Descem numa estação diferente, havia um mar à sua frente, sob uma extensa ponte, frequentada por pessoas que passavam horas lá meditando, viradas para o lugar chamado Santo dos Santos. O trem passava por baixo da ponte e na parte de cima tinha um calçadão frequentado por pessoas que buscavam a evolução de sua espiritualidade, fazendo peregrinações de uma extremidade à outra da ponte.
A paisagem era inspiradora e para aqueles mais penitentes, de tempos em tempos parte da cortina de luz se removia deixando a vista um dos lados do majestoso Templo Central. Segundo Carlos deste Templo emanava a energia que “alimentava” as cidades do Mundo Espiritual.
Enquanto prosseguem sua jornada, os sons mais belos do universo podiam ser ouvidos vindos daquele Templo central, a brisa vinha repleta de energias que vivificavam todo o ser que passava por lá. Os mais agradáveis perfumes inundavam o local, os quais também vi
Missão apocalíptica Fábio então lembra do Livro selado que ganhara do pai de Marja, sabia que aquelas páginas descreviam uma importante missão para os Últimos Dias, se recorda que não havia tomado uma decisão clara a respeito dessa missão na Terra, sua intenção era simplesmente levar o livro a seu pai. Mas agora, em vista dos acontecimentos, Fábio estava disposto a tudo para ajudar Kimy, sua alma tremia ao imaginar que aqueles bandidos fizessem algum mal a Kimy. Nesse momento Fábio decide em seu coração aceitar definitivamente aquela missão apocalíptica e diz para Carlos: Fábio:—Carlos eu vou te mostrar um bom motivo para voltar. Fábio então projeta sua mente para o livro selado e, no mesmo instante, o sistema mar de vidro lhes mostra uma sequência de imagens do futuro de Fábio. Ele se vê num lugar dessolado pela guerra, rodeado por edifícios em chamas, explosões terríveis iluminando o horizonte. Vê-se caído no c
Permissão Retiram o aero móvel do estacionamento subterrâneo, entram a bordo, levantam voo rapidamente e conseguem uma permissão especial para sair da cidade com prioridade. Fábio olha pela janela e se deslumbra com aquela cidade uma última vez. Uma grande águia que voava perto deles parece se despedir. Fazem todo o caminho de volta, passam pelo nevoeiro e em seguida, pela cortina do abismo de luz no oceano, depois pelas ilhas, até chegar ao continente, a América do Sul. Por fim veem a cidade Morada#3 pairando sobre uma região selvagem e inacessível da cordilheira dos Andes. A aeronave entra na cidade passando por um novo scanner de luz. Carlos dirige a nave até o parque onde seu Neto havia entrado naquela Morada. O ancião fala para Carlos: João:—Carlos, pare próximo ao túnel, será mais rápido. Carlos:—Está bem. Isso nos fará ganhar tempo. João:—Precisamos nos apressar, recebi informações que um ser sombrio perigo
Determinação de Gide Um jato comercial acabara de pousar num pequeno aeroporto próximo do hospital, Juan desce às pressas pela escada de desembarque até a pista e entra num carro da polícia: Juan:—Olá, tenente Barros. (Faz sinal de continência) Barros:—Onde fica o local? (Com urgência) Juan:—Hospital municipal. Barros:—Motorista, pisa fundo! Juan:—Barros, chama outras viaturas. Estamos lidando com um criminoso internacional. O motorista acelera e o carro, enquanto o tenente Barros liga para a delegacia central: Barros:—Bira, manda três viaturas para o hospital municipal, fala para chegarem com luz apagada, sem barulho. É para ontem. Bira:—Sim, tenente, já estão a caminho. Juan pensa em seu amigo: “Aguenta firme, Fabio, já estou chegando. ” Enquanto isso, Gide lava as mãos ensanguentad
Rodeado por Anjos Nesse momento, no quarto ao lado, Gide, que havia desferido vários golpes de faca no corpo do Gigante, fica aterrorizado ao ver que a lâmina tinha se entortado completamente, então exclama para ele recuando: Gide:—Não pode ser, ninguém teria sobrevivido a isso? O homenzarrão então responde: Gigante:—Os elementos, a matéria bruta, a gravidade, a física deste mundo não tem efeito sobre nós. (Vai em direção dele) Gide:—Você deveria ter morrido. (Recua assustado) Gigante:—Ninguém desta Terra poderia me destruir. Gide:—Quem é você? (Grita desesperado) Gigante:—Somos Anjos de Deus. Gide fica tão apavorado ao ouvir essas palavras, que se arremessa sozinho pela janela do quarto, quebrando a armação de vidro, cai do quarto andar até o interior de um contêiner de roupas estacionado no piso da lavanderia, os policiais que cercava
Descrevendo o indescritível Kimy vai até o quarto que Fábio havia sido transferido, onde estava recebendo soro para se revitalizar. Segura a mão dele, agradecendo a Deus por tê-lo trazido de volta. Fábio:—Oi Ki... Que bom te ver! (Sua visão havia voltado) Kimy:—Como estás te sentindo? Fábio:—Sinto uma horrível dor nas costas... Kimy:—Você ficará bem! Fábio:—Estive do outro lado, encontrei meus avós, (Kimy Fica emocionada). Eles me mostraram você orando por mim. Kimy:—Orei todo o tempo por ti. (Lágrimas) Fábio:—Eu vi tua oração e a da família que ajudei na estrada... vi as ondas de luz que formavam, indo para o céu. Kimy não conseguia conter as lágrimas. Fábio:—Deus ouviu tuas preces, Kimy, por isso voltei. Juan:—Como é o outro lado, Fábio? Fábio:—É um lugar lindo, com cores que nunca vi, você se sente leve como uma folh
Combinações Secretas Dentro de um escritório no centro de Blumenau, um receptador detecta via satélite o movimento de um portador de seus cartões GPS localizadores. Anota as coordenadas e vai até a mesa do Ney. Receptor1:—Chefe, a guria está voltando. Ney:—Opa, quantos minutos para ela chegar aqui? Receptor1:—Em 30 minutos com trânsito normal. Ney:—Descobriram o que ela estava fazendo em Itajaí? Receptor1:—Não, pois ela devolveu o celular para o Edu. Ney:—Mas que japinha difícil essa! Receptor2:—Chefe, recebi uma ligação do posto policial, o carro dela tem placa de São Paulo. Confirmado, os dois juntos voltando de carro. Total dois passageiros numa SUV. Receptor3:—Capturei a rota do GPS
Emboscada Os guardas colocam Ney dentro da viatura. De volta ao shopping, Eduardo estava se sentindo culpado pelo o que seu tio havia feito, pede desculpas a Kimy por tal situação inusitada e oferece abrigo em sua casa até encontrar o Ney. Edu:—Venham comigo, pelo tom de voz do meu tio, acho que estamos correndo perigo aqui. (Juan e Kimy seguem Edu) Kimy segura no braço de Eduardo enquanto voltam para a garagem e diz: Kimy:—Edu, eu sei que isso não veio de ti. Edu:—Obrigado, Kimy, eu nunca ia tolerar algo assim. Perdoe-me por não ter descoberto essa trama antes? (“O tio me paga por isso”, pensa) Chamam o elevador, quando a porta abre, havia um cara barbudo lá dentro, vestindo jaqueta de couro. Vão entrando quando de repente ele abre a jaqueta deixando a vista uma arma (ameaçando-os). Com a outra mão segura o braço de Kimy (que grita apav
A mão divína Kimy se acomoda no banco do passageiro exausta, imersa em pensamentos sobre os últimos acontecimentos, e da coragem que tiveram para encarar aquele bando de criminosos que puseram sua vida em risco. Apesar da valiosa ajuda de seus amigos, ela reconhecia que a Mão de Deus estivera presente em todos os momentos, mesmo naquelas horas em que parecia não haver mais esperança, agora passava por uma profunda mudança espiritual e sua fé se fortalecia cada vez mais. Estrela Guia Anoitecia, no caminho de volta Kimy refletia sobre os últimos acontecimentos, e quantos milagres haviam presenciado em tão curto espaço de tempo. Reconhece que ela própria teria perdido sua vida caso Fábio não tivesse visto as artimanhas malignas do inimigo. Juan:—Pensativa, Kimy? (Dirigindo o carro) Kimy:—É, estou aqui perdida em meus pensamentos. (Sorri) Juan:—