Minha filha Patrícia,Tive que me contentar em te ver de longe quando descobri onde você estava. No dia que Dayse te levou para seus pais adotivos eu disse que não queria saber quem eram e nem onde você estava por medo que alguém te encontrasse.Havia tanto ressentimento da parte da minha família e também da parte de Dom Luiz que o tempo foi passando e eu não consegui recuperar o contato com você sem que você ficasse em perigo de alguma forma então preferi a distância até que um dia a vi dançando em uma apresentação que fizeram na França e imediatamente a reconheci por uma marca bem peculiar que faz parte da genética da família há gerações. Eu já era agente na época então foi fácil pedir que a investigassem e descobrir que Dayse era sua madrinha, confirmando minhas suspeitas. Depois disso eu a visitei muitas vezes, sempre que estávamos na mesma cidade eu ia às suas apresentações ou mesmo quando eu estava em uma cidade próxima e conseguia viajar para vê-la eu também ia.Mas houve um mo
Arthur estava em um dia comum no escritório da K.A.N.I. mas recebeu uma notificação em seu celular sobre um kit de DNA que ele gerenciava a conta dentro da plataforma do teste de ancestralidade. Como a família para a qual trabalhava era muito rica, não poderiam cadastrar seus nomes reais na plataforma por conta dos aproveitadores que poderiam surgir no caminho, no entanto, poucos dias antes de seu falecimento, o senhor Andrew Azevedo viu a mulher que fora sua amante durante anos para que pudesse pedir o seu perdão e na emoção do momento ela deixou escapar que ela tinha uma filha, mas depois desconversou e foi embora. Desconfiado ele então fez o teste de ancestralidade na esperança de com os resultados em todas as plataformas de repente algum dia sua filha poder ao menos saber sobre ele e quem sabe conhecer os dois irmãos, caso a filha de sua amante fosse filha dele.Também pagou algum dinheiro por prioridade em receber os resultados e quando faleceu, pediu que Arthur continuasse moni
-Você é a Patrícia?- Disse uma mulher muito elegante se aproximando de Patrícia enquanto ela pegava um café na máquina automática.-Sim, posso ajudá-la? -Patrícia disse se virando para ela com o copo de café na mão.-Querida, você está tão abatida, venha, sente-se aqui.-Obrigada, estou apenas cansada, não sei há quanto tempo não durmo, muitas preocupações.-Eu entendo, você deve amá-lo muito mesmo.-Como assim? Você sabe algo sobre ele? Não me diga que é do hospital e veio me dar uma notícia ruim. - Patrícia disparou a falar como fazia sempre que estava nervosa.-Não, querida, se acalme. - disse a mulher segurando sua mão. - Eu sou...-Mãe? - Disse Nick chegando e se surpreendendo com a cena.-Você a chamou de mãe? - Patrícia perguntou se levantando e derrubando o restinho de café do seu copo na sua própria blusa.-Essa é Agatha Azevedo, minha mãe, Patrícia. - E voltando-se para ela- O que você está fazendo aqui? Como soube? -Ah Nick, eu admiro muito sua inocência, filho. Você penso
-Eu já disse, quero falar com a Patrícia antes de vocês encontarem em mim,eu sei que vão me sedar. - Kevin falou irritado com a enfermeira que se aproximava.-Fique calmo, já foram chamá-la, é melhor não se agitar muito, seu estado é delicado, senhor.-Me desculpe, só preciso falar com ela, tá? Depois vocês podem fazer o que for preciso.-Tudo bem, aí está ela, com licença, eu volto em dez minutos.- a enfermeira falou enquanto ia em direção à porta e cumprimentava Patrícia com um aceno de cabeça.Patrícia também acenou com a cabeça e foi em direção à Kevin que estava levemente sentado na cama, abraçando-o, ele também a abraçou e ficaram assim por um tempo.-Eu fiquei tão preocupada- Patrícia murmurou.-Eu disse que você ia se envolver.- Kevin disse afastando os cabelos de Patrícia do rosto e olhando para ela. - Só não imaginei que eu também fosse.-Que cena linda!- Pena eu ter que interromper- Disse Hector apontando uma arma para eles enquanto trancava a porta com a outra mão.-Hector!
-Irmão, você sempre foi fechado e antipático, mas nunca te vi ser tão negativo, qual é o real problema aqui?- Nick perguntou.-Hector Magli, ele está envolvido no acidente de Emily e eu era o alvo deles, seja quem for que está associado a ele, tem a intenção de acabar comigo.-Entendi, mas você não vai ser pego assim tão fácil né, com certeza pega eles antes.-Você pode ter razão. Desculpa Lane, eu realmente agradeço por você doar sangue para mim.- Disse Kevin se voltando para Lane- Como não percebi antes? vocês dois são muito parecidos!-Verdade, acho que foi isso que me fez confiar no Nick tão rápido, ele me lembrou a Lane.-Com licença, ja podemos ir para o banco de sangue do hospital. - Disse a enfermeira à Lane enquanto entrava no quarto.-Depois nos falamos então, até. - Disse Lane seguindo a enfermeira.-Vou acompanha-la. -Nick acenou para o irmão e saiu junto com Lane.-Kevin...- ela disse meio sem jeito.-Patrícia...-Ele disse no mesmo tom só para brincar.-Eu sinto muito pel
Três dias se passaram até que Kevin fosse liberado do hospital, era necessário todo cuidado e aproveitaram para realizar todos os exames possíveis uma vez que há muito tempo ele não fazia um check up médico. Quando foi liberado, Patrícia o aguardava na porta do quarto. Os últimos dias tinham sido estranhos, ela o via somente no horário de visita e ele estava decidido a mante-la distante para protegê-la, ou pelo menos ele tentava se convencer de que essa era a verdadeira razão quando o grande problema era a forma que Patrícia mexia com seus sentimentos.Uma pessoa como Kevin, com um QI muito elevado, normalmente tem sérios problemas com o chamado "QE", que seria o quociente emocional, responsável pela parte relacional do ser humano. Ou seja, quanto mais inteligente a pessoa é, mais dificuldades de relacionamento ela possui. Esse era o caso de Kevin e sem aceitar qualquer tipo de intervenção terapêutica para o ajudar a se relacionar melhor com as pessoas, só lhe restavam as opções de
Patrícia entrou na casa e foi logo para o banho, onde normalmente era seu lugar favorito para chorar e ninguém perceber. Ela estava com um misto de emoções, agora que estava abrindo seu coração para alguém, essa pessoa não estava mais disponível. Ela começou a pensar que essa coisa de amor não era pra ela, chorou tudo o que tinha pra chorar enquanto estava no chuveiro pra depois sair dali de cabeça erguida, ela não ia se deixar abater por uma paixão tão recente e confusa, tinha muita coisa para pensar e resolver, por isso ia retomar seu foco.Após o banho, Patrícia se arrumou com um vestido simples e elegante de cor verde que realçava seus olhos, fez uma maquiagem leve e escovou seu cabelo channel ruivo. Ficou parecendo uma boneca de porcelana, até porque sua pele era bem clara. Ela estava arrumando sua mala quando recebeu uma ligação de Hanna.-Oi Patty.-Oi Hanna, como vocês estão aí no Rio de Janeiro?-Estamos bem, mas não no Rio, eu cansei de ficar longe de todos, se estou no Brasi
Então você sabe quem sou?-Sim- ele disse com lágrimas nos olhos se ajoelhando em frente à cadeira de rodas e tocando em sua mão- Você é Emily Azevedo, minha esposa.-Ela o que? -Disse Patrícia que havia chegado na porta bem naquele momento.-A Emily, Patrícia...estava em coma bem aqui...-Eu não sei quem é Emily, por favor, me deixem- Ela disse perturbada e logo depois gritando- Enfermeira, enfermeira.-Tudo bem, nós vamos sair, fique calma. - Disse Kevin saindo atordoado. Patrícia o acompanhou até o carro e eles foram para casa, no carro Kevin pediu para alguns homens irem ao hospital para saber de Emily mas eles não a encontraram e também não encontraram nenhum registro de seu internamento naquele hospital durante o período de coma. Ela havia simplesmente desaparecido, e haviam apagado seu rastro também.-Isso é muito estranho- Patrícia falou.- Mas pelo menos você sabe que ela está viva, Kevin, essa é uma boa notícia.-Eu não sei, eu estou extremamente confuso agora, você se impor