Kevin estava um pouco melhor e pediu para ir até a sala onde todos estavam. Elissa tinha ido descansar então eles podiam falar abertamente sobre tudo.-Kevin? - Disse Patrícia preocupada ao vê-lo chegar- não prefere descansar mais um pouco?-Precisamos conversar o quanto antes. - Ele disse sério enquanto se sentava à mesa e fazia sinal para que os outros fizessem o mesmo.-Senhor, precisa de algo? - Hanna perguntou antes que ele começasse a falar.-Você já o conhecia Hanna? - perguntou Joe.-Antes de você, Joe. Eu fui um dos agentes responsáveis pelo treinamento de Hanna. Trabalho na agência da ONU desde que Catarina começou essa divisão para conter os conflitos internacionais. -Catarina? - Perguntou Patrícia achando muita comhecidencia ser o mesmo nome da sua mãe biológica.-Catarina Trento, a fundadora dessa divisão, também conhecida como "a Condessa". Na verdade essa era uma informação confidencial, mas estamos em um dos lugares mais seguros da terra nesse momento, então vocês s
Além de estar preocupada com o estado de Kevin, Patricia também estava como que em um liquidificador de emoções, tudo girando em sua cabeça, sua irmã voltando para o Brasil com a família, sua sobrinha ali tão perto sem saber quem ela era, Hector livre e com o desejo de vingança e sua mãe biológica que além de Condessa, era a fundadora daquela divisão secreta da ONU, ela precisava saber mais... queria conhecer essa mulher que literalmente escreveu história, então se lembrou da carta que Catarina lhe havia deixado e ela mesmo sem coragem de ler carregava sempre consigo. Decidiu então que esse era o momento de saber um pouco mais, pegou a carta e começou a ler....Ao mesmo tempo no Brasil, Lane recebia por e-mail o resultado do seu teste de ancestralidade, esse tipo de teste vem com uma opção de "busca parentes", é possível se cadastrar no site com sua amostra de DNA para ter acesso a uma lista de pessoas que tem alguma compatibilidade genética, o site mostra também o grau de parentesco
-Filha, cada pessoa é fruto de toda uma história que aconteceu antes dela, basta calcular quantas pessoas fazem parte da nossa árvore, pensando bem temos 4 avós, 8 bisavós, 16 tataravós e o número só aumenta conforme vamos tentando preencher a imensa árvore genealógica que nos antecede.-Acho que não cabe na minha folha de caderno todas essas pessoas, pai.-No caderno só vamos colocar os seus pais e os seus avós, é o que a professora pediu. Eu só estava explicando como as coisas são.-Ah bom. Mas então a minha história vai fazer a diferença para alguém um dia?-Sim, no futuro é o seu nome que estará na árvore de alguém. Você deixará para essa pessoa um pouco de quem você é. Mas ainda é nova para pensar nisso, Catarina.-Eu sei Papá, ainda sou criança, só fiquei curiosa com o que você disse. Terminei a lição, posso ir brincar agora? -Sim, aproveite enquanto é dia, mas não vá muito longe da casa pois logo iremos jantar.Catarina tinha 11 anos e era muito esperta, a família Trenti possu
Nicholas falou com Patrícia no telefone e logo em seguida se desculpou com Lívia: - Sinto muito, queria ter mais tempo para conversarmos, mas preciso resolver essa questão, o Kevin foi atingindo por um tiro de raspão, mas em seguida fez uma viagem de moto e depois de ter perdido bastante sangue já estava fraco quando lutou com uma pessoa e os pontos abriram fazendo-o perder mais sangue, ele está desacordado. - Posso ajudar em alguma coisa? Se precisar posso doar sangue. - Eu vou precisar providenciar isso, no entanto o Kevin é uma entre 50 pessoas no mundo que tem o fator RH nulo, ou seja, é um sangue raro, vou precisar conversar com alguns contatos no cadastro nacional de sangue raro para descobrir se há sangue desse tipo em algum banco de sangue do Brasil ou vou precisar pedir para buscar em algum outro país, isso se eu encontrar.- Eu nunca tinha ouvido falar sobre esse sangue nobre. - É bem nobre mesmo, chamado inclusive de sangue dourado, é claro que o Kevin precisava ser o
Minha filha Patrícia,Tive que me contentar em te ver de longe quando descobri onde você estava. No dia que Dayse te levou para seus pais adotivos eu disse que não queria saber quem eram e nem onde você estava por medo que alguém te encontrasse.Havia tanto ressentimento da parte da minha família e também da parte de Dom Luiz que o tempo foi passando e eu não consegui recuperar o contato com você sem que você ficasse em perigo de alguma forma então preferi a distância até que um dia a vi dançando em uma apresentação que fizeram na França e imediatamente a reconheci por uma marca bem peculiar que faz parte da genética da família há gerações. Eu já era agente na época então foi fácil pedir que a investigassem e descobrir que Dayse era sua madrinha, confirmando minhas suspeitas. Depois disso eu a visitei muitas vezes, sempre que estávamos na mesma cidade eu ia às suas apresentações ou mesmo quando eu estava em uma cidade próxima e conseguia viajar para vê-la eu também ia.Mas houve um mo
Arthur estava em um dia comum no escritório da K.A.N.I. mas recebeu uma notificação em seu celular sobre um kit de DNA que ele gerenciava a conta dentro da plataforma do teste de ancestralidade. Como a família para a qual trabalhava era muito rica, não poderiam cadastrar seus nomes reais na plataforma por conta dos aproveitadores que poderiam surgir no caminho, no entanto, poucos dias antes de seu falecimento, o senhor Andrew Azevedo viu a mulher que fora sua amante durante anos para que pudesse pedir o seu perdão e na emoção do momento ela deixou escapar que ela tinha uma filha, mas depois desconversou e foi embora. Desconfiado ele então fez o teste de ancestralidade na esperança de com os resultados em todas as plataformas de repente algum dia sua filha poder ao menos saber sobre ele e quem sabe conhecer os dois irmãos, caso a filha de sua amante fosse filha dele.Também pagou algum dinheiro por prioridade em receber os resultados e quando faleceu, pediu que Arthur continuasse moni
-Você é a Patrícia?- Disse uma mulher muito elegante se aproximando de Patrícia enquanto ela pegava um café na máquina automática.-Sim, posso ajudá-la? -Patrícia disse se virando para ela com o copo de café na mão.-Querida, você está tão abatida, venha, sente-se aqui.-Obrigada, estou apenas cansada, não sei há quanto tempo não durmo, muitas preocupações.-Eu entendo, você deve amá-lo muito mesmo.-Como assim? Você sabe algo sobre ele? Não me diga que é do hospital e veio me dar uma notícia ruim. - Patrícia disparou a falar como fazia sempre que estava nervosa.-Não, querida, se acalme. - disse a mulher segurando sua mão. - Eu sou...-Mãe? - Disse Nick chegando e se surpreendendo com a cena.-Você a chamou de mãe? - Patrícia perguntou se levantando e derrubando o restinho de café do seu copo na sua própria blusa.-Essa é Agatha Azevedo, minha mãe, Patrícia. - E voltando-se para ela- O que você está fazendo aqui? Como soube? -Ah Nick, eu admiro muito sua inocência, filho. Você penso
-Eu já disse, quero falar com a Patrícia antes de vocês encontarem em mim,eu sei que vão me sedar. - Kevin falou irritado com a enfermeira que se aproximava.-Fique calmo, já foram chamá-la, é melhor não se agitar muito, seu estado é delicado, senhor.-Me desculpe, só preciso falar com ela, tá? Depois vocês podem fazer o que for preciso.-Tudo bem, aí está ela, com licença, eu volto em dez minutos.- a enfermeira falou enquanto ia em direção à porta e cumprimentava Patrícia com um aceno de cabeça.Patrícia também acenou com a cabeça e foi em direção à Kevin que estava levemente sentado na cama, abraçando-o, ele também a abraçou e ficaram assim por um tempo.-Eu fiquei tão preocupada- Patrícia murmurou.-Eu disse que você ia se envolver.- Kevin disse afastando os cabelos de Patrícia do rosto e olhando para ela. - Só não imaginei que eu também fosse.-Que cena linda!- Pena eu ter que interromper- Disse Hector apontando uma arma para eles enquanto trancava a porta com a outra mão.-Hector!