A mulher se afastou assustada, os olhos lacrimejando. — Ela te perdeu porque é uma boba sim, Alex! Se ela te desse o devido valor não te deixaria! Eu nunca te largaria por nada desse mundo! Alex ergueu os olhos envergonhado. — Livia, desculpe, eu não sou especial como você pensa! A Bella me conhece, e acredite, é ela quem é especial, eu não a mereço! A mulher respirou fundo e se aproximou para abraçá-lo novamente. — Me dê uma chance, por favor! Eu posso te dar prazer ao menos? Eu aceito ser qualquer coisa na sua vida! Alex afastou a moça para a olhar nos olhos. — Não vai querer ficar do lado desse Alex que eu sou hoje! — E quem é esse Alex hoje, depois de rejeitado? Ele segurou o rosto da mulher deixando que ela esperasse um beijo seu e respondeu: — Não gostaria de ser usada, pode ter certeza disso! — Me use, Alex, por favor!— ela suplicou fechando os olhos. Nesse momento, interrompendo propositadamente, alguém gritou: — Alex!
Théo ficou curioso para saber o que estava acontecendo no estacionamento, mas não teve coragem de tocar no assunto com o patrão. — Está tudo bem, senhor?— ele indagou sutilmente. Alex respirou fundo e respondeu. — Preciso respirar! — Não vai para casa, senhor? — Me leve na casa da luz! Théo engoliu em seco. — Casa da luz, senhor? — Exatamente! Casa da luz era uma casa noturna com muita luz no painel de entrada e esse era realmente o seu nome. Lá, tinha som ao vivo e mulheres, se passando por garçonetes, mas na verdade, eram garotas de programa. O lugar era bem sofisticado e frequentado pela elite. — Eu vim aqui, era muito jovem!— Alex disse saindo do carro. — Mas agora o senhor é um juiz! — Théo disse segurando a porta. Alex respirou fundo e olhou para a casa do outro lado da rua. — Vá lá, Théo. Arranje um jeito para que eu possa entrar discretamente! Théo ficou confuso. — Não seria melhor o senhor levar uma dessas garotas daqui? — Para a minha
Enquanto isso, Alex entrou no quarto com Lisa. A moça estava visivelmente deslumbrada por ele. — Eu nunca vi um homem tão lindo como o senhor! Parece feito a pincel! Alex se despia indiferente à moça. — Tire suas roupas também, sem muita conversa!— ele disse seco. A moça ficou sem graça e obedeceu. Alex ficou examinando o corpo dela. Era perfeito, mas não parecia natural. — É silicone, mas é meu!— ela disse, para descontrair, exibindo os seios fartos. Alex tirou a última peça de roupa, deixando o seu membro à mostra. Lisa arregalou os olhos e sorriu, elevando as mãos ao rosto. — Nossa, que fartura! — Venha logo! Ande, faça o seu trabalho, moça!— Alex ordenou impaciente. Lisa obedeceu e caiu de boca, saboreando com volúpia. Alex olhava para cima e deixava o prazer lhe sucumbir. Lisa estava extasiada e fazia o seu trabalho com prazer. Deixou que Alex lhe tratasse sem nenhuma delicadeza, mas ainda assim sentia prazer.
Mais um dia de trabalho. Cheguei perguntando pelo meu chefe. — Ele ainda não chegou?— Eu fiquei curiosa. Rosana respondeu sem tirar os olhos da tela do seu computador: — Não, mas não se preocupe, ele costuma sempre chegar mais tarde mesmo! O doutor Eduardo esteve aqui, perguntou de você! — De mim!— Me assustei. Rosana virou-se agitada. — É, menina, de você! Também achei estranho! Me pareceu muito interessado! É que ele gosta de treinar os novatos, mas como o doutor Maximiliano fez questão de te auxiliar, ele deve estar incomodado com isso! Eu me ajeitei na minha cadeira preocupada. — Sei não, Rosana! Estou muito insegura com esse doutor Eduardo! Estou sempre achando que ele vai me dispensar! — Esquece isso! Ele não é disso! Ele é legal, gosta de ajudar! Não demorou muito e o responsável pelo assunto apareceu! — Doutora Bella, como vai? — Bem senhor!— Eu fiquei agitada. Ele entrou na sala do pai e Rosana ficou rindo de mim.
Ao final do expediente, eu e Rosana íamos saindo, quando o interfone tocou. — Doutora Bella pode ficar mais um pouco, por favor? Eu olhei preocupada para Rosana. — Ai meu Deus! Rosana, o que eu fiz de errado? Rosana deu de ombros e tentou me tranquilizar sorridente. — Nada, Boba! Deve ser essa tal causa que está deixando ele ansioso! Quando ele pega um caso assim, sai de baixo! Eu respirei fundo e me inclinei para responder no interfone: — Tudo bem, doutor! Rosana saiu sorrindo, me acenando. Eu deixei minha bolsa novamente pendurada no encosto da minha cadeira e fui na direção da sala do meu chefe. Entrei muito tensa e o avisei sentado à mesa, olhando fixamente para a porta. Ele sorriu ao me ver. — Com licença, doutor! — Sente-se! Eu obedeci e ele ficou falando com um olhar misterioso. — Te atrapalho, Bella? Você estava de saída! — Não, doutor, claro que não! Maximiliano descansou o corpo, relaxa
Chegamos ao salão e começamos a dançar, timidamente. Maximiliano segurava a minha cintura e eu segurava o seu tórax com uma mão, enquanto outra alcançava a sua nunca. Dançavamos de rostos colados. Eu estava sem jeito, mas procurava pensar que aquilo não era um momento mágico, mas apenas um trabalho. Maximiliano se inclinou ainda mais para falar ao meu ouvido: — Aproveite para observar tudo à sua volta! Aqui o cenário é rico! Eu assenti, agradecida. Tudo era novo para mim, eu era mais velha, mas tinha o mesmo instinto de menina sonhadora que um dia teve seus sonhos roubados. — Quando terminar de dançar, você vai descrever tudo o que percebeu em atitudes que reportam a um crime racial. Eu fiquei boquiaberta e me afastei para olhar o meu chefe. Ele sorria, se divertindo. — Sério? Vou ver coisas assim, aqui? — Exatamente, é só ficar atenta! Dançamos um pouco e depois voltamos à nossa mesa. — E então?— ele falou como um professor, fazendo
Maximiliano ficou esperando o amigo descer do carro. — Maximiliano, que surpresa!— Alex disse estendendo a sua não . Maximiliano olhou para a mulher e a cumprimentou cordialmente: — Doutora Lívia! Prazer em vê-la! — Somos amigos de longa data!— Alex disse sem jeito. A mulher sorriu e retrucou maliciosa: — Nem tanto, doutor! Alex fechou o semblante e puxou a colega pela mão. — Vamos entrar! O casal saiu na frente e Maximiliano os seguiu curioso. Depois de se sentar novamente a mesa em que estava o filho, ele comentou: — O ex da Bella está aqui com a doutora Lívia, a promotora! Eduardo olhou em volta curioso. — Onde? Bella precisa ver isso, pai! Maximiliano discordou. — E para quê? Se eles se separaram é natural que isso aconteça! Eduardo voltou com o corpo na direção do pai. — Ao menos ela o esquece mais rápido! Estou pensando nisso, o senhor não? — Isso não é problema nosso! — Claro que é, pois nós estamos interessados nela! Enquanto isso, Al
Alex assustou-se e levantou-se da cadeira olhando na minha direção. — Bella! Meu Deus! Eu não o vi a princípio. Só quando me sentei, fiquei de frente para ele. — Alex!— exclamei desmanchando o sorriso. Eduardo virou-se para olhar na direção dos meus olhos e fingiu surpresa. — Conhece o meritíssimo? — Bem, eu… — Fiquei inquieta. Eduardo insistiu. — Claro, a senhora tem o sobrenome dele, agora entendo, é a esposa do meritíssimo? Eu fechei o semblante. — Ex esposa, doutor Eduardo! Ele até já está aproveitando bem a solteirice! Maximiliano tentou aliviar. — São só colegas de trabalho, Bella! Uma é juíza e a outra promotora! Eu me alterei. — Não tente defendê-lo, doutor! Ele simplesmente voltou a ser o que foi no passado! — Eu nunca ouvi falar desse lado do meritíssimo!— Maximiliano ainda argumentou. — Pois eu já!— Eduardo entrou na conversa. Maximiliano olhou para o filho, o reprovando. — O pai dele, Edu! Ele