— Vai, conte o que o padrinho falou — Ava estava curiosa.
— Não consegui falar com o papa… ele estava numa reunião, disse que depois conversava comigo.
— Fiquei sabendo que ele já está sabendo o que ela fez. Espero que ele mande dar um jeito nessa vagabunda de uma figa. Ai dela se ousasse chegar perto do meu Giuseppe, eu quebrava a cara dela.
Aurora olhou para a amiga arqueando a sobrancelha.
— Relaxe amiga, isso não vai ficar assim. Vou mostrar para Silvia o que eu faço com qualquer uma que toque no que me pertence!
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Os rumores se espalharam como fogo. Toda a máfia já sabia o que havia acontecido, os sussurros pelos corredores falavam sobre o herdeiro e a traição imperdoável. Não demorou para que a notícia chegasse aos ouvidos de Don Vittorio.Ele não hesitou em sua primeira decisão - Silvia deveria morrer.Os pais de Silvia se ajoelharam diante do Don, lágrimas escorrendo por seus rostos, implorando pela vida da filha, mas não adiantou. A decisão já havia sido tomada.O poder estava com Aurora.O que Silvia fez era algo imperdoável. Uma afronta grave o suficiente para justificar sua execução.Vit
Silvia ergueu os olhos, esperançosa, mas a expressão de Aurora era fria e implacável.— Não sei o que passou nessa sua cabecinha ridícula, para acreditar que Matteo poderia se interessar por uma mulher como você — Aurora riu, um som sem humor. — Olhe para você… vulgar, fraca… patética.Silvia baixou os olhos novamente e Aurora continuou com a voz cortante:— Uma verdadeira rainha deve ser perspicaz, sagaz e inteligente. Entre quatro paredes, ela pode até ser uma boa vadia para seu marido… — Aurora fez uma breve pausa e ergueu um dedo, como se revelasse um segredo. — Mas diante do mundo, uma dama inabalável, coisas que você jamais será.O silêncio na sala era tão denso que até a respiração parecia uma afronta. Aurora deu um passo para trás, retirando uma kunai do bolso. O brilho metálico da lâmina parecia absorver a luz.— Essa Kunai, foi um presente do meu Papa, quando ele foi para o Japão. Sabe como os servos da Yakuza, demonstram sua lealdade ao seu senhor, Silvia? — ela empalideceu
Todos se separaram e Matteo caminhou com Aurora até a parte reservada da escola, estava morrendo de saudade de sua pequena. Encostou numa mesa e puxou Aurora para seus braços sussurrando:— Não sabe o tanto de saudades que senti.Aurora de olhos fechados sorriu e se virou ficando no meio de suas pernas e com um olhar sapeca se aproximou.— Eu também senti sua falta.Matteo segurou o rosto pequeno e beijou seus lábios. Um beijo lento que logo foi intensificando. Aurora levou as mãos até o coque de Matteo o soltando. Os cabelos loiros logo caíram sobre seus ombros e Aurora puxou a gola da sua jaqueta para si, mordendo os lábios do namorado.
Alonso descobriu que um dos seus aliados estava abusando sexualmente de sua única irmã que tinha apenas quatorze anos. Apesar de serem mafiosos, existiam coisas dentro da Cosa Nostra que Don Vittorio abominava e essa era a principal delas. Ele delegou que Matteo e seus homens cortassem o mal pela raiz e deixassem um recado para os demais. Luca estaria presente para ver os futuros herdeiros agindo, seria um pequeno teste.O galpão de tortura da Cosa Nostra era sombrio e úmido, as paredes de concreto eram manchadas pelo tempo e pelo sangue dos traidores. O ambiente cheirava a ferro, suor e medo.No centro da sala, um homem estava amarrado a uma cadeira de metal, seus pulsos presos com correntes que cortavam a cada movimento. Seu rosto estava sujo de sangue seco, suor e ele tremia, não pelo frio, mas pel
A lua brilhava no céu e a brisa suave da noite acariciava a varanda da mansão. O som distante das folhas farfalhando era o único ruído, mas para Aurora e Matteo, o mundo ao redor não existia.Matteo segurava Aurora pela cintura, suas mãos firmes, ao mesmo tempo carinhosas. Seus lábios se encontravam com urgência, em um beijo que misturava desejo e ternura. Aurora se agarrava aos ombros dele, sentindo o coração bater como um tambor descompassado.— Matteo… — ela sussurrou contra os lábios dele, com um sorriso bobo nos lábios.— Shh… — murmurou ele, voltando a beijá-la, enquanto a puxava ainda mais para perto, como se não houvesse amanhã.A varanda era cercada por flores e naquele momento, parecia um palco iluminado apenas para eles. As mãos grandes de Matteo acariciavam o corpo pequeno e esbelto de Aurora o levando a loucura, Aurora por sua vez, apertava a bunda de Matteo de maneira descarada. Ela queria mais, muito mais, desejava por isso no entanto, a doce privacidade do momento cheg
Matteo estava encostado no batente da porta, os braços cruzados, enquanto observava Aurora na cozinha. Ela se movia de um lado para o outro, terminando de lavar a louça do jantar. Seus pais já tinham se recolhido e eles tinham combinado ver um filme juntos, coisa que sempre fizeram, desde pequenos. Cada gesto parecia carregado de uma sensualidade involuntária que o deixava em um estado de inquietação constante.Os cabelos dela estavam presos em um coque desleixado, com alguns fios soltos que moldavam o rosto de forma quase angelical. O que realmente o atraía, como um ímã inescapável, eram as sutis mudanças em seu corpo. A forma como a vestido fino delineava suas curvas de maneira provocante, suas coxas grossas expostas, cada detalhe parecia acentuar a feminilidade dela de uma maneira que Matteo não conseguia ignorar.Ele tentou desviar o olhar, mas era como se seus olhos tivessem vontade própria. O calor subia por sua espinha e ele sentiu o sangue correr rápido em suas veias. O desej
Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim, encostando-me nela por um instante. Meu coração ainda estava disparado, cada batida ecoando em meus ouvidos. Meu rosto queimava, minha respiração vinha curta e entrecortada. “Por Deus, o que acabara de acontecer na cozinha era algo que jamais imaginei… mas, ao mesmo tempo, não conseguia parar de querer mais.”O rosto de Matteo vinha à minha mente com clareza: seus olhos escuros me devorando, o jeito como ele se movia, como ele gemia baixinho contra minha pele, perdendo o controle. Mordi os lábios, tentando aplacar o desejo que ainda vibrava em cada célula do meu corpo. Meu reflexo no espelho do quarto não ajudava: meu rosto corado e os cabelos bagunçados denunciavam tudo o que tínhamos acabado de fazer.— Deus… — sussurrei para mim mesma, levando as mãos ao rosto. — Ainda faltam dois anos… será que vamos conseguir?Dois anos. Parecia uma eternidade. Como eu poderia resistir a ele quando o desejo nos consumia de forma tão intensa? O t
O sol já estava alto quando Aurora entrou nos corredores da escola, como sempre, chamando atenção por onde passava. Seus longos cabelos balançavam atrás de si, seu rosto angelical e seu corpo esbelto eram uma mistura de anjo num corpo do pecado e seu olhar altivo deixava claro quem ela era. Naquele dia, algo estava diferente. Uma nova aluna havia chegado e rumores sobre sua identidade já se espalharam pelos corredores.Aurora sentiu a inquietação em sua pele ao ouvir as vozes, baixas e animadas, que murmuravam sobre a garota. Era filha de um dos líderes da Tríade Chinesa, um nome que ressoava com poder e perigo. Ao virar o corredor, seus olhos logo encontraram a figura da jovem: pele clara, cabelo negro como a noite e olhos intensos e enigmáticos que pareciam enxergar através das pessoas.Ela parecia… perigosa, intrigante.O que mais incomodou Aurora foi a forma descarada como a garota olhava para Matteo.***No dojo, Matteo estava treinando com Vincenzo. Seu corpo se movia com agilida