Scarlett viu os movimentos de Henry e percebeu que ele era extremamente habilidoso. Amadeu foi derrubado no chão com um único golpe e ficou tão atordoado de dor que não conseguia dizer uma palavra. O treinador da academia, vendo que um de seus alunos ricos estava apanhando, pegou uma porta de armário de ferro e tentou acertar Henry. Henry levantou o braço para bloquear o impacto, mas o treinador se jogou contra ele. A situação ficou caótica. Outros funcionários, amigos do treinador, correram para ajudar e se juntaram à briga. Scarlett viu que Henry estava em desvantagem numérica e correu para ajudar. Mas, mesmo com algum treinamento em boxe, ela ainda era fisicamente mais fraca ao enfrentar vários homens. — Parem, o que vocês estão fazendo? — O dono da academia gritou ao entrar correndo no local. O treinador de boxe, que já conhecia Henry, gelou ao vê-lo no meio da confusão. Ele avançou rapidamente e, com alguns golpes precisos, derrubou todos os envolvidos. A confusão
— Eu também não esperava que aquele homem fosse tão nojento. Ele ficou me assediando o tempo todo, e eu simplesmente não aguentei. Tive que dar uma lição nele. — Disse Scarlett. Mas ela não imaginava que a situação acabaria se transformando em uma briga generalizada. Agora, provavelmente, as coisas ficariam um pouco complicadas. Scarlett olhou para o ferimento de Henry e comentou: — Nos próximos dias, não deixe molhar. Depois você precisa tomar uma vacina antitetânica, afinal, foi um corte feito por uma porta de ferro. Henry apenas assentiu. Ele realmente não sentia dor no momento, mas sua mente estava um pouco confusa. O treinador de boxe voltou para a sala e disse: — Senhor, eles chamaram a polícia. — Eles tiveram coragem de chamar a polícia? De onde tiraram tanta ousadia? — Scarlett falou, indignada. Ela saiu pisando firme, claramente irritada. Aquela academia ficava do lado de fora da universidade, e Scarlett sabia que várias garotas já deviam ter sido assediadas po
O olhar de Henry estava sombrio e frio, exalando uma postura intimidante. O treinador, ao ver a expressão de Henry, bufou de raiva e disse: — Por que eu deveria pedir desculpas? Você deveria me agradecer por te alertar. Não se deixe enganar por essas mulheres, todas elas são interesseiras e mentirosas. Henry estreitou os olhos levemente, e sua mão, que já estava prestes a se mover, foi segurada por outra. Scarlett deu um passo à frente, colocando-se entre Henry e o treinador. Ela encarou o homem e disse: — Parece que você já foi bastante enganado no passado, né? Deve ter sido um trauma. Se odeia tanto as mulheres, por que não volta para o útero da sua mãe e poupa a gente da sua existência? Scarlett sabia que ele desprezava mulheres, mas ironicamente ele mesmo havia sido trazido ao mundo por uma. O rosto do treinador escureceu na hora: — Repete isso, se tiver coragem! — Não fui eu que disse. Foi você quem afirmou que todas as mulheres são mentirosas. Então sua mãe tamb
Não demorou muito para o diretor do hospital aparecer com uma maleta de primeiros socorros. Quando ele viu Henry ao lado de uma garota, seus olhos demonstraram surpresa: — Dessa vez foi sua namorada que se machucou? Scarlett apertou os lábios e respondeu rapidamente: — Eu não sou namorada dele. Henry lançou um olhar para ela e, sem dizer nada, segurou sua mão: — Ela está machucada. O diretor olhou para o corte no dorso da mão de Scarlett e comentou: — Esse machucado? Se tivesse esperado mais, já estaria cicatrizado. Scarlett ficou tão envergonhada que seu rosto ficou vermelho: — O ferimento no braço dele é que é mais sério. Foi causado por uma porta de metal. Ele precisa tomar uma vacina antitetânica. Ela se virou e apontou o ferimento no braço de Henry para o médico. Ao ver o corte, o diretor imediatamente ficou mais sério. Ele examinou o ferimento com cuidado antes de aplicar a vacina. Depois de terminar, o diretor olhou para Henry e comentou com um tom meio p
Henry deu um leve peteleco na testa de Scarlett e perguntou: — No que você está pensando? — Nada. — Scarlett respondeu, evitando o assunto. Mas, em sua mente, ela já havia decidido que resolveria tudo com Alexander, até o último detalhe. Logo o carro parou na entrada da universidade. Scarlett olhou para Henry e disse: — Vou voltar para o campus. Não se esqueça de evitar molhar o braço nos próximos dias, nada de banho no ferimento. Henry franziu levemente a testa, mas não disse nada. Scarlett abaixou a cabeça, abriu sua bolsa e tirou quatro pequenos curativos. Com cuidado, ela os colou ao redor do ferimento dele. — Assim está resolvido. — Isso é à prova de água? — Henry perguntou, com um olhar cético. — Não é. Mas vai me ajudar a saber se você molhou o braço no banho. — Scarlett respondeu, com um sorriso travesso. — Até mais. Ela saiu do carro e entrou na universidade. Henry seguiu com o olhar o seu pequeno vulto atravessando o portão, então abaixou os olhos para o b
Henry fechou os olhos lentamente e respondeu com a voz tranquila: — Só cuide bem dela. Ele sabia que os seus próprios problemas, ele mesmo podia resolver. …Scarlett voltou para o dormitório e não conseguia parar de pensar no que havia acontecido na academia naquele dia. Ela jamais imaginou que Henry, sempre tão frio e impecavelmente controlado, pudesse ter um lado impulsivo. Quando Henry agiu, aquele comportamento estava a anos-luz da imagem habitual de elegância e distanciamento. Será que ele escondia alguma coisa? Alguma identidade secreta?No dia seguinte, Lara enviou para Scarlett um link de uma postagem na internet: — Ouvi dizer que pegaram um homem estranho na academia em frente à faculdade. Você precisa tomar cuidado quando for lá. Dizem que várias garotas já tiveram problemas com ele. Scarlett clicou no link e reconheceu imediatamente a situação descrita. Era claramente sobre o que havia acontecido no dia anterior. Pelo visto, ela estava certa. Aquele cara realment
“Além do meu irmão, quem mais seria capaz de fazer uma coisa tão absurda assim!” pensou Daniel, incrédulo. Mas ele logo balançou a cabeça. Não, seu irmão não faria isso. Afinal, ele era o irmãozinho querido, inteligente, amável e sempre responsável. Daniel olhou para a tela do computador com uma expressão pensativa. Ele sentia que a pergunta de Scarlett tinha algo por trás, algo mais profundo. Só que ele não conseguia entender o motivo. Além disso, se respondesse de forma errada, poderia passar uma má impressão para sua futura cunhada, e isso era inaceitável. Ele tinha que ser o irmão perfeito: dedicado, esperto e sempre disposto a ajudar. Enquanto ele tentava formular uma resposta, um dos membros do time entrou na sala e perguntou: — Capitão, você tá namorando online? Tá sorrindo sozinho aí, com quem você tá falando? — Sai pra lá, nem vem com essas ideias! — respondeu Daniel, irritado. — Eu tô conversando com a Fênix, mas ela acabou de me fazer uma pergunta muito esquisita.
Nos momentos mais difíceis da sua vida, quando ela desmaiou na rua por fome, foi aquela pessoa que mandou dinheiro para ela. Ele deu a ela um cartão de banco e disse para deixar tudo para trás e recomeçar. Mas, naquela época, Scarlett odiava Amelia. Ela acreditava que Amelia havia roubado tudo o que era dela. Por isso, Scarlett usou aquele dinheiro para planejar sequestrar e até matar Amelia. O plano falhou. Ela acabou sendo internada à força em um hospital psiquiátrico por Aiden. Lá, foi torturada pelos cuidadores que Amelia havia contratado. Até encontrar a morte, Scarlett sofreu nas mãos deles. Ela foi tola. Devia ter seguido o conselho daquela pessoa e ido embora quando teve chance. — Você vai se machucar desse jeito. — Uma voz masculina soou atrás dela. Scarlett virou o corpo e desferiu um soco, mas Henry aparou o golpe com facilidade. Ela estava ofegante, suada e exausta. Parou o movimento e perguntou: — O que você está fazendo aqui? Henry pegou uma garrafa de águ