Tem coisas que marcam para sempre. Eu nunca fui a mulher que Raul queria ou procurava. Não sei como ele me aguentou tanto tempo? — Porque ele te amava Isabel! — Não, ele amava a vida de casado e amava Emily. Raul é diferente de todos os homens que eu conheci. — Como assim diferente? Perguntou: Sabrina. — Ele só estava casado comigo por gratidão. Ele tinha dois objetivos na vida! Um era ficar rico, outro vingar da família dele que fez ele se separar da mulher que ele amava. E essa mulher é você, Sabrina. — E você tem certeza que não ama o seu marido? — Isabel ficou calada analisando bem a resposta que ela precisava dar sem medo de se arrepender. — Então, você ama, ou não ama? Perguntou: Sabrina mais uma vez para sua irmã Isabel. — Amo sim, mas não de paixão. Vou confessar um segredo que fique só entre nós duas. Raul não pode ficar sabendo! — Oh meu Deus! Não me diga que você teve um ama
As duas deixaram de conversar quando apareceu Emily no quarto das duas querendo saber o que conversavam. — O que voxes tanto conversam? — É assunto de adulto, minha princesa. — Disse Isabel. — Tá bom, mamãe. — Eu vim aqui pedir para sua mãe que vou tirar um dia de folga! — Eu poxo ir junto com a Xabina mamãe? — Não sei, pergunta para a sua mãe se ela deixar? — Isabel ficou constrangida sabendo que agora ela não era mais a mãe de Emily. E não sabia como agir diante dessa nova realidade. — Sabrina, vem cá, preciso falar algo! — Pedindo para Emily esperar do lado de fora do quarto. — Aconteceu alguma coisa, Isabel? — Por enquanto não, mas temos que resolver sobre esse assunto a respeito da maternidade da Emily? Sabemos que você é a verdadeira mãe dela, está na hora de você assumir sua parte? — É verdade, eu não tinha pensado nisso. Por mais feliz que eu esteja com a descoberta de minha filha
Sabrina respirou bem buscando lá no fundo da sua alma tudo o que tinha que falar, e cada novidade que ela contava deixava Ana escandalizada não acreditando no que estava acontecendo, e como as coisas aconteceram, e a que ponto as coisas chegaram. Ana chegou à conclusão que o amor dos dois estava destinado. — Nossa minha amiga, eu nunca vi uma história igual a essa, e nem livros e nem em filmes que está custando acreditar! — Pois é! Se bem que eu sentia que a Emily era minha filha. E a Ivone muitas vezes me falou que eu e a Emily éramos muito parecidas como se fosse mãe e filha. — Eu também achava, mas não queria alimentar esperança. — Eu sei minha amiga, não é só com você, muitas pessoas achavam que nós éramos muito parecidas. E pior a Isabel após ter sofrido o acidente pediu-me para que eu me casasse com Raul marido dela. — Deixando Ana mais espantada. — Como assim? — Não sei se ela está fazendo isso para tes
Quando Raul chegou em casa sentiu falta de Sabrina e alguma coisa estava mudando dentro dele sem entender porque isso estava acontecendo. Não tinha coragem de perguntar para Isabel onde Sabrina estava. Foi ver ela que estava conversando com a Emily que estava choramingando porque Sabrina não levou ela. — Mãe a Xabina não me ama mais. — Porque está dizendo isso? — Ela não quis me levar com ela! — Ela foi entregar o apartamento. E vai morar aqui para sempre. — Eba! Falou gritando pulando na cama. —E Raul ficava observando, e Isabel não percebeu que ele estava na porta assistindo a cena das duas juntas, essas cenas foram raras que ele pode presenciar, mas não podia condenar sua esposa por falta de tempo. — Que cena mais linda? — Falou ele rindo para as duas, e Emily pulou da cama e foi ao encontro dele abraçando. — Papai você está aqui, que saudades! — Eu também estou com saudades de você minha lin
O dia amanheceu e Sabrina recebeu a empresa que tomaria conta de limpar o apartamento e pintar. Ela fez questão de entregar bem limpo e pintado como ela recebeu. Deixou eles trabalharem e quando tudo estivesse pronto ela voltaria para fazer o pagamento. Antes de ir embora ela olhou em todos os repartimentos do pequeno apartamento e aconchegante. Uma lágrima desceu do seu olho lembrando tudo o que aconteceu. As noites mal dormida sozinha sem ninguém para dar aquele abraço que ela precisava. E quando abraçava seu travesseiro chorando lembrando tudo quando foi expulsa de casa com a sua filha nos braços e teve que entregar para pessoas que ela não conhecia. E quando encontrou aquela menina pedindo socorro sendo maltratada por uma maluca. Jamais poderia imaginar que era sua filha. O desespero que ela sentiu vendo aquela mulher estranha querendo bater na menina triste e desprotegida, nunca ela esqueceu desse dia. Quando tudo parecia perdido as coisas foram acontecendo de fo
Uma hora Isabel ia saber da verdade, ela era sua irmã e não era justo esconder nada dela. — Está bem, eu vou me abrir com você. Na verdade eu não imaginava que o seu Raul fosse o meu do passado. E agora não sei bem se quero alguma coisa com ele. — Quer sim, eu vejo nos seus olhos o quanto você quer esse homem, mas é impedida pelos seus princípios. Eu admiro pessoas assim. Eu não sei se eu no seu lugar seria capaz de resistir. — Eu não entendo você abrindo mão dele? — É diferente, minha linda irmã. — Como assim diferente? — Já expliquei que um dia eu amei outro homem, e nunca consegui esquecer, tentei amar o Raul como ele merecia, mas estava além das minhas forças. Assim como você que nunca conseguiu se envolver com outro homem porque esperou por ele. A única diferença é que você é correspondida. E só vocês não ficaram juntos porque era um amor proibido pelos seus pais e pelos pais dele. Já no meu caso eu nunca co
A viagem foi longa e cansativa para ambos. Raul estava muito preocupado com a maneira que Isabel estava lidando com a situação, e ela insistindo que não precisaria ficar com ela. — Amor eu quero acompanhar o tratamento, e quero ver você andando. — Não precisa, só deixar alguém de confiança aqui comigo, eu vou ligar todos os dias informando como vou estar. E não fique aqui que você tem que dar atenção para sua filha. Agora ela é sua filha de verdade de sangue. — Eu sei disso, não imagina alegria quando eu descobri. — E tem mais uma coisa Raul, você precisa resolver essa questão com a Sabrina! — Como assim? Aonde você quer chegar com essa conversa? — Raul, eu tive uma conversa séria com a Sabrina e vou ter com você. Preste bem atenção no que eu vou te falar. Não subestime a minha inteligência. Vamos ser sinceros um com outro, e vamos parar de nos enganar. Eu sei que você é especial para mim, e sempre será, gua
Isabel ficou em silêncio por alguns segundos buscando lá do fundo da sua alma a resposta certa que pretendia dar, e ter certeza do que ela estava certa no que sentia, quais argumentos para convencer Raul que ela não amava mais ele. — Ele veio atrás de mim várias vezes, mas eu não quis nem ouvir a voz dele. — Você nunca quis saber porque ele fez isso? — Eu nunca quis saber. E para mim ele faz parte do passado, e por causa dele eu fiquei esses três anos brigando com você sem ter nada haver com as minhas frustrações. E só agora que eu pude entender o tempo que eu perdi por causa dele, mas agora não adianta chorar pelo leite derramado. — Mas eu acho que deveria ter ouvido ele, afinal de contas ele não fez a besteira sozinho, tem sua ex amiga. — Não Raul. Pra mim ele está morto enterrado, por mais que eu tenha amado ele, jamais conseguiria perdoá-lo, e aceitar ele de volta. Não, muito obrigado, mas eu não quero passar o mesmo inferno que e