Eu não era tão inocente assim como Alex pensava, eu só era virgem. Muito virgem, nunca tinha antes beijado na boca. Minha mãe era muito rígida e me maltratava muito. Às vezes eu a compreendia. O meu pai a abandonou grávida e a mãe dela a obrigou a se prostituir. Eu ficava com a minha avó e via ela chegar todos os dias bêbada. Eu sabia que ela não dormiu em casa.
Depois que a minha avó faleceu, minha mãe arrumou um marido rapidamente. Um homem rico que nos levou para morar numa mansão, logo que voltamos do enterro. Ele batia nela e a chamava de vadia. Eu era pequena e demorei para enteder que o meu patrasto havia tirado ela da prostituição. Eu chorava muito sem poder defendê-la. Depois eu fui crescendo e toda a raiva que ela sentia dele, descontava em mim. Eu ouvia sempre o mesmo sermão: — Tudo é culpa sua, garota! Se eu não tivesse você, eu cabia em qualquer lugar. Eu comecei a ser agredida logo que entrei na adolescência. Ela dizia que eu me insinuava para o marido dela. No dia em que o meu padrasto morreu, eu fui comunicada que nossa casa estava em penhora. Estávamos em dívida com os Andradas. Alex era juiz na cidade de Brasília. Foi um choque, porque eu não precisava chorar pelo defunto, mas a minha vida de patricinha estava com os dias contados. Ainda bem que tinha terminado o ensino médio, mas o meu sonho de fazer faculdade estava bem distante! Voltamos do cemitério e esse foi o assunto. — Estou sabendo que o juiz está desesperado por uma babá, desde que a esposa faleceu. — Mas ele não vai me aceitar porque sou muito jovem e nunca trabalhei— eu argumentei. — Vou falar com a governanta dele, contar a situação. Ela vai nos ajudar, mesmo porque, de que outra maneira, eu poderia pagar a dívida que o Antony fez? — Um absurdo ele penhorar a nossa casa!— eu me queixei. Eu devia saber, ela começou a gritar histérica. — Do que está se queixando vagabunda? Você tem que trabalhar! Achou que ia ficar na moleza, a vida toda? Eu respirei fundo e abaixei a cabeça resignada. Eu pensava no meu irmãozinho no colo da minha mãe, ele estava assustado. Graças a Deus, ela nunca tratou mal o garoto. Era só comigo. Eu era o castigo por ela ter engravidado nova e a minha avó tê-la prostituído. Era uma cadeia de sofrimento. Minha avó sempre me tratou com carinho, mas a minha mãe sofreu muito nas mãos dela. Imagino que tenha sido o castigo por um erro da mãe também. Eu decidi encerrar esse ciclo ali. Eu não teria uma gravidez indesejada e não teria que dar continuidade àquilo! — Mas mãe, eu não conheço esse homem! Eu não sei cuidar de criança!— eu falava impaciente, no portão dos Andradas. Minha mãe segurava Felippo com uma mão e me empurrava com a outra, falando: — Vai logo, menina! Eu já falei com a governanta, está tudo certo! Vai lá que a vaga é sua! Eu me segurei no portão ficando de costas para ele e disse histérica: — Eu não vou! Eu não quero cuidar do filho de ninguém! Eu só senti o puxão nos meus cabelos e minha cabeça se chocou contra o portão de ferro. Era minha mãe, a agressora enlouquecida! — Se chegar em casa sem esse emprego, vai levar uma surra! Faz tempo que não te dou um corretivo! Eu passei a mão na minha cabeça imaginando que sairia um galo, como da última vez em que ela me sacudiu na parede. Eu não gosto de lembrar dessas coisas que me fazem chorar. Eu sou alegre e bem espevitada, apesar de todo o meu sofrimento. Eu já pensava em sair de casa, sair andando assim, sem rumo, mas apesar da minha mãe sempre ter tratado bem o meu irmão, eu nunca o deixaria nas mãos dela. Sei lá, ela poderia surtar e querer fazer com ele o que sempre fez comigo! Filippo era um menino calado, introvertido e vivia sempre abraçado à mãe, apesar de já ter completado seis anos. *** Eu fiquei suspirando sem conseguir dormir, talvez estivesse estranhando a cama. Eu ainda tive tempo de pensar no Alex e em como ele era bonito. Meu Deus, era muita beleza para um homem só. Alex era alto, forte, tinha os músculos bem definidos e os olhos penetrantes. Parece que quando olhava para você, o mundo girava só ali. Eu passei as mãos pela lingerie e fiquei imaginando o que ele sentiu ao me ver dentro dela! As minhas mãos deslizaram pelos meus lábios e eu sorri nervosa. Agora eu já havia beijado alguém. Ainda sentia o calor daquela boca devorando a minha. Eu me estendi na cama feliz. No dia seguinte, Alex acordou com a cabeça estourando. Giorgia lhe servia um chá. — Não pode beber assim, senhor! Olha só como está mal! Tem audiência hoje! — Tenho todos os dias Giorgia!— Alex rebateu aborrecido. Giorgia se assustou. — Porque está tão irritado? — Talvez seja a presença dessa moça aqui em casa! Livre-se dela! Giorgia olhou para o corredor dos quartos e disse impaciente: — Por que essa moça lhe incomoda tanto, senhor? Ela é uma pobre coitada! Ela não tem pai e aquela mãe dela é uma bruxa! Alex se remexeu na sua cadeira e jogou o guardanapo para o lado aborrecido. — Não tente me convencer! Você não sabe o que se passa comigo! Giorgia ficou impaciente. — Senhor todos sabem da sua recente viuvez, o senhor não pode reverter a sua situação, mas essa moça sim, ela precisa de ajuda! A mãe colocou nas mãos dela a responsabilidade de reaver o bem penhorado! Alex segurou na mão de Giorgia que se apoiava na mesa e disse desesperado: — Se for o caso, eu devolvo o bem, pronto! É só isso? Giorgia ficou boquiaberta. Ela ia dizer algo, mas Alex se levantou e saiu pisando firme. — Ele está com medo da menina! — ela disse incrédula. Eu cheguei ainda sonolenta e Giorgia foi logo me interrogando: — Menina, fala a verdade, você se deitou com o patrão? Eu fiquei tão surpresa que curvei o corpo como se o susto atingisse o meu estômago. — Ei garota, calma! Eu falei sem querer, me desculpe! Ô meu Deus! Estou ficando louca! Giorgia saiu correndo e voltou com um copo d'água. — Tome isso, vai se sentir melhor! Ela me fez sentar à mesa de refeições e eu fui me acalmando. — Eu quero que me desculpe, por favor! É que o senhor Alex, ele ficou viúvo recentemente, mas a falecida não tinha mais saúde há alguns anos e eu imaginei que ele estivesse encantado por você! — Por mim?— Eu fiquei incrédula. Giorgia se desculpou: — É, me desculpe, acho que exagerei, mas tive a impressão de vê-lo olhando para você. Aquela revelação mexeu comigo. Quando eu iria imaginar que um homem como o Juiz Alex Andradas, bem conceituado naquela cidade, iria ter olhos para mim? Confesso que me senti orgulhosa, mas Giorgia tratou de jogar um balde de água fria. — Eu reconheço que o senhor Alex é um homem muito charmoso, de presença, mas não se iluda, ele só está carente, ele jamais olharia para uma menina como você! Eu murchei e Giorgia continuou: — Eu trabalho nesta casa desde quando ele ainda nem conhecia a falecida. Bonito daquele jeito, trazia mulheres para cá e os pais dele, colocava para correr logo cedo! Eu arregalei os olhos. Não conseguia imaginar o juiz pervertido. — Eu só tenho medo de despertar aquele moleque terrível novamente! Ninguém merece! Agora ele tem uma filha! Eu assenti concordando com a cabeça e virei de uma só vez o meu copo de água! No final, ainda engasguei! Giorgia ficou preocupada. — Calma, menina! Eu não vou deixar ele se aproveitar de você! — Não Giorgia, mas eu confio no doutor! Pode ficar despreocupada! Giorgia saiu resmungando: — Se o pai dele souber que anda aprontando, vem bater aqui, para lhe puxar as orelhas! Ai meu Deus, o que eu estava fazendo? O homem entrou embriagado no meu quarto a noite e eu o defendendo! Eu fui atrás de Giorgia falando curiosa: — Como vai ser? Eu posso ficar? — eu supliquei. Giorgia voltou-se carinhosa, com olhar de mãe, pelo menos era assim que eu imaginava que fosse. — Querida, ele está irredutível! Eu vou arriscar o meu pescoço por você. Não pela sua mãe, por você! Eu fiquei emocionada.Mais um dia se passou e eu avancei no terreno do inimigo. Era assim que eu me sentia, numa guerra. Eu me recolhi novamente antes do juiz chegar. Primeiro porque eu usava as roupas da falecida e para que ele não se incomodasse com a minha presença e me mandasse embora. — Ela ainda está aí?— Alex indagou, enquanto se servia durante o jantar. — Sim senhor!— Giorgia respondeu com as mãos para trás e o semblante fechado. — Não me importa se não gosta da minha decisão!— Alex disse seco. Giorgia não estendeu o assunto e se calou. Alex saiu da mesa e foi direto para o bar que ficava num canto da sala de estar. Giorgia o acompanhou com o olhar e o reprovou meneando a cabeça. Depois de algumas doses de whisky, Alex olhou para o alto da escada, onde ficava o seu quarto, e suspirou impaciente . — Preciso vê-la, tocá-la! Ele seguiu pelo corredor na direção do meu quarto e parou indeciso. Eu estava olhando para a porta como se o esperasse. Estava usando outra camisola. Agora
Depois que Alex se foi eu desatei a chorar. Giorgia foi me consolar. — Não chore, Bella! Eu sei que se apaixonou pelo patrão, mas olhe querida, sem saber, você lhe fez um grande bem. Eu segurei o choro surpresa. — Eu? — Sim, você! Agora ele se sente vivo novamente. Ele consegue olhar para alguma mulher! Eu quase dei uma má resposta para Giorgia, mas me controlei. Que vantagem eu levava em despertar o desejo do juiz se não era comigo que ele se deitava? İnocente, Giorgia não parava mais de falar, para o meu desespero: — Você viu, que moça linda ele trouxe para casa? Ela é advogada e trabalha com ele! Isso não é maravilhoso? Meu Deus, que vontade de gritar! Eu quero ele para mim, Giorgia! Droga! Eu nunca diria isso naquele momento! Giorgia estava sentada à beira da minha cama e disse preocupada: — Eu só espero que ele não volte a ser como antes! — Antes da falecida? — É, antes dela. Depois que a conheceu, tudo mudou! Mesmo depois q
Eu subi desesperada para sair logo da presença de Alex e ele ficou falando sozinho: — Nossa! Ela sabe contar história! İsso é surpreendente! Eu abri o livro e comecei a folhear. — O que quer que eu leia para você? Cristal bocejou e respondeu se ajeitando na cama. — Qualquer coisa me serve, estou com sono mesmo! Eu ri lhe fazendo carinho nos cabelos tão loiros e macios!. — Você jantou cedo. Não quer que lhe traga um copo de leite? A pequena Cristal segurou minha mão e disse carinhosa: — Eu só quero dormir segurando a sua mão! Eu fiquei penalizada. Cristal era tão carente! — Está bem! Chega mais pra lá que eu vou me deitar com você, só espero não acabar dormindo aqui! A menina sorriu com os olhinhos pesados de sono e se afastou para me dar lugar na cama. E não é que acabei adormecendo! Já era de madrugada quando desci as escadas e para a minha surpresa, Alex estava no bar. Eu me aproximei e vi que estava muito embriaga
Quando Alex chegou com uma sacola, eu já estava ansiosa. Eu estava torcendo para que ele não tivesse comprado um uniforme que agradasse a Giorgia, porque com certeza eu ficaria ridícula! Ele esticou a mão na minha direção e disse: — Bella, aqui está o seu uniforme! Eu avancei e peguei a sacola rapidamente. Meus olhos brilharam Quando abri a embalagem. Era um vestido branco, curto e jovem. — Nossa! Que lindo! — Você gostou?— tinha um quê de malícia na voz de Alex. Eu lhe sorri e trouxe o tecido para junto do peito dizendo: — Vou vestir amanhã mesmo! — Vista agora!— ele mandou. Eu fiquei surpresa e paralisei. Depois olhei para Cristal que estava saltitante. — É Bella, veste, eu quero ver!— ela disse. Eu saí toda animada e Giorgia ficou amuada. — Eu acho que vai ficar muito curto!— ela disse aborrecida. — É jovem como ela!— Alex disse olhando na direção do corredor onde eu segui. Eu vesti rapidamente, me olhei no espelho e vol
Giorgia gaguejou nervosa: — Senhor, por favor, Cristal, ela precisa de mim! Eu não posso tirar férias agora. Alex saiu de trás do balcão do bar falando em tom grave: — Então pare de se meter na minha vida! Eu sou o seu patrão, não o seu filho! Eu não vou fazer nada que a Bella não queira! Giorgia assentiu com a cabeça e as mãos unidas à frente do corpo. — Pode se retirar e dizer para Bella que quero falar com ela, depois que jantar. Eu vou para o meu quarto! Giorgia ficou parada, acompanhando com o olhar, o patrão subir. Depois correu para a cozinha e foi falar comigo. — Querida preste bem atenção!— ela disse sentando-se ao meu lado. Eu me virei curiosa. — Querida, não deixe que ele se aproveite da sua inocência. Eu me remexi na minha cadeira, porque apesar de ser virgem, eu nunca me considerei uma garota ingênua! Eu sabia como se engravidava e também sabia quando um homem caça o corpo de uma mulher. No caso, estava claro que Alex só
Alex ficou parado segurando a porta, enquanto eu já descia as escadas. — Casar com uma garota tão jovem, eu? Nunca! As minhas palavras ainda pareciam ecoar nos seus ouvidos:” Mas para transar não, não é mesmo? Alex voltou para dentro do quarto, suspirando impaciente. — Droga! Que porcaria! Eu sou um idiota mesmo! Eu voltei para o meu quarto me sentindo uma idiota. Estava satisfeita, mas ainda era virgem! No dia seguinte, não foi diferente das outras vezes. Alex estava sentado à mesa e me cumprimentou com frieza. Eu já devia estar acostumada com aquilo. — Bom dia, senhorita Shimidth! Eu respondi inclinando suavemente a cabeça. Passei para a cozinha e lá, Giorgia me pediu para levar uma bandeja com geleias e manteiga para mesa. — O patrão acordou mais cedo e eu me perdi. Me ajuda, por favor! Eu assenti e fui servir o poderoso chefão. Era assim que ele acordava, sério, altivo! — Venha aqui! Eu o olhei friamente e depois
Até Cristal percebeu que eu estava ansiosa. Eu olhava para a porta a todo instante, enquanto estava à mesa de jantar com ela. — Está esperando o meu pai? Eu a olhei assustada. — Eu?! Cristal riu gostoso e respondeu: — Você é apaixonada pelo meu pai, eu sei! Por que não namora com ele? Prefiro você do que a doutora Lívia! Eu fiquei sem jeito, inquieta, mas não quis esticar aquele assunto com uma criança! Seria indecente, uma vez que eu fazia parte de um plano para coagir o seu pai a se casar contra a vontade. Assim que Alex chegou, eu já lhe lancei um sorriso malicioso, o que o deixou intrigado. Eu subi as escadas com Cristal e ele ficou me olhando. Giorgia era metida! Chegava da cozinha e flagrou a minha ação. — Ela está estranha, não? Alex ficou confuso. — Ah é, e por que você diz isso? Giorgia se balançou antes de responder: — A malvada esteve aqui! — Quem?! — A mãe dela! — A mãe dela? — É, a infel
Eu senti Alex ir e vir tantas vezes com o seu vigor que ao invés de gozar como acontecia nas carícias, eu comecei a sentir incômodo. Alex percebeu minha agonia debaixo dele e deitou do meu lado, ainda ereto e disse: — Vem Bella, senta! Assim você controla. Vai no seu tempo! Eu não quero te machucar, eu sou um tanto selvagem. Eu quase disse;” eu também!”, mas era a minha primeira vez. Eu subi nele, foi difícil ainda, mas eu estava com muito desejo e minha lubrificação só aumentava. Mas eu acho que o que me fez subir em cima daquele touro foi o medo da dona Esther. Ela batia forte, sabia humilhar, fazer pressão psicológica e tinha o meu irmãozinho na história para piorar. Bom, eu cavalguei gostoso, eu deixei Alex louco. Ele segurava o meu quadril com força me forçando a subir e descer diversas vezes seguidas. E foi nesse ritmo que ele gozou despejando dentro de mim o seu líquido quente. Eu caí para o lado, sem saber se tinha gozado ou não. Claro q