"Você quer conversar?" Ele perguntara, sentando-se na cama, mas mantendo alguma distância. "Se você não quiser falar nada agora, eu entendo, mas você me deixou muito preocupado." Comentara e ela o encarara, culpada.
"Tem muitas coisas que eu quero e vou te contar, Gabriel. As suas palavras e o seu jeito me lembraram algo muito doloroso que aconteceu comigo e..." A garganta dela se fechara e ela não conseguira continuar, começando a chorar muito de novo. "Desculpa... me desculpa." Repetiu aos soluços."Shhhhhh... calma. Meu amor, calma." Ele finalmente se aproximara, puxando-a para seu colo. Ela se agarrara a ele com força, chorando ainda por um tempo."Obrigada, amor." Secara as lágrimas, ao conseguir se acalmar. "Você me faz tão bem! Eu surtei porque eu...""Vivi, espera." Pedira, segurando as mãos dela e olhando no fundo de seus olhos. "Eu não quero que vocêEntão, a gente teve que mudar de identidade e se separar... por todos esses anos! A polícia não sabe se ele tem uma identidade falsa e ainda vive nos Estados Unidos ou se foi embora, de algum modo, então a justiça não acha seguro a gente voltar a ser os Gleizer.""Alguma coisa da sua história é verdadeira?"Gabriel suspirou, tenso com tudo aquilo."Eu realmente estudei desenho industrial em Edinboro, pra trabalhar com design de joias, porque eu queria usar o dinheiro que o meu pai tinha deixado e que eu recebi, quando fiz dezoito, pra fundar uma empresa que tivesse a ver com a tradição da família. Eu realmente nunca namorei ou amei ninguém. O meu pai realmente morreu de câncer e a minha mãe teve problemas no coração, só que no sentido metafórico, e não no sentido médico, como eu deixei você pensar." Ela pegou as mãos d
"Krigsman" contou sobre sua profissão de arquiteto, sobre o difícil momento em que se revelara homossexual para a família com a qual vivia, e sobre seu atual relacionamento com um colega de trabalho.Viviam quis convencer o irmão a visitar a Filadélfia com o namorado, da próxima vez, mas ele disse que sequer sabia se o relacionamento duraria. Não confiava em Richard comoViviam confiava emGabriel e não sabia se poderia contar a ele que usava um falso sobrenome, e escondia uma irmã mais velha e um passado turbulento.Foi inevitável que os Westwing virassem assunto, depois disso, pois, ainda que as memórias fossem tristes, eram a única coisa que ligava um ao outro, além do laço de sangue. Já não tinham parentes, amigos ou um lar e, antes que novas memórias boas fossem construídas, aquelas ainda precisariam ser revisitadas e digeridas.
"Você me quer, bebê?" Ele perguntou, indo em direção à cama, mas parando a alguns passos dela. "Tá gostando do que tá vendo?" Provocou e ela deu uma gargalhada sonora, por estar provando do próprio veneno e estar gostando. "Pra não ficar tentada, talvez seja melhor não ver." Disse, mudando seu percurso até a cômoda e pegando um lenço de seda, que brincou de enrolar em volta de uma das mãos, enquanto andava devagar atéViviam, encarando-a.Afastou as pernas deViviam o suficiente para engatinhar entre elas, se aproximando da mulher e inalando o aroma gostoso de seu pescoço, mordiscando a pontinha de sua orelha, esfregando seu rosto no dela devagar. Tinha aprendido a jogar aquele jogo com uma ótima professora e provou isso ao ir deslizando a face, muito lentamente, para, antes de se afastar de vez, aproximar os lábios dos dela o máximo que er
Gabriel foi interrompido em seu discurso nervoso, visto que era impossível continuar falando com os lábios deViviam grudados nos seus, a língua da mulher invadindo sua boca com ansiedade, enquanto as mãos dela agarravam sua nuca. Ele fechou uma das mãos em volta da caixa, apertando o objeto, sem saber se, com o beijo, ela queria ganhar tempo e pensar em uma maneira de dizer "não" ao pedido que estava sendo feito, ou se ela estava feliz e ainda mais cheia de paixão por ele, como as carícias sugeriam."É claro que eu aceito, meu amor! E faz diferença, sim! Óbvio que o mais importante eu já tenho, que é você aqui, perto de mim, mas é bom confirmar que você me ama tanto, a ponto de querer que eu seja sua mulher de todas as formas, e eu sei que meus pais gostariam que eu me casasse, com todas as formalidades e com um homem como você.""Como eu?" Levantou as
Os irmãos trocaram apenas um olhar, tentando não preocupar os demais ocupantes do automóvel, e deram início à tentativa de despistar quem os seguia, mas, infelizmente, estavam lidando com pessoas também experientes. Dean pisou no acelerador, na expectativa de que a velocidade pudesse afastá-los de seus perseguidores, mas eles continuaram no seu encalço. Timothy tinha decidido que não valia a pena tentar ocultar sua presença, se isso pudesse representar o risco de uma fuga bem sucedida. Tinha esperado por aquele momento, por anos, e não sabia seViviam poderia voltar a ser encontrada no lugar onde embarcara no veículo, e muito menos no imóvel onde Darren passara os últimos dias.Para sorte de Dean, sua chefe estava distraída demais, conversando com o irmão sobre o vestido que estava indo experimentar, e não percebeu que ele mudou o caminho, em mais uma tent
"Nós vamos montar um acidente de carro falso e dizer que vocês saíram aqui, escoltados por dois policiais, e os quatro morreram na hora. Como vamos explodir o carro, os falsos velórios serão feitos com caixões fechados. Somente nós quatro, aqui nessa sala, o casal de fazendeiros que vai receber vocês, e mais duas pessoas, responsáveis pela fraude, vamos saber que vocês não morreram de verdade. O piloto do avião não vai ter qualquer contato com a gente, e eu e Johanna já estamos acostumados a fazer as vezes de comissários de bordo.""Nem nossos tutores vão saber?" Darren perguntou."Nem eles." Confirmou Mike. "E eu sei que é duro saber que parentes e amigos vão sofrer, mas vocês precisam entender que, sendo caçados como vocês foram hoje, pela pessoa que ameaçava vocês no passado, não existe alternativa."Vivia
“Ninguém falou pra ele?” Kitty questionou, encarando Samuel, e os olhos deGabriel estudaram o semblante do primo, querendo saber a que ela se referia.“A leitura do testamento, na semana passada?” Samuel falou diretamente com ele, que assentiu, mostrando lembrar-se do evento, ao qual se recusara a comparecer também. “Ela deixou a empresa pra você. A gente só queria te dar mais um tempo, antes de te falar.”Viviam tinha feito mesmo um testamento e, ainda que os bens pertencessem oficialmente aViviamLavigne, como a identidade falsa era autorizada judicialmente, o documento valia como se fosse da Srta. Gleizer, que era também a verdadeira proprietária da Red Rave, dos imóveis, e de tudo mais.Gabriel não ficou animado para cuidar da empresa, mas prometeu a si mesmo voltar na semana seguinte, pois não poderia ignorar um dos últimos desejos da mulher q
"Eu sei quem é. Pode mandar entrar." Disse, secando o rosto com a manga da camisa. Não estranhou a visita, pois sabia que Mike e Johanna estariam envolvidos no "Caso Gleizer" até que Timothy fosse encontrado.Mesmo queViviam e Darren já não estivessem sob proteção, era trabalho deles acompanhar as buscas ao criminoso, além de assegurar que mais ninguém da família, por exemplo, corresse nenhum risco. Tanto que o agente lhe dera todos os contatos de ambos, para que pudessem ser informados, caso um dosOliveira ou pessoa próxima recebesse algum tipo de ameaça ou se sentisse inseguro, por qualquer razão. O lado racional do rapaz assumiu que o policial estava ali para falar de Westwing, ainda que seu coração desejasse e teimasse em imaginar que as notícias podiam ser ainda melhores."Detetive." Cumprimentou, apertando a mão de Blankerman, quando ele