Havia muitas famílias em que os responsáveis pareciam gostar apenas de ver suas filhas aprendendo piano e dança, habilidades que faziam as crianças parecerem mais elegantes e bonitas.É possível que o pai também seja assim?Será que ele acha que as artes marciais são muito rudes?O coração de Sarah, que pulava de alegria, de repente se encheu de tristeza.— De jeito nenhum. — Igor negou rapidamente: — Eu estou muito feliz.Sarah olhou para Igor, confusa.Igor tomou a iniciativa de responder: — Aprendendo artes marciais, mesmo que eu não esteja ao seu lado, você poderá se proteger.— Eu não poderia pedir mais.Sarah estava tão animada que segurou o rosto dele e lhe deu vários beijos seguidos: — Pai, você é incrível!— Então agora a questão é, — Igor perguntou ativamente: — Você prefere ter um professor particular em casa ou se inscrever em um curso?Sarah não tinha certeza do que deveria escolher, então olhou para mim.Eu também estava um pouco indeciso: — Se ela se inscrever em um curs
Já que é a mãe do Igor, então ela vir até aqui procurar o Igor, é um assunto entre mãe e filho.Realmente não é da minha conta.— Eu não gosto dela. — Sarah esperou até a avó entrar, antes de acrescentar: — Ela não quer que o papai cuide de mim.— Quer me deixar com o vovô e a vovó, são os pais da minha mãe.— O vovô e a vovó me amam, pena que eles não estão bem de saúde.Ela é pequena, mas entende muita coisa.Sempre não teve chance de falar.Por isso, tudo isso ficou preso no coração, deixando-a muito infeliz.Agora que a avó veio, ela teve a desculpa para desabafar, e despejou tudo de uma vez.Ao ouvir sua declaração ligeiramente queixosa, fiquei com o coração partido.Uma criança de apenas cinco anos, já passando por tanto...Realmente, não é fácil.Eu a abracei firme: — Não se preocupe, Sarah, de agora em diante, estou aqui.— Está bem. ...Júlia subiu os degraus rapidamente, abriu a porta do escritório: — Igor!Igor ouviu a voz familiar, largou o trabalho que estava fazendo e le
A babá obviamente também tinha contato com Júlia, sabendo que Júlia era especialista em encontrar problemas, e não se deu ao trabalho de explicar.Em vez disso, tomou a iniciativa de desligar a televisão e, levantando-se, disse a ela: — Ela já adormeceu.Júlia virou-se e caminhou em direção ao quarto de Sarah. ...Sarah era muito obediente, indo dormir pontualmente às nove horas todos os dias.Hoje não foi exceção, após ser coberta, ela me olhou com expectativa: — Mamãe, eu não quero mais ouvir histórias da princesinha.Fiquei um pouco surpresa: — Por quê?Antes, ela adorava as princesinhas, sempre tão bem vestidas e delicadas.— As princesinhas dos contos sempre precisam ser salvas. — Sarah também só percebeu isso hoje... esperar por ajuda significava ter que aguentar muitos dissabores. E também esperar que alguém percebesse seu mau humor.Mas aprender artes marciais era diferente...Podia viver a vida alegremente e sem restrições. Podia proteger a si mesma!Ela disse: — Isso é muito
Sua voz era grave, o que, na tranquilidade da noite, adicionava um tom de solidez e sedução.Eu assenti: — Certo....Voltando ao quarto, Sarah me viu chegar e murmurou, baixinho: — Ela sempre faz isso. Só quer falar comigo quando estou tentando dormir. Eu nem quero falar, e ela ainda me xinga, dizendo que sou uma muda...Sarah ficava cada vez mais magoada: — E ainda diz que sou um fardo, que se não fosse por mim, papai já teria se casado.As lágrimas dela caíam grossas.Eu gentilmente enxugava suas lágrimas: — Papai não quer se casar, é só porque ele não quer.Sarah me olhou, atônita: — Sério?— Claro. — Eu sorri, tentando confortá-la: — Quando ele encontrar alguém de quem goste, com certeza vai querer se casar mais do que qualquer um. Então, a culpa não é de Sarah, entendeu?Sarah assentiu.Eu peguei uma história e continuei a lê-la para ela.Talvez fosse a doçura da história ou, quem sabe, o peso que ela carregava no coração finalmente havia sido aliviado.Hoje, até dormindo, ela so
Eu não evitei, mas encarei-o abertamente.Igor sorriu: — Obrigado.— De nada — , eu respondi. — É o que eu deveria fazer....Depois de comprar os brinquedos, Afonso sentou-se na sala de estar, ainda sem abrir o pacote.Rafael escondeu-se atrás de Vitória, olhando fixamente para o brinquedo nos braços de Afonso.Afonso percebeu que Rafael também queria o brinquedo, mas não tinha intenção de dar.Rafael sussurrou para Vitória: — Mãe, eu também quero brincar.Vitória, sempre paciente, consolou-o: — Este é para o seu irmãozinho...Rafael ficou em silêncio.Vitória sentiu que ele estava infeliz e rapidamente prometeu: — Que tal se eu comprar um para você amanhã, quando as lojas abrirem?Rafael acenou com relutância: — Tá bom.Vendo que Vitória havia feito sua promessa, Wesley sentiu que também deveria ser gentil com Rafael. Então, ele se abaixou, olhou para Afonso e perguntou: — Que tal brincarmos todos juntos?Todos os três olhavam para Afonso.Afonso sentiu que estavam esperando que ele
Na sala de estar. As luzes ainda estavam acesas.Vitória observava Rafael brincar alegremente, sentindo-se também muito bem, quando seu olhar casualmente desviou para o quarto de Afonso.Ela perguntou, fingindo preocupação: — Notei que o humor do Afonso parece um pouco abatido, Wesley, você não quer ir lá ver como ele está?Wesley respondeu sem hesitar: — Não é necessário.Vitória arqueou uma sobrancelha, depois apoiou o rosto na mão, observando Wesley.Antes, ela era direta em suas antipatias por Afonso, mostrando-lhe frieza.Agora, parece que... Ela realmente estava errada.O sorriso no rosto de Vitória se intensificou.Como hoje, quando disseram que comprariam algo para Afonso, mas ao chegarem em casa, Rafael quis brincar.Então, Afonso tinha que ceder o brinquedo a Rafael, caso contrário, Wesley interviria para manter a harmonia da casa, repreendendo Afonso.— Papai. — Rafael estava sonolento, mas ainda olhava fixamente para o brinquedo: — Eu quero dormir, mas também quero brincar.
— Me leva rápido para a escola!Eu me esforçava para conter o riso.Olhando para trás, Igor parecia estar de bom humor também, até seu rosto normalmente frio tinha um sorriso....Chegamos à porta do jardim de infância.Justo quando encontramos Wesley levando Afonso.Sarah, erguendo a cabeça como um pequeno cisne orgulhoso, passou por Afonso com um ar imponente.Eu observava seus punhos apertados com grande satisfação.Afonso parou ao meu lado por um momento.Eu não olhei para ele. Ele, que raramente deixava de falar comigo, entrou diretamente na escola sem dizer uma palavra.A figura de Sarah desapareceu dentro do prédio escolar.Eu também me virei, planejando procurar Igor.Wesley me bloqueou: — Eu e Vitória estamos muito bem agora.Fui obrigada a parar, levantando a cabeça para olhá-lo: — E daí?Wesley, de uma posição elevada, me olhou de soslaio: — Mesmo que você se arrependa de ter se divorciado de mim, querendo voltar...Eu o interrompi: — Eu estou muito feliz agora. Então você p
A voz ainda não havia se aquietado. Vitória abraçou Wesley com força.Em seus belos olhos, cheios de desdém, ainda assim ela mantinha a paciência: — Provavelmente, porque vocês foram casados por seis anos. Mesmo após o divórcio, no seu subconsciente, vocês ainda são uma família.— Mas Eunice começou a te tratar como um estranho. Você sentiu como se ela tivesse te traído.Vitória gentilmente o acalmou: — É por isso que você se sente desconfortável.Ao ouvir a análise de Vitória, Wesley perguntou, confuso: — É assim mesmo?Vitória compartilhou sua conclusão com ele: — Claro.O ânimo de Wesley, finalmente, melhorou.Após acalmar Wesley, Vitória levantou a mão e suavemente tocou sua barriga.Parecia... Embora Wesley sempre dissesse que não amava Eunice.Na verdade, ao longo dos seis anos de convivência diária, ele havia, aos poucos, se apaixonado...Ele apenas não havia percebido.Mas Wesley não era tolo...Mesmo que ela sempre enfatizasse na frente de Wesley, que o que Wesley sentia por V