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