Dona Esther saiu da frente dele, fugindo do assunto, ele insistiu em voz alta, fazendo-a parar de andar e virar-se para trás. — Não adianta você encobrir o que quer que seja, porque eu vou descobrir! — Eles estão felizes, não estão? O que mais você quer, vai acabar estragando a vida deles! — Volte aqui, Esther! Rose Marie se aproximou preocupada. — Aconteceu alguma coisa, Klaus? Por que está tão alterado? — Eu não posso deixar que ele faça a mesma coisa com a minha filha! — Do que está falando?— Rose Marie ficou sem entender. Ele a deixou só e saiu andando. — Vovô! — uma voz doce lhe parou. — Antônio!— ele exclamou surpreso. Sophia vinha atrás também, seguida por Cristal. As crianças lhe abraçaram. — Desculpe senhor! Eu… — Cristal, pode deixá-los, não me incomodam. Cristal ficou incomodada com o olhar do homem a quem não tinha qualquer intimidade. — Você se tornou uma moça séria! Quando era pequena vivia correndo feli
Meu pai se remexeu na cadeira, inquieto. — İsso eu não sabia! Quem lhe contou? Cristal se surpreendeu. — Se era amigo dela, devia saber! Meu pai passou as mãos trêmulas pelos cabelos, jogando-os para trás. — Ela nunca me falou nada a esse respeito. Você deve ter ouvido alguma conversa e com certeza, interpretou mal! — Foi a Bella e o meu pai quem me contou! Klaus ficou pensativo olhando para Sophia que cochilava no colo da irmã. — Eles não falaram nada para mim!— ele disse pensativo. Neste instante, Cristal olhou na minha direção, ao longe, e comentou: — A Bella se parece muito com o senhor. Ela tem os mesmos olhos azuis! Eu senti o olhar orgulhoso do meu pai e fui na direção deles. Ele ficou agitado. — Cristal, se importa se falarmos sobre a sua mãe outra hora? Acho que a minha filha não gostaria de participar desta conversa! — Ela sabe, ela mesma me contou, junto com o meu pai! — O quê! Eu cheguei nesse momento.
Meu pai passou no hotel, pegou suas coisas e se mudou para a minha casa. Ele se acomodou num dos quartos, claro que ele percebeu que minhas coisas já estavam num deles. Precisou fazer algumas mudanças, pegou a cama de casal que ficava no quarto de empregada, a qual eu usava antes, e colocou se volta no quarto do Filippo. Eu tinha feito muitas mudanças para me acomodar com os meus filhos ali, mas agora, outras seriam necessárias. Então meu pai ficaria com o quarto que os meninos usavam, a Rosana com que as meninas usavam e eu com o que era da minha mãe. O último e menor quarto, viraria dispensa, por enquanto. Ele se acomodou muito bem ali, apenas ficou o dia pensativo no sofá. Rose Marie era o nome da dona dos seus pensamentos. Ele suspirou muitas vezes. A solidão não era boa companheira para ninguém. Claro que Rose Marie se arrependeu de ter deixado o príncipe Klaus ir embora daquele jeito, ela veio atrás de mim, depois de ter levado um
A essas alturas, Andradas não dormia mais no mesmo quarto que Rose Marie. Ele estava agora num dos quartos do térreo, desde que a moça dormiu com outro. Ele bateu a porta do seu quarto, mas ela demorou a abrir. Ele ficou preocupado. — O que você quer?— ela falou seca. — Posso entrar? Ela apenas lhe deu passagem. — Eu sei onde o Klaus está. — Sabe?— os olhos da moça brilharam. Andradas entrou caminhando tranquilamente. — Primeiro vamos tratar de outro assunto. Ele virou-se, ela estava curiosa. — Eu vou te ajudar a recomeçar. — Me ajudar? Sério? Andradas estava satisfeito com a reação da moça. — Vou montar uma loja de grife para você, acho que vai se sair muito bem! Precisa andar com as suas pernas! Rose Marie ficou empolgada. — E você acha que o meu sotaque vai me atrapalhar? Andradas riu, achando graça. — Pelo contrário, acredito que vá te ajudar muito! Depois que Rose Marie ficou sozinha, as lágrimas secaram. Estava muito feliz por poder ter
Rosana cobriu a boca com a mão e entrou desconfiada. — Ele deve ser o pai da Bella, é a cara dela!— ela disse, tentando controlar o riso, enquanto entrava na casa. O senhor assustado, veio lá de dentro usando um roupão branco amarrado na cintura. — Desculpe-me, senhorita! Eu não devia ter atendido a porta naqueles trajes, por favor me perdoe! Rosana olhou para ele segurando o riso e foi pegar mais alguma coisa lá fora. Klaus foi ajudar, todo gentil. — Deixe que eu levo!— ele disse evitando que Rosana pegasse uma mala grande. Eles conseguiram colocar tudo para dentro e ficaram se olhando curiosos. — E agora?— ele falou engraçado. Rosana se curvou rindo. — O que houve? Me acha engraçado, tipo:” palhaço!” Rosana arregalou os olhos e segurou o riso. — Não, claro que não! Você é atrapalhado, como eu! Klaus jogou os cabelos para trás e riu divertido. — Muito obrigado, você é muito gentil, senhorita! Rosana fico
Rosana voltou a arrumar suas coisas rapidamente. — Vou guardar tudo de qualquer jeito, depois eu vou ajeitando aos poucos!— ela desviou o assunto. Klaus estava ficando mais alterado. — Eu falei para ela que os Andradas são mulherengos! Ela não quis me ouvir! Rosana largou suas coisas ali e passou pela porta, deixando Klaus irritado. — Ele vai se ver comigo!— ele esbravejou atrás. Rosana parou e virou-se aborrecida. — Eu não disse isso, sequer sugeri isso! Pelo amor de Deus! Não vá falar para a sua filha que eu te contei alguma coisa que ela não quer que você saiba! — Então por que ela saiu de casa?— ele insistiu. Rosana ajeitou a bolsa a tiracolo no ombro, e apressou o passo. — Espere!— Klaus segurou o braço dela. — Por favor, não tente tirar nada de mim! — ela suplicou desesperada. Klaus soltou o ar pela boca, nervoso, e liberou a moça. — Eu sei que estive distante, enquanto aconteciam muitas coisas com a minha filha, mas
Depois que eu descansei, fui da mansão, direto para o médico. O Théo me levou. — Vamos fazer o exame agora mesmo, senhora!— O médico falou. Eu assenti nervosa. Depois de colher o material, fiquei esperando o resultado. Théo ficou comigo o tempo todo. — Força minha amiga! O importante é vir com saúde!— ele falou tentando me animar. — Você sabe que eu tenho certeza, não sabe?— eu falei resignada. Théo riu carinhosamente. — Eu sei, você relutou em fazer o exame, mas precisa fazer o pré-natal! Voltamos ao consultório, e como já era de se esperar, deu positivo. Théo ficou muito feliz, parecia o pai. — Quando você vai voltar para a sua casa, Bella?— ele indagou animado. Eu fiz uma careta. — Você é sem graça! Ele me abraçou. — Vamos fazer os exames necessários, o mais rápido que pudermos! Eu vou te acompanhar sempre! Eu assenti e fomos para a minha casa. Théo me deixou na porta e se foi. Meu pai estava limpando a casa
Eu me virei e dei de ombros, aborrecida. — Ela não amava o Alex! Ela alimentou o sentimento do Maximiliano! Essa mulher era uma pervertida! — Não! Ela não era assim!— ele discordou. Eu cruzei os braços. — Eu não sei como não se apaixonou por ela, pai! Eu posso dizer que ela era manipuladora! Ele ficou pensativo, desolado. Eu estranhei. — Por que está assim? Caiu na lábia dela também? Eu ouvi falar que ela se achava feia, talvez por isso quisesse conquistar homens bonitos e atraentes, só para satisfazer o seu ego! Uma safada! Meu pai sentou-se à beira do sofá, me encarando. — Ela estava doente, filha! Eu ri de nervoso. — Acreditou nessa história também? Os médicos disseram para o Alex que a doença estava controlada! Pai, ela se matou, ela deixou a filha sozinha nesse mundo, porque não conseguiu fugir com o Maximiliano. Meu pai ficou boquiaberto. — Ele a convidou para fugir com ele? Eu não sabia! Ela nunca me falou a respeito dele, mas eu sabia que a sua prese