Sarah soluçava ao dizer: — Eu só acho que, a mamãe com certeza queria voltar para o lado do Afonso, continuar sendo a mãe dele...

Eu perguntei, surpresa: — Como você pode pensar assim?

Sarah parou de chorar: — Porque foi você quem o trouxe ao mundo.

Ouvindo isso, eu de repente percebi que Sarah ainda sentia insegurança.

Embora ela brincasse bem comigo na maior parte do tempo, sempre que havia algum sinal de Afonso, ela ficava muito nervosa. Temendo que eu a abandonasse.

Eu ponderava sobre como expressar meus sentimentos para tranquilizá-la.

Sarah continuou: — Eu também sei que viver sem a mamãe não é fácil. Mas eu me sinto egoísta... Por ter tirado a mamãe de alguém.

A voz de Sarah tremia: — Mas eu amo tanto a mamãe, que não quero devolvê-la a ele de jeito nenhum.

— Na verdade, eu acho que as pessoas devem ser um pouco egoístas. — Disse, segurando a mãozinha de Sarah.

Gentilmente falei: — Não precisa sacrificar seus próprios sentimentos só porque acha que os outros não estão bem.

Sarah