— Já está gravado pela câmera de segurança! — Disse Kelly, jogando o tablet diretamente na frente de Sophia.O tapete era grosso, e o tablet fez um som abafado ao cair, com a tela virada para cima, exibindo as imagens da câmera de segurança, exatamente no momento em que Sophia estava sentada no sofá.— Ainda tem o que dizer? — Kelly estava furiosa.Samuel, ansioso, não pôde deixar de defender Sophia.— Isso não prova que foi ela que envenenou a bebida. A câmera só captou Sophia sentada no sofá, mas não mostra ela colocando veneno. E, além disso, com tantas taças, como ela poderia saber qual bebida a tia pegou?Sophia olhou para Samuel com gratidão.— Samuel, de que lado você está? — Kelly perguntou, sua voz carregada de emoção.— Eu estou do seu lado, tia. Não podemos deixar o verdadeiro culpado escapar. — Samuel fez uma expressão séria e falou com firmeza.— Quem sabe o ato de envenenar não foi captado pela câmera, ou talvez tenha sido feito de uma forma que a gente não sabe? — Valent
— Ouvi dizer que algo aconteceu na sua casa. Eu só falei o que vi, espero que isso ajude na investigação de vocês. Walter, com seus 1,90m de altura, facilmente olhou por cima do ombro de Davi e viu Sophia atrás dele. Sorriu levemente e acenou com a cabeça em sua direção. Embora Sophia não conhecesse Walter, ela não hesitou em expressar sua gratidão a ele, por se oferecer para testemunhar a seu favor e por demonstrar um comportamento amigável. Ela sorriu de volta para Walter e acenou com a cabeça em agradecimento. — Tudo o que eu vi, já falei. Agora, vou me retirar para não atrapalhar o trabalho de vocês. — Walter disse, pronto para sair da festa. — Assistente Bryan... — Davi, eu acompanho o Sr. Walter. — O tio Guilherme se adiantou antes de Bryan, com um tom respeitoso, mas também com um toque de bajulação. — Sr. Walter, posso acompanhá-lo? A voz de Guilherme era cortês, mas um tanto servil. — Muito obrigado. Antes de sair, Walter acenou levemente com a cabeça para Sop
Ela ainda não tinha tido relações com Davi e detestava que alguém mencionasse isso, ainda mais quando era Sophia. Na primeira vez de Sophia com Davi, ele foi inexperiente, desajeitado e, tecnicamente, também não era bom. Foi só com o tempo que ele adquiriu alguma experiência. Sophia se afastou das lembranças. — Srta. Valentina gosta tanto de homens de segunda mão? Pois fique com ele. — Assim que terminou de falar, o elevador se abriu. Sophia se virou e entrou. O rosto levemente distorcido de Valentina foi encoberto pelas portas do elevador que se fechavam. Sophia abaixou os olhos e pressionou o botão do andar, sem interesse em continuar olhando para Valentina. Quando o elevador chegou ao térreo, Joaquim estava esperando bem na entrada. — Por que você está aqui? — Sophia perguntou, surpresa. Ela não o tinha visto antes e achava que ele já tinha ido embora. Joaquim parecia um pouco ressentido: — Eu sabia que você ia tentar sair sem me avisar, então esperei aqui na por
— Sr. Walter. — Sophia acenou com a cabeça. — Vocês estão...? — Oh, o carro ficou sem gasolina. Estamos pensando em como descer a montanha. O Hotel Majestic da Serra ficava no meio da encosta, de frente para o mar. — Desculpe, Presidente Walter, foi culpa minha. Eu esqueci de abastecer. — O assistente de Walter parecia muito envergonhado. — Então... Sophia começou a falar, mas ficou um pouco sem graça. Afinal, Walter havia testemunhado a seu favor para salvá-la. Ela queria dizer que poderia levá-los montanha abaixo, mas, no momento seguinte, se lembrou de que não estava dirigindo. Ela também havia pegado carona com Joaquim. — Podem descer comigo no meu carro. — Joaquim interveio no momento certo, aliviando o constrangimento de Sophia. — Então, muito obrigado. — Walter respondeu com um sorriso. Os quatro entraram no carro. Joaquim assumiu o volante, o assistente de Walter rapidamente se acomodou no banco do passageiro da frente, e Sophia e Walter se sentaram no banco
— Srta. Sophia? — Walter, ao perceber a recusa de Joaquim, se virou para perguntar a Sophia. Sophia ficou um pouco em um dilema. Ela queria ouvir mais histórias sobre o processo criativo da pintora Laura, mas acabara de recusar o convite de Joaquim para jantar. Aceitar o de Walter logo em seguida não parecia adequado. — Vocês dois não precisam se preocupar. Eu, pessoalmente, não gosto de ficar devendo favores a ninguém. — Disse Walter, com um leve sorriso. Afinal, ele queria evitar compromissos. Fazia sentido. Embora Sophia não soubesse exatamente o que Walter fazia, o fato de ele estar presente na festa de aniversário de Kelly indicava que provavelmente tinha uma posição de destaque. Pessoas como ele, de fato, temem dever favores e acabar em uma posição vulnerável caso o outro decida "cobrar a conta". Mas, se fosse para falar de dívidas de favores, na verdade, era Sophia quem devia um favor a Walter. Com isso em mente, Sophia falou: — Na verdade, eu que deveria convidar
Joaquim apertava os talheres com força, os dedos ficando brancos de raiva contida por ter sido desmascarado. — Eu vou crescer, e todos esses problemas serão resolvidos no futuro. — Respondeu Joaquim em tom severo, tentando conter a fúria. — Você pode até crescer, mas a Sophia não precisa perder tempo esperando por você. Com essas palavras, Walter deixou ainda mais claro para Joaquim que ele estava interessado em Sophia. — Eu não posso dar felicidade a ela. E você pode? ...Samuel, ao perceber que Kelly estava completamente bem, deixou o quarto. Ele caminhou pelos corredores até o salão de festas, mas não encontrou nenhum sinal de Sophia. "Será que ela foi embora depois de ser humilhada pelos Santos?" Se ela contasse para Letícia e Letícia soubesse do ocorrido, com certeza não deixaria isso passar em branco. Só de pensar no que Letícia poderia fazer, um calafrio percorreu o corpo de Samuel. Por sorte, Davi estava no meio da festa. Assim que Samuel o viu sozinho, se aprox
— Ela realmente conseguiu trazê-la de volta. Já faz três anos que ela desapareceu no exterior, não é? Como o Davi a encontrou? — Isso eu não sei. O Davi manteve tudo muito bem escondido. — Na minha opinião, a Valentina nem estava desaparecida. É bem possível que ela tenha se envolvido com algum homem rico no exterior, fugido com ele e chutado o Davi. Agora que o homem estrangeiro a descartou depois de usá-la, ela volta correndo para o Davi, esperando que ele cuide dela. — O problema é que o Davi é ingênuo e acabou sendo manipulado pela Valentina. — Você esqueceu como, na época da faculdade, a Valentina flertava com vários caras, todos com família rica e carros de luxo? Ela saiu várias vezes à noite com o Sebastião e só voltava na manhã seguinte. — Como você sabe disso? — Eu dividia o dormitório com ela, como eu não saberia? As pessoas sussurravam entre si. Na recepção do restaurante, Sophia percebeu que a conta já havia sido paga e pensou em retribuir o favor em outra o
Pela primeira vez, o atendente se deparou com uma cena como aquela e, por um momento, não soube de quem aceitar o pagamento. Sophia, que observava tudo de longe, sentiu uma dor de cabeça surgir e não conseguiu evitar levar a mão à testa. O que Joaquim estava aprontando dessa vez? "Qual é o problema dele? Por que está insistindo em pagar a conta?" Pensou ela. Sophia pegou o celular, atravessou os dois e mostrou a tela para o atendente, dizendo um pouco mais alto: — Escaneie o meu. — Ela sorriu para os dois ao lado e completou. — Já falei, é por minha conta. Após o pacote ser devidamente embalado, ela pegou a sacola e saiu da confeitaria. — Acabei de trazer um carro novo para cá, Srta. Sophia. Posso levá-la para casa. Walter estava ao lado de um carro estacionado na rua, enquanto o assistente, sempre atento, já abria a porta traseira. — Sophia não vai para casa agora. Eu a levo para o próximo destino. — Joaquim bloqueou a frente do carro de Walter, abrindo a porta do pass