Quando ouvi o barulho da porta se abrir me levantei imediatamente da cama, era Angeline conforme o nosso combinado.
- Ange você me deixou muito preocupada o que houve?
- Madame ouvi uma conversa do senhor Louis hoje mais cedo, ele disse a Andrews sobre ter uns cento e cinquenta soldados trabalhando para ele aqui no palácio e que estes irão ficar camuflados no dia do seu casamento para o caso de fuga ou resgate, e que estarão prontos para matar seja lá quem for. Anne você não está planejando nada né? Por favor não faça nada, isso pode colocar a vida de todos em risco.
- Eu não tenho escolha ange, Philip prometeu vir me buscar, não posso me casar com Andrews.
- Mas a senhora pode morrer, meu Deus o que será de nós? Disse Angeline com as mãos sobre o rosto.
- Philip me pediu para jejuar, você se lembra de Ester, uma vez você me contou sobre ela, assim como eu ela se viu sem saída, mas isso não a a
Estava me preparando para dormir mas me lembrei de que precisava me livrar de algo.Passei a mão por debaixo do travesseiro pegando a aliança que Philip havia me dado, abri a porta que dava para a sacada do quarto e a lancei para fora.- Ai. Alguém gritou lá embaixo, acabei acertando a cabeça de alguma pessoa sem querer.Corri para a sacada para ver em quem tinha pegado, me debrucei no parapeito olhando para baixo.- O que está fazendo aí fora uma hora dessas? Falei para Andrews- Vim respirar um ar fresco. Falou se abaixando para pegar o objeto que o atingiu. - O que é isso? Perguntou intrigado.- Andrews não me venha com perguntas agora, estou indo dormir. Falei fechando a porta da sacada.Philip era o meu passado ter de falar dele só me trará mais dor.Assim que me deitei, Andrews começou a bater na porta da minha sacada.- Andrews não acredito que você fez isso, como fez para subir por aí?<
Corri sem olhar para trás assustada com o encontro de Andrews com Philip. Meu Deus aonde isso vai parar? Acabei parando em um lugar afastado do jardim por ser um lugar grande e de difícil acesso eles não me encontrariam por aqui, só voltaria quando tivesse a certeza de que Philip não estaria mais aqui. Não consigo entender o porquê de ter me trocado por Khristine e ainda ter a cara de pau de aparecer aqui, a não ser que, aquela carta não tenha sido escrita por Philip mas por alguém que queira nos separar e por conta disso ele tenha vindo até aqui, meu Deus e se estou fazendo uma injustiça? Eu nem ouvi o que ele tem a me dizer.Preciso voltar pensei, andei o mais rápido que pude ainda estava cansada da fuga, nem tive tempo de descansar, quando caiu a ficha de que Philip poderia estar sendo vítima de tudo isso saí imediatamente.Quando finalmente botei os pés no palácio, subi as escadas a procura de Philip no caminho me encontrei com Angel
Estava pronta para o momento do meu reencontro com Philip, deixei avisado para Angeline que me dará um sinal de quando ele já estiver aqui. Dois toques na porta foi o combinado.Disse a ele que está foi a sua última chance uma vez que falta tão pouco para o meu casamento com Andrews.Como eu queria ter os conselhos da minha mãe eles me fazem muita falta nesse momento. Tenho certeza que ela me daria a melhor solução para tudo isso.Fiquei sentada na cama esperando. Algum tempo depois e o sinal, Philip havia chegado.- O caminho está livre? Perguntei para Angeline.- Sim madame mas tome a saída dos fundos.Consenti.A noite estava bem agradável, os céus se estendiam como cortinas estreladas, e uma briva leve tomava conta do nosso jardim. O clima parecia propício para nossa conversa, o que não me confortava era o semblante que Philip estava.- Que bom que você veio. Falei meio tímida.- Anne não c
Caminhava a noite pelo meu jardim, encantada pelo brilho das estrelas iluminando tudo em volta, e levada pelo vento frio que tocava minha pele, o som das folhas ecoavam como música aos meus ouvidos. De repente algo chama minha atenção, não muito distante avistei uma garotinha que estava de costas mais parecia estar brincando, me aproximei para vê- la, quando a pequena se vira, um clarão toma conta das minhas vistas, nesta hora ela me puxa pelas mãos, sem poder ver nada sigo pelo caminho que ela me conduz, quando finalmente consigo abrir os olhos, percebo que aquela garotinha se tratava de mim mesma, ela me entrega uma caixinha e foge para bem longe. Sem entender praticamente nada resolvo abrir a caixa que ela havia me entregado. Mas antes que eu abrisse um lobo vem e avança sobre a minha mão fazendo a caixinha cair ao chão, assustada eu corro para o meio da floresta, mas logo ele vem atrás de mim, sinto as folhas arranharem minha pele
Acordei com o som dos pássaros, era uma manhã encantadora, até parece que sabiam o este dia me preparava, sim o meu felizes para sempre se aproximava.Não levantei da cama de imediato, foi difícil dormir a noite de tanta ansiedade, então manti meus olhos fechados, mas não teve jeito, Amélia foi abrindo as janelas permitindo que o brilho do sol fosse ultrapassando cada fresta, invadindo todo o quarto.- Bom dia madame como passou a noite? disse Amélia.- Não consegui dormir direito, não posso ficar mais um pouco na cama? Falei abrindo a boca de sono.- Claro que não!! Tome logo o seu café, as criadas estão à esperando para o dia de noiva. (Amélia)- Está bem.Na pia do banheiro parei por alguns segundos encarando meu rosto no espelho, este será o meu último dia aqui no palácio, e o que eu sei é que daqui pra frente, não haverá mais mordomias, pessoas me servindo, luxo, fama. Terei de me adaptar a uma vida simples e tranquila
Me sentei no banco do lado de fora do quarto onde Andrews estava sendo cuidado dentro do palácio, era o lugar mais próximo que tínhamos encontrado e devido o caso ser de emergência nos vemos obrigados a instalá- lo ali mesmo, por sorte madame Helena tinha noção de primeiros socorros, ela o atendeu até a chegada do médico, eu estava desconsolada, minha dor parecia não ter fim, dentro do peito um grande vazio, uma imensa vontade de sumir, de desaparecer, mas não tinha forças para o fazê-lo. Olhando para as portas, que poderiam se abrir a qualquer momento me perguntava o porquê de tudo aquilo.Ao meu lado Philip, que se mantinha em silêncio em respeito a minha dor.A minha dor era tão grande, ao ponto de me sentir anestesiada a tudo o que estava acontecendo, para mim aquilo não passava de um pesadelo e logo eu despertaria do sono e tudo estaria ao normal, nem lágrimas tinha mais para chorar, parecia que tinham se secado.De repente a mãe de Andrews aparece com um a
- Eu nem sei se você está me ouvindo mas...Parei de falar ao ouvir o barulho da porta se abrir.Não pude ficar por muito tempo, o doutor logo percebeu pela minha ausência que alguém havia entrado na sala. E entrou imediatamente.Enxuguei as lágrimas retomando a postura.- O que a senhora está fazendo aqui? Andrews acabou de passar por uma cirurgia de risco, ele precisa de repouso madame.- Eu sei, me desculpe doutor, eu só precisava dizer algo à ele.- Querida eu fiz o máximo que pude, infelizmente não há mais o que fazer. Se tiver fé vai precisar usá-la nesse momento.- Acho que ainda me resta um pouco dela.- Antes de ir me faça um favor. (Richard)- Sim, o que o senhor deseja?- Me traga alguns dos objetos de higiene dele, não sei por quanto tempo permanecerá assim, preciso de toalhas, cremes para a pele, barbea
Com os joelhos dobrados diante da minha cama chorei amargamente, como nunca antes.De repente em um ato de indignação ergui meu rosto ao céu, e pela primeira vez invoquei aquele que até o momento me era desconhecido.Ele seria minha última porta, meu último escape.Elevei meus pensamentos até a sua presença e me imaginei face a face com Ele.- Senhor Deus, muitos me falam de Sua existência mas sinceramente eu não sei, diante de tudo o que tenho passado fica meio difícil crer, mas se realmente És quem ouço falar porque estás permitindo que me tirem aqueles que eu mais amo nessa vida? Porque? Fiz uma pausa, controlando a respiração e as lágrimas que não paravam de rolar sobre meu rosto. - Que mal eu Lhe fiz para quê me seja dada tamanha angústia? Eu não posso mais suportar essa dor, esse fardo está muito pesado, não consigo sozinha.Enquanto mencionava estas palavras, dentro de mim surgia uma paz