Todos os capítulos do Proibo-te de me amares humana: Capítulo 41 - Capítulo 50
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41. A ARMADILHA DO ALFA NICOLÁS
Embora pudesse notar que estava irritado, Amat tentou comportar-se com a maior educação e cordialidade. Explicou-lhe que a sua filha era a metade do Celta Bennu, da alcateia La Maat Ra. O alfa Nicolás virou-se para a sua filha e dirigiu-lhe palavras furiosas.  — Vais casar-te com um Celta? Um fraco Celta!? Rejeitas-me a mim, um Alfa Dominante, por um Celta? —perguntou muito irritado.  — Eu não tenho de te rejeitar porque nunca fomos nada! E para que saibas, o meu Celta é único no mundo! E tem muito mais poder do que tu! —respondeu-lhe furiosa Netfis, saindo da sala, a caminho do seu quarto.  Depois que ela se retirou, o alfa Amat tentou de tudo para acalmá-lo, embora pudesse notar que era um caso perdido. Continuou a tentar para evitar criar mais um inimigo.  — Vá lá, Nicolás —disse-lhe—. Não fiques assim. Havíamos
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42. O ALFA NICOLÁS
O meu nome é Nicolás, sou um Alfa desterrado. Sim, como ouviram. Sou filho do Alfa Cooper da alcateia Terra de Arnhem, no norte da Austrália. Sou o seu segundo filho por apenas um minuto; não sou o primogénito. O meu irmão é quem sempre teve tudo.  Eu era o desmiolado da alcateia e teria continuado assim se não fosse porque a rapariga por quem sempre estive apaixonado, ao transformarmo-nos em lobos, revelou-se a metade do meu irmão. Não consegui suportar vê-los a beijarem-se apaixonadamente. Os ciúmes cegaram-me e ataquei o meu irmão. Ambos somos Alfas poderosos; se o meu pai não tivesse intervido, ambos estaríamos mortos. Por isso fui desterrado e dediquei-me a viajar pelo mundo.  Fui juntando-me a todo o tipo de seres sobrenaturais desterrados. Propus-me criar a alcateia mais forte que existe. Há alguns anos, ao saber que La Maat Ra era a alcateia ma
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43. UM ATAQUE ESTRANHO
Ao retirar-se o Alfa Amat com sua família, junto com Amet, Bennu e Horacio, o Alfa Supremo vira-se para a bruxa da alcateia.  — Agora, Teka, vamos revisar Isis — ordena enquanto se dirigem ao segundo andar da casa.  Ao chegar ao quarto, encontram tudo igual. Isis permanece em posição fetal dentro do ovo. Teka-her aproxima-se e sorri enquanto estende uma das mãos, assegurando ao seu Alfa que não há nada a temer, que se trata de um feitiço de proteção.  — Ela está muito bem — afirma com serenidade.  — E como ela sai disso? — pergunta o Alfa.  — Apenas precisa aproximar-se alguém em quem ela confie — responde, recuando dois passos. — Deve ser você, aproxime-se.  Embora o Alfa saiba que Isis não confiou no humano, existe a possibilidade de que agora o faça. Ele aproxima-se
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44. UM CASTIGO NÃO MERECIDO
O Alfa Supremo começa a impacientar-se e a temer que algo grave tenha acontecido.  — Jacking, por que não descansas? Pode ser que Mat esteja apenas muito exausto por ser ele quem tinha o controlo quando extraíam a energia — sugere Teka, sem esconder a sua inquietação.  — Está bem, Teka. Retira-te, qualquer novidade avisar-te-ei — concorda o Alfa Supremo muito preocupado.  Depois de ficar sozinho, despe-se lentamente de todos os atributos do Alfa Supremo. Com o corpo exausto, dirige-se ao quarto secreto do seu escritório, onde mergulha num sono profundo.  Como se uma força misteriosa — talvez o seu próprio poder — guiasse a sua mente, começa a experimentar vividamente as memórias do seu lobo Mat durante o ataque, quando ele mantinha o controlo do corpo. A cena desenrola-se com cruel clareza: a humana Isis aproximando-se com movim
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45. A REJEIÇÃO À HUMANA ISIS
O belo rosto de Isis contrai-se numa expressão de surpresa enquanto duas lágrimas silenciosas deslizam pelas suas bochechas. Tenta falar repetidamente até que consegue articular:  — Mas Jacking, perdoa-me se te ofendi. Eu... eu só queria cumprimentar-te — interrompe-se, enquanto a sua boca se move sem que dela saia qualquer som, até que consegue continuar —. É verdade que não somos nada, mas eu... eu... EU AMO-TE!  O Alfa Supremo contempla a frágil humana enquanto uma tempestade de emoções destrutivas turva a sua razão. A fúria expande-se pelo seu peito como lava ardente, ofuscando a sua visão com lampejos vermelhos. Cada fibra do seu ser rejeita essas palavras de amor que considera uma blasfémia contra a sua natureza. O ódio e a repulsa misturam-se com uma raiva primitiva que ameaça fazê-lo perder o controlo.  Quand
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46. A CRUA REALIDADE
Ao não ouvir a sua voz convidando-a a entrar, empurrou a porta e entrou, apenas para se deparar de frente com Jacking, que a olhou com ferocidade, ódio e rancor. De repente, sentiu-se muito pequena enquanto pensava que devia ter dado ouvidos à ama e não o ter incomodado. Mas já é demasiado tarde. O que aconteceu depois ainda a tem anonadada no meio do corredor, sem saber o que fazer ou pensar.  Depois de ser expulsa vergonhosamente pelo próprio Jacking, que bateu a porta atrás dela com tanta força que ainda a faz estremecer, Isis ficou a repassar o sucedido, sem compreender o que tinha feito de errado.  — Porque estás aqui? Será que tenho de estar contigo o tempo todo? Estou cansado de ter de cuidar de ti constantemente! Não sou o teu pai, nem o teu namorado e nem sequer teu amigo! Por favor, deixa-me em paz! — tinha gritado Jacking com um ódio que ela jamais
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47. NOVOS PODERES
Amet já leva dois dias sem ver Jacking e sente que algo está a acontecer com ele. Sabe-o pela conexão que têm. Não entende o que está a acontecer e está confuso porque percebe o seu Alfa dividido. E o pior é que Jacking não lhes permite entrar no escritório, onde se trancou, apesar de precisarem dele. Juntamente com Teka-her e outros três, não conseguem manter a estabilidade da alcateia na terceira dimensão sem o Alfa Supremo. Temos de regressar o quanto antes ao nosso lar ou, pelo menos, às cavernas milagrosas.  Amet voltou a bater à porta do escritório, acompanhado por Horácio e Bennu, muito preocupados. Quando estavam prestes a afastar-se, ouviram um suave e débil:  — Entrem.  Ao entrarem os três, ficaram petrificados. De pé junto à secretária, encontrava-se um Jacking muito abatido. Ao seu la
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48. ELEVANDO OS PODERES
Jacking, convertido em Alfa Supremo, leu em silêncio por um instante o que deveria fazer. Suspirou e posicionou-se novamente no símbolo que o seu beta tinha desenhado, fechando os olhos para realizar o encantamento da separação. Estava pronto para recitá-lo quando ouviu Mat na sua mente:  — Não o faças, não quero sair agora. Tenho medo, não me separes de ti até que eu esteja preparado para essa nova realidade.  — Está bem, Mat — concordou Jacking, porque ele também não queria separar-se do seu lobo naquele momento.  Sob os olhares expectantes de todos, pronunciou o encantamento para deixar de ser Alfa Supremo e voltar a ser apenas humano, fechando o livro com um som seco.  — O que aconteceu? Não conseguiste dominar o encantamento da separação? — perguntou Amet, confuso.  — Não,
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49. CONHECENDO PLENAMENTE OS PODERES
Embora Jacking precise que Mat lhe conte a sua história para saber a que estão a enfrentar, não o pressiona. Ninguém melhor do que ele para sentir tudo o que o seu lobo está a sofrer. Por isso, decidiu arrancar a verdade da humana Isis. Depois de muito analisar, e porque sabe que o seu lobo não lhe permitirá exercer nenhum castigo físico sobre ela, opta por uma tortura psicológica.  Jacking começou a estudar partes do livro sagrado depois do susto que teve com o seu novo poder. É algo que deveria ter feito há muitos anos, desde que perdeu os seus pais. Mas, por alguma razão, ao ver o livro onde costumava ver os seus pais escreverem e procurarem respostas, sente uma grande dor que o faz recordar a imensa perda que sofreu no mesmo dia em que esse livro lhe foi entregue.  Essa foi a principal razão pela qual ele mandou Amet esconder o livro sagrado da sua vista assim
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50. PESADELO QUE NUNCA TERMINA
Desperto em completa escuridão e silêncio. Tento mover-me, mas não consigo. O meu corpo está imobilizado. Não sei onde estou. Tento apurar os sentidos, mas nada chega até mim. Estarei a dormir? A minha mente responde que não. Começo a chamar por Jacking, pela ama, mas ninguém responde. Apenas silêncio.  Tento acalmar-me; desesperar-me não me ajuda em nada. Depois de muitas horas a ouvir apenas os meus pensamentos, o som de uma gota de água começa a ressoar. Alegro-me, finalmente outro som. Primeiro, dedico-me a ouvir esse belo pingo, depois começo a visualizá-lo. A sede apodera-se de mim. Peço água aos gritos, mas ninguém aparece.  Agora começo a odiar o constante gotejar. Digo a mim mesma que devo acalmar-me, que de certeza irei acordar brevemente, que é apenas um dos muitos pesadelos. Começo a contar as gotas para te
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